terça-feira, 30 de outubro de 2018

Brasil ultrapassa marca de 14 GW em capacidade eólica

Brasil ultrapassa marca de 14 GW em capacidade eólica, afirma Abeeólica.
Brasil ultrapassa marca de 14 GW em capacidade eólica, afirma Abeeólica
O Brasil ultrapassou a expressiva marca de 14 GW em capacidade instalada de energia eólica, atingindo 14,34 GW através de 568 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados.
Para efeito de comparação, o valor é o mesmo da capacidade instalada de Itaipu, a maior hidrelétrica do país.
A constatação é da Associação Brasileira de Energia Eólica - Abeeólica, que aponta um crescimento consistente da fonte eólica, que passou de menos de 1 GW em 2011 para os 14 GW atuais completamente conectados à rede de transmissão. Em média, a energia gerada pela fonte equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões de habitações, ou 80 milhões de pessoas.
Elbia Gannoum, Presidente Executiva da ABEEólica, destacou alguns marcos que ilustram a importância do setor eólico na capacidade de crescimento, investimentos e benefícios para o país, lembrando que o Brasil passou do 15º lugar no Ranking de Capacidade Instalada de energia eólica em 2012 para a 8ª posição no ano passado, segundo o Global Wind Energy Council.
"Também é importante mencionar que, no ano passado, a Bloomberg New Energy Finance estimou o investimento do setor eólico no Brasil em US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4 bilhões), representando 58% dos aportes realizados em renováveis", comentou, afirmando que, considerando o período de 2010 a 2017, o investimento já passa dos US$ 30 bilhões.
Segundo o último Boletim Mensal de Dados do ONS, referente ao mês de setembro, a energia eólica já atende a quase 14% do Sistema Interligado Nacional. O Boletim também aponta que em 19/09/18, a geração através dos ventos chegou ao percentual de 13,98% de atendimento recorde do SIN.
 Ao todo, o Ceará é responsável pela geração de 2.049,9 megawatts (MW), a partir de 80 usinas eólicas.
No caso específico do Nordeste, os recordes de atendimentos a carga já ultrapassam 70%. O dado mais recente de recorde da região é em 13/09/18, quando 74,12% da demanda foi atendida pela energia eólica, com geração média diária de 7.839,65 MWmed e fator de capacidade de 76,58%. Nesta data, houve uma máxima às 8h, com 82,34% de atendimento da demanda e 85,98% de fator de capacidade. Cabe mencionar também que, nesse mesmo dia, o Nordeste foi exportador de energia durante todo dia, uma realidade totalmente oposta ao histórico do submercado que é por natureza importador de energia.
De acordo com dados do InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, nos primeiros oito meses do ano de 2018, as eólicas geraram uma quantidade de energia 19% superior ao gerado no mesmo período do ano passado. A CCEE também informou que durante o mês de agosto, as EOLs registraram a maior produção de energia da história ao alcançar 7.017 MW médios, elevando para 11,5 a representatividade da fonte em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema em 2018.
Para a Abeeólica, até 2024 serão instalados mais 4,46 GW em 186 novos parques eólicos, levando o segmento à marca de 18,80 GW, considerando apenas leilões já realizados e contratos firmados no mercado livre. Com novos leilões, a tendência é de que estes montantes se elevem.
Sobre novas contratações e o futuro da fonte, além de relacionar a opção eólica com ideais de uma sociedade mais justa e de um futuro mais sustentável e de respeito à natureza, Elbia ressaltou que matriz eólica tem a qualidade de ser diversificada e que o crescimento deve continuar "O que podemos dizer é que a escolha de sua contratação faz sentido do ponto de vista técnico, social, ambiental e econômico, já que tem sido a mais competitiva nos últimos leilões". (portaldoagronegocio)

GE investe no mercado aeroderivativo para apoiar crescimento das renováveis

Iniciativa prevê aporte de US$ 200 milhões em três anos para ampliar soluções de tecnologia e serviços no setor de turbinas a gás natural, colaborando para flexibilização do sistema elétrico.
Além da questão global de descarbonização do sistema, o aumento do uso do gás no Brasil demonstra a participação estratégica do insumo junto à expansão das fontes renováveis no país, que devem crescer em até 30% sua participação em capacidade total instalada até 2030, indicando um inevitável crescimento do sistema elétrico nacional nas próximas décadas, tanto em tamanho como na variabilidade de fontes e complexidade da rede.
Atuando no país há quase 100 anos, com soluções que vão desde a geração de energia, renovável ou térmica, passando pela transmissão, distribuição e consumo final e serviços, a GE se mostra atenta a este cenário e tem apostado na utilização do combustível como forma de balancear a matriz energética brasileira, promovendo e incentivando o uso de energia elétrica gerada a partir de fontes limpas.
A ideia é ajudar a prover um abastecimento diversificado, permitindo um back-up da rede, à medida que mais capacidade de energia renovável entra em operação. Essa transição energética apresenta necessidades e desafios únicos e crescentes de flexibilidade para equilibrar o sistema. É sob este ponto que a GE Power enxerga uma oportunidade significativa para seus negócios de turbinas a gás aeroderivadas, onde planeja investir mais de US$ 200 milhões nos próximos três anos, com novas soluções de produção e capacidades de serviços.
Essa meta inclui a possível expansão do seu centro de serviços em Houston e a possível ampliação de suas soluções Cross-Fleet para repotencializar turbinas a gás e motores pesados. A tecnologia aeroderivada está bem posicionada no mercado, com perspectivas como a baixa emissão de gases, eficiência no consumo do combustível, rampa de aceleração curta e possibilidade de iniciar operação várias vezes no dia, além dos serviços ancilares.
De acordo com um estudo de 2016 da Technavio, a indústria global de turbinas a gás deverá crescer a uma taxa anual de quase 5% entre 2016 e 2020, e os equipamentos aeroderivados provavelmente se tornarão a principal tecnologia para fornecimento de serviços de balanceamento da energia renovável. Os desequilíbrios de potência, devido à variabilidade das fontes renováveis, estão forçando cada vez mais os geradores convencionais a operar de maneira mais flexível para equilibrar as fontes intermitentes e fornecer serviços de resiliência da rede.
Centro de Serviços em Houston (EUA)
Dado esse papel crítico na infraestrutura de energia, o tempo de inatividade pode ser caro, e é extremamente importante que os operadores tenham planos para garantir a continuidade das operações e o mínimo de tempo perdido para manutenção e reparos.
Martin O’ Neill, Diretor Geral de Serviços de Turbinas a Gás Aeroderivadas para os Negócios de Serviços de Energia da GE, afirmou que a fabricante está comprometida em desenvolver as melhores soluções para estes tipos de peças, “que estão posicionadas exclusivamente para fornecer a geração de energia flexível que nossos clientes precisam em um mercado tão complexo e dinâmico”, comentou.
Para ele, é fundamental que a empresa continue a injetar novos investimentos para criar soluções de serviços que possibilitem maior flexibilidade, confiabilidade e desempenho e disponibilizá-las para produtores de energia e operadores industriais com equipamentos que não sejam da companhia.
O momento do gás natural
O mercado brasileiro apresenta grande potencial para o desenvolvimento do gás natural, tendo em vista o aumento de sua produção no pré-sal e a previsão de que a produção brasileira diária do combustível deva aumentar nos próximos 10 anos, passando dos atuais 61 milhões de m³/dia para 95 milhões m³/dia em 2026, segundo estimativas da Empresa de Pesquisa Energética incluídas no Plano Decenal 2026.
Já quanto ao consumo, dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado – Abegás indicam que o uso do gás não pára de subir no Brasil, tendo sido registrado elevação de 6% na comparação com o primeiro semestre de 2017. Já a utilização da matéria-prima pela indústria bateu recorde em agosto, ultrapassando a marca de 30 milhões de m³/dia pela primeira vez em três anos.
O desenvolvimento do setor é iminente com ampliação de oportunidades de negócios em todas as etapas da cadeia produtiva. É um momento especial para o combustível no país, em que projetos do tipo vêm sendo cada vez mais comercializados, devido à forte inserção das renováveis que irá demandar térmicas a gás, onde o governo prevê que sejam acrescentados 12 GW da fonte nos próximos 12 anos.
Esse tipo de geração é importante para estabilizar a intermitência das fontes limpas, além de trabalharem para suprir a produção das hidrelétricas quando os reservatórios apresentam escassez de recursos hídricos, o que vem acontecendo recorrentemente no país.
Quanto ao crescimento do insumo, sua utilização apresenta as melhores vantagens quando combinado com energia solar, eólica e armazenamento de energia, fornecendo o efeito de equilíbrio correto para o sistema, seja como uma carga de base ou como uma ferramenta de gerenciamento de pico tarifário para os clientes, já que usinas a gás pode ser ativado durante períodos de baixa oferta de energia renovável, como falta de ventos os raios solares.
Segundo estimativas da consultoria Technavio, 61% das novas plantas de geração no mundo serão de renováveis em 2026, sendo que o gás natural responderá por 21% dessa matriz, o carvão por 11%, e a nuclear 4%.
No caso a fonte eólica vem sendo a protagonista no processo de expansão das fontes limpas, sendo a que mais cresce em capacidade instalada e a mais viabilizada em leilões de energia. A solar também cresce no Brasil, mais na modalidade de geração distribuída, em que o consumidor ao instalar um sistema fotovoltaico na sua casa, produz energia que vai ser vendida para a distribuidora, obtendo créditos na sua conta de luz.
Quanto à questão da digitalização das operações e do setor elétrico, à medida que os sistemas de gás se tornam mais inteligentes com as novas tecnologias digitais e de software, diversos benefícios são previstos, um deles o apoio aos novos conceitos para micro redes inseridas em sistemas com múltiplas fontes para aumentar a resiliência e o tempo de reação diante de interrupções.
Além disso, os sistemas de energia distribuída construídos em torno de redes de gás podem fornecer rápida recuperação de eletricidade para serviços públicos como hospitais, abastecimento de água e agências governamentais, o que é muito importante para atenuação de desastres e diversas ocorrências.
Repotenciação com Turbinas a Gás Aeroderivadas da GE
Visando ampliar sua capacidade para ajudar a superar os desafios impostos pela modernização do setor energético, a multinacional expandiu suas soluções Cross-Fleet para repotencializar turbinas a gás de outros fabricantes. Através da tecnologia aeroderivada, a GE revelou já ter alcançado mais de US$ 15 milhões em pedidos para a categoria.
As unidades aeroderivadas se mostram como uma excelente opção para prover uma energia mais barata e um sistema elétrico de melhor qualidade e mais limpo em comparação com os motores a pistão queimando óleo pesado, (HFO, em sua sigla em inglês), fonte atual em operação em diversas regiões. Os novos equipamentos podem ser operados quando necessário, podendo proporcionar economia de combustível e manutenção quando as energias renováveis estão disponíveis. No final do dia, quando o sol se põe, as turbinas podem rapidamente gerar energia e manter as luzes acesas.
Além disso, em uma rede instável e com alta variação de frequência, a energia solar, por exemplo, é incapaz de gerar eletricidade para a rede. Por sua vez o sistema aeroderivado pode fornecer a estabilidade de rede necessária para permitir a integração de mais renováveis.
A GE beneficia-se dos quase 50 anos de experiência no mercado aeroderivado – que é baseado no legado da GE Aviation – bem como da extensa experiência em turbinas a vapor, geradores, caldeiras de recuperação de calor (HRSG), adquiridos na aquisição da Alstom Energia em novembro de 2015, incluindo a capacidade de prestar serviços em equipamentos de outros fabricantes (OEMs).
Expansão do centro de serviços de Houston
Para garantir a organização e funcionalidade dessa expansão no mercado, a GE está investindo em suas capacidades para trabalhar de maneira mais rápida em seu Centro de Serviços em Houston (HSC), o maior centro de serviços para turbinas aeroderivadas da classe LM da empresa.
Em 2017, o Centro aplicou mais de 340.000 homem-horas para solucionar os problemas dos clientes, com uma ampla gama de revisões de turbinas, atualizações de módulos e reparos, apoiando mais de 470 operadores de plantas em mais de 60 países, incluindo o Brasil e outros países da América Latina. Com a ampliação anunciada, a expectativa é de que o site aumentará o fluxo da fábrica e instalações, adicionando aproximadamente 40 empregos, investindo em recursos e processos digitais para atender mais que as atuais 500 turbinas e módulos por ano, atendendo a um volume maior do que qualquer outro centro de reparos da fabricante no planeta.
Como foi apontado por Rick McPherson, gerente da planta de Walnut Creek, operada pela NRG, a GE e a NRG possuem um longo relacionamento, corroborado ainda mais no ano passado, quando foi enviado para reparo um módulo “supercore” para o centro de serviço de Houston. “A gerência e a equipe técnica da GE forneceram um cronograma preciso e atualizações à medida que os reparos avançavam pelo sistema. Com um tempo de partida fria de menos de 10 minutos, nossa frota de turbinas aeroderivadas flexíveis está bem preparada para suportar as ambiciosas metas de energia renovável da Califórnia”, comentou McPherson, acenando para a continuidade da parceria com equipe da GE em Houston.
Além disso, a GE Power decidiu implementar os investimentos para garantir que suas tecnologias aeroderivadas continuassem a crescer como parte essencial do cenário de geração para seus clientes, como a Southern California Edison (SCE). Para tal, a companhia trabalhou com a SCE para co-desenvolver a Termelétrica Híbrida, que está em operação há quase um ano. Com as tecnologias e armazenamento de energia da GE, o site da SCE teve uma redução de 60% nas emissões de gases de efeito estufa e 50% menos partidas, através da operação combinada de turbinas aeroderivadas e baterias de armazenamento de energia. (canalenergia)

domingo, 28 de outubro de 2018

Energia renovável responderá por 50% de toda eletricidade até 2050

Energia renovável deve responder por 50% da eletricidade mundial até 2050.
“Assim como a Idade da Pedra não acabou por falta de pedras, a Era do Petróleo chegará ao fim, não por falta de óleo” - (Sheikh Ahmed-Zaki Yamani, 2000)
O novo relatório da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) – New Energy Outlook (NEO) para 2018 – traz boas notícias para a indústria de energia renovável, com previsão de que a energia eólica e solar aumente sua participação na matriz energética global para cerca de 50% até 2050. No mesmo período, o carvão deve encolher para 11% da geração global de eletricidade e as baterias para aumentar em popularidade como os preços despencam.
O relatório NEO-2018 traz, além das boas novas para as indústrias eólica e solar, destaca o impacto promissor da queda dos custos da bateria e o impacto tem sobre o mix de eletricidade ao longo das próximas décadas. Especificamente, a BNEF prevê que os preços das baterias de lítio-íon, que já despencaram 80% por megawatt-hora (MWh) desde 2010 – continuarão a cair à medida que o setor de veículos elétricos mantenha o crescimento projetado.
A BNEF estima que US$ 548 bilhões serão investidos em capacidade de armazenamento de energia em baterias, até 2050. Considerando que o armazenamento barato por meio de baterias significará a viabilidade para a utilização de eletricidade a partir do vento e da energia solar, contornando os problemas da intermitência do fornecimento destas fontes que são sujeitas à falta de sol ou de vento. O resultado será o crescimento das energias renováveis e o abandono progressivo do carvão, petróleo, gás e energia nuclear.
Estudo prevê que 50% da energia mundial será de fonte limpa em 2050.
Investimentos na produção de baterias de armazenamento de energia de fonte solar e eólica devem aumentar nos próximos anos, barateando o custo do produto.
Para a indústria solar em particular, a BNEF está prevendo um aumento de 17 vezes na capacidade global e o custo nivelado da eletricidade (LCoE) cairá mais 71% até 2050, já tendo caído 77% entre 2009 e 2018. A indústria eólica vai beneficiar de um aumento de seis vezes na capacidade e ver a sua própria LCoE cair mais 58%, face ao decréscimo de 41% observado na década anterior.
Além disso, a BNEF prevê que o setor elétrico global aumentará suas emissões de 2017 até um pico em 2027. Em seguida, as emissões devem cair até 2050. Infelizmente, isso ainda significa que o setor elétrico não cumprirá sua parte esforço para manter os níveis globais de CO2 abaixo de 450 partes por milhão (ppm), o nível equivalente a um aumento nas temperaturas globais de apenas 2°C, conforme estabelecido no Acordo de Paris.
Porém, mesmo que fosse possível desativar todas as usinas de carvão do mundo até 2035, o setor de energia ainda não estaria trilhando o caminho acima de uma trajetória de segurança climática. O último relatório do IPCC mostra que a humanidade só tem 12 anos para reverter as emissões de gases de efeito estufa.
Ou seja, a transição energética é fundamental para a segurança climática, mas no ritmo atual – mesmo sendo o mais rápido de todos os tempos – o aumento da temperatura do Planeta poderá, ainda assim, chegar em um nível que os custos serão muito maiores do que os benefícios.
Se este processo de transição não for acelerado o mundo pode perder o controle sobre o clima devido aos efeitos de retroalimentação e pode assistir a um colapso ambiental de grandes proporções já na metade do século XXI. (ecodebate)

Cidade RN usará eólica para fornecer energia a custo zero

Cidade potiguar quer usar eólica para fornecer energia a custo zero.
Projeto da prefeitura de Macau tem como meta investir em dois aerogeradores para zerar conta de energia própria, ceder excedente para famílias de baixa renda e usar como atrativo a novas indústrias.
A cidade de Macau, litoral do Rio Grande do Norte, quer utilizar a fonte eólica para fornecer energia a custo zero. O projeto está em sua primeira fase e poderá ser tirado do papel em breve. Em cerca de seis meses é possível que sejam dados os primeiros movimentos no sentido de alcançar a sustentabilidade energética da Prefeitura e estender os benefícios da fonte por meio de investimentos, inicialmente, em dois aerogeradores, para uma faixa crescente de famílias e usar o insumo para atrair novas indústrias.
Inicialmente, a ideia é que o primeiro equipamento forneça energia para os prédios públicos da Prefeitura e para famílias de baixa renda que tenham cadastro em programa social com NIS, geralmente o Bolsa Família. A segunda turbina poderá ter sua produção dedicada a fornecer energia a custo zero para comércio e indústrias que queiram se instalar na região como forma de incentivo para atração de investimentos de novas indústrias.
O investimento nesse projeto, contou o prefeito da cidade, Túlio Lemos (PSD), deverá ter recursos do BNDES, que segundo ele, já deu o aval. O problema, revelou ele, é que a cidade está no CAUC (lista de municípios devedores) e que impossibilitou a implementação desse projeto. Mas, avaliou o executivo, as negociações estão avançadas e esse problema resolvido nas próximas semanas. “O projeto está bem avançado e é viável, em dois meses deveremos resolver e aí nos habilitaremos oficial e legalmente a obter o financiamento do BNDES”, apontou ele.
Lemos destacou que a meta é de ter a energia como um diferencial competitivo ante outros municípios que vêm disputando uma guerra fiscal para atrair investimentos que tragam emprego para a região. A ideia, disse ele é a de oferecer energia a custo zero para as indústrias. Um projeto, que em sua opinião é possível de ser alcançado com a segunda turbina eólica a ser instalada no município. Ele citou como exemplo de atividades que poderiam ser atraídas a indústria calçadista e a têxtil, bem como atender a demanda da indústria saleira que já atua na região e que tem na energia seu maior custo de produção.
“Com o excedente de energia que colocarmos na rede vamos aproveitar os recursos adicionais para investir em benfeitorias no município”, propagandeou.
“Posteriormente, isso já está mais distante, a meta é fazer de Macau uma cidade onde ninguém precise pagar pela energia”, indicou ele.
Mas para chegar a esse objetivo a cidade terá seu primeiro teste com o projeto atual. O projeto é classificado como de eficiência energética. Os dois aerogeradores vão ocupar uma área proporcionalmente pequena em relação ao território do município que tem cerca 788 quilômetros quadrados, cinco vezes a área de Natal, a capital do estado. Segundo um estudo elaborado pela Wind Service Brasil, a velocidade do vento na região é de cerca de 7,5 metros por segundo.
Uma das turbinas é para atender 100% da demanda de energia do município, sendo, Órgãos Públicos e Iluminação Pública cerca de 4,6 MWh ao ano. Esse equipamento está projetado para gerar 5,6 MWh ao ano e esse excedente da geração, 688.500,53kWh a.a. será destinado para o projeto social citado. Nesse caso, comentou Lemos, os requisitos para as famílias que serão elegíveis ao projeto estão em definição. A tendência é de que seja estabelecido um consumo médio dos últimos meses e acrescido um volume adicional que é o quanto aquela família terá direito a ter de fornecimento gratuito. Além disso, lembrou ele, será cobrado um valor daquela unidade de consumo.
Já o foco da geração de energia da segunda turbina será o atendimento das indústrias do Distrito Industrial de Macau. Empresas terceirizadas e prestadores de serviços metalúrgicos para a Petrobras entre outras indústrias locais que queiram se instalar por lá. Mas, destacou o prefeito, antes desse grupo a ideia é de fornecer energia também a custo zero para os comerciantes da região para, sem suas palavras, reverter em benefícios à população com a redução do custo de produtos. A agricultura deverá ter prioridade nesse projeto ao fornecer energia para a irrigação.
“Assim queremos diversificar a fonte de receitas do município ao estimular a economia e atrair novos investimentos com a geração de empregos. E ter energia a custo zero é um diferencial que pode viabilizar essa atração de recursos da indústria”, avaliou ele. E caso a demanda aumente, disse Lemos, a ideia é de poder ampliar o escopo do projeto já que há espaço e vento na região e ter um círculo virtuoso. (ctee)

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Oferta e demanda de energia elétrica

Regulação e reestruturação do setor da oferta e demanda de energia elétrica.
Regulação e Reestruturação do Setor
Energia elétrica: Embora não se espere uma grande reformulação da política para o segmento, o mercado aposta em ajustes na regulamentação e em privatizações.
1) GESEL: Expectativa para desenvolvimento do setor elétrico com Jair Bolsonaro é positiva
A eleição do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República trouxe para especialistas a expectativa de que o novo governo trate do futuro, dando prosseguimento a temas da CP33 e garantindo a inserção de fato de novas tecnologias para o setor no país, como a Geração Distribuída. O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, ressaltou a declaração do general da reserva Oswaldo Ferreira, da campanha de Bolsonaro, de explorar usinas com reservatório na Amazônia. Para o professor, isso significa que a fonte hídrica poderá ser uma prioridade para o governo. A expectativa do Gesel para o governo Bolsonaro é positiva, já que cargos em órgãos importantes como ONS, CCEE e Aneel têm mandatos o que inviabiliza mudanças bruscas. “Vemos com uma posição positiva o desenvolvimento da política energética do setor”, avalia. Ele não acredita que a privatização da Eletrobras não estará na pauta do governo Bolsonaro, já que o presidente eleito vem recuando sobre o tema e ela não é crucial para o setor.
2) Lideranças do SE: expectativas positivas com eleição de Jair Bolsonaro
Lideranças empresariais dos diversos segmentos do setor elétrico admitem ter expectativas positivas em relação ao governo de Jair Bolsonaro. O presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico, Mário Menel, afirmou que o mercado está otimista como novo governo por várias razões, e cita as duas que se destacariam nesse rol de motivos. A primeira seria a disposição para o dialogo demonstrada em duas reuniões. A segunda razão foi o anúncio do professor Luciano de Castro, responsável pelo programa de energia do então candidato, de que a visão do governo estaria voltada para o mercado, com a sinalização, inclusive, de que haveria uma abertura mais rápida que a proposta pelo MME no atual governo.
3) Abraceel: impressão de expansão da oferta de energia elétrica no governo Bolsonaro
O presidente da Associação Brasileira dos Geradores Termelétricos, Xisto Vieira Filho, também destacou o viés liberal e o desenvolvimento sustentável do setor como pontos importantes da agenda do futuro governo. O presidente executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, Reginaldo Medeiros, apontou como importante para o novo governo a montagem de uma equipe capacitada e afinada com o setor elétrico, que tenha diálogo com os agentes do mercado e, principalmente, que consiga aprovar o novo modelo comercial já discutido em consulta pública pelo MME. Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Geração de Energia Elétrica, Flávio Neiva, a primeira impressão em relação ao novo governo é de que vai haver uma mudança muito significativa, principalmente na expansão da oferta de energia elétrica. O presidente do Fórum do Meio Ambiente do Setor Elétrico, Marcelo Moraes, revelou que o Fmase aguarda com ansiedade a composição do governo Bolsonaro.
4) Setor elétrico defende mais nomes técnicos no governo Bolsonaro
A já esperada vitória de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República foi bem-recebida entre as principais lideranças do setor elétrico, devido ao discurso liberal e favorável à expansão do mercado livre de seus principais assessores. A expectativa é que o novo governo defina o mais rapidamente possível o titular do MME, cumprindo a promessa de priorizar nomes técnicos, dos quais alguns vêm sendo ventilados no mercado. É o caso do ex-ministro de Minas e Energia Fernando Coelho Filho, deputado federal reeleito pelo DEM de Pernambuco. O atual titular da Fazenda, Eduardo Guardia, também é defendido por especialistas, devido ao seu perfil técnico.
5) FMASE: Bolsonaro vai acelerar licenciamento ambiental de hidrelétricas
O novo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro vai dar celeridade ao processo de licenciamento ambiental de grandes empreendimentos de energia elétrica, com destaque para usinas hidrelétricas, disse o presidente do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico (FMASE), Marcelo Moraes. Segundo ele, porém, o novo governo não deverá abrir mão da segurança e das prerrogativas ambientais necessárias aos projetos. “Sabemos que o viés do novo presidente é um pouco mais liberal do ponto de vista ambiental. Então, vemos isso de certa forma, com bons olhos, mas também com uma preocupação. Mas temos mais a ganhar do que a perder”, disse Moraes ao Valor. “Talvez possamos pensar em [construção de] hidrelétricas com reservatórios”, completou ele, citando o projeto de São Luiz do Tapajós, de mais de 8 mil MW de capacidade, cujo licenciamento ambiental foi arquivado nos últimos anos, pelo Ibama.
6) GSF anual cai para R$ 35 bi em função de chuvas além do esperado
As chuvas em outubro superaram as expectativas para o mês, com afluências acima da média no Sudeste, região responsável por 70% do armazenamento de energia do país, e no Sul, onde está localizada a hidrelétrica de Itaipu – a maior em capacidade instalada com 14 mil MW. Essa melhora nas afluências contribui para reduzir o impacto do GSF em 2018, bem como aliviar a conta de luz dos consumidores brasileiros com o acionamento da bandeira amarela. Segundo a CCEE, foram verificadas ENAs de 107% da MLT no Sudeste/Centro-Oeste e 113% no Sul, ante uma expectativa de 78% e 64%, respectivamente. No Norte, a previsão de 69% foi assertiva e no Nordeste a performance verificada foi um pouco abaixo da expectativa: 41% contra 43%. Os dados foram apresentados em 29/10/18 no InfoPLD.
7) Aneel: Definido CVU em R$ 428,78/MWh para importação de energia da Argentina
A Aneel aprovou a aplicação do valor provisório do Custo Variável Unitário de R$ 428,78/MWh na contabilização de setembro de 2018 da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, visando o ressarcimento dos custos da Tradener Ltda. pela importação de energia da Argentina. A decisão acima foi publicada em 26/10/18 através da portaria nº 2.452, no Diário Oficial da União.
8) Bandeira amarela na conta de luz pode levar a deflação em novembro
A melhora do cenário hidrológico deve propiciar um quadro atipicamente tranquilo para a inflação no fim do ano, especialmente em novembro. A troca da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para a amarela, anunciada pela Aneel, pode levar o IPCA à deflação no próximo mês. Isso não ocorre desde novembro de 1998 (-0,12%).
Empresas
1) Bônus da Eletrobras sobe após 2º turno
Os bônus brasileiros fecharam perto da estabilidade ontem após o resultado do segundo turno das eleições. Como a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) já era esperada e já estava, em boa parte, refletida no preço dos ativos, o movimento nos papéis brasileiros foi mais modesto do que o verificado após o primeiro turno, com os investidores aproveitando a confirmação do fato para realizar parte dos lucros com essas posições. Os papéis brasileiros chegaram a subir ontem no início do dia, mas perderam força com a reversão da alta do CDS (Credit Default Swap) do Brasil, que reflete o risco de calotes dos países. O CDS de cinco anos do Brasil, que fechou sexta-feira em 207 pontos-base, chegou a cair para 190 pontos, mas reverteu a queda e subiu para 209 pontos, acompanhando o movimento dos ativos locais.
2) Assinatura de contrato de concessão da Ceron (RO) realizada em 30/10/18
A cerimônia de assinatura do contrato de concessão da Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) realizada em 30/10/18 às 18h, na sede da Aneel, em Brasília. A cerimônia contará com a presença do Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e dos diretores da Aneel. O Contrato será assinado com a Energisa, empresa vencedora do leilão de privatização da companhia, realizado no dia 30 de agosto, na B3 em São Paulo. A venda da companhia faz parte do processo de privatização de distribuidoras de energia do grupo Eletrobras.
3) Solução para a Santo Antonio Energia é entrada de novo sócio
O conjunto de problemas que se avoluma em torno da concessionária responsável pela operação da hidrelétrica Santo Antônio preocupa o mercado. O risco de uma situação de insolvência, embora fora do radar, não é descartado e assusta porque não há paralelo na história do setor elétrico para uma empresa dessa dimensão e importância. Projeção do próprio consórcio, divulgada na semana passada, estima impacto de R$ 9,68 bi em 2 anos, ante um eventual colapso de pagamentos junto à CCEE.
4) EDP aporta R$ 5,8 mi em projetos de Eficiência Energética
Com objetivo de selecionar projetos voltados à eficiência energética, a EDP anunciou a abertura da Chamada Pública que disponibilizará um total de R$ 5,8 mi para o incentivo de propostas que tenham como objetivo a conservação e o uso racional da energia elétrica, e que serão aplicados pela distribuidora no próximo ano. Segundo o edital, as iniciativas devem abranger benefícios públicos e privados, promovendo a transformação por meio da eficiência energética, estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias e a criação de hábitos e práticas racionais de uso da energia elétrica.
5) Lucro líquido da Cteep recua 17% no 3º trimestre
O lucro líquido da Cteep recuou 17% no terceiro trimestre para R$ 191,5 mi, ante R$ 230,9 mi em igual período anterior. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido cresceu 110,3% para R$ 839,2 mi, contra R$ 399 mi em 2017. A receita líquida da transmissora ficou em R$ 605,9 milhões no 3º trimestre, alta de 9,9%. No acumulado do ano, a Cteep tem receita líquida de R$ 2,077 bi, com crescimento de 92% sobre igual período anterior. O ebtida ajustado da companhia chegou a R$ 517,1 mi no trimestre, alta de 7,6%, e no ano, a R$ 1,884 bi (+114%). Segundo a Cteep, o reajuste da RAP para o Ciclo 2018/2019 impactou o resultado do 3º trimestre em função da contabilização da Parcela de Ajuste (PA) no período e do novo fluxo de recebimento da RBSE. O lucro líquido foi impactado pelo crescimento da despesa financeira decorrente da variação do endividamento, reflexo das captações realizadas no trimestre para aproveitar oportunidades de mercado com custo competitivo.
6) Celesc tem aumento de 2,7% de volume de distribuição
O mercado total de energia distribuída pela Celesc até o terceiro trimestre apresentou crescimento de 2,7% na comparação com o mesmo período de 2017, foram 18.365.315 MWh nos nove meses encerrados em setembro, informou a companhia em comunicado. Enquanto o consumo no mercado cativo aumentou 0,8% no livre a expansão chegou a 6,4%, com volumes de 11.914.204 MWh e 6.442.079 MWh, respectivamente. Das três maiores classes de consumo, a residencial apresentou crescimento de 1,7% enquanto a industrial recuou 2% no ACR e a comercial ficou 1,2% menor. Já na denominação demais classes houve crescimento de 3,1% e em Rural aumento de 2,3%. No Segmento de mercado livre o consumo industrial aumentou 5,5% enquanto o comercial 15,4% e o rural 19,2%. Considerando somente o trimestre houve crescimento de 2,2%, sendo 1% no ACR e 4,4% no ACL com volumes de 3.691.690 MWh e de 2.195.901 MWh, respectivamente. No mercado regulado a empresa reportou aumento na classe residencial de 2,9%, quedas na industrial de 0,2%, de 1,5 na comercial e 0,8% na rural. Já no ACL os aumentos foram de 3,6% na industrial, 10,2% na comercial e de 8,3% na rural quando comparados aos mesmos meses de 2017.
7) CPFL: Em horário de verão economia de energia deve chegar a 0,39%
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) estima a economia de energia elétrica de 0,39% durante o período do horário de verão nos 234 municípios de abrangência da empresa. A alteração de horário começou a partir de04/11/18. O volume representa o suficiente para atender 16,1 mil famílias por um ano. A porcentagem seria suficiente para abastecer Campinas (SP) por 4 dias. A economia de 38,7 mil MWh também abastecer Piracicaba (SP) por 6 dias.
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1) Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios da região Nordeste iniciaram a semana sem alterações nos níveis em relação ao dia anterior, ficando com 26%, segundo dados do ONS relativos ao último domingo, 28 de outubro. A energia armazenada consta em 13.458 MW mês no dia e a ENA segue em 38% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A usina Sobradinho opera com 22,44% de sua capacidade. Já os reservatórios do Sul contaram com elevação de 1,7% na capacidade de armazenamento, atingindo 72,2%. A energia armazenada foi para 14.521 MW mês e a ENA está em 109% da MLT. A hidrelétrica Passo Fundo trabalha com 60,13% da capacidade. O submercado Sudeste/Centro-Oeste foi outro que não apresentou variações em seu volume, que seguem com 20,4%. A energia armazenada indica 41.439 MW mês e a energia afluente aparece com 103% da MLT. Furnas funciona com 14,90% e a UHE Nova Ponte com 15,27% do volume. Por sua vez no Norte do país os reservatórios registraram redução de 0,5%, deixando o subsistema com 28%. A energia armazenada aponta 4.217 MW mês e a energia afluente foi para 68% da MLT. A usina Tucuruí opera com os níveis a 37,42%.
2) Itaipu tem vertedouro aberto em função de chuvas
O grande volume de chuvas em outubro mudou o cenário da seca na bacia do Rio Paraná. Alguns dos mais de 40 reservatórios acima de Itaipu estão escoando o excedente não utilizado para a produção de energia. Com isso, há sobra de água também em Itaipu, que está vertendo de 27/10/18 às 21h, num espetáculo que não se via há seis meses. De acordo com a usina, pela comporta passavam, na tarde de domingo, 1.171 metros cúbicos de água por segundo, o equivalente a quase a vazão média das Cataratas do Iguaçu. A previsão é que o vertimento permaneceu até 29/10/18 pela manhã. A última vez que a hidrelétrica verteu foi em março deste ano, mas por questões operacionais. Neste ano, a usina já produziu mais de 78 milhões de megawatts-hora ante 77 milhões de MWh no mesmo período de 2017. Devido à mudança no tempo, do período de estiagem para o chuvoso, a bandeira tarifária de energia, que estava vermelha até este mês, passará a amarela a partir de novembro.
3) PLD cai 38% em todos os submercados, segundo a CCEE
A CCEE informa que o PLD para o período entre 27/10 e 02/11/18 caiu 38% ao passar de R$ 229,71/MWh para R$ 142,40/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. A melhora expressiva nas afluências previstas para o Sistema, em outubro e em novembro, é o principal fator para a queda do preço em todos os submercados. As ENAs esperadas para outubro devem fechar em 101% da média histórica, acima da MLT no Sudeste (107%) e no Sul (113%), cenário também previsto para o próximo mês. Para a próxima semana, a expectativa é que a carga fique em torno de 25 MWmédios mais baixa no SIN, com redução esperada apenas no Sudeste (-90 MWmédios). A expectativa no Norte é praticamente a mesma da última semana, apresentando elevações no Sul (+55 MWmédios) e no Nordeste (+10 MWmédios).
Inovação
1) CCEE disponibiliza aplicativo para gerenciamento da medição
Após disponibilizar funções informativas e calendário operacional em seu aplicativo, a CCEE apresenta novas funcionalidades de gestão da medição de consumo e geração de energia no APP CCEE. A partir de 25/10/18, os usuários com login de acesso ao sistema da instituição poderão acompanhar informações atualizadas em tempo real do processo de medição. A implementação do processo de medição no aplicativo está dividida em etapas para favorecer a entrega frequente de funcionalidades. Neste primeiro momento, os agentes terão acesso a um dashboard (painel central) que permite o gerenciamento das informações de geração e consumo, e a identificação de dados faltantes. Com a opção de filtros, será possível personalizar a visualização por agente conectante, agente de medição, estado e submercado, observando valores do período de apuração ou do mês vigente. Também será possível acessar, pelo APP, as pesquisas salvas previamente no módulo de análise do SCDE.
Energias Renováveis
1) MME enquadra UFV em Pernambuco como projeto prioritário
O MME enquadrou na última sexta-feira, 26 de outubro, como prioritário, um projeto da Esmeralda Energias Renováveis relativos à central de geração fotovoltaica Fazenda Esmeralda, localizada no município de Agrestina, em Pernambuco. Com a medida, o empreendimento poderá emitir debêntures de infraestrutura, com incentivo aos investidores.
2) Alsol instala UFV em centro de distribuição da Coca-Cola em MG
A Alsol Energias Renováveis instalou uma usina de microgeração de energia solar em uma unidade da Uberlândia Refrescos, uma franquia da Coca-Cola na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Uma área de 2.300 m² no telhado do estabelecimento em Uberlândia (MG) foi utilizada para instalação de 840 painéis fotovoltaicos, com potência total de 222,6 kWp, o suficiente para o pleno funcionamento da unidade neste primeiro momento. Além da instalação, a Alsol ministrou um treinamento para a equipe de manutenção e operação da empresa. (Agência CanalEnergia – 29.10.2018).
3) Competitividade das renováveis dispara no ACL em outubro, afirma Índice FDR
A FDR Energia lançou a atualização do Índice Nacional de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia do mês de outubro. O resultado foi o segundo melhor do ano, com média “0,578”, atrás apenas do mês de fevereiro, quando a nota foi de “0,601”. Além disso, o índice apresentou um aumento de 8% em relação a setembro, que registrou “0,535”. Nesta edição, dez estados alcançaram médias que indicam boa viabilidade de migração para o mercado livre de energia. Foram eles: Tocantins (0,674), Pará (0,663), Espírito Santo (0,650), Goiás (0,648), Rio de Janeiro (0,647), Amazonas (0,646), Santa Catarina (0,633), Mato Grosso (0,632), Paraná (0,609) e Piauí (0,601).
4) Aneel libera operação comercial de 27 MW eólicos no Piauí
A Aneel deliberou a operação comercial de nove aerogeradores da usina Aura Lagoa do Barro 01, segundo despacho publicado em 29/10/18 no Diário Oficial da União. Cada unidade liberada possui 3 MW, somando 27 MW de capacidade instalada no município de Lagoa do Barro do Piauí, no Piauí. A agência também confirmou a operação comercial de seis unidades geradoras de 3,4 MW cada, totalizando 20,4 MW de potência da UFV Malta, localizada na cidade de Malta, na Paraíba. Já as eólicas Serra da Babilônia II, VI, VII, VIII, X e XI receberam a autorização do órgão regulador e poderão operar em testes, cada uma, 12 turbinas de 2,3 MW, a não ser pela unidade VI, que teve um aerogerador a menos liberado. As seis usinas somam 166,8 MW de capacidade instalada e estão situadas em Morro do Chapéu, na Bahia.
Participação das fontes, por energia elétrica produzida histórica e projetada para centrais de Serviço Público + Autoprodutores no Cenário Básico.
Economia Brasileira
1) Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil, descarta regime de metas de câmbio
Futuro ministro-chefe da Casa Civil e coordenador da equipe de governo de Jair Bolsonaro (PSL), deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) descartou ontem a definição de meta para o câmbio, apesar de o presidente eleito ter defendido a medida em entrevista concedida às vésperas do segundo turno. Onyx defendeu "previsibilidade e segurança jurídica" e disse que a área econômica será prioridade na transição. Segundo o parlamentar, hoje devem começar a ser definidos nomes da equipe de Bolsonaro para cuidar de temas econômicos. Onyx desconversou, a princípio, se o governo deverá criar meta para o câmbio, como havia proposto Bolsonaro, e disse que quem cuidará da área é o economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia (atual Fazenda). "Conceitualmente é o seguinte: se nós temos a situação de um país que precisa ter a inflação sob controle, tem que ter variações para aceitar que a inflação esteja dentro de uma variação conceitualmente razoável para manter emprego, trabalho e renda. Do outro lado tem que ter juros, exatamente dentro de uma determinada variação", disse, lembrando que sua formação acadêmica é de médico veterinário. “Eu entendo conceitualmente”.
2) Guedes deve ter 'ajuda' de até R$ 20 bi em receita subestimada
O Orçamento de 2019, que será gerenciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, tem uma subestimação de receitas correntes entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, segundo fontes governamentais informaram ao Valor. Esta é uma ajuda importante para o projeto de zerar o déficit primário no ano que vem, que, depende, entretanto, de a economia ter uma performance em torno do que está projetado neste momento: expansão de 2,5% para o PIB de 2019. O cálculo da arrecadação do ano que vem foi feito considerando-se uma "elasticidade unitária", que quer dizer que, para cada um 1 ponto a mais de PIB a receita cresce um ponto a mais. Os técnicos consideram essa estratégia "conservadora", que geraria menos riscos para manter as contas dentro dos parâmetros fiscais definidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no caso a meta de déficit de R$ 139 bilhões.
3) Privatizações no governo Bolsonaro podem gerar até R$ 170 bi, diz S&P
As empresas com chances de privatização no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) podem gerar cerca de R$ 120 a R$ 170 bilhões para a União reduzir a dívida soberana, estima a agência de classificação de risco S&P Global Rating." Bolsonaro disse recentemente que não pretende privatizar os ativos de geração de energia da Petrobras ou Eletrobras devido à importância estratégica para segurança energética. Segundo ele, porém, há várias empresas estatais, como Companhia Nacional de Abastecimento, Valec Engenharia e Empresa de Planejamento e Logística, que podem ser privatizadas.
4) Reestruturação tributária empresarial pode incentivar investimentos no país, aponta S&P
A S&P afirma que os planos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em tributar dividendos e reduzir impostos podem motivar um aumento nos investimentos nas empresas brasileiras, embora tais medidas possam encontrar resistência política. Segundo a agência, a trajetória internacional de alta nas taxas de juros e a demanda de investidores por ativos mais arriscados em mercados emergentes - especialmente no Brasil - contrasta com a queda no juros nacional.
5) Índice de confiança de Fiesp e OCB teve alta no 3º trimestre
O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) encerrou o terceiro trimestre deste ano em 100,3 pontos, 1,9 ponto a mais que no trimestre anterior. A escala do indicador vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro - ou seja, o patamar divulgado ontem sinaliza um pequeno otimismo. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas. O aumento foi permanecido sobre o setor", informaram Fiesp e OCB.
6) BNDES devolverá ao Tesouro R$ 103 bilhões nos próximos 4 anos
A renegociação dos passivos do BNDES com o Tesouro Nacional vai garantir ao governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, o recebimento de R$ 102,8 bilhões para abatimento da dívida pública. Serão R$ 26,6 bilhões em 2019; R$ 26 bilhões, em 2020; R$ 25,4 bilhões em 2021 e R$ 24,8 bilhões, em 2022. Os números fazem parte de um estudo do BNDES que analisa o acordo acertado este ano entre o banco e o Tesouro Nacional. Esse acordo antecipou em 20 anos - de 2060 para 2040 - o vencimento da dívida do banco com a União, que ainda tem um saldo remanescente a receber de R$ 258,7 bilhões. Até a renegociação realizada em 2018 a previsão era de que a instituição de fomento devolvesse apenas R$ 18 bilhões nos primeiros quatro anos, até 2022. Não haveria pagamentos em 2019 e os valores seriam de R$ 4,7 bilhões em 2020; de R$ 6,5 bilhões em 2021; e de R$ 6,8 bilhões em 2022, para citar os anos relativos ao novo governo que assume em janeiro.
7) Brasil tem desemprego de 11,9% no tri até setembro, diz IBGE
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,9% nos três meses até setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 30/10/18. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 11,9% no período.
8) Preços no atacado perdem força e IGP-M desacelera alta a 0,89% em outubro, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 0,89% em outubro depois de subir 1,52% no mês anterior diante da queda dos preços de minério de ferro e milho no atacado, de acordo com os dados divulgados em 30/10/18 pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 0,9%.
9) IPA desacelera e registra alta de 1,11% em outubro, aponta FGV
Depois de subir 2,19% em setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve em outubro alta de 1,11%, de acordo com os dados divulgados em 30/10/18 pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No IPA, o índice que mede o comportamento das Matérias-Primas Brutas passou a recuar 0,11% em outubro, depois de uma alta de 3,53% no mês anterior. O destaque foi a queda dos preços dos itens minério de ferro e milho, respectivamente de 0,85 e 5,47%.
A valorização do Dólar frente à moeda brasileira eleva ainda mais as tarifas de energia no Brasil, principalmente para os consumidores das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país. Isso ocorre porque a energia entregue pela hidrelétrica de Itaipu é dolarizada.
10) Dólar ontem e hoje
O dólar comercial fechou o pregão de 29/10/18 sendo negociado a R$ 3,7068, variando +3,33% em relação ao início do dia. Em 30/10/18 começou sendo negociado a R$3,6923, variando -0,39% em relação ao fechamento do dia útil anterior, e segue com a cotação no valor de R$3,7053 às 11h17hs, variando +0,35% em relação ao início do dia. (gesel)

Competitividade das renováveis dispara no ACL em outubro

Competitividade das renováveis dispara no ACL em outubro, afirma Índice FDR.
Dispara a competitividade das fontes limpas no mercado livre de energia em outubro.
Estudo da FDR aponta que dez estados têm boa viabilidade para a saída de empresas do ambiente cativo.
A FDR Energia lançou a atualização do Índice Nacional de Atratividade do Mercado Livre para Fontes Limpas de Energia do mês de outubro. O resultado foi o segundo melhor do ano, com média “0,578”, atrás apenas do mês de fevereiro, quando a nota foi de “0,601”. Além disso, o índice apresentou um aumento de 8% em relação a setembro, que registrou “0,535”.
Nesta edição, dez estados alcançaram médias que indicam boa viabilidade de migração para o mercado livre de energia. Foram eles: Tocantins (0,674), Pará (0,663), Espírito Santo (0,650), Goiás (0,648), Rio de Janeiro (0,647), Amazonas (0,646), Santa Catarina (0,633), Mato Grosso (0,632), Paraná (0,609) e Piauí (0,601).
Veja o ranking completo no mês de outubro/18
Os demais estados obtiveram classificação considerada moderada para a saída do mercado cativo. O destaque foi o Amapá (0,403), que continua na lanterna do ranking, mas que desde abril apresentava baixa atratividade. Já Roraima não participa da classificação, pois está fora do Sistema Interligado de Energia.
De acordo com Erick Azevedo, sócio diretor da FDR Energia e coordenador do estudo, as chuvas nas principais bacias do setor elétrico justificam o resultado positivo de outubro, e completa: “Em função do fenômeno El Niño, a expectativa é de um verão chuvoso, que abasteça os reservatórios de água para o ano todo”.
Em linhas gerais, o ranking considera valores abaixo de 0,4 como inviáveis financeiramente para migração para o ACL. Entre 0,4 e 0,6 como viabilidade moderada, entre 0,6 e 0,8, de boa viabilidade e acima de 0,8, com alta viabilidade. (canalenergia)

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

ALDO Solar ultrapassa a marca de 10 mil sistemas

ALDO Solar ultrapassa a marca de 10 mil sistemas fotovoltaicos instalados no País.
Volume de negócios em energia solar já representa 45% dos faturamento de toda a organização.
A ALDO Solar é uma das empresas de distribuição que mais cresce no mercado de energias renováveis no Brasil. Em quase três anos de atuação, a divisão da companhia já comercializou mais de 10 mil sistemas fotovoltaicos no País, o que representa aproximadamente 20% de todo o parque instalado no País em geração distribuída, hoje com cerca de 50 mil sistemas.
O volume de negócios da ALDO Solar já representa 45% do faturamento de toda a organização, que também atua na distribuição de produtos de TI dos principais fabricantes do mundo, além de drones DJI.
Segundo, Aldo Pereira Teixeira, CEO e fundador da ALDO, um das razões para tal sucesso é a confiança e a crença de que a empresa atua num mercado alinhado aos novos tempos, à nova economia, na busca por uma matriz energética cada vez mais limpa para o Brasil.
“Nossas expectativas sempre foram as melhores possíveis quando pensamos que pessoas e empresas podem alcançar a autossuficiência e o gerenciamento total de suas estratégias de uso da energia elétrica com a energia solar”, comenta.
“O ano de 2018 foi tem sido uma verdadeira revolução em nossa companhia, pois, com nossas novas instalações, passamos a ofertar aos nossos clientes o que há de melhor em eficiência logística e disponibilidade de produtos. Nosso DNA é a distribuição e nos orgulhamos muito do que estamos preparados para entregar ao mercado”, acrescenta.
“Também foi a primeira vez que participamos da Intersolar e a experiência foi inesquecível. Apertar a mão de nossos clientes, fechar negócios e confraternizar com eles foi uma experiência extraordinária, tanto é que já garantimos nossa participação em 2019 com um espaço três vezes maior”, avisa.
Para o próximo ano, as perspectivas de negócios são as melhores possíveis, segundo o CEO da ALDO. “Quando se trata de energias renováveis, a ALDO destaca-se no radar da inovação, qualidade e fornecimento de tecnologias de última geração”, diz.
De acordo com a ANEEL devem ser realizadas 1,2 Milhões de conexões na Geração Distribuída até 2024.
“Certamente, o País caminha para um futuro limpo e autossuficiente em termos de energia elétrica. E, neste caso, a ALDO assume um papel de liderança no mercado On Grid, Off Grid e Aldo 365. O Sol é a energia do futuro e o Brasil tem um potencial solar extraordinário. A geração de energia fotovoltaica é a forma mais barata de produzir energia renovável”, aponta. (portalsolar)

Aneel aprova revisão dos procedimentos do programa de eficiência energética

Principais alterações tratam de bônus para equipamentos eficientes, chamadas públicas de projetos e contratos de desempenho.
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou a revisão dos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética – PROPEE. O tema esteve em audiência pública entre dezembro de 2017 até 28 de fevereiro deste ano, tendo recebido 501 contribuições de 42 instituições do setor durante o período. As principais alterações tratam de bônus para equipamentos energeticamente eficientes, chamadas públicas de projetos e contratos de desempenho. A decisão foi tomada em reunião pública na última terça-feira (23).
Segundo a agência, o valor aplicado pelo programa em 2017 alcançou R$ 543,7 milhões para combater o desperdício de energia, havendo ainda um saldo importante para investimentos em ações de eficiência energética da ordem R$ 1,8 bilhão.
A decisão também determinou abertura de segunda fase da Audiência Pública nº75/2017, de 29/10 a 7/12, para avaliar a possibilidade de estender a aplicação do recurso do Programa de Eficiência Energética em unidades consumidoras livres conectadas à Rede Básica.
Para o diretor Sandoval Feitosa, a revisão da norma trará a possibilidade de injeção de quase 2 bilhões de reais na economia brasileira com reflexo direto na criação de milhares de empregos. Para melhor utilização dos recursos, o diretor salientou que há um enorme potencial a ser explorado na busca pela eficiência energética na indústria brasileira, que possui a eletricidade como insumo importante em seus processos, podendo o PEE atuar de forma sinérgica a outras iniciativas em desenvolvimento no país.
Quanto ao Bônus para equipamentos eficientes, o atual regulamento permitia que a recompensa fosse utilizada somente para eletrodomésticos. Com o objetivo de potencializar os resultados e os impactos do PEE, a revisão do programa permitirá que projetos que ofereçam o bônus sejam desenvolvidos para qualquer tipo de equipamento energeticamente mais eficiente, com Selo Procel e/ou etiqueta A do Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE.
Já para aperfeiçoar o processo de seleção dos projetos e torná-lo mais transparente, a revisão do PROPEE propõe que os resultados da Chamada Pública sejam divulgados na página da internet da(s) distribuidora(s) promotora(s) da Chamada, destacando itens como razão social da empresa, pontuação global e de cada critério, com a devida justificativa, metas físicas do projeto e para cada item de avaliação, todas as informações dos componentes da fórmula de cálculo da nota dos critérios.
O novo regulamento também indica que só poderão ser aplicados recursos do PEE a fundo perdido se o projeto estiver classificado nas tipologias do Poder Público, Serviços Públicos (desde que não haja participação de capital privado), Residencial, Residencial Baixa Renda, Educacionais, Iluminação Pública e Gestão Energética Municipal. Para as demais tipologias, é obrigatório firmar Contrato de Desempenho, exceto nos casos de instituições filantrópicas, assistenciais e demais casos expressamente autorizados pela Aneel.
Um dos objetivos da eficiência energética é promover o uso eficiente e racional de energia elétrica em todos os setores da economia por meio de projetos que demonstrem a importância e a viabilidade econômica de ações de combate ao desperdício e de melhoria da eficiência energética de equipamentos, processos e usos finais de energia. (canalenergia)

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Produzir energia limpa custa caro?

Produzir energia limpa custa caro? Confira as principais dúvidas sobre o sistema solar.
É uma cena cada vez mais comum nas principais cidades brasileiras. Um número crescente de casas e empresas instalam os módulos fotovoltaicos, ou simplesmente placas solares em seus telhados para produzir energia limpa. Ainda que represente uma fração da matriz energética do país, a energia solar deve fechar 2018 com um crescimento de 115% em sua capacidade instalada, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Mesmo assim, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a eficiência e o consumo da energia elétrica a partir dos raios do Sol. Confira as respostas para os principais questionamentos no setor:
As placas solares geram energia o tempo todo, mesmo em dias nublados?
Os módulos fotovoltaicos só produzem energia por meio da luz visível. O nome desse fenômeno é “efeito fotovoltaico”. Em dias nublados, a produção diminui porque os raios solares chegam com menos intensidade – pode cair para um terço na comparação com um dia normal. Mas isso não é problema. Em um período de 30 dias ou um ano, a previsão é confirmada. Não se deve pensar em dias pontuais, mas sim em meses de produção.
O sistema só é recomendado para regiões com muita exposição ao sol?
Não. Um exemplo disso é a Alemanha, quarto maior país do mundo em energia solar e que possui uma radiação bem abaixo da média brasileira. No país europeu, os painéis solares tomaram conta dos telhados e da paisagem das grandes cidades.
Poucas empresas fabricam os equipamentos necessários para gerar energias renováveis.
Uma placa solar, com as devidas manutenções, dura para sempre?
O fabricante garante uma eficiência maior ou igual a 80% da capacidade até o 25º ano de uso. Os módulos possuem durabilidade acima de 30 anos e, apesar de terem uma lenta queda na eficiência, conseguem produzir energia constante. Entretanto, o equipamento inversor (que transforma a corrente contínua em corrente alternada para ser utilizada pelos eletrodomésticos) possui vida útil de dez anos, que pode ser prolongada com manutenção.
A manutenção do equipamento é cara?
Normalmente o custo é de 1% a 2% ao ano do valor investido na instalação. A manutenção não é obrigatória, mas consegue prolongar a vida útil do sistema e garante uma máxima eficiência. O ideal é realizá-la de duas a três vezes ao ano e que contemple limpeza e verificação de pontos quentes nos painéis, inspeção geral, limpeza do sistema de ventilação do inversor, verificação de medidas elétricas, etc.
Em quanto tempo é possível obter retorno do investimento com a economia de energia?
A média é de quatro a oito anos. Isso depende de dois fatores diretos: radiação solar e valor da energia. Quanto maior a radiação solar e o custo do kWh (quilowatt-hora) da concessionária local, menor o tempo. Quanto maior a potência do sistema, menor o preço do watt e, portanto, mais rápido será o retorno.
O aumento no preço de energia da concessionária vai interferir no valor?
Quando você instala um sistema fotovoltaico, você se torna um autoprodutor de energia e, com isso, os efeitos diretos do aumento de energia se tornam insignificantes. Ou seja, o usuário se protege dos aumentos tarifários e das bandeiras estipuladas pelas concessionárias, pois grande parte da energia consumida virá do telhado. Além disso, a energia solar é uma fonte limpa e contribui para a redução dos gases do efeito estufa.
Se faltar energia na rede, a minha casa continuará produzindo energia?
Ainda que a produção de energia venha do telhado, o sistema não possui bateria para fornecer eletricidade em caso de falta de energia. Ele é instalado com um equipamento chamado Inversor on Grid, que é conectado à rede elétrica. Quando há falta de energia na concessionária, é desligado automaticamente – uma medida de segurança para não colocar em risco a vida de técnicos de manutenção que acessam a rede para realizar reparos.
“A energia mais barata é a aquela que você não precisa produzir em primeiro lugar.”
Como funciona a energia solar à noite e quando não há consumo?
Com o sistema instalado, a casa pode tanto injetar eletricidade em excesso na rede quanto consumi-la. Isso permite que a energia excedente seja acumulada na rede de distribuidora local, funcionando como uma bateria que armazena até o momento que a unidade necessite dessa energia. Durante o dia, os painéis solares geram tanta energia que o excesso não utilizado imediatamente seja colocada na rede elétrica. Esse excesso compensa a energia usada à noite. (ecodebate)