Eficiência Energética deve gerar
mais de 1 mi de empregos no Brasil até 2030, revela estudo.
Prognóstico apresentado em
congresso realizado pela Abesco aponta para preocupação ambiental das empresas.
Um estudo sobre o potencial
de empregos para o setor de Eficiência Energética no Brasil apontou que mais de
1,2 milhão de empregos brutos devem ser gerados no país dentro do segmento até
2030. A informação foi apresentada pela Mitsidi Projetos durante o 15º
Congresso Brasileiro de Eficiência Energética, realizado pela Abesco em São
Paulo.
De acordo com o levantamento,
aproximadamente 413 mil empregos diretos e indiretos foram gerados em 2016 por
meio da Eficiência Energética, resultando em R$ 100 bilhões na produção de bens
e serviços. A maioria dos postos compreendeu as áreas de Construção Civil
(76%), Indústria, Comércio e Serviços (17%), que correspondem a mais de 90% do
consumo de energia elétrica do país.
O estudo teve como objetivo
elaborar um prognóstico sobre a geração de oportunidades ligados ao segmento,
fundamental para que o Brasil atinja a meta assumida no Acordo de Paris. Nele,
é previsto o alcance de 10% de ganhos em Eficiência Energética até 2030, tendo
como referência o consumo de energia apurado em 2005. Para 2020, a projeção
estima 482,4 mil postos de trabalho em EE e 871,1 mil até 2025.
Um emprego em Eficiência
Energética pode englobar uma série de profissionais. Entre eles, consultores de
edificações eficientes ou de operação e manutenção eficiente em prédios e
indústrias. Há oportunidades também pessoas que executam ações mais simples,
como trocas de lâmpadas por lâmpadas mais eficientes ou que detectam e corrigem
vazamento de ar comprimido na indústria, por exemplo.
Outra opção são as vagas de
gerentes e diretores que dedicam uma pequena parcela do tempo a acompanhar
indicadores e balanços relacionados à Eficiência. Há ainda aqueles
profissionais envolvidos com Green Funding – financiamento de projetos
sustentáveis – e pessoas que trabalham com o poder público, principalmente
federal, no qual atuam no gerenciamento do Programa de Eficiência de Energia da
Agência Nacional de Energia Elétrica e outros órgãos públicos que fazem parte
da gestão deste segmento.
No caso dos empregos
indiretos, estes estão relacionados, por exemplo, com a fabricação de insumos
para fabricantes de equipamentos eficientes.
Para o presidente da Abesco
Alexandre Moana, o saldo é bastante positivo quanto ao número efetivamente
gerado e o potencial de geração de empregos nessa área até a próxima década.
“Acreditamos que a Eficiência Energética seja o futuro da responsabilidade
humana perante o meio ambiente e os recursos. Por isso, é natural que sejam
gerados tantos empregos ligados à temática”, ponderou.
Moana ainda destacou que, de
fato, a previsão de crescimento daqui para frente é impulsionada pela maior
preocupação ambiental que há atualmente. “Com esse movimento cada vez mais
‘verde’, não só no Brasil, mas no mundo como um todo, certamente esses números
vão crescer. É uma tendência”, finalizou. (canalenergia)
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