COP 30 representa
oportunidade para o Brasil mostrar liderança em renováveis, diz ABGD.
Contudo, o vice-presidente da
NSI Energia e conselheiro da ABGD, Aurelio de Souza, destacou que Belém
necessitará de grandes investimentos. “Entre os setores estão: infraestrutura,
melhorias na logística terrestre e fluvial, mobilidade sustentável, construção,
reforma e ampliação de meios de hospedagens, acesso à energia limpa e renovável,
gestão de resíduos, inclusão social e desenvolvimento de uma bioeconomia
circular, treinamento e formação de mão de obra, dentre outras ações. Hoje
cerca de um milhão de pessoas ainda estão no escuro”. Ele ainda pontuou que é
necessário ações e dinheiro para sediar a COP e esse orçamento está nas mãos do
governador.
Para a ABGD, a COP30 no Brasil representa uma oportunidade para a sociedade civil ter uma participação mais ativa, visto que acontecerá em uma região sensível do ecossistema da Amazônia Legal onde a atuação de organizações privadas sem fins lucrativos é bastante expressiva.
Brasil sediará a COP 30 e reforça protagonismo da energia solar no combate às mudanças climáticas
Segundo Aurelio de Souza, a
transição energética justa é um processo que busca garantir que todos os países
e pessoas sejam beneficiados com a transição para uma economia de baixo
carbono. “Isso significa que as comunidades que dependem dos combustíveis
fósseis para sua subsistência devem ser apoiadas para se adaptarem à mudança”.
Ele ainda citou que essa é exatamente a situação em diversas comunidades na
Amazônia Legal, a dependência, exclusiva em muitos casos, de combustíveis
fósseis, aliada à necessidade de desenvolver uma bioeconomia circular que apoiam
a manutenção dos serviços ambientais.
De acordo com o executivo, o
sistema isolado (SISOL) da região Norte é grande consumidor de diesel, chegando
a ser uma dicotomia, uma das florestas mais ricas e de maior biodiversidade do
planeta, ser eletrificada por quase 180 geradores acionados 100% a diesel.
“O consumo de diesel
continuará elevado, com projeção de despesas de R$ 11,95 bi provenientes da
conta combustível comum (CCC). Para 2024, a estimativa da EPE é de um consumo
de 1,6 bilhão de litros de diesel”, declarou. Entretanto, ele destacou que
houve uma redução de carga de 5,4% em comparação a 2022, atribuída a
renováveis.
Voltando a COP 28, o evento
finalizou com o consenso de “acelerar o abandono global dos combustíveis
fósseis durante esta década, a ser realizada de uma forma justa, ordenada e
equitativa”. Também foi acordado em não mais adicionar dióxido de carbono na
atmosfera até meados deste século (2050). A COP 28 também abordou outras
questões importantes relacionadas à transição energética, como o financiamento
climático, a associação entre natureza e saúde, e a mobilização para uma COP
mais inclusiva nos próximos eventos.
Além das decisões oficiais, a conferência também foi palco de uma série de iniciativas e compromissos individuais de países, empresas e organizações da sociedade civil. Por exemplo, o Brasil anunciou que se comprometeu a alcançar a neutralidade climática até 2050, e o Reino Unido até 2045.
Belém do Pará e a COP-30: Desafios e Oportunidades para a Amazônia
A cidade de Belém do Pará, situada na Amazônia, região Norte do Brasil, com toda a sua riqueza natural, gastronômica e cultural, foi escolhida para sediar a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, também conhecida como COP-30. (canalenergia)
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