ONU, mudanças climáticas e Itaipu
demonstram o potencial da hidroeletricidade na COP24.
Durante a Conferência das
Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 24, em Katowice, Polônia, de 2
a 14 de dezembro), a Itaipu Binacional será parceria da ONU Mudanças Climáticas
(UNFCCC, em inglês) para apresentar as melhores práticas do setor.
Em 22/11/18 a organização
ligada às Nações Unidas anunciou em sua página na web (clique aqui
para acessar o texto) a parceria com a binacional, apresentada como
exemplo de como a energia hidráulica pode prover eletricidade em larga escala,
ao mesmo tempo em que evita as emissões de gases de efeito estufa.
Localizada na fronteira do
Brasil e do Paraguai, a usina abastece cerca de 15% do consumo brasileiro de
eletricidade e 86% do paraguaio. Detém o recorde mundial de geração anual, com
103,1 milhões de MWh gerados em 2016. Para produzir energia equivalente, seriam
necessários mais de meio milhão de barris de petróleo por dia.
Na apresentação da parceria,
a UNFCCC reconhece que, embora projetos de grandes usinas como a Itaipu
apresentem inicialmente impactos ambientais e sociais, no caso da binacional,
estes foram compensados pelos cuidados ambientais na região em torno do
reservatório. E a empresa vai além da compensação, atuando em diversas frentes
para o desenvolvimento sustentável das comunidades localizadas na fronteira
entre os dois países.
Conforme a ONU Mudanças
Climáticas, embora a evolução das energias solar e eólica venha sendo o
carro-chefe da transição para uma economia de baixo carbono, a
hidroeletricidade permanece como um dos pilares da matriz energética em algumas
partes do globo, como na América Latina, onde representa mais de 80% da
capacidade instalada, de acordo com a Agência de Energia Renovável
Internacional (Irena, em inglês).
É por isso que a fonte hidráulica tem um papel-chave a desempenhar no Acordo de Paris, em que 175 países do mundo inteiro se comprometeram com a ação climática, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global e seus efeitos mais adversos, como secas e tempestades mais severas.
É por isso que a fonte hidráulica tem um papel-chave a desempenhar no Acordo de Paris, em que 175 países do mundo inteiro se comprometeram com a ação climática, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global e seus efeitos mais adversos, como secas e tempestades mais severas.
Parceria com a UNDESA
A empresa estabeleceu a parceria Soluções Sustentáveis em Água e Energia com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UNDESA), em março de 2018, e lançará uma plataforma para essa iniciativa durante a COP 24.
A empresa estabeleceu a parceria Soluções Sustentáveis em Água e Energia com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UNDESA), em março de 2018, e lançará uma plataforma para essa iniciativa durante a COP 24.
O objetivo é construir uma
rede global multi-stakeholder que permitirá incrementar capacidades, diálogos e
cooperação em vários níveis para facilitar a implementação da Agenda 2030,
particularmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 (Água
Potável e Saneamento) e 7 (Energia Limpa e Acessível), que estão fortemente
conectados com o ODS 13 (Ação Climática).
“As mudanças climáticas
desafiam governos, empresas e outras organizações a trabalharem juntas para
construir um futuro sustentável para todos. A Itaipu entende que deve não
apenas que gerar energia limpa e renovável, mas também promover a segurança
hídrica, a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento social no Brasil e
no Paraguai”, afirma o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm.
“Itaipu é uma parceria
binacional que demonstra que o entendimento comum entre nações é um fator-chave
para construir o caminho para a sustentabilidade e para reduzir os impactos das
mudanças climáticas”, afirma o diretor-geral paraguaio José Alberto Alderete
Rodríguez.
Algumas das iniciativas da
empresa para combater as mudanças climáticas, promover a segurança hídrica e
minimizar impactos sociais no Brasil e no Paraguai são:
A preservação de 104 mil
hectares da Mata Atlântica nos dois países;
A recuperação de bacias
hidrográficas ao redor do reservatório, protegendo nascentes e matas ciliares,
empregando técnicas de conservação de solos e incentivando a agricultura
sustentável;
O pagamento de mais de US$ 11
bilhões em royalties aos tesouros nacionais brasileiro e paraguaio, que são
distribuídos aos governos federais, estados e municípios dos dois países;
No Paraguai, a Itaipu
coordena o programa Paraguai Biodiversidade, que busca preservar a diversidade
biológica ligando fragmentos de remanescentes florestais e promovendo o uso
sustentável da terra;
A frota da Itaipu é movida
quase que exclusivamente a eletricidade ou a biocombustíveis, o que evita a emissão
de cerca de 900 toneladas de CO2 equivalente por ano.
Eventos da Itaipu na
COP 24
Representantes da Itaipu
participarão dos seguintes eventos sobre energias renováveis e segurança
hídrica durante a Conferência do Clima das Nações Unidas:
Cerimônia de lançamento: Rede
Global “Soluções Sustentáveis em Água e Energia” 4 de Dezembro / 17h40 às 19h10
/ Espaço Brasil na COP 24 (clique aqui)
Side event “Soluções
sustentáveis em água e energia como resposta integrada à mudança climática” 5
de Dezembro / 9h30 às 11h / MCK Theatre
Side event “Estimulando a
biodiversidade a infraestrutura verde baseada em serviços ecossistêmcios para a
mitigação e adaptação à mudança climática” 5 de Dezembro / 18h às 19h30 / MCK
Theatre
Sobre as parcerias entre a ONU Mudanças Climáticas e outras partes
interessadas
A
parceria com a Itaipu faz parte de uma série de parcerias estabelecidas pela
ONU Mudanças Climáticas com stakeholders relevantes para apoiar a ação
climática. As parcerias para a COP 24 promovem um envolvimento crescente dos
chamados "non-Party stakeholders" (partes interessadas que não são
Partes da convencão), conforme previsto na Parceria Marrakesh para a Ação
Climática Global (MPGCA, em inglês).
A
MPGCA foi lançada durante a COP 22 pela Conferência das Partes, explicitamente
estimulando a adesão das outras partes interessadas (incluindo a inciativa
privada) à ação climática, para ajudar na consecução do Acordo de Paris. Todas
as organizações da sociedade são fortemente encorajadas a incrementar seus
esforços e a apoiar as ações para reduzir as emissões, bem como a fortalecer a
resiliência e diminuir a vulnerabilidade aos efeitos adversos das mudanças
climáticas.
Sobre Itaipu:
A
Itaipu Binacional é a maior geradora de hidroeletricidade na história, com mais
de 2,6 bilhões de MWh produzidos desde 1984. A usina é resultado de uma
parceria entre o Brasil e o Paraguai e está localizada no Rio Paraná, fronteira
entre os dois países. Com 14.000 MW de capacidade instalada, detém o recorde
mundial de produção anual, com 103,1 milhões de MWh produzidos em 2016. É
responsável por 15% do suprimento de eletricidade ao Brasil e 86% ao Paraguai.
O alcance de Itaipu, entretanto, vai muito além da geração de energia, com
diversos projetos voltados ao desenvolvimento sustentável da região de
fronteira entre os dois países. (itaipu)
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