O Brasil concordou neste sábado em triplicar o montante pago ao Paraguai pela energia gerada pela hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira dos dois países, terminando uma longa disputa que prejudicou as relações entre os dois países.
O Paraguai também ganhou o direito de gradualmente vender o excesso de energia gerado pela hidrelétrica diretamente para o mercado brasileiro, ao invés de fazê-lo exclusivamente através da estatal Eletrobrás. Isso irá permitir que o Paraguai consiga vender mais energia a preço de mercado.
O acordo é uma vitória política importante para o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, cujo primeiro ano de governo foi contaminado por escândalos sobre revelações de que ele se tornou pai quando ainda era um bispo católico e pela severa crise econômica.
O acordo, contudo, deverá enfrentar críticas no Brasil, onde líderes da oposição e até mesmo alguns aliados do governo pediram que Lula jogasse duro com o Paraguai.
Lugo chegou ao poder em agosto do ano passado depois de prometer extrair do Brasil melhores condições sobre a energia que o país vende de Itaipu.
Tanto Lugo quanto o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva saudaram o acordo como histórico, afirmando que ele deverá conduzir a uma nova era de relações entre os dois países baseada em cooperação, ao invés de recriminações sobre quem se beneficia mais de Itaipu.
ACORDO DE DOIS VENCEDORES
Lula disse que o acordo é parte de uma ampla pressão brasileira para fomentar o desenvolvimento econômico nos países vizinhos menores.
"O Brasil não está interessado em crescer e se desenvolver se nossos vizinhos não estiverem crescendo e se desenvolvendo ao mesmo tempo," afirmou Lula, em uma cerimônia com Lugo no palácio presidencial em Assunção, capital do Paraguai.
"Este não é um acordo onde um lado perde e outro ganha," disse Lugo. "Ele é para o bem dos dois países."
Inicialmente, Lugo buscou renegociar o tratado de 1973 que fundou as bases de Itaipu, que tem suas fronteiras ao longo do rio Paraná. Mas o Brasil recusou a proposta e pressionou para obter um acordo que permitiria ao Paraguai levantar os benefícios que recebe da represa.
O Brasil recebe quase 20 por cento da sua energia de Itaipu, pagando ao Paraguai cerca de 120 milhões de dólares por ano, um valor que agora irá triplicar. Cada país é dono de cerca de 14.000 megawatts que a represa produz anualmente, mas o Paraguai consome somente 5 por cento deste total e vende o restante para a Eletrobrás por 45 dólares o megawatt/hora.
O Paraguai será, finalmente, autorizado a vender uma parcela crescente desse excesso de energia diretamente para o mercado brasileiro, onde pode chegar a 65 dólares por megawatt/hora nos preços atuais de mercado.
O acordo também estipulou que o Brasil e o Paraguai poderão vender o excesso de energia de Itaipu para outros países a partir de 2023, quando o tratado de Itaipu expira.
O Paraguai também ganhou o direito de gradualmente vender o excesso de energia gerado pela hidrelétrica diretamente para o mercado brasileiro, ao invés de fazê-lo exclusivamente através da estatal Eletrobrás. Isso irá permitir que o Paraguai consiga vender mais energia a preço de mercado.
O acordo é uma vitória política importante para o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, cujo primeiro ano de governo foi contaminado por escândalos sobre revelações de que ele se tornou pai quando ainda era um bispo católico e pela severa crise econômica.
O acordo, contudo, deverá enfrentar críticas no Brasil, onde líderes da oposição e até mesmo alguns aliados do governo pediram que Lula jogasse duro com o Paraguai.
Lugo chegou ao poder em agosto do ano passado depois de prometer extrair do Brasil melhores condições sobre a energia que o país vende de Itaipu.
Tanto Lugo quanto o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva saudaram o acordo como histórico, afirmando que ele deverá conduzir a uma nova era de relações entre os dois países baseada em cooperação, ao invés de recriminações sobre quem se beneficia mais de Itaipu.
ACORDO DE DOIS VENCEDORES
Lula disse que o acordo é parte de uma ampla pressão brasileira para fomentar o desenvolvimento econômico nos países vizinhos menores.
"O Brasil não está interessado em crescer e se desenvolver se nossos vizinhos não estiverem crescendo e se desenvolvendo ao mesmo tempo," afirmou Lula, em uma cerimônia com Lugo no palácio presidencial em Assunção, capital do Paraguai.
"Este não é um acordo onde um lado perde e outro ganha," disse Lugo. "Ele é para o bem dos dois países."
Inicialmente, Lugo buscou renegociar o tratado de 1973 que fundou as bases de Itaipu, que tem suas fronteiras ao longo do rio Paraná. Mas o Brasil recusou a proposta e pressionou para obter um acordo que permitiria ao Paraguai levantar os benefícios que recebe da represa.
O Brasil recebe quase 20 por cento da sua energia de Itaipu, pagando ao Paraguai cerca de 120 milhões de dólares por ano, um valor que agora irá triplicar. Cada país é dono de cerca de 14.000 megawatts que a represa produz anualmente, mas o Paraguai consome somente 5 por cento deste total e vende o restante para a Eletrobrás por 45 dólares o megawatt/hora.
O Paraguai será, finalmente, autorizado a vender uma parcela crescente desse excesso de energia diretamente para o mercado brasileiro, onde pode chegar a 65 dólares por megawatt/hora nos preços atuais de mercado.
O acordo também estipulou que o Brasil e o Paraguai poderão vender o excesso de energia de Itaipu para outros países a partir de 2023, quando o tratado de Itaipu expira.
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