Atualmente, no Mundo, 70% do petróleo são utilizados nos transportes e o consumo dessa forma pode ampliar 55% até 2030.
Em 2030, a demanda potencial mundial por etanol e biodiesel pode ficar entre 242,0 e 556,0 milhões de t./ano e para substituir apenas entre 10% e 24% da demanda por gasolina e diesel, respectivamente. Os EUA querem trocar 15% do consumo de gasolina por biocombustíveis nos próximos 10 anos (99,8 milhões de t./ano).
Na Índia, segundo o renomado consultor e cientista sério ítalo/brasileiro, prof. Neddo Zecca, uma das maiores autoridades mundiais em biodiesel e energias alternativas, o País está alguns anos a nossa frente na pesquisa e cultivo do revolucionário pinhão-manso e de testes de utilização do seu biodiesel. Por diversas vezes, ele lá esteve e mantém correspondência constante com os principais cientistas indianos e técnicos do Governo sobre os assuntos.
Na Índia, os debates para incentivos ao plantio de pinhão-manso para biodiesel iniciaram em Seminário em 1999 (no Brasil foram em 1995) e as pesquisas evoluíram muito desde então e com o uso intensivo de transgenia (em 2005 já se chegou a 100,0 mil ha). Inicialmente, o Governo plantou 10,0 mil hectares em Hyderabad para pesquisas e para iniciar a produção de sementes e mudas certificadas e de alta produtividade.
Desde 2003, O Governo e Empresas processadoras estão investindo US$ 300,0 milhões em incentivos ao plantio de 400,0 mil hectares de pinhão-manso (“Jatropha curcas L.”), sob a forma de fomento envolvendo, sobretudo, mudas e fertilizantes. A maior parte está sendo plantada nos Estados de Maharashtra, Andhra Pradesh, Madhya Pradesh e Uttar Pradesh. Cerca de 200,0 mil hectares serão cultivados nas áreas de florestas manejadas, em consórcios, e mais 200,0 mil em áreas de pastagens degradadas.
Incrivelmente, a Índia já detinha 14,0 milhões de hectares de florestas sob manejo florestal sustentado e nós aqui ainda discutindo os assuntos “florestas, reservas, APP e meio ambiente” e nos preocupando, apenas, com as variedades de pinhão a serem pesquisadas. No caso do algodão, não houve esta apaixonada discussão inicial pela pesquisa no Brasil e que nos leva a perder muito tempo, empregos, desenvolvimento de regiões muito pobres e importantes posições no futuro mercado mundial de biodiesel -, pois a maior parte de nossas sementes iniciais de alta produtividade vieram ainda em 1988 do Egito – cultivares Gisa e Pima -; de Israel – cultivares H10 e Eden – e, em 1990, dos EUA – diversas cultivares “Delta Pine”. A partir de 1992, já tínhamos as nossas OCEPAR 7, ITA 90, IAC e Coodetec. No trigo – um cultivo de clima muito frio e que hoje produz sob irrigação e com alta produtividade no calor e até em regiões de sequeiro do Centro-Oeste -, ocorreu o mesmo e nossas variedades iniciais vieram ainda em 1969 do CIMMYT - Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo do México e foram as cultivares Sonora 63, Sonora 64, INIA F66, Jupateco F73 e Anahuac F75. Hoje, já temos diversos cultivares plenamente adaptados ao Brasil e com boas produtividades como CEP 24, EMBRAPA 16, CD 104 e as BRS e IAPAR.
Na Índia, o Governo e Empresas pretendem incentivar e implantar 13,4 milhões de há de pinhão-manso e sob diversas formas, o que significa que o cultivo já foi testado e provado de forma suficiente, inclusive em termos de obtenção de variedades confiáveis e com altas produtividades médias.
Testes realizados pela exigente Daimler Chrysler com o biodiesel produzido pelo pinhão-manso na Índia apresentaram conformidade e características de enquadramento na norma européia EN 14214.
Em 2006, a poderosa e muito exigente BP British Petroleum anunciou que iria investir US$ 9,4 milhões em projetos no TERI - The Energy and Resources Institute no Estado de Andhra Pradesh para demonstrar a viabilidade de se produzir biodiesel de Jatropha curcas L. O Projeto - a ser implantado em 10 anos - iria cultivar 8,0 mil há de pinhão em pastagens degradadas e para produzir-se pelo menos 9,0 milhões de litros/ano, tudo observando e cumprindo as normas de desenvolvimento sócio ambiental justo e sustentável.
Assim, segundo Neddo Zecca: “a BP estava investindo no pinhão-manso, desmentindo a afirmação de pesquisadores da EMBRAPA e suas insinuações descuidadas, para não dizer enviesadas ou maldosas. Pesquisadores especiais os nossos que criticam antes de pesquisar ou se inteirar corretamente”. Por outro lado, segundo Zecca, a EPAMIG estava num bom caminho, mas faltavam recursos, incentivos e, sobretudo, certa independência.
Em março/2008, segundo o Dr. Kristen Kurczac da BP Biofuels (British Petroleum), a proposta conjunta da BP mais da D1 Oils era produzir 2,0 milhões de t. de biodiesel de Jatropha/ano na Índia, tornando-se as maiores do Mundo na área. Entre 2007 e 2012 iriam investir US$ 160,0 milhões para tanto. A D1 Oils estava incentivando com sementes e mudas o cultivo de 172,0 mil há de Jatropha na Índia, no sul da África e na Ásia.
Mais detalhes sobre biodiesel de pinhão-manso na Índia podem ser obtidos, em inglês, com o Prof. Naveen Kumar – Coordenador do Programa de Pesquisa de Biodiesel do Delhi College of Engineering pelo e-mail naveenkumardce@rediffmail.com
Resultados do cultivo de jatropha curcas na índia, segundo o indian biofuels awareness center
Segundo, o Dr. RatanJyot VanErand, do Indian Biofuels Awareness Center, o cultivo de pinhão-manso (Jatropha curcas) na Índia produz com 4 a 5 anos, podendo ser cultivado em sequeiro. Nos campos de ensaios da Faculdade de Engenharia Agrícola e Instituto de Pesquisa Tamil Nadu Agricultural University, a Jatropha amadureceu e chegou à colheita após 6 meses e 16 dias após o plantio.
Maiores informações contate em inglês o Mr. Mahadeo Vihar da Shivrai Technologies na cidade de Pune (Índia) pelo e-mail info@shivrai.co.in ou o Mr. Satish Lele no satish.lele@gmail.com Eles vendem um livro completo acerca e com mais de 675 páginas.
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http://www.energiasur.com/biocombustibles/AltieriHoltBiotecnologiaCombustible.htm
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