sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Consumidores buscam edificações que valorizam a eficiência energética

SindusCon-SP lançará duas ferramentas para auxiliar consumidores nas escolhas de edificações, produtos, tecnologias e financiamentos, respeitando as características das diferentes regiões do país.
Não há nada mais desagradável do que entrar em uma casa ou apartamento com pouca iluminação natural. Além de deixar o ambiente pouco arejado, esse tipo de moradia certamente exigirá dos moradores um consumo maior de energia elétrica para manter o lugar agradável. Cada vez mais, consumidores exigentes têm procurado edificações que valorizam a eficiência energética. Pensando nisso, o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) lançou em 06/12/2018, duas ferramentas para auxiliar as escolhas dos consumidores.
O “Guia Interativo de Eficiência Energética em Edificações”, produzido em parceria com a Agência de Cooperação Alemã (GIZ) e a Eletrobrás/Procel, auxiliará os consumidores nas escolhas de edificações, produtos, tecnologias e financiamentos, respeitando as características das diferentes regiões do país. O objetivo é apoiar e fornecer conhecimento técnico aos usuários para construir e operar edificações mais eficientes.
A outra ferramenta é o “Guia Esquadrias com foco em eficiência energética”. Esse material ajudará os consumidores na escolha de janelas, abordando aspectos como desempenho térmico, novas tecnologias, tipologias mais eficientes. Tudo isso será apresentado em workshop técnico, que será realizado na sede do SindusCon em São Paulo.
“Os consumidores sempre estiveram preocupados com o consumo de energia elétrica, mas hoje ele está mais consciente e busca equipamentos mais eficientes, com selo do Procel. A ideia desse guia é dar um pouco mais de informação ao consumidor na tomada de decisão. Muitas vezes esse consumidor está sujeito ao que está disponível nas lojas, mas que nem sempre é a melhor solução”, disse Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP, em entrevista à Agência CanalEnergia.
“Quando a gente fala de eficiência energética em esquadrias, a gente fala em tamanho, localização, etc. A ideia é mostrar que todas essas opções contribuem para a eficiência energética”, complementou a coordenadora. Segundo Sarrouf, além de trazer informações básicas, os guias apresentarão caminhos para o consumidor que desejar se aprofundar em algum tema em específico.
O público poderá participar do workshop “Soluções em Eficiência Energética e Hídrica dos Edifícios” presencialmente ou pela internet. O evento contará com palestras que visam, além da apresentação por parte de profissionais de grande conhecimento e experiência, proporcionar o debate e a discussão com os participantes acerca das soluções em eficiência energética e hídrica dos edifícios.
O evento tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal, Comgás, Deca, Incepa, LG, Hydro e Portinari, além das parcerias da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (Afeal) e da Associação Brasileira dos Fabricantes de Sistemas, Perfis e Componentes para Esquadrias de PVC (Aspec PVC) e da parceria institucional do Green Building Council (GBC). (canalenergia)

Energias renováveis e armazenamento: tudo a ver

Baterias poderão atuar contra intermitência de eólicas e solares, aumentando ainda mais sua presença no sistema. A GE já tem solução pronta para atender ao mercado.
Soluções de armazenamento de energia devem ganhar mais espaço com a expansão da microgeração distribuída, prevê relatório.
A crescente inserção de renováveis nas matrizes energéticas deve ganhar um forte aliado que pode impulsioná-las ainda mais: as tecnologias de armazenamento. Fontes como eólica e solar são intermitentes, não sendo possível garantir a quantidade de vento ou sol que estarão disponíveis exatamente em cada hora do dia, ou ainda controlar a energia injetada em cada instante nestas plantas de geração. Com as baterias, há a oportunidade de que o despacho seja previsível, uma vez que elas poderão armazenar a energia gerada por uma planta. “Se o sistema não estiver precisando, ele vai carregar as baterias e se o sistema estiver precisando, mas não tem vento ou sol suficientes, a bateria pode estar se descarregando, trazendo flexibilidade para o sistema”, explica Rodrigo Salim, líder de soluções digitais do negócio de Grid Solutions da GE.
De acordo com ele, as baterias também serão importantes porque mais eólicas e solares poderão se conectar no sistema. Ele conta que em países como Inglaterra e Estados Unidos, o tema tem se desenvolvido rápido. Na América Latina, Chile e México estão na frente, com o país da América do Sul devendo estar com seu mecanismo operacional pronto em 2020. Segundo o executivo da GE, o Brasil ainda não tem regulação sobre o assunto. A criação de um mecanismo de mercado é necessária. O preço horário, que está se iniciando no mercado, vai potencializar o armazenamento de energia. “A granularidade horária é essencial para a bateria, porque ela promove a regulação de energia ao longo de um dia e nós estamos iniciando agora isso no Brasil”, avisa.
O armazenamento energético possibilita maior uso de energias renováveis.
Com uma participação crescente das fontes eólica e solar – a fonte eólica deve chegar em 14% da capacidade instalada até 2026 e a energia solar já chegou no seu primeiro gigawatt – o Brasil é um mercado potencial para as tecnologias de armazenamento. Para Salim, por ser o maior sistema elétrico da América Latina e ter um crescimento constante de renováveis, a expectativa é grande. “Para nós, é um mercado prioritário”, aponta. Ele também vê interesse nos players brasileiros de investir em baterias, mas essa vontade esbarra na falta de regulamentação que ainda não veio. “Estão todos em compasso de espera”, observa.
O executivo da GE vê na antecipação da regulação do mercado um benefício para o setor. Segundo ele, o planejamento por antecipação faz com que haja uma adequação do mercado, trazendo o sinal de preço certo para o serviço. “Todos os players conseguem se planejar de maneira adequada e também conseguem garantir a transição do sistema de maneira segura e garantindo a confiabilidade”, explica.
Após uma eventual regulamentação, o tempo de entrada no mercado das baterias não seria longo, já que as regras de interconexão seguiriam padrões internacionais já utilizados. Enquanto as regras não chegam por aqui, a GE já tem uma solução pronta para o armazenamento de energia: o GE Reservoir é uma plataforma de armazenamento de energia que permite a complementaridade com a energia renovável, de modo a melhorar o desempenho da rede e reduzir seus custos. Um dos diferenciais da solução está na simplicidade da sua montagem, já vindo com os contêineres montados da fábrica com as baterias.
Esse diferencial da montagem traz uma redução em torno de 15% no preço final de um sistema de baterias, já que o custo de instalação hoje é de cerca de 30% do custo total de uma planta,. “Não é necessário fazer a montagem dentro do site, já vem montadas, reduzindo o tempo e o custo de instalação”, detalha. O sistema de gestão das baterias próprio da GE também consegue enviar comandos para cada célula de armazenamento, permitindo utilizar baterias novas com baterias velhas no mesmo contêiner. A empresa já tem mais de 200 MWh instalados ou em construção no mundo. Na América Latina, já há projetos nas ilhas de Martinica e de Guadalupe. 
Armazenamento de energias renováveis: há um processo revolucionário em curso.
E se num futuro não muito distante vier a ter um tarifário de eletricidade sem limites, onde paga apenas uma mensalidade fixa?
A indústria das energias renováveis está a caminhar nessa direção. (canalenergia)

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Equipamentos de energia solar ficaram 30% mais baratos no último ano

Levantamento do Portal Solar indica que o interesse do consumidor por sistemas de GD dobrou nos últimos 12 meses.
Um levantamento do Portal Solar constatou redução significativa de preços nos projetos de geração distribuída no último ano. O valor dos equipamentos caiu 30%, enquanto o serviço de instalação teve redução de 40%. Além disso, o interesse do consumidor por sistemas fotovoltaicos dobrou nos últimos 12 meses, o número de instalações também aumentou, o que contribuiu para a queda dos preços.
Essa estimativa é do CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer. Um dos motivos dessa redução do custo passa pelo aumento da oferta dos painéis solares pelo mercado chinês, que hoje é responsável pela produção de 80% desses equipamentos. Além disso, as altas tarifas das distribuidoras e a possibilidade da venda direta ajudaram a despertar o interesse do consumidor em gerar a própria energia. A retração, apontou, teve como consequência um retorno financeiro na faixa de 20% a 30% ao ano, sendo mais rentável que o CDB ou poupança.
No modelo de venda direta da empresa, explicou, o cliente final paga o equipamento para o portal enquanto o serviço de engenharia e a instalação para a empresa que realizará o serviço. Segundo Meyer, a vantagem desse sistema de cobrança é que não ocorre tributação dupla do equipamento e permite que as empresas instaladoras possam operar sem estoque, no modelo just in time.
(canalenergia)

Bonde turístico em SC passa a operar com energia solar

Equipamento recebeu o sistema fotovoltaico instalado pela Engie e tem retorno do investimento estimado em cinco anos.
O Funicular, de Itá (SC), segundo equipamento deste tipo em atividade turística no país, é o primeiro a operar com energia solar. Instalado em maio de 2017, é um tipo de bonde que liga a parte baixa, onde ficam as atrações turísticas, e o centro da cidade, localizada no oeste catarinense.
O bonde foi o primeiro do país inteiramente fabricado em território nacional e já veio de fábrica com placas solares instaladas no teto, que geram a energia que alimenta os comandos internos da cabine, como o abrir e fechar da porta, refrigerar e iluminar. O sistema fotovoltaico foi instalado pela Engie no telhado da estação onde ocorre o embarque e desembarque, no entanto, amplia a geração e supre todo o funcionamento da empresa com energia renovável, incluindo 100% do funcionamento do Funicular.
Este é o primeiro empreendimento turístico da cidade a se tornar autossuficiente em energia e a instalação do sistema solar, completada em novembro, irá proporcionar uma economia mensal de cerca de R$ 900 na fatura de energia elétrica da empresa. O tempo de retorno do investimento é estimado em cinco anos. (canalenergia)

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Maioria da capacidade de energia limpa vem de países em desenvolvimento

BNEF: maioria da capacidade de energia limpa veio dos países em desenvolvimento.
Climatescope 2018 mostra que fatores como custos de equipamentos e apoio de instituições de fomento motivaram avanço. Brasil tem destaque e segue como líder na América Latina.
A maioria da capacidade nova em energia limpa vai vir de nações emergentes, fazendo com que essa liderança saia dos países ricos, de acordo com a pesquisa Climatescope 2018, elaborada pela Bloomberg New Energy Finance. O estudo diz que esses países fora os que mais empregaram novos recursos com essa finalidade em 2017, comandando a redução dos custos associados à energia limpa. O estudo completo pode ser acessado aqui.
No ano passado, esses países acrescentaram 114 GW em capacidade de geração com zero emissão de carbono, sendo 94 GW somente em projetos eólicos e solares, o que é considerado um recorde. Ao mesmo tempo, a capacidade nova adicionada nesses países para geração a carvão é a menor desde pelo 2006. Os novos projetos de carvão diminuíram 38% em 2017 para 48 GW — metade da capacidade adicionada em 2015, de 97 GW. De acordo com Dario Traum, associado sênior da BNEF e gerente do projeto Climatescope, foi uma grande virada, já que há pouco tempo, dizia-se que nações menos desenvolvidas não poderiam ou nem deveriam expandir a geração de energia por fontes zero carbono porque eram muito caras. Hoje em dia, esses países lideram o movimento em termos de desenvolvimento, investimento, inovação de políticas públicas e redução de custos.
A virada a que Traum se refere foi impulsionada motivada pela rápida melhora na economia das tecnologias de energia limpa, especialmente eólica e solar. Com a queda nos custos dos equipamentos, os preços competem diretamente com os de novos projetos fósseis – mesmo sem subsídios. Nesse novo ambiente, mais de 28 GW foram contratados através de leilões em países emergentes em 2017. Nos lances, os interessados chegaram a prometer energia eólica por US$ 17,7/MWh e energia solar por US$ 18,9/MWh.
Foto aérea do projeto Droogfontein Solar Power, instalado na África do Sul. São 168,720 painéis solares em 100 hectares.
O estudo usa sistema exclusivo de pontuação que mede o quanto os países são favoráveis a investir e instalar energia limpa. Todo ano, é elaborado um ranking com base nesse critério. O Chile foi o campeão, com bom desempenho nos três principais tópicos avaliados: políticas públicas robustas, histórico comprovado de investimentos em energia limpa e compromisso com a descarbonização, apesar das restrições de infraestrutura de transmissão. Índia, Jordânia, Brasil e Ruanda conquistaram desde a segunda até a quinta colocação, respectivamente.
No trabalho mais recente, o Chile se saiu campeão, com bom desempenho nos três principais tópicos avaliados pelo Climatescope: políticas públicas robustas, histórico comprovado de investimentos em energia limpa e compromisso com a descarbonização, apesar das restrições de infraestrutura de transmissão. Índia, Jordânia, Brasil e Ruanda conquistaram desde a segunda até a quinta colocação, respectivamente. A China, que teve a melhor pontuação no ano passado, terminou em sétimo lugar desta vez.
Bancos de desenvolvimento, agências de crédito à exportação e outras instituições que tradicionalmente apoiam projetos em mercados emergentes continuam com papel importante na expansão da energia limpa. Mas agentes privados, como players internacionais do setor — também se tornaram grandes investidores.
Brasil é o segundo país com crescimento de energia limpa.
No Brasil, definido como principal mercado de energia renovável da região, o Climatescope aposta que leilões e net metering vão continuar a ser fundamentais para desenvolver o setor. O país já atraiu quase US$ 57 bilhões em novos financiamentos de ativos para usinas de energia limpa no período 2010-17, a maior quantia na América Latina no período. Com apenas 6%, a tendência é que a fonte solar aumente de forma considerável a sua participação, já que nos últimos dois anos foram contratados cerca de 2 GW. (canalenergia)

Nordeste agora tem uma usina solar que flutua sobre o Rio São Francisco

O Rio São Francisco agora conta com uma usina solar. A novidade foi noticiada pela Agência Brasil, que diz que a nova Usina Solar Fotovoltaica Flutuante foi instalada no reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, e deve começar a operar em dezembro.
A plataforma piloto instalada em Sobradinho tem 7,3 mil módulos de placas solares, cobrindo uma área de 10 mil metros quadrados e com capacidade de geração de 1 megawatt-pico (MWp). Segundo a Agência Brasil, outros 4 MWp deverão ser implantados em 2019, concluindo o projeto, que, quando finalizado, terá 35 mil módulos e 50 mil metros quadrados, tudo a um custo de investimento de R$ 56 milhões, feito pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). No fim do projeto, ela poderá fornecer energia para até 20 mil casas populares.
O novo sistema fotovoltaico transforma a luz solar em energia elétrica e, flutuando sobre as águas e resfriado por elas e pelo vento, supostamente, tem maior eficácia do que placas colocadas na terra, que perdem eficiência sob o forte calor. No entanto, os técnicos do projeto da Chesf ainda vão estudar a eficiência exata da tecnologia e os possíveis impactos ambientais. “A planta de 1 MWp aparentemente não faria interferência, mas se ampliarmos para usinas de 30 MWp ou 100 MWp é preciso ver o comportamento da fauna aquática”, contou José Bione, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Chesf, à Agência Brasil.
Até então instalado apenas no solo, esse sistema de geração concentrada de energia fotovoltaica utilizando área de reservatórios é pioneiro no Brasil. A Chesf diz que busca avaliar sua viabilidade, tanto em termos técnicos e econômicos como ambientais, para que ele possa participar posteriormente de leilões de venda de energia, sendo reproduzido em outros reservatórios ou mesmo rios. Bione diz que o projeto está criando uma oportunidade, já que pode ser bem replicado em localidades em que o Brasil tem diversos rios, como Amazônia e em regiões do Centro-Oeste.
Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco visitou a nova usina e reforçou a necessidade de se diversificar a matriz energética do Brasil, ao mesmo tempo em que se cria condições para o potencial produtivo da fonte de energia voltaica no País, com equipamentos produzidos localmente e a custos mais baratos. “No Nordeste, por exemplo, temos que criar um modelo que permita que o vento e sol, que são fontes de energia mais barata, possam beneficiar os consumidores”, defendeu, em declaração reproduzida pela Agência Brasil.
“Não dá para se repetir os mesmos métodos, ter os mesmos modelos que têm gerado uma das energias mais caras do mundo.” (uol)

sábado, 24 de novembro de 2018

Aneel libera operação comercial de 109,2 MW em eólicas na Bahia

PCH da CPFL Renováveis em MG começa a operar com mais de um ano de antecedência.
A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou em 26/11/2018, o começo da operação comercial de 109,2 MW em eólicas do complexo Babilônia, localizado na cidade de Ourolândia (BA). As usinas Babilônia I, II, III e IV, tiveram liberadas, cada uma, 27,3 MW em 13 unidades geradoras. A turbina UG3, com 9,9 MW, da PCH Boa Vista II, de propriedade da CPFL Renováveis, também foi liberada para operação comercial.  A PCH Boa Vista 2 totaliza 29,9 MW e fica no  município de Varginha (MG). A PCH foi comercializada no leilão A-5 2015 e foi antecipada em mais de um ano. Boa Vista 2 é a 40ª PCH da empresa, que agora possui 94 ativos em operação, totalizando 2, 1 GW de capacidade instalada.
Quem também recebeu aval da Aneel, mas para operação em teste, foram usinas do complexo Juazeiro Solar, na cidade de mesmo nome, também na Bahia. As usinas I e II podem operar 14 MW cada uma, a Juazeiro Solar III 30 MW e a Juazeiro solar IV, 8 MW.  A eólica Aura Lagoa do Barro 2, em Lagoa do Barro do Piauí (PI), teve liberada para testes as unidades UG1 a UG9, somando 27 MW. Já no Rio de Janeiro, a Aneel autorizou que as unidades UG1 a UG 6 da UTE Nova Iguaçu, que somam, 8,3 MW, operassem no modo teste. (frata)

Aneel aprova 29,7 MW eólicos para operação comercial na Bahia

Agência também liberou uma turbina de CGH em Santa Catarina e testes em dois aerogeradores no Maranhão.
A Agência Nacional de Energia Elétrica confirmou a operação comercial de onze unidades geradoras da central de geração eólica Campo Largo XV, segundo despacho publicado em 23/11/2018 no Diário Oficial da União. Cada unidade tem 2,7 MW de potência, totalizando 29,7 MW de energia liberada em Sento Sé e Umburanas, na Bahia.A agência também aprovou uma turbina de 1 MW da central geradora hidrelétrica denominada Médio Garcia, situada no município de Angelina, Santa Catarina.
Outro provimento da Aneel foi para a Delta 5 Energia, através da liberação em teste de dois aerogeradores de 2,7 MW da usina Delta 5, localizada em Paulino Neves, no Maranhão. (frata)

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Eólica Aura Lagoa do Barro ganha mais 27 MW em operação comercial

No Maranhão, térmica e eólica entram em testes.
A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou em 27/11/2018, o começo da operação comercial das unidades geradoras UG1 a UG9 da EOL Aura Lagoa do Barro 07. Cada turbina tem 3 MW, somando 27 MW. A eólica fica localizada na cidade de Lagoa do Barro do Piauí, (PI). A Aneel já tinha liberado na última segunda-feira para testes outros 27 MW da EOL Aura Lagoa do Barro 2.
Para operar no modo de testes, foram liberados, no Maranhão, 5 MW da UTE Viena, na cidade de Açailândia (MA), além da unidade geradora UG 7, de 2,7 MW, da EOL Delta 5 I, que fica no município de Paulino Neves. (canalenergia)

Província de Santa Fé usará biodiesel puro em todo transporte público

A província de argentina de Santa Fé vai passar a abastecer todo o seu sistema de transportes públicos – sejam municiais ou intermunicipais – com biodiesel puro. A proposta é encabeçada pelo governador Miguel Lifschitz que lançou, um grupo de trabalho para coordenar a transição.
Chamado “Mesa para a Migração dos Transportes Público para 100% Biodiesel”, o grupo reúne representantes do governo municipais, câmaras de transportes e empresas de biocombustíveis. Embora não tenha sido divulgado nenhum cronograma oficial para a transição, a secretária provincial de Energia, Verónica Geese, disse à imprensa local que o governo tem interesse em “agir rapidamente”.
Em parte, a medida deverá estimular a economia local. Santa Fé é principal polo da indústria de biodiesel da Argentina. No ano passado, as usinas instaladas na província foram responsáveis pela produção de 75,8% dos 2,87 milhões de toneladas de biocombustível fabricadas no país.
Em Rosário/Argentina, desde julho/2018 funcionam 365 ônibus urbanos com B25, uma mescla de combustível composta de 25% biodiesel e 75% gasolina convencional, em outras unidades já funcionam com o B100. 
A iniciativa também deve baratear os custos do sistema, segundo o governo provincial o litro do biodiesel está cerca de 10 pesos argentinos – cerca de R$ 0,06 – menor do que o cobrado pelo diesel fóssil. Isso deverá diminuir o impacto do fim dos subsídios dados por Buenos Aires. “[A troca do diesel fóssil por biodiesel] não vai resolver totalmente o problema, mas ajudara a mitigar o impacto”, aponta Lifschitz. “E mesmo se não os subsídios não tivessem sido descontinuado, promoveríamos igualmente o uso de biocombustíveis porque isso reduz o impacto ambiental”, completa.
A província de Santa Fé propõe que todo transporte público utilize biocombustível.
Em meados deste ano, a cidade de Rosário – a maior da província de Santa Fé – havia lançado um projeto para o uso de 25% de biodiesel em sua frota municipal com alguns carros rodando com B100. A experiência serviu como teste para a nova iniciativa. (aprobio)

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Brasil atinge 7 mil empresas de energia solar e geração distribuída

Segundo mapeamento do Portal Solar, companhias já geraram cerca de 6 mil empregos somente neste ano
A energia solar fotovoltaica vive um momento bastante particular em sua história recente no Brasil. O crescimento exponencial do setor nos últimos anos, com geração de emprego, inovação e desenvolvimento, praticamente segurou o País durante o longo período de queda da atividade econômica vivenciado pelo País de 2015 para cá.
O Brasil já soma cerca de 7 mil empresas que atuam com energia solar em especial nas áreas de equipamentos e serviços para a geração distribuída, conforme mapeamento recente do Portal Solar, maior marketplace do segmento no País. Estimativas dão conta de que as companhias empregam atualmente 20 mil profissionais, com investimentos acumulados que ultrapassam R$ 20 bilhões.
A projeção é que, até o final deste ano, o setor solar seja responsável pelo acréscimo de cerca de 12 mil novos postos de trabalho no País. No caso específico da geração distribuída, o levantamento do Portal Solar mostra que as empresas já geraram 9 mil empregos somente neste ano.
O Portal Solar possui uma média mensal de acesso de 200 mil pessoas, que movimentam cerca de R$ 20 milhões em compra e venda dos mais de 1,5 mil produtos ofertados. Dos quase 40 mil sistemas fotovoltaicos instalados até hoje nos telhados brasileiros, 16 mil projetos foram validados pelo site. Os clientes finais (consumidores) já deixaram mais de 5 mil avaliações dos serviços prestados.
Outra dado de destaque no mapeamento do Portal Solar é o perfil do consumidor. Segundo levantamento, a renda média familiar das pessoas interessadas em gerar a própria energia a partir da fonte fotovoltaica é de R$ 2.857,00 (Classe C).
A pesquisa mostra ainda que 30% dos consumidores são empresários,  25% assalariados, 22% autônomos ou profissionais liberais, 16% funcionários públicos e 8% aposentados ou pensionistas. Do total, 75% dos sistemas estão em residências. Apenas 25% foram instalados em comércios e indústrias.
No ranking dos estados, os consumidores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram o nível de interesse por geradores solares. Do total de procura no Portal Solar, os paulistas representam 23,23%, seguido pelos mineiros, com 11,83%, e fluminenses, com 11,13% (veja ranking abaixo).
Ranking dos estados com maior interesse pela energia solar:
1
São Paulo
23,23%
2
Minas Gerais
11,83%
3
Rio de Janeiro
11,13%
4
Rio Grande do Sul
6,99%
5
Paraná
6,28%
6
Bahia
5,10%
7
Santa Catarina
4,34%
8
Ceará
4,16%
9
Pernambuco
3,22%
10
Goiás
3,40%
(portalsolar)

Itaipu e ONU mudanças Climáticas apresenta potencial da hidroeletricidade na COP24

Itaipu e ONU mudanças Climáticas irão apresentar potencial da hidroeletricidade na COP 24.
Instituições serão parceiras na conferência sobre as melhores práticas para o setor. Plataforma Soluções Sustentáveis em Água e Energia também será lançada no evento, que acontece entre os dias 2 e 14 de dezembro na Polônia.
Itaipu a maior usina brasileira é parceira da ONU no combate a mudanças climáticas.
A Itaipu Binacional será parceria da ONU Mudanças Climáticas para apresentar as melhores práticas do setor durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 24, que acontecerá em Katowice, Polônia, entre 2 a 14 de dezembro. A parceria com a binacional, demonstra o reconhecimento de como a energia hidráulica em questão pode prover eletricidade em larga escala, ao mesmo tempo em que evita as emissões de gases de efeito estufa.
A usina abastece cerca de 15% do consumo energético brasileiro e 86% do paraguaio, além de deter o recorde mundial de geração anual, com 103,1 milhões de MWh gerados em 2016. À título de comparação, para uma produção de energia equivalente a partir do uso do petróleo como fonte, seriam necessários mais de meio milhão de barris por dia.
Na apresentação do acordo, a UNFCCC reconheceu que, embora projetos de grandes usinas como a Itaipu apresentem inicialmente impactos ambientais e sociais, no caso da binacional, estes foram compensados pelos cuidados ambientais na região em torno do reservatório. E a empresa vai além da compensação, atuando em diversas frentes para o desenvolvimento sustentável das comunidades localizadas na fronteira entre os dois países.
Itaipu é líder na produção mundial de energia hidroelétrica.
Conforme a ONU Mudanças Climáticas, embora a evolução das energias solar e eólica venha sendo o carro-chefe da transição para uma economia de baixo carbono, a hidroeletricidade permanece como um dos pilares da matriz energética em algumas partes do globo, como na América Latina, onde representa mais de 80% da capacidade instalada, segundo a Agência de Energia Renovável Internacional.
É por isso que a fonte hidráulica tem um papel-chave a desempenhar no Acordo de Paris, em que 175 países do mundo inteiro se comprometeram com a ação climática, com objetivo de limitar o aumento da temperatura global e seus efeitos mais adversos, como secas e tempestades mais severas.
Parceria com a UNDESA
A empresa também estabeleceu uma parceria, Soluções Sustentáveis em Água e Energia com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU – UNDESA, em março de 2018, e lançará a plataforma para essa iniciativa durante a COP 24.
O objetivo é construir uma rede global multi-stakeholder que permitirá o incremento de capacidades, diálogos e cooperação em vários níveis para facilitar a implementação da Agenda 2030, particularmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 (Água Potável e Saneamento) e 7 (Energia Limpa e Acessível), que estão fortemente conectados com o ODS 13 (Ação Climática).
ONU e Itaipu mostram papel de hidroelétricas contra mudanças climáticas.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm, afirmou que as mudanças climáticas desafiam governos, empresas e outras organizações a trabalharem em conjunto para construir um futuro sustentável para todos. Na sua visão “Itaipu não deve apenas gerar energia limpa e renovável, mas também promover a segurança hídrica, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento social no Brasil e no Paraguai”. (canalenergia)

domingo, 18 de novembro de 2018

ONU, mudanças climáticas, Itaipu e a hidroeletricidade

ONU, mudanças climáticas e Itaipu demonstram o potencial da hidroeletricidade na COP24.
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 24, em Katowice, Polônia, de 2 a 14 de dezembro), a Itaipu Binacional será parceria da ONU Mudanças Climáticas (UNFCCC, em inglês) para apresentar as melhores práticas do setor.
Em 22/11/18 a organização ligada às Nações Unidas anunciou em sua página na web (clique aqui para acessar o texto) a parceria com a binacional, apresentada como exemplo de como a energia hidráulica pode prover eletricidade em larga escala, ao mesmo tempo em que evita as emissões de gases de efeito estufa.
Localizada na fronteira do Brasil e do Paraguai, a usina abastece cerca de 15% do consumo brasileiro de eletricidade e 86% do paraguaio. Detém o recorde mundial de geração anual, com 103,1 milhões de MWh gerados em 2016. Para produzir energia equivalente, seriam necessários mais de meio milhão de barris de petróleo por dia.
Na apresentação da parceria, a UNFCCC reconhece que, embora projetos de grandes usinas como a Itaipu apresentem inicialmente impactos ambientais e sociais, no caso da binacional, estes foram compensados pelos cuidados ambientais na região em torno do reservatório. E a empresa vai além da compensação, atuando em diversas frentes para o desenvolvimento sustentável das comunidades localizadas na fronteira entre os dois países.
Conforme a ONU Mudanças Climáticas, embora a evolução das energias solar e eólica venha sendo o carro-chefe da transição para uma economia de baixo carbono, a hidroeletricidade permanece como um dos pilares da matriz energética em algumas partes do globo, como na América Latina, onde representa mais de 80% da capacidade instalada, de acordo com a Agência de Energia Renovável Internacional (Irena, em inglês).
É por isso que a fonte hidráulica tem um papel-chave a desempenhar no Acordo de Paris, em que 175 países do mundo inteiro se comprometeram com a ação climática, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global e seus efeitos mais adversos, como secas e tempestades mais severas.

Parceria com a UNDESA
A empresa estabeleceu a parceria Soluções Sustentáveis em Água e Energia com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UNDESA), em março de 2018, e lançará uma plataforma para essa iniciativa durante a COP 24.
O objetivo é construir uma rede global multi-stakeholder que permitirá incrementar capacidades, diálogos e cooperação em vários níveis para facilitar a implementação da Agenda 2030, particularmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 (Água Potável e Saneamento) e 7 (Energia Limpa e Acessível), que estão fortemente conectados com o ODS 13 (Ação Climática).
“As mudanças climáticas desafiam governos, empresas e outras organizações a trabalharem juntas para construir um futuro sustentável para todos. A Itaipu entende que deve não apenas que gerar energia limpa e renovável, mas também promover a segurança hídrica, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento social no Brasil e no Paraguai”, afirma o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm.
“Itaipu é uma parceria binacional que demonstra que o entendimento comum entre nações é um fator-chave para construir o caminho para a sustentabilidade e para reduzir os impactos das mudanças climáticas”, afirma o diretor-geral paraguaio José Alberto Alderete Rodríguez.
Algumas das iniciativas da empresa para combater as mudanças climáticas, promover a segurança hídrica e minimizar impactos sociais no Brasil e no Paraguai são:
A preservação de 104 mil hectares da Mata Atlântica nos dois países;
A recuperação de bacias hidrográficas ao redor do reservatório, protegendo nascentes e matas ciliares, empregando técnicas de conservação de solos e incentivando a agricultura sustentável;
O pagamento de mais de US$ 11 bilhões em royalties aos tesouros nacionais brasileiro e paraguaio, que são distribuídos aos governos federais, estados e municípios dos dois países;
No Paraguai, a Itaipu coordena o programa Paraguai Biodiversidade, que busca preservar a diversidade biológica ligando fragmentos de remanescentes florestais e promovendo o uso sustentável da terra;
A frota da Itaipu é movida quase que exclusivamente a eletricidade ou a biocombustíveis, o que evita a emissão de cerca de 900 toneladas de CO2 equivalente por ano.
Eventos da Itaipu na COP 24
Representantes da Itaipu participarão dos seguintes eventos sobre energias renováveis e segurança hídrica durante a Conferência do Clima das Nações Unidas:
Cerimônia de lançamento: Rede Global “Soluções Sustentáveis em Água e Energia” 4 de Dezembro / 17h40 às 19h10 / Espaço Brasil na COP 24 (clique aqui)
Side event “Soluções sustentáveis em água e energia como resposta integrada à mudança climática” 5 de Dezembro / 9h30 às 11h / MCK Theatre
Side event “Estimulando a biodiversidade a infraestrutura verde baseada em serviços ecossistêmcios para a mitigação e adaptação à mudança climática” 5 de Dezembro / 18h às 19h30 / MCK Theatre
Sobre as parcerias entre a ONU Mudanças Climáticas e outras partes interessadas
A parceria com a Itaipu faz parte de uma série de parcerias estabelecidas pela ONU Mudanças Climáticas com stakeholders relevantes para apoiar a ação climática. As parcerias para a COP 24 promovem um envolvimento crescente dos chamados "non-Party stakeholders" (partes interessadas que não são Partes da convencão), conforme previsto na Parceria Marrakesh para a Ação Climática Global (MPGCA, em inglês).
A MPGCA foi lançada durante a COP 22 pela Conferência das Partes, explicitamente estimulando a adesão das outras partes interessadas (incluindo a inciativa privada) à ação climática, para ajudar na consecução do Acordo de Paris. Todas as organizações da sociedade são fortemente encorajadas a incrementar seus esforços e a apoiar as ações para reduzir as emissões, bem como a fortalecer a resiliência e diminuir a vulnerabilidade aos efeitos adversos das mudanças climáticas.
Sobre Itaipu:
A Itaipu Binacional é a maior geradora de hidroeletricidade na história, com mais de 2,6 bilhões de MWh produzidos desde 1984. A usina é resultado de uma parceria entre o Brasil e o Paraguai e está localizada no Rio Paraná, fronteira entre os dois países. Com 14.000 MW de capacidade instalada, detém o recorde mundial de produção anual, com 103,1 milhões de MWh produzidos em 2016. É responsável por 15% do suprimento de eletricidade ao Brasil e 86% ao Paraguai. O alcance de Itaipu, entretanto, vai muito além da geração de energia, com diversos projetos voltados ao desenvolvimento sustentável da região de fronteira entre os dois países. (itaipu)

Brookfield Energia Renovável mira em eólica e solar para crescer em 2019

Foco no ambiental e social se torna ativo importante da companhia para atração de clientes do varejo e da indústria preocupados com a sustentabilidade de seus negócios.
A Brookfield Energia Renovável chega ao fim de 2018 com sensação de dever cumprido. A empresa, parte de um grupo que está há mais de cem anos no Brasil, acrescentou só no ano corrente 350 MW de capacidade instalada e ainda tem uma hidrelétrica prestes a entrar em operação. Sem desacelerar, a empresa mira agora o ano de 2019, com boas perspectivas e foco nas fontes solar e eólica para manter o ritmo de crescimento.
O presidente da companhia, Carlos Gros, afirma que o foco continua na geração limpa e renovável. “Estamos sempre em busca de novas oportunidades e o investimento em energia solar tem se mostrado uma tendência. Hoje, pela nossa operação brasileira, já gerimos uma planta solar no Uruguai e a expectativa é que no futuro próximo a gente possa incorporar essa tecnologia ao nosso portfólio também no Brasil”, afirmou o executivo. O grupo no mundo já opera um portfólio de 1.400 MW da fonte.
O executivo afirmou que o Brasil tem papel-chave para os negócios da Brookfield no mundo, não só pela história, como também pela crescente demanda de energia e infraestrutura, que são os focos do grupo. “O Brasil é um pais grande, jovem e com grande potencial de crescimento, e isso faz com que ele seja um ótimo país para investir. É lógico que existem desafios, mas isso faz parte do negócio. A energia eólica por exemplo, que é um dos nossos focos de crescimento para 2019, está em expansão em todo Brasil”, observou.
Em relação ao futuro do Brasil, a empresa se mostra positiva quanto a melhoria da economia. “Nas questões regulatórias, temos uma agenda extensa que esperamos discutir com o governo empossado”, afirmou.
A Brookfield tem forte atuação no mercado livre de energia brasileiro e, com isso, vê o crescimento da preocupação com a sustentabilidade pelas empresas que buscam soluções de energia. Isso tem beneficiado os negócios da Brookfield focados em fontes de energia limpa e sustentáveis. Gros disse que as empresas estão cada vez mais conscientes de que é preciso crescer de forma sustentável, e a energia renovável traz um impacto positivo para os negócios e reduz o impacto ambiental. Além de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, as empresas podem mostrar ao consumidor final que o tema tem importância na cadeia de valor.
“Temos recebido cada vez mais pedidos de grandes empresas para emitir certificados de energia renovável, para visitar nossas instalações e ver que operamos com total segurança e respeito ao meio ambiente e às comunidades, e que temos a geração de energia limpa e renovável como prioridade”, contou o executivo. Esse foco no ambiental e social tem trazido retornos positivos para a Brookfield na captação de novos clientes.
Gros contou ainda que, em 2018, a companhia conseguiu atrair algumas das maiores empresas brasileiras, tanto na área de varejo quanto da indústria, todas com a mesma preocupação com a sustentabilidade e com a eficiência. “Também consolidamos nossa parceria com os atuais clientes, renovando diversos contratos. Nos orgulhamos de dizer que a grande maioria dos nossos clientes já estão no segundo, terceiro e até quarto ciclo de contratação conosco”, continuou.
Ele lembrou ainda que a empresa continua a desenvolver diversos trabalhos socioambientais junto às comunidades no entorno dos ativos. A Brookfield também tem investido na melhora contínua do ambiente de trabalho. “Trouxemos a diversidade para o centro de nossas discussões, e estamos nos dedicando para termos um ambiente de trabalho cada vez mais seguro, inclusivo e diverso”, adiantou. (canalenergia)

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Emissão no setor energético brasileira subiu 2% em 2017

Emissões no setor de energia do Brasil subiram 2% em 2017.
As emissões brasileiras de gases de efeito estufa caíram 2,3% em 2017 em comparação com o ano anterior. O país emitiu 2,071 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico equivalente no ano passado, contra 2,119 bilhões de toneladas em 2016.
Os dados, inéditos, são da sexta edição do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa), do Observatório do Clima, lançada dia 21/11/18 em São Paulo/SP.
A queda foi puxada pela redução da taxa de desmatamento na Amazônia. No ano passado, a destruição da floresta recuou 12%, na esteira da retomada da fiscalização do IBAMA.
Entretanto, o setor de energia, que acompanha de perto o PIB, interrompeu o comportamento de queda gerado pela crise econômica, observado em 2015 e 2016 (ano em que as emissões caíram 7%). Em 2017, as emissões do setor cresceram cerca de 2%, de 424 milhões para 431 milhões de t CO2e.
transporte é o principal emissor do setor de energia (209 milhões de toneladas de CO2e, ou 48%), seguido pelo consumo energético na indústria (66 milhões de toneladas 15%) e pela geração de eletricidade (59 milhões de toneladas, ou 14%).
As emissões provenientes da geração de eletricidade tiveram a maior porcentagem de aumento (7%), devido a uma nova queda da geração de energia em hidrelétricas, com o consequente aumento da geração termoelétrica a combustível fóssil (9%). Apesar disso, as fontes renováveis não hídricas (eólicas, térmicas a biomassa e solares) continuam subindo de maneira consistente e estão praticamente “empatadas” em geração com as fontes fósseis: em 2017, a termoeletricidade fóssil supriu 107 TWh da demanda brasileira, enquanto as renováveis não -hídricas supriram 94 TWh.
O setor de energia foi um dos que mais avançaram no Brasil nos dois últimos anos – em todos os segmentos.
“A nova coleção do SEEG continua a demonstrar a predominância da atividade de transporte, sobretudo rodoviário de cargas e individual de passageiros, nas emissões do setor de energia”, disse David Tsai, pesquisador do Instituto de Energia e Meio Ambiente, organização que produziu os cálculos dos setores de Energia e Processos Industriais. (ubrabio)