A União Europeia ampliou em mais de 35% sua produção de biodiesel em 2008, mas o desempenho não foi considerado um sucesso pelas autoridades ligadas ao segmento. A velocidade de crescimento tem que ser maior para que o bloco atinja metas de redução de poluentes.
No ano, a produção foi de 7,7 bilhões de litros, um aumento de 35,7% em comparação com 2007. Parte relevante do avanço pode ser creditada à França, segunda maior fabricante de biodiesel da UE. O país mais que dobrou sua produção, levando-a a 1,81 bilhões de litros. Em contrapartida, a Alemanha, líder mundial no setor, viu sua produção cair 2,5%, para 2,82 bilhões de litros. A Itália manteve-se no terceiro posto no bloco, com 595 milhões de litros, um aumento de 64%.
De acordo com o Comitê Europeu de Biodiesel (EBB, na sigla em inglês), que apresentou ontem os dados, o desempenho em 2008 ficou "bem abaixo do que os fabricantes da UE poderiam alcançar". O argumento é explicitado pela capacidade ociosa: em 2006, a produção no bloco correspondeu a 80% da capacidade instalada, fatia que passou a 55% no ano seguinte e a 48% em 2008.
A meta da UE é que, em 2020, os biocombustíveis passem a responder por 10% dos combustíveis consumidos para transporte. Para chegar ao objetivo, a oferta total terá que alcançar 33 bilhões de litros - nem tudo, ressalve-se, será de produção própria, já que parte do abastecimento será feita com combustível importado.
Com a atualização dos dados europeus, o Brasil manteve-se entre os cinco principais fabricantes mundiais de biodiesel. Em 2008, a produção do país foi de 1,17 bilhões de litros, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A produção brasileira crescerá em 2009, já que foi ampliada de 3% para 4% a mistura obrigatória de biodiesel no diesel mineral. Mesmo com o avanço, a relevância comercial do biodiesel nacional no exterior é pequena - a produção abastece o mercado interno.
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