Autonomia de carros elétricos
triplicada com nova bateria de estado sólido que acaba de ser montada na
Europa. Menos pese, mais espaço e segurança
Uma das coisas que todos os
fabricantes de carros elétricos buscam é encontrar uma maneira de estender a
autonomia igualando ou superando a dos veículos com motor de combustão interna
(ICE), pois isso ajudaria a que muito mais pessoas optassem por comprar um
carro elétrico.
Para conseguir uma maior
autonomia, é necessário ter uma bateria com maior capacidade de armazenamento
de energia e isso será possível com esta nova bateria.
A chave: é uma bateria de
estado sólido
As baterias de estado sólido são aquelas que usam um eletrólito sólido em vez de um líquido, como as baterias de íon de lítio que conhecemos hoje. E, embora parecesse difícil de alcançar, o projeto HELENA comunicou que conseguiram montar com sucesso células de bateria de estado sólido com um eletrólito de halogênio. Isso é muito importante, pois nos aproxima cada vez mais da instalação dessas baterias em carros elétricos.
Mais autonomia para carros elétricos
O problema com as baterias de
lítio é que, à medida que completam ciclos de carga, a capacidade energética
diminui. Isso significa que as cargas vão durar menos e o carro percorrerá
menos quilômetros. E isso porque o eletrólito líquido solidifica com o tempo, o
que pode fazer com que a bateria superaqueça e, em alguns casos, exploda.
Tudo isso é resolvido com uma
bateria de estado sólido, que possui cátodos e ânodos e um eletrólito sólido.
Isso ajuda a prevenir a formação de dendritas, que são as responsáveis pela
perda de capacidade energética das baterias de lítio. Além disso, essas
baterias podem armazenar o triplo da energia, aumentando significativamente a
autonomia de um carro elétrico.
E não pense que isso significa um tempo de carga maior, pois também é reduzido. O peso e o tamanho também seriam reduzidos, o que nos daria carros mais espaçosos. E, no aspecto da segurança, essas baterias não superaquecem e são capazes de suportar temperaturas extremas.
Resolvendo o problema do cobalto
As células de bateria do
projeto HELENA têm um ânodo de lítio metálico e um cátodo de
níquel-manganês-cobalto. O cobalto é provavelmente um mineral escasso que não
poderá suprir toda a demanda atual.
Além disso, é um elemento
muito caro e a grande maioria se encontra em um único lugar, a República
Democrática do Congo. Se somarmos tudo isso, obtemos que não é um mineral fácil
de obter.
O projeto HELENA projetou esta bateria para que 90% do cobalto possa ser reciclado e usado em novas baterias, o que poderia resolver o problema da obtenção do mineral.
Um projeto de origem europeia
HELENA é a sigla de um
projeto de bateria de estado sólido intitulado “Halide solid state batteries
for Electric Vehicles and Aircraft”, que traduzido para o português é:
“Baterias de estado sólido de halogênio para veículos elétricos e aeronaves”.
Este projeto é financiado pela União Europeia, o que permite que a pesquisa continue e que, em breve, possamos dirigir carros com maior autonomia graças às baterias de estado sólido.
(clickpetroleoegas)
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