O presidente da empresa, Ciro
Possobom, marcou o posicionamento mercadológico em encontro com a imprensa. “A
estratégia do Brasil não pode ser igual à chinesa, que deu prioridade ao carro
elétrico. Acreditamos no motor flex e não está nos planos uma mudança radical,
pois aumentaria demais os custos de produção. O flex é um ativo do país e um
híbrido desse tipo faz mais sentido”.
Veículos elétricos (VE) não
estão incluídos, nessa rodada de investimentos em manufatura, pois a previsão é
apenas para 2030, embora a empresa vá importar pelo menos mais um VE até 2028.
A VW contempla investimentos
em todas as suas quatro fábricas, inclusive a de motores em São Carlos (SP),
onde será produzido o novo TSI de 1,5 litro flex que atende aplicação híbrida.
O modelo para São José dos
Pinhais (PR) deverá ser uma picape intermediária na mesma faixa da Rampage e da
Toro. Talvez o nome Tarok seja o escolhido, mas de porte maior que o protótipo
exibido no Salão do Automóvel de 2018. São Bernardo do Campo (SP) estará
comprometida com a nova arquitetura híbrida flex MEB Hybrid e dois produtos
inéditos.
Possobom adiantou que também
haverá um modelo somente com motor a combustão em São Bernardo. Quem sabe uma
Saveiro de cabine dupla e quatro portas, hoje apenas com duas portas? A
concorrente direta Strada, líder absoluta, tem 60% de suas vendas concentradas
nas de quatro portas. Um segundo novo produto será híbrido flex, talvez baseado
no Virtus.
Para Taubaté (SP) tudo indica
um inédito SUV compacto que será bem diferente do crossover Nivus. O executivo
descartou a entrada da marca no segmento de subcompactos, onde concorrem apenas
Kwid e Mobi.
Esta semana o banco estatal BNDES aprovou um financiamento de R$ 500 milhões para VW desenvolver produtos “alinhados à sustentabilidade, à eficiência e à transição energética para os próximos anos”. Valor meramente simbólico: apenas 3,1% do investimento total do fabricante.
Volkswagen eleva investimentos e aposta mais em híbridos que elétricos
Mercado começa o ano com
vendas encorajadoras
Fenabrave viu a confirmação,
pelo menos no primeiro mês do ano, que as vendas ao mercado interno de veículos
leves e pesados em 2024 devem surpreender. Foram comercializadas 161.601
unidades que representaram 13,2% a mais que janeiro de 2023. Se considerados
apenas os veículos leves o avanço foi de 16,8%.
A média de emplacamentos foi
de 7.300 unidades/dia, o melhor resultado para janeiro dos últimos três anos.
Para o presidente da
associação, Maurício Andretta Jr., há uma melhora na venda no varejo de
automóveis e comerciais leves, respondendo por 60% do total. Ele atribui isso
“ao custo e ao acesso ao crédito que melhoraram a partir do último trimestre de
2023. Aliados à expectativa de redução dos juros básicos (taxa Selic) ao longo
de 2024, podem incrementar a disponibilidade e diminuir a restrição de crédito
por parte dos agentes financeiros”.
Durante vários meses no ano
passado o mercado corporativo dominou a participação entre veículos
comercializados. Locadoras também tiveram um 2023 muito forte no último
trimestre. Para 2024 a Fenabrave prevê, preliminarmente, que o mercado interno
crescerá 12% e a Anfavea estima um avanço bem menor, de 6%.
Os números podem sofrer
revisões à medida que a economia brasileira reagir. Em 2023 o avanço deveu-se à
grande safra agrícola plantada em 2022. No entanto, este ano não se repetirá
por razões climáticas. Economistas esperam números para o PIB bem mais
discretos e isso se reflete nas vendas de veículos.
Mudanças em análise no STF da lei Renato Ferrari, que regula as vendas entre fabricantes e concessionárias, têm potencial de gerar atritos entre as duas partes. Marcas chinesas vêm usando o expediente da venda direta para pessoas físicas, que contorna a atual lei, o que se reflete em preço menor aos compradores em razão da menor incidência de imposto.
Honda ZR-V se insere bem em segmento disputado
SUV que tomou o lugar do sedã
Civic no Brasil (agora só com o Type R), seguindo a onda mundial de suvização
do mercado, o ZR-V enfrenta bem a forte concorrência. Vindo do México, portanto
isento de imposto de importação, dispõe de motor 2.0, apenas a gasolina, com
161 cv e 19,1 kgfm de torque. Câmbio é um CVT de sete marchas.
O ZR-V mostra bom desempenho, mas a diferença de potência em relação, por exemplo, ao líder Corolla Cross (177 cv e 21,4 kgfm com etanol) dá para sentir. Não chega a decepcionar, em especial no modo Sport, porém nesse aspecto um dos principais concorrentes o supera.
O estilo está entre os pontos altos. Discreto onde pode, mais arrojado onde deve. Destaques para desenho dos faróis de LED, vincos laterais e ponteira de escapamento cromada. No interior, o assoalho plano traseiro proporciona bom espaço para três passageiros e há duas portas USB-C, mas sem saídas para ar-condicionado. Porta-malas de 389 litros poderia ser um pouco maior. Traz tela multimídia de 9 pol. com espelhamento de Android Auto, Apple CarPlay e carregamento de telefone celular por indução.
Posição ao volante mais
baixa, bancos com firmeza e boa sustentação lateral, além de freio de
estacionamento de imobilização automática (auto hold) são pontos de honra para
a Honda.
Preço: R$ 214.500.
O ZR-V mostra bom desempenho, mas a diferença de potência em relação, por exemplo, ao líder Corolla Cross (177 cv e 21,4 kgfm com etanol) dá para sentir. Não chega a decepcionar, em especial no modo Sport, porém nesse aspecto um dos principais concorrentes o supera. (msn)
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