A riqueza da biosfera, bem como a riqueza dos solos e sua produtividade, dependerão de maneira decisiva de quanta “biomassa” em forma de folhas, lenha residual e palha, retirarmos deles para consumo nosso ou quanto deixarmos nas áreas. Nas florestas da Idade Média, das quais não somente foram retiradas lenha e palha, mas também submetidas a uma intensiva exploração pecuária, após 700 anos podem ser reconhecidas como áreas florestais degradadas.
Mandamento racional é utilizar com máxima parcimônia e eficiência a biomassa, cujas florestas e campos extraímos nosso provimento alimentar e energético. Em longo prazo não poderemos dar perdas desproporcionalmente elevadas, inevitáveis para a obtenção de sunfuel! O processo não deixará resíduos em forma de cinzas que com seus preciosos componentes minerais possam ser devolvidas às lavouras ou florestas. As cinzas deverão ser vitrificadas em escórias a temperaturas de >1400°C, para posterior uso como material de construção.
As matérias (a “biomassa”) de florestas, campos e lavouras não estão disponíveis em massa ou de forma ilimitada, se nosso alvo é que a humanidade de amanhã, sem a abundância das energias fósseis dos últimos 100 anos, possa viver de forma sustentável e digna. Supre as necessidades alimentares de todos os seres superiores, a produção florestal e agrícola poderá servir para cobrir por um lado as necessidades de matérias primas e por outro as necessidades de energia e combustíveis dos seres humanos. É importante que haja uma suficiente reposição, aos solos florestais e agrícolas, das substâncias naturais e dos nutrientes de teor energético (folhas, cascas, lenha residual e palha, esterco, chorume de biogás e cinzas), para que a biosfera e os solos não empobreçam, nem diminua a sua produtividade.
Na verdade deveria ser o mais nobre objeto de nossa ciência descobrir que parcelas da “biomassa” poderão retirar, também para fins energéticos, sem causar danos aos ecossistemas da terra, e sem turbar o inteligente balanço entre construção e decomposição de matérias orgânicas, que constituem o fundamento de uma vida abundante.
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