Programas de uso racional de energia se tornam parte da gestão estratégica das companhias.
A crise financeira, a necessidade de reduzir custos e as preocupações com sustentabilidade e com o suprimento de energia no longo prazo está ampliada o mercado no Brasil para as empresas que realizam projetos de eficiência energética, conhecidas como escos. Em 2008, o setor faturou R$ 1,4 bilhão, um aumento de 35% em relação a 2007. Para este ano, o salto deve chegar a 70%.
As escos começaram a ganhar espaço com o apagão energético de 2001, quando o setor privado se viu às voltas com a necessidade de economizar energia. “Agora, a eficiência energética está sendo incorporada à gestão das companhias. Hoje é um movimento mais estrutural, não para remediar uma situação pontual de falta de energia”, diz Maria Cecília Amaral, diretora executiva da Abesco, a associação que reúne as empresas do setor e que realiza, na semana que vem o sexto Congresso de Eficiência Energética, em São Paulo. Segundo ela, o potencial de mercado para essas empresas é ainda maior, uma vez que o País perde, todo ano, R$ 17 bilhões com o desperdício de energia.
A seguradora Porto Seguro é uma das empresas que precisou economizar energia na época do apagão e que transformou a necessidade em um programa mais abrangente de eficiência energética. Em 2001, a empresa começou a fazer, com a ajuda de uma esco, a Nittoguen, o mapeamento do consumo de energia em sua sede, no bairro de Campos Elíseos, em São Paulo, onde trabalham em torno de 4,5 mil pessoas.
“Descobrimos que o ar condicionado e o sistema de iluminação do prédio, que tem mais de 50 anos de construção, estavam consumindo energia demais”, conta Adriano Almeida, coordenador do setor de obras e projetos da Porto Seguro.
Uma vez detectado o problema, os passos seguintes foram modernizar as instalações elétricas, trocar os equipamentos obsoletos e, num segundo momento, expandir as reformas para os demais imóveis da empresa – 260 em todo o Brasil. O investimento de R$ 3 milhões se pagou em três anos, com uma economia de energia da ordem de 20% em relação a 2001.
“Os resultados foram surpreendentes”, diz Almeida. De 2001 até hoje, a empresa conseguiu registrar uma economia anual de 900 megawatts/ano, o equivalente à produção de uma pequena central hidrelétrica. Quem envereda por esse caminho da eficiência energética acaba gostando.
Expansão
Outro fator que tem impulsionado a atuação das escos é a lei da eficiência energética (Lei 10.295/01), que prevê que as concessionárias de energia elétrica destinem 0,5% de sua receita líquida para projetos de uso racional de energia. Grande parte desses projetos está voltada para famílias de baixa renda. São programas de troca de geladeiras antigas e de regularização de instalações elétricas em favelas e palafitas.A MGD Engenharia, de São Paulo, é uma das escos que têm realizado projetos desse tipo, em parceria com concessionárias como Elektro e CPFL Energia. “Conseguimos regularizar 20.000 residências de baixa renda nos últimos 3 anos”, diz Norberto Duarte, presidente da MGD Engenharia. A empresa também realiza projetos para a indústria, e tem clientes como Vicunha Têxtil, Kaiser e Eaton. A demanda está crescendo 30% ao ano e deve continuar nesse ritmo.
A crise financeira, a necessidade de reduzir custos e as preocupações com sustentabilidade e com o suprimento de energia no longo prazo está ampliada o mercado no Brasil para as empresas que realizam projetos de eficiência energética, conhecidas como escos. Em 2008, o setor faturou R$ 1,4 bilhão, um aumento de 35% em relação a 2007. Para este ano, o salto deve chegar a 70%.
As escos começaram a ganhar espaço com o apagão energético de 2001, quando o setor privado se viu às voltas com a necessidade de economizar energia. “Agora, a eficiência energética está sendo incorporada à gestão das companhias. Hoje é um movimento mais estrutural, não para remediar uma situação pontual de falta de energia”, diz Maria Cecília Amaral, diretora executiva da Abesco, a associação que reúne as empresas do setor e que realiza, na semana que vem o sexto Congresso de Eficiência Energética, em São Paulo. Segundo ela, o potencial de mercado para essas empresas é ainda maior, uma vez que o País perde, todo ano, R$ 17 bilhões com o desperdício de energia.
A seguradora Porto Seguro é uma das empresas que precisou economizar energia na época do apagão e que transformou a necessidade em um programa mais abrangente de eficiência energética. Em 2001, a empresa começou a fazer, com a ajuda de uma esco, a Nittoguen, o mapeamento do consumo de energia em sua sede, no bairro de Campos Elíseos, em São Paulo, onde trabalham em torno de 4,5 mil pessoas.
“Descobrimos que o ar condicionado e o sistema de iluminação do prédio, que tem mais de 50 anos de construção, estavam consumindo energia demais”, conta Adriano Almeida, coordenador do setor de obras e projetos da Porto Seguro.
Uma vez detectado o problema, os passos seguintes foram modernizar as instalações elétricas, trocar os equipamentos obsoletos e, num segundo momento, expandir as reformas para os demais imóveis da empresa – 260 em todo o Brasil. O investimento de R$ 3 milhões se pagou em três anos, com uma economia de energia da ordem de 20% em relação a 2001.
“Os resultados foram surpreendentes”, diz Almeida. De 2001 até hoje, a empresa conseguiu registrar uma economia anual de 900 megawatts/ano, o equivalente à produção de uma pequena central hidrelétrica. Quem envereda por esse caminho da eficiência energética acaba gostando.
Expansão
Outro fator que tem impulsionado a atuação das escos é a lei da eficiência energética (Lei 10.295/01), que prevê que as concessionárias de energia elétrica destinem 0,5% de sua receita líquida para projetos de uso racional de energia. Grande parte desses projetos está voltada para famílias de baixa renda. São programas de troca de geladeiras antigas e de regularização de instalações elétricas em favelas e palafitas.A MGD Engenharia, de São Paulo, é uma das escos que têm realizado projetos desse tipo, em parceria com concessionárias como Elektro e CPFL Energia. “Conseguimos regularizar 20.000 residências de baixa renda nos últimos 3 anos”, diz Norberto Duarte, presidente da MGD Engenharia. A empresa também realiza projetos para a indústria, e tem clientes como Vicunha Têxtil, Kaiser e Eaton. A demanda está crescendo 30% ao ano e deve continuar nesse ritmo.
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