“O
mundo inteiro está em busca de energia limpa. As indústrias estão escolhendo o
local para se instalar com base em energia limpa. E o Brasil é o país que está
mais bem posicionado para produzir hidrogênio verde, energia eólica, solar e
biomassa. Tudo o que está disponível tecnologicamente nós estamos com vantagem
competitiva, e isso pode ser um forte componente de atração de investimentos
estrangeiros para o Brasil e de reindustrialização do capital nacional, se
tomarmos algumas medidas centrais para pensar o reposicionamento da indústria
na nossa economia”, disse o ministro durante reunião de diretoria da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo.
Em entrevista coletiva após reunião com a ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze, Marina Silva destacou a importância das parcerias com os europeus. No caso da Alemanha, haverá um reforço de €$ 203 milhões (R$ 1,1 bilhão) do país europeu para ações socioambientais no Brasil.
“O Brasil está fazendo um esforço muito grande pra ampliar a cooperação de base tecnológica também. Acordo de cooperação técnica e científica para que possamos acelerar ainda mais a possibilidade de o Brasil ser um grande fornecedor de energia para a Europa, em função do potencial que temos de produção de hidrogênio verde. Mas, também, a busca de parceria com empresas alemãs, empresas europeias, para que possamos ter investimentos no Brasil nessa agenda”, disse Marina.
Svenja Schulze reforçou a
agenda conjunta dos dois países, inclusive no setor energético, no que ela
classificou como um apoio mútuo. “O Brasil realmente pode ser uma nação líder
na área de hidrogênio verde”.
O pacote anunciado hoje pelas duas ministras para os próximos 100 dias prevê €$ 35 milhões para o Fundo Amazônia, que tem como gestor o BNDES e €$ 31 milhões para um fundo de apoio aos estados amazônicos, em projetos de proteção e uso sustentável das florestas, alinhados com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia. O PPCDAM será atualizado pelo governo federal, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Produção de energia limpa é um mar de oportunidades.
Estão incluídos ainda €$ 29,5 milhões para um fundo garantidor de eficiência
energética para pequenas e médias empresas, via BNDES, e €$ 80 milhões em empréstimos com juros reduzidos a
agricultores, voltado para o reflorestamento, por meio do Banco do Brasil.
Outros €$ 13,1 milhões são para a recuperação de áreas
degradadas, com apoio a pequenos agricultores; €$ 9 milhões vão apoiar cadeias de abastecimento sustentáveis (2
projetos da agência alemã GIZ com o Ministério da Agricultura e IFAD); €$ 5,37 milhões irão para o fomento de energias
renováveis na indústria e no setor de transportes (consultoria da GIZ com o Ministério
de Minas e Energia).
Segundo Schulz, a ideia e fazer rapidamente cooperação, com um programa imediato já para os primeiros 100 dias. Mas este seria o primeiro pacote, já que a Alemanha pretende fazer novas negociações anualmente.
A ministra Marina Silva anunciou que os recursos do Fundo da Amazônia estão sendo direcionados neste primeiro momento a questões emergenciais, como a situação de saúde, o grave problema de fome e a segurança do povo Yanomami, em um primeiro passo para a desintrusão (retirada) de garimpeiros ilegais da terra indígena. (canalenergia)
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