domingo, 30 de outubro de 2022

Gigante de petróleo se une à Casa dos Ventos por energia renovável

A gigante francesa de petróleo TotalEnergies e a Casa dos Ventos vão criar uma joint venture para desenvolver, construir e operar o portfólio de energia renovável da empresa brasileira. A Total vai pagar inicialmente US$ 550 milhões por 34% dessa nova companhia.
A Casa dos Ventos ficará com os 66% restantes. Num segundo momento, a Total pagará mais US$ 30 milhões para concluir o negócio, desde que cumpridas certas metas de desempenho. Após cinco anos, a companhia poderá adquirir mais 15% da joint venture. (canalenergia)

Total investe US$ 550 milhões em parceria com Casa dos Ventos

Gigante de petróleo Total investe US$ 550 milhões em parceria com Casa dos Ventos.

Empresa francesa terá 34% em joint venture de companhia brasileira, que é dona de vários parques eólicos no país.
Parque eólico da Casa dos Ventos, no Piauí.

A gigante francesa de petróleo TotalEnergies e a Casa dos Ventos vão criar uma joint venture para desenvolver, construir e operar o portfólio de energia renovável da empresa brasileira. A Total vai pagar inicialmente US$ 550 milhões por 34% dessa nova companhia. A Casa dos Ventos ficará com os 66% restantes.

Num segundo momento, a Total pagará mais US$ 30 milhões para concluir o negócio, desde que cumpridas certas metas de desempenho. Após cinco anos, a companhia poderá adquirir mais 15% da joint venture.

Na prática, a Casa dos Ventos vai dividir sua operação. Ela mantém sob o chapéu de seus atuais acionistas o braço de desenvolvimento de projetos em energia renovável. Em paralelo, concentrará a atividade de geração na nova joint venture.

Um ponto importante é que essa nova empresa sendo criada agora em parceria com a TotalEnergies terá direito de prioridade na aquisição de novos projetos desenvolvidos pela Casa dos Ventos. Entrarão também na mira da joint venture oportunidades em hidrogênio e amônia verdes.

Neste início, a nova empresa — que receberá posteriormente um novo nome — conta com um portfólio de ativos em energias solar e eólica de 6,2 GW em capacidade de geração. Estão nessa carteira os 700 megawatts de capacidade eólica já em operação, 1GW que virá de projetos em construção e outros 4,5 GW de outros ainda em desenvolvimento.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, frisa que é um movimento convergente sendo observado no mercado de óleo e gás nos últimos anos em direção à transição energética de fontes fósseis para renováveis, impulsionado por um forte movimento de descarbonização feito por grandes petrolíferas.

Numa transação como a anunciada com a Casa dos Ventos, a TotalEnergies, continua ele, estaria reforçando seu compromisso nesse sentido.

— Não há dúvida que a questão da agenda verde pesa na atuação das companhias. E não podemos esquecer da rentabilidade. Ao buscar a Casa dos Ventos, que tem know-know nesse negócio, a Total em tenta alinhar o melhor de dois mundos: dá um passo em prol da descarbonização e se junta a um player que pode dar a eficiência necessária para que ela extraia desse projeto taxas de retorno bacanas — avalia o analista.

A Casa dos Ventos soma quatro complexos eólicos. Folha Larga Sul, na Bahia está em operação desde 2020, com 151,2 megawatts de capacidade; Rio do Vento, no Rio Grande do Norte, entrou em atividade em 2021, com 504 megawatts, e já tem alguns geradores da segunda fase, prevista para 2023 e com mais 534 megawatts, operando.

Está em construção os complexos de Babilônia Sul, Bahia, com 360 MW e previsto para o ano que vem, além do Umari, para 2024, com 202,5 MW.

Em 25/10/2022 o BNDES informou que havia aprovado R$ 690 milhões em financiamento a quatro parques eólicos da Casa dos Ventos — Ventos de São Januário 16, 17, 18 e 19 —, dentre os cinco que compõem Babilônia Sul, somando 288 megawatts em capacidade de geração. Os recursos incluem ainda investimento em sistemas de transmissão associados a esses empreendimentos.

Triplicar capacidade

Dos 4,5 GW de projetos em desenvolvimento já dentro da nova empresa, 2,8 GW virão de eólicos e 1,6 GW de energia solar, com estimativa de entrega em cinco anos.

Em paralelo, a Casa dos Ventos contam com um banco de 20GW em projetos a serem desenvolvidos e que não integram o acordo.

Ao darem as mãos, as duas empresas aceleram negócios e metas. A TotalEnergies tem o objetivo de saltar de 16 GW para 100 GW em capacidade de geração de fontes renováveis até 2030. Já a Casa poderá acelerar seus projetos em desenvolvimento, construção e melhorar sua capacidade de tomar crédito.

Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, afirma que a empresa vai triplicar a capacidade instalada até 2024, com a meta de bater 6GW em 2026.

“A parceria com a TotalEnergies nos traz diversos benefícios, tornando nossa energia mais competitiva e possibilitando uma expansão mais rápida do nosso braço de geração. Além do aporte de capital, a parceria garante maior capacidade de crédito e relacionamento com fornecedores, além de potencializar nossa carteira de clientes, colocando-nos em uma posição estratégica para liderar a transição energética no Brasil", diz ele em comunicado. (oglobo)

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Enel X atua para viabilizar mobilidade elétrica no Brasil

Empresa lidera estudos para eletrificação de frotas nas cidades e participa de projetos em Curitiba e Angra dos Reis.

A Enel X está liderando estudos de viabilidade de projetos de mobilidade para a eletrificação das frotas de ônibus em mais duas cidades brasileiras: Curitiba/PR e Angra dos Reis/RJ. A empresa participou de eventos públicos, em parceria com as prefeituras, para apresentação de ônibus elétricos que circularão em caráter experimental nos dois municípios.

Em ambos, a Enel X será responsável pela infraestrutura de recarga dos veículos utilizados nos projetos de mobilidade elétrica urbana realizados pelas prefeituras, além de dar todo o suporte técnico necessário a garantir o êxito dos pilotos e contribuir com dados para aprimorar os estudos técnico-financeiros. Para o caso de Angra dos Reis se trata de mais uma etapa dentro do “Procedimento de Manifestação de Interesse” onde a Enel X em conjunto com seus parceiros estratégicos é responsável pelas análises técnicas, legais e econômicas tais como prevê o procedimento de uma PPP.

Em 16/09/22 a Prefeitura de Curitiba/PR apresentou um ônibus elétrico produzido pela fabricante chinesa Higer que será testado durante o período de 20 dias. Em 02/09/22 evento semelhante foi realizado em Angra dos Reis. Durante 30 dias, um coletivo elétrico será testado pela prefeitura da cidade, em parceria com a Enel X e a fabricante Marcopolo. O ônibus Attivi da fabricante é composto por carroceria e chassi próprio, com tecnologia nacional e importada, e será operado pela concessionária de transporte público municipal em linha existente da empresa.

Durante o período de testes, serão analisados os indicadores operacionais de manutenção desse tipo de veículo e como funciona o sistema eletrônico dentro das características do trajeto determinado. Também será uma oportunidade para verificar a autonomia dos ônibus, tempo de carregamento, custo da operação, fazer treinamentos internos e conhecer os eventuais desafios de uma frota elétrica. O piloto contribuirá para avaliação da qualidade e as vantagens do ônibus elétrico para os cidadãos. A expectativa é que as informações ajudem no planejamento do futuro da mobilidade nas cidades, com a substituição gradual da frota. Será possível comparar o ônibus elétrico com um veículo tradicional, movido a óleo diesel, para uma percepção mais clara sobre os benefícios econômicos e ambientais.

A Enel X realizou nos últimos meses outras iniciativas de avaliação técnica com ônibus elétricos, envolvendo parcerias com autoridades públicas. Em novembro de 2021, a empresa acertou parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro para oferecer passeios turísticos gratuitos aos fins de semana em ônibus elétricos na Zona Norte da cidade. Em janeiro deste ano, um ônibus articulado em parceria com BYD e Marcopolo rodou na região metropolitana de Goiânia/GO, durante cerca de 60 dias. Nos dois projetos, toda a infraestrutura de recarga necessária foi fornecida pela Enel X.

Maior player de Mobilidade Elétrica da América Latina, a Enel X é responsável por tecnologias instaladas em quatro países da região e cerca de 50% dos ônibus elétricos na Colômbia, Peru e Chile. A empresa foi responsável por iniciar a operação nesses três países. No Brasil, a companhia chegou para incentivar a mobilidade elétrica nos principais centros urbanos. De acordo com Francisco Scroffa, executivo responsável pela Enel X Brasil, eletrificar a frota de ônibus é um passo fundamental no caminho para cidades mais inteligentes e sustentáveis e a Enel X vai empregar toda sua expertise como líder em mobilidade, trazendo benefícios para a sociedade. (canalenergia)

Brasil BioFuels inaugura usina híbrida em Roraima

Usina terá capacidade de geração de 17,9 MW e recebeu R$ 166 milhões de investimentos.

A Brasil BioFuels (BBF) deu início a primeira fase da usina híbrida de geração de energia que combina biomassa e óleo vegetal, ambos advindos da palma de óleo, em São João da Baliza (RR). A unidade geradora, que contou com aporte do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), tem investimentos que somam R$ 166 milhões e terá capacidade total de 17,9 MW de geração de energia.

A nova usina híbrida da BBF vai evitar a queima de cerca de 43 milhões de litros de combustível fóssil por ano na região Amazônica. A substituição do diesel fóssil poupará a população e o meio ambiente da emissão de cerca de 99 mil toneladas de carbono anualmente na atmosfera. “Com essa nova usina termelétrica, teremos o ciclo completo em nossa operação: plantamos, colhemos, esmagamos o fruto, produzimos biocombustíveis e geramos energia elétrica e, a partir de agora, vamos transformar a biomassa resultante em energia e eliminar de forma adequada e produtiva parte dos resíduos da nossa operação. É um modelo completamente sustentável”, disse o presidente da BBF, Milton Steagall. Além  1ª publicação dos benefícios energéticos e ambientais, o projeto irá gerar mais de 80 postos de trabalho diretos na região.

Para Steagall, a unidade de São João da Baliza é especial para a empresa por ser um projeto bastante inovador e também pela localização – cidade onde a BBF foi fundada e também a sede de sua matriz. “Nós iniciamos em São João da Baliza, em 2008, nosso projeto de produzir biocombustível de óleo de palma próximo ao grande mercado consumidor do Norte. Agora, temos a felicidade de entregar uma usina sustentável e inovadora para gerar energia para nossos vizinhos”, comemora Steagall.

Vale destacar que o projeto da BBF foi viabilizado por meio do Leilão de Energia 01/2019 para atender localidades de Roraima e solucionar parte do problema de segurança energética nessa região. “Atuamos no desenvolvimento sustentável do Estado há anos, conhecemos seu potencial, por isso viabilizamos um projeto de geração de energia que fosse renovável e independente, com os recursos da própria região”, finalizou. (canalenergia)

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

5 carros elétricos mais baratos à venda no Brasil

5 carros elétricos mais baratos à venda no Brasil: agosto de 2022.

Veja os carros de passeio com zero emissão mais em conta atualmente no país.
Enquanto as vendas de carros elétricos seguem em crescimento constante no Brasil, cada vez mais lançamentos chegam ao mercado. No entanto, o preço médio dos modelos zero emissão à venda no país ainda é elevado.

E para ilustrar um pouco do cenário atual neste começo de segundo semestre, elencamos os carros elétricos mais baratos disponíveis no mercado. Os modelos mais acessíveis em preço são majoritariamente carros urbanos e de marcas generalistas, mas há exceções, como o Mini Cooper SE, o único de uma marca premium a fazer parte da lista.

1 - Caoa Chery iCar: R$ 144.990

Recém-lançado e com mais de 500 unidades reservadas na pré-venda, o pequeno Caoa Chery iCar é um Chery eQ1 rebatizado e adaptado para o Brasil pela Caoa Chery. Com proposta urbana, bom acabamento e lista de equipamentos com itens inéditos no segmento, como teto panorâmico, o carrinho elétrico mede apenas 3,20 metros, possui 2,15 metros de entre-eixos e tem autonomia para 282 km com uma carga.

2 - Renault Kwid E-Tech: R$ 146.990

Lançado em abril, o Kwid E-Tech esgotou rapidamente o primeiro lote de 750 unidades e teve os primeiros veículos desembarcados no país nesta semana. O carro elétrico de entrada da Renault é totalmente baseado no modelo a combustão e possui autonomia de 265 km em ciclo combinado e 298 km no uso exclusivamente urbano.

3 - JAC E-JS1: R$ 159.990

O 'caçula' da linha de carros elétricos da JAC já foi o mais barato do país, mas perdeu o posto para os mais recentes Kwid E-Tech e iCar, nessa ordem. Bem equipado e com um trem de força elétrico competente para o uso urbano, o E-JS1 pode rodar até 302 km com uma carga e atualmente é o carro de passeio zero emissão mais vendido da marca.

4 - Renault Zoe E-Tech: R$ 239.990

Atualizado por aqui em abril do ano passado, o Renault Zoe é o segundo carro elétrico da marca em termos de preço e tem porte similar aos carros compactos à combustão mais vendidos no mercado. Um degrau acima em termos de condução, acabamento e desempenho na comparação com o Kwid E-Tech, o Zoe pode rodar 385 km com uma carga e ainda pode ser considerado um carro honesto.

5 - Mini Cooper SE Exclusive: R$ 248.590

Único modelo de uma marca premium a fazer parte da lista, o Mini Cooper SE se destaca por ter a mesma qualidade de acabamento e condução apurada do modelo a combustão. Seu motor elétrico de 185 cv dá conta do recado e o único ponto negativo é mesmo a autonomia de 234 km com uma carga, um número baixo para um carro tão bom ao volante e que pode tranquilamente encarar a estrada.

(uol)

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Pernambucanas e Raízen fecham acordo para energia renovável até 2027

A parceria prevê a contratação de 1.953 MWh de energia renovável e distribuição contemplará diversas localidades.

As Pernambucanas fechou uma parceria com a Raízen que tem por objetivo gerar energia renovável e abastecer 243 lojas de rua da marca, por meio da solução de Geração Distribuída, usando fontes de energia solar, biogás e hídrica. O acordo prevê o alvo de geração anual de 1.953 MWh de energia renovável até 2027 e distribuição contemplará diversas localidades.

No total, Lojas Pernambucanas de rua contempladas com o fornecimento de energia limpa da Raízen estarão localizadas em 12 estados brasileiros e no Distrito Federal, todos atendidos por 18 distribuidoras diferentes. As lojas estão localizadas nos estados de: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiânia, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Tocantins.

A Pernambucanas possui um plano de redução de seus impactos que visa o desenvolvimento sustentável e a diminuição de emissões de gases poluentes ao longo dos anos. A parceria com a Raízen é uma das iniciativas que a varejista adotou para reforçar seu compromisso com o cuidado com as pessoas e com o planeta. Atualmente, a Raízen tem em seu portfólio cerca de 5% da geração de energia renovável do Brasil, com 2 GW de capacidade, sendo 70% centralizada na biomassa e 30% na geração distribuída solar, pequenas centrais hidrelétricas e aterro sanitário.

Desde 2009, 16% das lojas da companhia já compram energia de matrizes energéticas renováveis, por meio do mercado livre de energia. A projeção para os próximos dois anos é que a marca migre 33% do número total de lojas para esse sistema. Assim, será possível alcançar 80% de lojas utilizando um sistema limpo de energia.

Ainda contemplando o plano de redução de impactos, a varejista possui desde 2017 a Oficina Escola, localizada em Araçariguama/SP, que realiza a reforma e produção de balcões, mesas, armários e manequins, que seriam descartados e os destinam para serem utilizados nas novas lojas. Além de ser um projeto social que desenvolve e capacita pessoas, também reduz o impacto. (canalenergia)

Obras de Angra 3 tem atividades avançadas pela Eletronuclear

O serviço é fundamental para o Plano de Aceleração da Linha Crítica de Angra 3.

A Eletronuclear assinou em 14/09/2022 um contrato para complementação do projeto eletromecânico da usina nuclear Angra 3. O vencedor do processo licitatório foi o consórcio liderado pela empresa Themag Engenharia. A previsão de conclusão do serviço é de 2 anos.

Energia de Angra 3 deve custar o dobro da de outras usinas

Tarifa é estimada em R$ 800/MWh; custo é de R$ 349/MWh em Angra 1 e 2; usina deve começar a operar em 2027.

O serviço, que é fundamental para o Plano de Aceleração da Linha Crítica de Angra 3, consiste em complementar o projeto de engenharia eletromecânica da usina, utilizando um sistema de computação em modelo 3D. Serão projetadas todas as estruturas de tubulação, assim como a colocação de equipamentos elétricos e mecânicos na unidade, graças a tecnologias de última geração disponíveis no mercado, o que garantem mais precisão e qualidade no projeto.

O Plano de Aceleração da Linha Crítica da usina é composto por uma série de atividades, tanto de projeto quanto de construção, fundamentais para concluir o empreendimento. Outra etapa importante para a retomada das obras avançou nos últimos dias. Em 09/09/22 foram realizados os primeiros testes operacionais da central de concreto do canteiro de Angra 3, cujo objetivo é assegurar a sua operabilidade.

Esses ensaios são fundamentais para viabilizar o início da concretagem da usina (prevista para acontecer no final de setembro/22), o que marca formalmente o reinício da construção civil. (canalenergia)

sábado, 22 de outubro de 2022

Leste Europeu e Ásia Central batem recorde de capacidade renovável

Em quatro anos, Leste Europeu e Ásia Central batem recorde de capacidade renovável.
Sudeste e Leste Europeu, Cáucaso e Ásia Central, além do Kosovo, adicionaram 21 GW. Muitos países ainda dependem de combustíveis fósseis e exportações de energia.

Entre 2017 e 2021, 17 países do Sudeste e Leste Europeu, Cáucaso e Ásia Central, além do Kosovo, tiveram um crescimento sem precedentes na capacidade de energia renovável. Nesse período, eles adicionaram cumulativamente 21 GW de capacidade, para uma capacidade total instalada de energia renovável de 106 GW. Pela primeira vez, o crescimento foi impulsionado principalmente pelas adições de energia solar (58%) e eólica (25%).

O Relatório de Status de Energias Renováveis da Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa 2022 foi preparado em conjunto pela Rede de Políticas de Energias Renováveis para o Século 21 e pela Unece. O documento fornece a atualização mais recente sobre a situação das energias renováveis e da eficiência energética na Albânia, Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Geórgia, Cazaquistão, Kosovo, República do Quirguistão, Moldávia, Montenegro, Macedónia do Norte, Federação Russa, Sérvia, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão.

A Ucrânia instalou a maior capacidade de energia solar fotovoltaica e eólica durante este período, com 8,3 GW, seguida pelo Cazaquistão, com 3,7 GW e pela Federação Rússia, com 3,5 GW. Esses três países ficaram entre os 30 principais países do mundo para investimentos em energia renovável em 2019, com a Ucrânia em 17º, com US$ 3,4 bilhões, a Rússia em 20º com US$ 2,3 bilhões e o Cazaquistão em 28º, investindo US$ 800 milhões.

Apesar do progresso revolucionário em energias renováveis, esses países foco continuam a depender fortemente de fontes de combustíveis fósseis e contam com um número limitado de exportadores de energia, especialmente a Rússia. De acordo com o relatório, 13 dos países são altamente dependentes de importações de energia, com 4 países – Armênia, Bielorrússia, Geórgia e Moldávia – importando mais de 70% de sua oferta total de energia primária. As energias renováveis podem ajudar os países a diversificar seu suprimento de energia e proteger contra a flutuação dos preços do gás natural e do petróleo.

De acordo com Rana Adib, Diretora Executiva da REN21, o crescimento de energia renovável na região até 2021 foi impulsionado por políticas favoráveis e pela queda dos custos das tecnologias de energia renovável – mas agora, a segurança energética está absolutamente na vanguarda. Segundo a diretora, afastar-se do combustível fóssil nunca foi tão importante para a região.

Guerra – Como consequência da invasão da Rússia, cerca de 90% da capacidade instalada de eólica e cerca de 30% da capacidade de solar na Ucrânia estava fora de operação em junho de 2022. Isso afetou quase um quarto da capacidade eólica total da região e um quinto de sua capacidade solar, uma vez que a Ucrânia tem sido líder em instalações e investimentos renováveis nos últimos anos. (canalenergia)

Transição rápida de energia limpa é mais barata que transição lenta

Transição rápida para energia limpa é mais barata do que uma transição lenta.
A ideia de que tornar-se verde será caro é ‘simplesmente errada’. Alcançar um sistema de energia líquida zero carbono por volta de 2050 é possível e lucrativo.

• Novo estudo mostra que uma transição rápida para energia limpa é mais barata do que uma transição lenta ou nenhuma.

• A ideia de que tornar-se verde será caro é ‘simplesmente errada’.

• Os custos da tecnologia verde caíram significativamente na última década e provavelmente continuarão caindo.

• Alcançar um sistema de energia líquida zero carbono por volta de 2050 é possível e lucrativo.

Espera-se que a transição para um sistema de energia descarbonizado por volta de 2050 economize ao mundo pelo menos US$ 12 trilhões, em comparação com a continuação de nossos níveis atuais de uso de combustível fóssil, de acordo com um estudo revisado por pesquisadores da Universidade de Oxford, publicado na revista Joule hoje.

A pesquisa mostra um cenário ganha-ganha, no qual a rápida transição para energia limpa resulta em custos mais baixos do sistema de energia do que um sistema de combustível fóssil, ao mesmo tempo em que fornece mais energia para a economia global e expande o acesso à energia para mais pessoas em todo o mundo.

O cenário de ‘Transição Rápida’ do estudo mostra um futuro realista possível para um sistema de energia livre de combustíveis fósseis por volta de 2050, fornecendo 55% mais serviços de energia globalmente do que hoje, aumentando a energia solar, eólica, baterias, veículos elétricos e combustíveis limpos, como o verde hidrogênio (feito a partir de eletricidade renovável).

O autor principal, Dr. Rupert Way, pesquisador de pós-doutorado na Smith School of Enterprise and the Environment de Oxford, diz: “Modelos passados, prevendo altos custos para a transição para energia de carbono zero, dissuadiram as empresas de investir e deixaram os governos nervosos sobre a definição de políticas que irão acelerar a transição energética e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Mas os custos de energia limpa caíram acentuadamente na última década, muito mais rápido do que esses modelos esperavam.

‘Nossa pesquisa mais recente mostra que a ampliação das principais tecnologias verdes continuará a reduzir seus custos – e quanto mais rápido formos, mais economizaremos. Acelerar a transição para as energias renováveis é agora a melhor aposta não apenas para o planeta, mas também para os custos de energia’.

Os pesquisadores analisaram milhares de cenários de custos de transição produzidos pelos principais modelos de energia e usaram dados sobre: 45 anos de custos de energia solar, 37 anos de custos de energia eólica e 25 anos de armazenamento de bateria. Eles descobriram que o custo real da energia solar caiu duas vezes mais rápido do que as projeções mais ambiciosas nesses modelos, revelando que, nos últimos 20 anos, os modelos anteriores superestimaram os custos futuros das principais tecnologias de energia limpa versus a realidade.

“Há um equívoco generalizado de que mudar para energia limpa e verde será doloroso, caro e significa sacrifícios para todos nós – mas isso está errado”, diz o professor Doyne Farmer, que lidera a equipe que conduziu o estudo no Instituto de Nova Economia Pensando na Oxford Martin School.

“Os custos das energias renováveis vêm caindo há décadas”. Eles já são mais baratos que os combustíveis fósseis em muitas situações e, mostra nossa pesquisa, eles se tornarão mais baratos que os combustíveis fósseis em quase todas as aplicações nos próximos anos. E, se acelerarmos a transição, eles ficarão mais baratos mais rapidamente. A substituição completa de combustíveis fósseis por energia limpa até 2050 nos economizará trilhões’.

O estudo mostrou que os custos das principais tecnologias de armazenamento, como baterias e eletrólise de hidrogênio, também devem cair drasticamente. Enquanto isso, os custos da energia nuclear aumentaram consistentemente nas últimas cinco décadas, tornando altamente improvável que seja competitiva em termos de custos com a queda dos custos de energia renovável e armazenamento.

O professor Farmer acrescenta: ‘O mundo está enfrentando simultaneamente uma crise de inflação, crise de segurança nacional e crise climática, todas causadas por nossa dependência de combustíveis fósseis de alto custo, inseguros, poluentes e com preços voláteis. Este estudo mostra que políticas ambiciosas para acelerar drasticamente a transição para um futuro de energia limpa o mais rápido possível são, não apenas, urgentemente necessárias por razões climáticas, mas podem economizar trilhões em custos futuros de energia, dando-nos uma energia mais limpa, barata e com mais energia no futuro seguro’.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, os custos da energia fóssil dispararam, causando inflação em todo o mundo. Este estudo, realizado antes da crise atual, leva em conta essas flutuações usando mais de um século de dados de preços de combustíveis fósseis. A atual crise de energia ressalta as descobertas do estudo e demonstra os riscos de continuar a depender de combustíveis fósseis caros e inseguros. A pesquisa confirma que a resposta à crise deve incluir a aceleração da transição para energias limpas e de baixo custo o mais rápido possível, pois isso trará benefícios tanto para a economia quanto para o planeta.

A pesquisa é uma colaboração entre o Institute for New Economic Thinking da Oxford Martin School, o Oxford Martin Program on the Post-Carbon Transition e a Smith School of Enterprise & Environment da Universidade de Oxford e o SoDa Labs da Monash University.

Cenários (A–I) As três colunas representam os três cenários do sistema energético. As três linhas são: (A–C) energia útil anual fornecida por cada tecnologia em função do tempo; (D–F) energia final anual fornecida por cada tecnologia em função do tempo; e (G–I) geração e armazenamento anual de eletricidade em baterias em escala de rede e baterias de veículos elétricos. A geração total de eletricidade é dividida entre a eletricidade final entregue à economia e a eletricidade usada para produzir combustíveis P2X para aplicações de difícil eletrificação e para backup da rede elétrica. (ecodebate)

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

H2 Verde impulsionará eólica na América Latina

H2 Verde impulsionará eólica na América Latina, projeta Wood Mackenzie.
Brasil é visto como o país líder na região e um dos maiores do mundo com a perspectiva de capturar cerca de 6% do suprimento global do energético até 2050

O hidrogênio verde deverá ser o grande impulsionador da geração eólica na América Latina até 2050. A projeção da Wood Mackenzie é de que a capacidade alcance 34 GW. A atividade eólica offshore corresponderá a uma taxa de crescimento anual composta de 15,4% a partir de 2032, quando se espera que os primeiros projetos entrem em operação na região. Na liderança estarão o Brasil e a Colômbia.

De acordo com a consultoria, o movimento regulatório é significativo em apoio aos empreendimentos eólicos offshore, com o Brasil e a Colômbia fornecendo diretrizes para atividades futuras. Ambos os países, continua o comunicado da empresa, têm um número crescente de projetos planejados, e o crescimento do pipeline anunciado este ano na América Latina já representa uma participação de 34% dos anúncios globais de novos projetos, a partir do terceiro trimestre de 2022.

A Wood Mackenzie prevê que o Brasil capturará cerca de 6% do suprimento total de hidrogênio verde do mundo até 2050, com o mercado ganhando escala após 2030. No entanto, apenas 20% das instalações de hidrogênio verde no país estarão conectadas à rede. Essa característica desempenhará um papel fundamental na economia futura do país e na posição de longo prazo como exportador global de energia. Mas ainda há muito trabalho a ser feito na frente regulatória e muitos desafios permanecem para tornar isso uma realidade. Entre os desafios enfrentados pelos desenvolvedores incluem demanda limitada de energia, restrições de infraestrutura de transmissão, concorrência de outras fontes, bancabilidade do projeto e problemas da cadeia de suprimentos.

As questões relacionadas à eólica offshore estarão em debate no Brazil Windpower 2022 que começou em 18/10/22, na cidade de São Paulo. O tema deste ano é o setor eólico em expansão e aliado às novas tecnologias: o caminho para um futuro Net Zero.  Para saber mais, acesse a programação do evento que ocorre até 20/10/22 clicando aqui. (canalenergia)

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Eólica offshore: decreto reflete mais a experiência internacional

Eólica offshore: decreto reflete mais a experiência internacional, aponta ABEEólica.
Regulação do setor precisa levar em conta os erros já mapeados e evitar sua repetição por aqui, e ainda, deve ser similar a outros países para que investidores possam destinar seus recursos ao país.

O segmento de geração eólica offshore conta atualmente com duas frentes de desenvolvimento de marcos regulatórios para seu estabelecimento e desenvolvimento por aqui. A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou proposta de PLS 576/21, de autoria do Senador Jean Paul Prates e em outra frente o governo publicou o decreto 10.946/22, em fase de regulamentação via consulta pública. Ante esses dois a maior aposta é de que a segunda opção é que deverá delinear os caminhos do setor no país.

Na avaliação da presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, é justamente no Decreto deste ano que ela vê uma conversa mais similar à experiência internacional nesse campo do conhecimento. “Precisamos do conhecimento já adquirido e não cometer os mesmos erros que outros países cometeram, podemos partir sem essas ações que não foram bem sucedidas em outros locais. O decreto conversa com o que é internacionalmente adequado e com aquilo que o setor percebe tem chance de sair mais rápido”, disse em webinar promovido pelo Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura (CERI) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Até porque projetos como o PL que foi aprovado na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, possuem tramitação que não raro duram mais de um ano para chegarem à conversão em lei.

Energia eólica offshore em análise no Brasil é mais que o dobro do total instalado no mundo.

O gerente Brasil da BlueFloat, Emilio Matsumura, lembrou que o Brasil não é nem de perto pioneiro nessa tecnologia da eólica offshore. Citou que já há cerca de 55GW em capacidade instalada operacional em todo o mundo. Em sua análise, o país está em um momento que não pode se dar ao luxo de ter uma regulação que não esteja próxima ao que já existe no mundo. Até porque, há diversas regiões do mundo que desenvolvem projetos dessa natureza e que concorrem pelos investimentos.

“Precisamos atrair esses investimentos, o Brasil tem um grande potencial que pode variar de 700 GW a 1,3 TW, mas o país não pode ter uma regulação que seja tão diferente do resto do mundo. Os investidores olham para o Brasil, mas precisar explicar porque a regulação é diferente de outras geografias dificulta o processo de atratividade”, disse ele.

Essa afirmação encontrou ressonância na análise que Élbia trouxe da Europa onde passou 15 dias na Escandinávia e participou de evento sobre o hidrogênio verde por lá. Ela relatou que de mais de 60 patrocinadores do encontro que ocorreu, mais de 50 afirmaram que olhavam para o Brasil. Contudo, outros países com recursos renováveis estariam em posição mais avançada. Isso, acrescentou, pode ser um risco se o Brasil não adiantar seus processos, podendo perder a sua posição de ser um grande destino de investimentos e ficar apenas em potencial não realizado.

E quando se fala em atração de investimentos, diz o senior Programme Officer REmap da International Renewable Energy Agency (IRENA), Ricardo Gorini, que por anos atuou na Empresa de Pesquisa Energética, tem que levar em consideração também o desenvolvimento de uma cadeia industrial, gerando valor ao país.

Energia eólica: Decreto destrava offshore, de mais qualidade.

Desafios

Segundo Élbia, os desafios do setor de energia eólica offshore na verdade são passos que ainda precisa ser dados. O primeiro é ter o marco regulatório que deverá ser o primeiro a chegar. Podendo ser colocado até novembro, de acordo com os prazos dados na consulta pública do MME.

Os custos, diz, já estão em queda, passou de uma ordem de grandeza de US$ 100 para a casa de US$ 60 por MWh. A questão do termo de referência no IBAMA já existe para o processo de licenciamento, que não é um processo simples. E com todos os passos, reforça que os primeiros parques offshore deverão iniciar a operação apenas no final da década.

Matsumura diz que não vê competição entre a eólica offshore e a onshore, mas com as fontes de geração fosseis. Afinal, essa energia a partir dos ventos marítimos representa uma grande oportunidade de descarbonização e de diversificação da matriz energética global.

E todos os participantes, quando questionados pela moderadora Joísa Dutra, de que a transição energética deverá parar em decorrência do cenário energético na Europa, todos afirmaram que não. Que a transição é um movimento que veio para ficar sim que mesmo com a retomada de plantas a carvão ou nucleares na Europa, deve continuar.

O que estamos vendo pode ser uma redução momentânea da velocidade. (canalenergia)

Tecnologia para monitorar parques eólicos e solares

Neoenergia utiliza tecnologia para monitorar parques eólicos e solares.
Plataforma SOFIA, desenvolvida com startup e universidade, teve origem no Hackathon Neoenergia na UFRN.

A Neoenergia vem apresentando resultados no uso de uma nova tecnologia desenvolvida pelo tripé de inovação empresa, startup e universidade: é o Software de Incidências Automáticas (SOFIA), que acompanha torres de medições necessárias para viabilidade e operação de parques eólicos e solares da companhia.

De acordo com a companhia, a ferramenta passou a ser utilizada em 2021, após cinco meses de desenvolvimento. Em um ano de uso, a Neoenergia reduziu em 90% os custos utilizados para esse tipo de controle. Por meio de sensores de medição utilizados no SOFIA, as equipes identificam ações como intensidade e direção dos ventos, radiação global e difusa, temperatura, umidade e pressão. Pelo software, é possível ainda ver o mapa com a geolocalização das torres, saber a data de instalação, realizar comparações de funcionamento de equipamentos e acompanhar os projetos e solicitações.

A plataforma foi criada pela área de Renováveis da Neoenergia, em parceria com a Loomi, empresa especializada em soluções digitais, e levou cerca de dois anos para ser finalizada. A ideia do projeto surgiu em 2019, durante o 2º Hackathon Neoenergia, realizado pela Superintendência de Inovação e Sustentabilidade da companhia junto com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O evento faz parte do Programa Universidades, iniciativa global da Iberdrola para incentivar a troca de conhecimento, atrair talentos e reforçar o vínculo com o mundo acadêmico.

Drones e inteligência artificial impulsionam uso de energias renováveis.

Tecnologias devem tornar a operação de parques eólicos brasileiros mais ágeis, baratos e eficientes. (canalenergia)

domingo, 16 de outubro de 2022

PE vai contratar geração de energia solar para prédios públicos

Errata: Pernambuco vai contratar geração de energia solar para prédios públicos.
O processo visa atender mais de 3.600 edificações que consomem energia de baixa tensão.

Nota da Redação: Matéria corrigida às 10:43 hs de 14/09/2022 para correção do estado, que faz a licitação. Na primeira versão estava São Paulo, mas é Pernambuco.

A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Estado de Pernambuco, por meio do Programa de Parcerias Estratégicas (PPPE), abriu em 12/09/2022, a etapa de diálogo público no processo de concessão para construção, operação, manutenção e gestão de usinas flutuantes de geração de energia solar fotovoltaica. As usinas irão gerar energia para 3.666 prédios do Estado consumidores do Grupo B (baixa tensão), como escolas, unidades de saúde, de segurança e de outras áreas.

De acordo com a Seplag, além de construir as usinas, a empresa vencedora da licitação ficará responsável pela gestão e operação de serviços de compensação de créditos de energia elétrica para a redução dos custos nos órgãos do poder público do Estado de Pernambuco.

Prazo da concessão administrativa será de 21 anos. Interessados em participar desta etapa deverão encaminhar suas contribuições para o e-mail: dialogopublico.energia@seplag.pe.gov.br, entre os dias 12/09/22 e 14/10/2022. No site www.parcerias.pe.gov.br, estão disponíveis arquivos para download referentes ao diálogo público. Em 04/10/2022 às 10 hs, houve uma audiência pública virtual, que foi transmitida pelo Youtube. (canalenergia)

Pedidos de turbinas eólicas atingiram US$ 18,1 bi tendo recorde no 2º tri

Pedidos de turbinas eólicas atingiram US$ 18,1 bilhões no segundo trimestre/2022 e alcançaram recordes.
Com um forte impulso dado pelo mercado da China, o setor eólico mundial teve um segundo trimestre que ficará na lembrança por um bom tempo. De acordo com dados levantados pela Wood Mackenzie, a entrada global de pedidos de turbinas eólicas somaram 43 gigawatts (GW) entre abril e junho deste ano, número que representa um novo recorde. O volume também é equivalente a um aumento de 36% em relação aos níveis do ano anterior, totalizando assim uma carteira de cerca de US$ 18,1 bilhões em pedidos. Por conta das metas ambiciosas de descarbonização, a China pretende apoiar uma construção média estimada de mais de 55 GW por ano nos próximos 10 anos. Somente no segundo trimestre, o país asiático foi responsável por um recorde de 35 GW de pedidos e está com 45 GW no acumulado do ano. Enquanto isso, a Europa apresentou crescimento na entrada de pedidos com 3,8 GW, dobrando sua atividade no primeiro trimestre. A atividade de entrada de pedidos nos EUA permaneceu lenta, com menos de 2 GW até  junho.

A entrada global de pedidos de energia eólica offshore ultrapassou 6 GW no segundo trimestre deste ano. Esta é apenas a terceira vez que os pedidos offshore ultrapassam esse número. Desenvolvedores no mercado chinês galvanizaram a maior carteira de pedidos de empresas no primeiro de todos os tempos para o setor eólico offshore, compreendendo 74% da capacidade global de pedidos offshore. A entrada de pedidos offshore na China aumentou consecutivamente por três trimestres, após uma pausa de quase um ano.

“Goldwind, Mingyang e Envision foram muito ativos no segundo trimestre com projetos na China, representando mais de 26 MW de atividade entre eles”, disse o diretor de pesquisa da Wood Mackenzie, Luke Lewandowski. Sete fabricantes de turbinas chinesas – com Envision, Mingyang e Goldwind nas três primeiras posições – registraram capacidade de pedidos firmes suficientes para se classificar no top 10 global de entrada de pedidos até o primeiro semestre de 2022. “A rápida adoção da tecnologia e o apoio do governo catapultaram a China para essa posição de liderança”, acrescentou Lewandowski.

Impulsionada pela China, a atividade global está em ritmo recorde nos dois primeiros trimestres de 2022, com 61 GW encomendados. Isso é 13% maior que o primeiro semestre de 2021 e é o semestre mais alto já registrado. “A China está crescendo e estamos vendo força na Europa também. Os EUA são onde a demanda tem sido lenta. Isso se deve a condições difíceis de mercado, como aumentos de custos trabalhistas, inflação e interrupções na cadeia de suprimentos. Como resultado, foi difícil garantir novos pedidos nos EUA, o que teve um impacto negativo nos fabricantes dependentes do mercado, principalmente os fabricantes ocidentais”, avaliou Lewandowski.

O especialista aponta, no entanto, que com a aprovação do Inflation Reduction Act of 2022 nos Estados Unidos, a Wood Mackenzie antecipa um aumento na atividade no segundo semestre do ano. Para lembrar, o Inflation Reduction Act é um pacote de medidas do governo americano para combater as emissões de carbono e investir em fontes de energia limpa. “Com esses novos incentivos, os projetos de energia eólica tornaram-se mais viáveis economicamente e, portanto, mais competitivos em relação às tecnologias convencionais. Se a aquisição de turbinas eólicas na China continuar em seu ritmo atual e a atividade de admissão aumentar nos EUA, o mercado de turbinas eólicas poderá ser definido para um ano recorde”, finalizou Lewandowski. (petronoticias)

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Geração eólica e solar bate mais de 30 recordes em agosto

ONS: geração eólica e solar bate mais de 30 recordes em agosto/22.
No mês, fonte eólica registrou quatro recordes e a solar seis na última semana.

Ao longo do mês de agosto, o Operador Nacional do Sistema Elétrico registrou 31 recordes na produção de energia solar e eólica. Os índices mais recentes foram apontados entre os dias 26 e 31 de agosto, com seis em solar e quatro em eólica. Na geração solar instantânea foi observado às 10h48 de 29/08/22, o pico de 4.748 MW, o que representa 7 % da demanda do Sistema Interligado Nacional. A melhor marca anterior era de 4.606 MW, às 12h46, verificada em 19/08/22. Ainda no SIN, um novo recorde foi verificado em 29/08/22: 1.762 MW med, o equivalente a 2,6% da demanda nacional. O anterior era de 1.718 MW med, em 27/08/22.

Em 31/08/22 o Nordeste alcançou o melhor resultado instantâneo de geração de energia solar de 3.428 MW, às 11h05, representando 32,9% da carga da região. O melhor resultado anterior havia sido de 3.391 MW, um dia antes. A região também atingiu um novo recorde de geração média: em 30/08/2230 foram aferidos 1.281 MW med, 11,5% da demanda local, ante uma marca anterior de 1.277 MW médios atingidos em 27/08/22.

O ONS também informou dois recordes no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O pico de produção energia solar instantânea chegou a 1.421 MW, às 11h02 de 26/08/22, o que representa 3,6% da demanda da região produtora. O melhor registro até então era de 1.373 MW, em 23/08/22. Em 29/08/22 foi indicado o resultado inédito na geração média de energia solar no Sudeste, com o volume de 485 MW med, o que corresponde a 1,3% da demanda da região, ante uma marca anterior de 482 MW, em 15/08/22.

Com relação à produção eólica, o Brasil registrou quatro resultados nunca alcançados, todos apontados em 30/08/22. O SIN atingiu 17.670 MW de geração instantânea, o que representou 23,9 % da demanda de energia do sistema. O melhor resultado anterior fora de 17.321 MW, em 12/08/22. Na média, foi observado o pico de 15.143 MW med, o que representa 22,3% da demanda do SIN, ainda em 30/08. O anterior era de 14.520 MW médios, em 17/08/22.

As outras duas marcas da produção eólica foram no subsistema Nordeste em 30/08/22. O pico de geração energia eólica instantânea chegou a 16.055 MW, às 22h16, o que representa cerca de 131 % da demanda do Nordeste. O limite anterior foi de 15.785 MW, atingido em 29/08/22. E ainda, o novo recorde na média de energia eólica no Nordeste é de 14.208 MW médios, que corresponde a 127,6 % da demanda da região. (canalenergia)