Regulação e reestruturação do
setor da oferta e demanda de energia elétrica.
Regulação e Reestruturação do
Setor
Energia elétrica: Embora não
se espere uma grande reformulação da política para o segmento, o mercado aposta
em ajustes na regulamentação e em privatizações.
1) GESEL: Expectativa para
desenvolvimento do setor elétrico com Jair Bolsonaro é positiva
A eleição do deputado federal
Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República trouxe para especialistas
a expectativa de que o novo governo trate do futuro, dando prosseguimento a
temas da CP33 e garantindo a inserção de fato de novas tecnologias para o setor
no país, como a Geração Distribuída. O coordenador do Grupo de Estudos do Setor
Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro,
ressaltou a declaração do general da reserva Oswaldo Ferreira, da campanha de
Bolsonaro, de explorar usinas com reservatório na Amazônia. Para o professor,
isso significa que a fonte hídrica poderá ser uma prioridade para o governo. A
expectativa do Gesel para o governo Bolsonaro é positiva, já que cargos em
órgãos importantes como ONS, CCEE e Aneel têm mandatos o que inviabiliza
mudanças bruscas. “Vemos com uma posição positiva o desenvolvimento da política
energética do setor”, avalia. Ele não acredita que a privatização da Eletrobras
não estará na pauta do governo Bolsonaro, já que o presidente eleito vem
recuando sobre o tema e ela não é crucial para o setor.
2) Lideranças do SE:
expectativas positivas com eleição de Jair Bolsonaro
Lideranças empresariais dos
diversos segmentos do setor elétrico admitem ter expectativas positivas em
relação ao governo de Jair Bolsonaro. O presidente do Fórum das Associações do
Setor Elétrico, Mário Menel, afirmou que o mercado está otimista como novo
governo por várias razões, e cita as duas que se destacariam nesse rol de
motivos. A primeira seria a disposição para o dialogo demonstrada em duas
reuniões. A segunda razão foi o anúncio do professor Luciano de Castro,
responsável pelo programa de energia do então candidato, de que a visão do
governo estaria voltada para o mercado, com a sinalização, inclusive, de que
haveria uma abertura mais rápida que a proposta pelo MME no atual governo.
3) Abraceel: impressão de
expansão da oferta de energia elétrica no governo Bolsonaro
O presidente da Associação
Brasileira dos Geradores Termelétricos, Xisto Vieira Filho, também destacou o
viés liberal e o desenvolvimento sustentável do setor como pontos importantes
da agenda do futuro governo. O presidente executivo da Associação Brasileira dos
Comercializadores de Energia, Reginaldo Medeiros, apontou como importante para
o novo governo a montagem de uma equipe capacitada e afinada com o setor
elétrico, que tenha diálogo com os agentes do mercado e, principalmente, que
consiga aprovar o novo modelo comercial já discutido em consulta pública pelo
MME. Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Geração de
Energia Elétrica, Flávio Neiva, a primeira impressão em relação ao novo governo
é de que vai haver uma mudança muito significativa, principalmente na expansão
da oferta de energia elétrica. O presidente do Fórum do Meio Ambiente do Setor
Elétrico, Marcelo Moraes, revelou que o Fmase aguarda com ansiedade a
composição do governo Bolsonaro.
4) Setor elétrico defende
mais nomes técnicos no governo Bolsonaro
A já esperada vitória de Jair
Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República foi bem-recebida entre
as principais lideranças do setor elétrico, devido ao discurso liberal e favorável
à expansão do mercado livre de seus principais assessores. A expectativa é que
o novo governo defina o mais rapidamente possível o titular do MME, cumprindo a
promessa de priorizar nomes técnicos, dos quais alguns vêm sendo ventilados no
mercado. É o caso do ex-ministro de Minas e Energia Fernando Coelho Filho,
deputado federal reeleito pelo DEM de Pernambuco. O atual titular da Fazenda,
Eduardo Guardia, também é defendido por especialistas, devido ao seu perfil
técnico.
5) FMASE: Bolsonaro vai
acelerar licenciamento ambiental de hidrelétricas
O novo governo do presidente
eleito Jair Bolsonaro vai dar celeridade ao processo de licenciamento ambiental
de grandes empreendimentos de energia elétrica, com destaque para usinas
hidrelétricas, disse o presidente do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico
(FMASE), Marcelo Moraes. Segundo ele, porém, o novo governo não deverá abrir
mão da segurança e das prerrogativas ambientais necessárias aos projetos. “Sabemos
que o viés do novo presidente é um pouco mais liberal do ponto de vista
ambiental. Então, vemos isso de certa forma, com bons olhos, mas também com uma
preocupação. Mas temos mais a ganhar do que a perder”, disse Moraes ao Valor.
“Talvez possamos pensar em [construção de] hidrelétricas com reservatórios”,
completou ele, citando o projeto de São Luiz do Tapajós, de mais de 8 mil MW de
capacidade, cujo licenciamento ambiental foi arquivado nos últimos anos, pelo
Ibama.
6) GSF anual cai para R$ 35
bi em função de chuvas além do esperado
As chuvas em outubro
superaram as expectativas para o mês, com afluências acima da média no Sudeste,
região responsável por 70% do armazenamento de energia do país, e no Sul, onde
está localizada a hidrelétrica de Itaipu – a maior em capacidade instalada com
14 mil MW. Essa melhora nas afluências contribui para reduzir o impacto do GSF
em 2018, bem como aliviar a conta de luz dos consumidores brasileiros com o
acionamento da bandeira amarela. Segundo a CCEE, foram verificadas ENAs de 107%
da MLT no Sudeste/Centro-Oeste e 113% no Sul, ante uma expectativa de 78% e
64%, respectivamente. No Norte, a previsão de 69% foi assertiva e no Nordeste a
performance verificada foi um pouco abaixo da expectativa: 41% contra 43%. Os
dados foram apresentados em 29/10/18 no InfoPLD.
7) Aneel: Definido CVU em R$
428,78/MWh para importação de energia da Argentina
A Aneel aprovou a aplicação
do valor provisório do Custo Variável Unitário de R$ 428,78/MWh na
contabilização de setembro de 2018 da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica, visando o ressarcimento dos custos da Tradener Ltda. pela importação
de energia da Argentina. A decisão acima foi publicada em 26/10/18 através da
portaria nº 2.452, no Diário Oficial da União.
8) Bandeira amarela na conta
de luz pode levar a deflação em novembro
A melhora do cenário
hidrológico deve propiciar um quadro atipicamente tranquilo para a inflação no
fim do ano, especialmente em novembro. A troca da bandeira tarifária vermelha
patamar 2 para a amarela, anunciada pela Aneel, pode levar o IPCA à deflação no
próximo mês. Isso não ocorre desde novembro de 1998 (-0,12%).
Empresas
1) Bônus da Eletrobras sobe
após 2º turno
Os bônus brasileiros fecharam
perto da estabilidade ontem após o resultado do segundo turno das eleições.
Como a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) já era esperada e já estava, em boa
parte, refletida no preço dos ativos, o movimento nos papéis brasileiros foi
mais modesto do que o verificado após o primeiro turno, com os investidores
aproveitando a confirmação do fato para realizar parte dos lucros com essas
posições. Os papéis brasileiros chegaram a subir ontem no início do dia, mas
perderam força com a reversão da alta do CDS (Credit Default Swap) do Brasil,
que reflete o risco de calotes dos países. O CDS de cinco anos do Brasil, que
fechou sexta-feira em 207 pontos-base, chegou a cair para 190 pontos, mas
reverteu a queda e subiu para 209 pontos, acompanhando o movimento dos ativos
locais.
2) Assinatura de contrato de
concessão da Ceron (RO) realizada em 30/10/18
A cerimônia de assinatura do
contrato de concessão da Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) realizada em 30/10/18
às 18h, na sede da Aneel, em Brasília. A cerimônia contará com a presença do
Ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e dos diretores da Aneel. O
Contrato será assinado com a Energisa, empresa vencedora do leilão de
privatização da companhia, realizado no dia 30 de agosto, na B3 em São Paulo. A
venda da companhia faz parte do processo de privatização de distribuidoras de
energia do grupo Eletrobras.
3) Solução para a Santo
Antonio Energia é entrada de novo sócio
O conjunto de problemas que
se avoluma em torno da concessionária responsável pela operação da hidrelétrica
Santo Antônio preocupa o mercado. O risco de uma situação de insolvência,
embora fora do radar, não é descartado e assusta porque não há paralelo na
história do setor elétrico para uma empresa dessa dimensão e importância.
Projeção do próprio consórcio, divulgada na semana passada, estima impacto de
R$ 9,68 bi em 2 anos, ante um eventual colapso de pagamentos junto à CCEE.
4) EDP aporta R$ 5,8 mi em
projetos de Eficiência Energética
Com objetivo de selecionar
projetos voltados à eficiência energética, a EDP anunciou a abertura da Chamada
Pública que disponibilizará um total de R$ 5,8 mi para o incentivo de propostas
que tenham como objetivo a conservação e o uso racional da energia elétrica, e
que serão aplicados pela distribuidora no próximo ano. Segundo o edital, as
iniciativas devem abranger benefícios públicos e privados, promovendo a
transformação por meio da eficiência energética, estimulando o desenvolvimento
de novas tecnologias e a criação de hábitos e práticas racionais de uso da energia
elétrica.
5) Lucro líquido da Cteep
recua 17% no 3º trimestre
O lucro líquido da Cteep
recuou 17% no terceiro trimestre para R$ 191,5 mi, ante R$ 230,9 mi em igual
período anterior. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido cresceu
110,3% para R$ 839,2 mi, contra R$ 399 mi em 2017. A receita líquida da
transmissora ficou em R$ 605,9 milhões no 3º trimestre, alta de 9,9%. No
acumulado do ano, a Cteep tem receita líquida de R$ 2,077 bi, com crescimento de
92% sobre igual período anterior. O ebtida ajustado da companhia chegou a R$
517,1 mi no trimestre, alta de 7,6%, e no ano, a R$ 1,884 bi (+114%). Segundo a
Cteep, o reajuste da RAP para o Ciclo 2018/2019 impactou o resultado do 3º
trimestre em função da contabilização da Parcela de Ajuste (PA) no período e do
novo fluxo de recebimento da RBSE. O lucro líquido foi impactado pelo
crescimento da despesa financeira decorrente da variação do endividamento,
reflexo das captações realizadas no trimestre para aproveitar oportunidades de
mercado com custo competitivo.
6) Celesc tem aumento de 2,7%
de volume de distribuição
O mercado total de energia
distribuída pela Celesc até o terceiro trimestre apresentou crescimento de 2,7%
na comparação com o mesmo período de 2017, foram 18.365.315 MWh nos nove meses
encerrados em setembro, informou a companhia em comunicado. Enquanto o consumo
no mercado cativo aumentou 0,8% no livre a expansão chegou a 6,4%, com volumes
de 11.914.204 MWh e 6.442.079 MWh, respectivamente. Das três maiores classes de
consumo, a residencial apresentou crescimento de 1,7% enquanto a industrial
recuou 2% no ACR e a comercial ficou 1,2% menor. Já na denominação demais
classes houve crescimento de 3,1% e em Rural aumento de 2,3%. No Segmento de
mercado livre o consumo industrial aumentou 5,5% enquanto o comercial 15,4% e o
rural 19,2%. Considerando somente o trimestre houve crescimento de 2,2%, sendo
1% no ACR e 4,4% no ACL com volumes de 3.691.690 MWh e de 2.195.901 MWh,
respectivamente. No mercado regulado a empresa reportou aumento na classe
residencial de 2,9%, quedas na industrial de 0,2%, de 1,5 na comercial e 0,8%
na rural. Já no ACL os aumentos foram de 3,6% na industrial, 10,2% na comercial
e de 8,3% na rural quando comparados aos mesmos meses de 2017.
7) CPFL: Em horário de verão
economia de energia deve chegar a 0,39%
A
Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) estima a economia de energia elétrica
de 0,39% durante o período do horário de verão nos 234 municípios de abrangência
da empresa. A alteração de horário começou a partir de04/11/18. O volume
representa o suficiente para atender 16,1 mil famílias por um ano. A
porcentagem seria suficiente para abastecer Campinas (SP) por 4 dias. A
economia de 38,7 mil MWh também abastecer Piracicaba (SP) por 6 dias.
Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1) Níveis dos reservatórios
pelo Brasil
Os reservatórios da região
Nordeste iniciaram a semana sem alterações nos níveis em relação ao dia
anterior, ficando com 26%, segundo dados do ONS relativos ao último domingo, 28
de outubro. A energia armazenada consta em 13.458 MW mês no dia e a ENA segue
em 38% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A usina Sobradinho
opera com 22,44% de sua capacidade. Já os reservatórios do Sul contaram com
elevação de 1,7% na capacidade de armazenamento, atingindo 72,2%. A energia
armazenada foi para 14.521 MW mês e a ENA está em 109% da MLT. A hidrelétrica
Passo Fundo trabalha com 60,13% da capacidade. O submercado
Sudeste/Centro-Oeste foi outro que não apresentou variações em seu volume, que
seguem com 20,4%. A energia armazenada indica 41.439 MW mês e a energia
afluente aparece com 103% da MLT. Furnas funciona com 14,90% e a UHE Nova Ponte
com 15,27% do volume. Por sua vez no Norte do país os reservatórios registraram
redução de 0,5%, deixando o subsistema com 28%. A energia armazenada aponta
4.217 MW mês e a energia afluente foi para 68% da MLT. A usina Tucuruí opera
com os níveis a 37,42%.
2) Itaipu tem vertedouro
aberto em função de chuvas
O grande volume de chuvas em
outubro mudou o cenário da seca na bacia do Rio Paraná. Alguns dos mais de 40
reservatórios acima de Itaipu estão escoando o excedente não utilizado para a
produção de energia. Com isso, há sobra de água também em Itaipu, que está
vertendo de 27/10/18 às 21h, num espetáculo que não se via há seis meses. De
acordo com a usina, pela comporta passavam, na tarde de domingo, 1.171 metros
cúbicos de água por segundo, o equivalente a quase a vazão média das Cataratas
do Iguaçu. A previsão é que o vertimento permaneceu até 29/10/18 pela manhã. A
última vez que a hidrelétrica verteu foi em março deste ano, mas por questões
operacionais. Neste ano, a usina já produziu mais de 78 milhões de
megawatts-hora ante 77 milhões de MWh no mesmo período de 2017. Devido à
mudança no tempo, do período de estiagem para o chuvoso, a bandeira tarifária
de energia, que estava vermelha até este mês, passará a amarela a partir de
novembro.
3) PLD cai 38% em todos os
submercados, segundo a CCEE
A CCEE informa que o PLD para
o período entre 27/10 e 02/11/18 caiu 38% ao passar de R$ 229,71/MWh para R$
142,40/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. A
melhora expressiva nas afluências previstas para o Sistema, em outubro e em
novembro, é o principal fator para a queda do preço em todos os submercados. As
ENAs esperadas para outubro devem fechar em 101% da média histórica, acima da
MLT no Sudeste (107%) e no Sul (113%), cenário também previsto para o próximo
mês. Para a próxima semana, a expectativa é que a carga fique em torno de 25
MWmédios mais baixa no SIN, com redução esperada apenas no Sudeste (-90
MWmédios). A expectativa no Norte é praticamente a mesma da última semana, apresentando
elevações no Sul (+55 MWmédios) e no Nordeste (+10 MWmédios).
Inovação
1) CCEE disponibiliza
aplicativo para gerenciamento da medição
Após
disponibilizar funções informativas e calendário operacional em seu aplicativo,
a CCEE apresenta novas funcionalidades de gestão da medição de consumo e
geração de energia no APP CCEE. A partir de 25/10/18, os usuários com login de
acesso ao sistema da instituição poderão acompanhar informações atualizadas em
tempo real do processo de medição. A implementação do processo de medição no
aplicativo está dividida em etapas para favorecer a entrega frequente de
funcionalidades. Neste primeiro momento, os agentes terão acesso a um dashboard
(painel central) que permite o gerenciamento das informações de geração e
consumo, e a identificação de dados faltantes. Com a opção de filtros, será
possível personalizar a visualização por agente conectante, agente de medição,
estado e submercado, observando valores do período de apuração ou do mês
vigente. Também será possível acessar, pelo APP, as pesquisas salvas
previamente no módulo de análise do SCDE.
Energias Renováveis
1) MME enquadra UFV em
Pernambuco como projeto prioritário
O MME enquadrou na última
sexta-feira, 26 de outubro, como prioritário, um projeto da Esmeralda Energias
Renováveis relativos à central de geração fotovoltaica Fazenda Esmeralda,
localizada no município de Agrestina, em Pernambuco. Com a medida, o
empreendimento poderá emitir debêntures de infraestrutura, com incentivo aos
investidores.
2) Alsol instala UFV em
centro de distribuição da Coca-Cola em MG
A Alsol Energias Renováveis
instalou uma usina de microgeração de energia solar em uma unidade da
Uberlândia Refrescos, uma franquia da Coca-Cola na região do Triângulo Mineiro
e Alto Paranaíba. Uma área de 2.300 m² no telhado do estabelecimento em Uberlândia
(MG) foi utilizada para instalação de 840 painéis fotovoltaicos, com potência
total de 222,6 kWp, o suficiente para o pleno funcionamento da unidade neste
primeiro momento. Além da instalação, a Alsol ministrou um treinamento para a
equipe de manutenção e operação da empresa. (Agência CanalEnergia –
29.10.2018).
3) Competitividade das
renováveis dispara no ACL em outubro, afirma Índice FDR
A FDR Energia lançou a
atualização do Índice Nacional de Atratividade do Mercado Livre para Fontes
Limpas de Energia do mês de outubro. O resultado foi o segundo melhor do ano,
com média “0,578”, atrás apenas do mês de fevereiro, quando a nota foi de
“0,601”. Além disso, o índice apresentou um aumento de 8% em relação a
setembro, que registrou “0,535”. Nesta edição, dez estados alcançaram médias
que indicam boa viabilidade de migração para o mercado livre de energia. Foram
eles: Tocantins (0,674), Pará (0,663), Espírito Santo (0,650), Goiás (0,648),
Rio de Janeiro (0,647), Amazonas (0,646), Santa Catarina (0,633), Mato Grosso
(0,632), Paraná (0,609) e Piauí (0,601).
4) Aneel libera operação
comercial de 27 MW eólicos no Piauí
A
Aneel deliberou a operação comercial de nove aerogeradores da usina Aura Lagoa
do Barro 01, segundo despacho publicado em 29/10/18 no Diário Oficial da União.
Cada unidade liberada possui 3 MW, somando 27 MW de capacidade instalada no
município de Lagoa do Barro do Piauí, no Piauí. A agência também confirmou a
operação comercial de seis unidades geradoras de 3,4 MW cada, totalizando 20,4
MW de potência da UFV Malta, localizada na cidade de Malta, na Paraíba. Já as
eólicas Serra da Babilônia II, VI, VII, VIII, X e XI receberam a autorização do
órgão regulador e poderão operar em testes, cada uma, 12 turbinas de 2,3 MW, a
não ser pela unidade VI, que teve um aerogerador a menos liberado. As seis
usinas somam 166,8 MW de capacidade instalada e estão situadas em Morro do
Chapéu, na Bahia.
Participação das fontes, por
energia elétrica produzida histórica e projetada para centrais de Serviço
Público + Autoprodutores no Cenário Básico.
Economia Brasileira
1) Onyx Lorenzoni, futuro
ministro da Casa Civil, descarta regime de metas de câmbio
Futuro ministro-chefe da Casa
Civil e coordenador da equipe de governo de Jair Bolsonaro (PSL), deputado
federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) descartou ontem a definição de meta para o
câmbio, apesar de o presidente eleito ter defendido a medida em entrevista
concedida às vésperas do segundo turno. Onyx defendeu "previsibilidade e
segurança jurídica" e disse que a área econômica será prioridade na
transição. Segundo o parlamentar, hoje devem começar a ser definidos nomes da
equipe de Bolsonaro para cuidar de temas econômicos. Onyx desconversou, a
princípio, se o governo deverá criar meta para o câmbio, como havia proposto
Bolsonaro, e disse que quem cuidará da área é o economista Paulo Guedes, futuro
ministro da Economia (atual Fazenda). "Conceitualmente é o seguinte: se
nós temos a situação de um país que precisa ter a inflação sob controle, tem
que ter variações para aceitar que a inflação esteja dentro de uma variação
conceitualmente razoável para manter emprego, trabalho e renda. Do outro lado
tem que ter juros, exatamente dentro de uma determinada variação", disse,
lembrando que sua formação acadêmica é de médico veterinário. “Eu entendo
conceitualmente”.
2) Guedes deve ter 'ajuda' de
até R$ 20 bi em receita subestimada
O Orçamento de 2019, que será
gerenciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, tem uma subestimação de
receitas correntes entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, segundo fontes
governamentais informaram ao Valor. Esta é uma ajuda importante para o projeto
de zerar o déficit primário no ano que vem, que, depende, entretanto, de a
economia ter uma performance em torno do que está projetado neste momento:
expansão de 2,5% para o PIB de 2019. O cálculo da arrecadação do ano que vem
foi feito considerando-se uma "elasticidade unitária", que quer dizer
que, para cada um 1 ponto a mais de PIB a receita cresce um ponto a mais. Os
técnicos consideram essa estratégia "conservadora", que geraria menos
riscos para manter as contas dentro dos parâmetros fiscais definidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO), no caso a meta de déficit de R$ 139 bilhões.
3) Privatizações no governo
Bolsonaro podem gerar até R$ 170 bi, diz S&P
As empresas com chances de
privatização no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) podem gerar
cerca de R$ 120 a R$ 170 bilhões para a União reduzir a dívida soberana, estima
a agência de classificação de risco S&P Global Rating." Bolsonaro
disse recentemente que não pretende privatizar os ativos de geração de energia
da Petrobras ou Eletrobras devido à importância estratégica para segurança
energética. Segundo ele, porém, há várias empresas estatais, como Companhia
Nacional de Abastecimento, Valec Engenharia e Empresa de Planejamento e
Logística, que podem ser privatizadas.
4) Reestruturação tributária
empresarial pode incentivar investimentos no país, aponta S&P
A S&P afirma que os
planos do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em tributar dividendos e
reduzir impostos podem motivar um aumento nos investimentos nas empresas
brasileiras, embora tais medidas possam encontrar resistência política. Segundo
a agência, a trajetória internacional de alta nas taxas de juros e a demanda de
investidores por ativos mais arriscados em mercados emergentes - especialmente
no Brasil - contrasta com a queda no juros nacional.
5) Índice de confiança de
Fiesp e OCB teve alta no 3º trimestre
O Índice de Confiança do
Agronegócio (ICAgro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) encerrou o
terceiro trimestre deste ano em 100,3 pontos, 1,9 ponto a mais que no trimestre
anterior. A escala do indicador vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro - ou
seja, o patamar divulgado ontem sinaliza um pequeno otimismo. O resultado é
dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e
pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas. O
aumento foi permanecido sobre o setor", informaram Fiesp e OCB.
6) BNDES devolverá ao Tesouro
R$ 103 bilhões nos próximos 4 anos
A renegociação dos passivos
do BNDES com o Tesouro Nacional vai garantir ao governo de Jair Bolsonaro,
entre 2019 e 2022, o recebimento de R$ 102,8 bilhões para abatimento da dívida
pública. Serão R$ 26,6 bilhões em 2019; R$ 26 bilhões, em 2020; R$ 25,4 bilhões
em 2021 e R$ 24,8 bilhões, em 2022. Os números fazem parte de um estudo do
BNDES que analisa o acordo acertado este ano entre o banco e o Tesouro
Nacional. Esse acordo antecipou em 20 anos - de 2060 para 2040 - o vencimento
da dívida do banco com a União, que ainda tem um saldo remanescente a receber
de R$ 258,7 bilhões. Até a renegociação realizada em 2018 a previsão era de que
a instituição de fomento devolvesse apenas R$ 18 bilhões nos primeiros quatro
anos, até 2022. Não haveria pagamentos em 2019 e os valores seriam de R$ 4,7
bilhões em 2020; de R$ 6,5 bilhões em 2021; e de R$ 6,8 bilhões em 2022, para
citar os anos relativos ao novo governo que assume em janeiro.
7) Brasil tem desemprego de
11,9% no tri até setembro, diz IBGE
A taxa de desemprego no
Brasil ficou em 11,9% nos três meses até setembro, informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 30/10/18. A mediana das
previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 11,9% no período.
8) Preços no atacado perdem
força e IGP-M desacelera alta a 0,89% em outubro, diz FGV
O Índice Geral de
Preços-Mercado (IGP-M) desacelerou a alta a 0,89% em outubro depois de subir
1,52% no mês anterior diante da queda dos preços de minério de ferro e milho no
atacado, de acordo com os dados divulgados em 30/10/18 pela Fundação Getulio
Vargas (FGV). A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 0,9%.
9) IPA desacelera e registra
alta de 1,11% em outubro, aponta FGV
Depois de subir 2,19% em
setembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do
índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve em outubro alta de
1,11%, de acordo com os dados divulgados em 30/10/18 pela Fundação Getulio
Vargas (FGV). No IPA, o índice que mede o comportamento das Matérias-Primas
Brutas passou a recuar 0,11% em outubro, depois de uma alta de 3,53% no mês
anterior. O destaque foi a queda dos preços dos itens minério de ferro e milho,
respectivamente de 0,85 e 5,47%.
A valorização do Dólar frente
à moeda brasileira eleva ainda mais as tarifas de energia no Brasil, principalmente
para os consumidores das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país. Isso
ocorre porque a energia entregue pela hidrelétrica de Itaipu é dolarizada.
10) Dólar ontem e hoje
O dólar comercial fechou o
pregão de 29/10/18 sendo negociado a R$ 3,7068, variando +3,33% em relação ao
início do dia. Em 30/10/18 começou sendo negociado a R$3,6923, variando -0,39%
em relação ao fechamento do dia útil anterior, e segue com a cotação no valor
de R$3,7053 às 11h17hs, variando +0,35% em relação ao início do dia. (gesel)