A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou por apertados 219 votos a favor e 212 votos contra a "Lei Americana de Segurança e Energia Limpa", um marco na legislação climática que vai mudar a forma como o país usa energia, ao obrigar as refinarias, usinas de energia e outros negócios a cortarem suas emissões de gases que provocam o efeito estufa. A apertada votação reforça os desafios que o projeto de lei vai enfrentar para se tornar efetiva. Espera-se que no Senado os obstáculos sejam ainda maiores.
Mesmo assim, a passagem da polêmica lei na votação de junho de 2009 deu ao presidente Barack Obama e aos Democratas uma grande vitória em um marco da agenda política da administração e deu a Washington um forte instrumento de barganha antes das negociações internacionais de mudança climática no final deste ano. Esta também foi a primeira vez que o Congresso dos EUA votou por uma lei que reduz as emissões de gases do efeito estufa.
A legislação tem como objetivo reduzir a emissão de gases do efeito estufa que acredita-se que contribuem para o aquecimento global em 17% abaixo dos níveis de 2005 em 2020 e em mais de 80% até 2050. Ao limitar as emissões enquanto cria um mercado para compra e venda dos direitos para emissão de tais gases, o projeto coloca um preço sobre a emissão de gases como dióxido de carbono e metano e aumenta o custo da produção de energia.
Os produtores de combustíveis fósseis convencionais terão de desenvolver tecnologias para capturar os gases do efeito estufa ou vão perder participação de mercado para energias alternativas que até tinham um custo de produção mais caro. Se o texto se tornar lei, espera-se que uma enxurrada de dólares deve fluir para as indústrias envolvidas em energia renovável, biocombustíveis avançados, tecnologia de bateria e eficiência energética. Por outro lado, a lei vai atingir a indústria de petróleo.
Um comentário:
Até que enfim USA vai abraçar uma causa de preocupação universal.
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