quarta-feira, 30 de julho de 2025

Carrefour Brasil planeja fechar 2025 com 25 usinas solares em seus telhados

Grupo Carrefour Brasil planeja fechar 2025 com 25 usinas solares em seus telhados.
A parceria entre a GreenYellow e o Carrefour promete solarizar 350 estacionamentos, estabelecendo um marco na energia renovável na Europa.

GreenYellow e Carrefour transformam o Cenário Energético da França com Projeto Solar Inédito.

O grupo Carrefour Brasil planeja concluir o ano de 2025 com 25 usinas solares instaladas em seus telhados.

A expansão do projeto de usinas solares faz parte da estratégia do Carrefour Brasil de aumentar a geração de energia limpa e reduzir a dependência de fontes tradicionais. A empresa pretende instalar mais 22 usinas até o final de 2025, com o objetivo de otimizar o consumo de energia e promover a sustentabilidade.

Além disso, o Carrefour Property, divisão do grupo responsável pela gestão de imóveis, registrou uma redução de 15% no consumo de energia graças à implementação de tecnologias e práticas sustentáveis.

Atualmente, as unidades do grupo já contam com 2 usinas em Canoas (RS) e em Americana (SP). Uma terceira usina deve entrar em operação em Recife (PE) ainda neste semestre. Somadas, as três plantas têm potencial de gerar mais de 300 mil kWh.

Buscando a redução do consumo energético, o Grupo Carrefour Brasil, já conta atualmente com duas usinas fotovoltaicas instaladas nas unidades do Hiper Carrefour Canoas, no Rio Grande do Sul, e do Sam’s Club Americana, interior de São Paulo. Uma terceira localizada no Hiper Carrefour em Recife, em Pernambuco, está prevista para iniciar operação ainda neste semestre.

Somadas, as três usinas têm potencial de gerar mais de 300 mil kWh por mês e reduzir significativamente os custos de energia dessas unidades. Até o final de 2025, a companhia deve ampliar esse modelo com a instalação de mais 22 usinas solares, totalizando um potencial de geração de 32,8 mil MWh/ano, o que representa uma redução estimada de 4,4% do consumo anual na operação de varejo do Grupo Carrefour Brasil.

O Grupo Carrefour Brasil tem como meta de utilizar 100% de eletricidade proveniente de fontes renováveis até 2030 e a redução de 27,5% do consumo total de energia no mesmo período. Em relação aos sistemas fotovoltaicos, a empresa pretende instalar plantas em uma área de 4,5 milhões de metros quadrados até 2026, nos países onde opera.

“Os painéis solares contribuem para a geração de energia limpa e renovável, reduzindo a dependência de fontes tradicionais e colaborando para a diminuição das emissões dos gases de efeito estufa. Já temos resultados expressivos com as usinas em operação e, com a implantação das novas estruturas até o fim de 2025, teremos um impacto ainda mais relevante na redução do nosso consumo energético e no fortalecimento das nossas ações em prol do meio ambiente”, afirma o Diretor de Manutenção e Construção de Carrefour Property, Marcelo Poli.

A unidade imobiliária do Grupo vem apostando em tecnologia e ações internas para eficiência energética e redução do impacto ambiental, e foi responsável pela redução de 15% do consumo de energia por metro quadrado das lojas e centros de distribuição do Grupo em 2024. O time técnico desenvolveu soluções que vão desde a adoção de usinas solares, sistemas avançados de automação e telemetria, além das campanhas internas educativas e de engajamento.

Carrefour e GreenYellow já fizeram parceria para a solarização de estacionamentos na França. (pv-magazine-brasil)

Por que focar em ônibus e trens, não apenas carros?

Mobilidade elétrica no Brasil: Por que focar em ônibus e trens, não apenas carros?

O desenvolvimento de uma cadeia produtiva nacional voltada à fabricação de ônibus, trens e componentes elétricos poderia gerar empregos qualificados e impulsionar a inovação tecnológica em setores estratégicos.
Especialistas defendem que eletrificar o transporte público e de cargas é a chave para descarbonizar o setor e democratizar o acesso nas cidades brasileiras.

Enquanto o mundo avança na eletrificação de carros particulares, o Brasil tem uma oportunidade única de impulsionar a sustentabilidade e a economia priorizando trens, metrôs e ônibus elétricos. Descubra os benefícios e desafios dessa transformação.

Brasil tem oportunidade de liderar transição energética no setor, mas especialistas defendem abordagem focada em transporte público e de cargas

Em meio à crescente onda global de eletrificação automotiva, especialistas em mobilidade urbana e sustentabilidade defendem que o Brasil precisa adotar uma estratégia diferenciada: priorizar a eletrificação do transporte público e de cargas, e não apenas incentivar a substituição da frota de automóveis particulares.

O setor de transportes representa um dos principais emissores de gases de efeito estufa no país, e sua efetiva descarbonização exige uma transformação estrutural profunda, centrada no transporte coletivo eletrificado de massa – trens, metrôs, VLTs, BRTs e, principalmente, ônibus – além da eletrificação de veículos de carga e expansão do sistema ferroviário.

Panorama global

Dados do relatório “Perspectivas globais de EV 2025”, da Agência Internacional de Energia (IEA), mostram que as vendas de carros elétricos ultrapassaram 17 milhões em todo o mundo em 2024, alcançando mais de 20% do mercado global.

A China continua liderando esse processo, respondendo por mais de 70% da produção mundial de veículos elétricos e com quase metade de suas vendas de automóveis já eletrificadas. Projeta-se que, em 2030, mais de 40% dos carros vendidos globalmente serão elétricos.

Transporte coletivo: o caminho mais eficiente

Embora os números de veículos particulares impressionem, é no transporte coletivo que a eletrificação pode ter impacto mais significativo, especialmente em países como o Brasil.

Segundo o mesmo relatório da IEA, as vendas de ônibus elétricos cresceram 30% globalmente em 2024, atingindo mais de 70 mil unidades. Na Europa, vários países já apresentam índices elevados de eletrificação: Dinamarca, Finlândia, Holanda e Noruega têm mais de 40% das novas aquisições de ônibus já eletrificadas.

Na América Latina, as vendas de ônibus elétricos saltaram de aproximadamente 600 em 2020 para mais de 2 mil em 2024, representando quase 40% das vendas fora da China e Europa.

Benefícios para o Brasil

Nos grandes centros urbanos brasileiros, a substituição de ônibus a diesel por modelos elétricos traria ganhos ambientais e de saúde pública consideráveis. Estudos indicam que a poluição atmosférica nas metrópoles brasileiras é responsável por milhares de mortes prematuras anualmente.

“Além da redução de emissões, há a questão do acesso. Para milhões de brasileiros, o transporte público é a única opção de mobilidade. Eletrificá-lo significa democratizar o acesso à cidade e seus serviços”, destaca Paulo Ribeiro, diretor da Associação Nacional de Transportes Públicos.

No setor de cargas, especialistas defendem que a eletrificação e a expansão do transporte ferroviário poderiam transformar a logística nacional, reduzindo custos e emissões em um país continental como o Brasil. As vendas de caminhões elétricos cresceram quase 80% globalmente em 2024, mas ainda representam apenas 2% do total.
Oportunidade econômica

A transição para a mobilidade elétrica coletiva também representa uma oportunidade econômica para o Brasil. O desenvolvimento de uma cadeia produtiva nacional voltada à fabricação de ônibus, trens e componentes elétricos poderia gerar empregos qualificados e impulsionar a inovação tecnológica em setores estratégicos.

Para os especialistas, as políticas públicas brasileiras precisam estabelecer metas ambiciosas para a eletrificação do transporte público urbano, investir em infraestrutura ferroviária e criar incentivos para que operadores de transporte coletivo e empresas logísticas façam a transição para veículos elétricos.

O desafio não é pequeno, mas o caminho para uma mobilidade verdadeiramente sustentável no Brasil passa necessariamente pela priorização do transporte coletivo eletrificado, e não apenas pela substituição da frota particular. (ecodebate)

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Venda de veículos elétricos dispara e cresce 22% em maio/25

Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostram que o mercado de veículos eletrificados no Brasil registrou forte alta em maio, com 16.641 unidades vendidas, o que representa um crescimento de 12,7% em relação a abril (14.759). Na comparação com maio de 2024 (13.612), houve crescimento de 22,25%.

Mercado de veículos eletrificados registrou alta de 12,7% em maio/25.

Participação dos eletrificados no mercado total de veículos leves também vem aumentando

O mercado de veículos eletrificados no Brasil apresentou forte crescimento em maio, com 16.641 unidades comercializadas — alta de 12,7% em relação a abril (14.759). Na comparação com maio de 2024 (13.612), o avanço foi de 22,25%.

No acumulado de janeiro a maio, as vendas de modelos eletrificados — que incluem as categorias BEV (100% elétricos), PHEV (híbridos plug-in), HEV e HEV Flex — somaram 71.324 unidades. O volume representa crescimento de 19,5% frente ao mesmo período de 2024 (59.669). Os micro-híbridos (MHEV) não fazem parte dessa estatística.

A participação dos eletrificados no mercado total de veículos leves também vem aumentando. Em maio, esses modelos responderam por 7,76% dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves. O percentual tem como base os 16.641 emplacamentos de eletrificados frente ao total de 214.383 unidades vendidas no mês, conforme dados da Fenabrave.

Avanço dos 100% elétricos

O principal destaque de maio foi o desempenho dos BEV, que atingiram um recorde com 6.969 unidades vendidas — alta de 48,2% em relação a abril (4.702). Frente a maio de 2024 (5.175), o crescimento foi de 34,7%.

Desde abril de 2024, quando o segmento havia registrado 6.705 unidades, os 100% elétricos não alcançavam volume tão elevado. A categoria segue em expansão constante, refletindo um amadurecimento do mercado nacional.

Os veículos elétricos plug-in vem ganhando protagonismo desde 2023, consolidando uma tendência que aproxima o Brasil dos mercados mais desenvolvidos, como Europa e Ásia, onde essa tecnologia já domina as vendas. Atualmente, os plug-ins representam 87% do total de veículos eletrificados vendidos no país, com 14.550 unidades comercializadas em maio.

Em maio de 2023, os modelos plug-in respondiam por apenas 47% das vendas de eletrificados (3.039). No mesmo mês de 2024, a participação subiu para 60,6% (9.057) e, agora, alcançou 87%.

A forte adesão aos elétricos plug-in reflete o avanço da eletromobilidade no Brasil. A ampliação da oferta de modelos, a chegada de novas montadoras e os ganhos de escala têm impulsionado esse movimento. Paralelamente, o crescimento da infraestrutura de recarga também exerce papel decisivo na transformação do setor.
Detalhamento das vendas

As 14.550 unidades plug-in (BEV + PHEV) vendidas em maio representam aumento de 15,3% em relação a fevereiro (12.615) e expressiva alta de 60,6% na comparação com maio de 2024 (9.057).

Entre os plug-in, os híbridos PHEV responderam por 52,1% das vendas (7.581), enquanto os 100% elétricos BEV ficaram com 47,9% (6.969). As vendas de BEVs subiram 48,2% em relação a abril (4.702) e 34,7% frente a maio de 2024 (5.175). Já os PHEVs recuaram 4,2% na comparação mensal (7.913), mas quase dobraram em relação ao mesmo mês do ano anterior, com alta de 95,3% (3.882).

Enquanto isso, os híbridos convencionais (HEV e HEV Flex) perderam participação no mercado, indicando uma possível transição gradual rumo à eletrificação plena. Em maio de 2025, os HEVs representaram 6,8% das vendas de eletrificados (1.129), e os HEV Flex, 5,7% (962), totalizando juntos 12,5%.

As vendas de HEVs subiram 36,2% frente a abril (830), mas recuaram 17% em comparação com maio de 2024 (1.360). Os HEV Flex registraram queda tanto em relação a abril (26,8%) quanto ao mesmo mês do ano passado (53,1%).

Participação por tecnologia – maio de 2025

PHEV: 7.581 (34,0%)

BEV: 6.969 (31,3%)

HEV: 1.129 (5,1%)

HEV Flex: 962 (4,3%)

Total: 16.641 unidades

Ônibus elétricos seguem em ritmo variável

O mercado de ônibus elétricos ainda apresenta oscilação. Em maio, foram emplacadas 24 unidades, redução de 73% frente a abril (79). No entanto, houve aumento de 167% na comparação com maio de 2024.

Diferente dos veículos leves, o segmento de ônibus elétricos ainda não segue um padrão de crescimento linear, o que reflete seu estágio inicial no processo de descarbonização do transporte público urbano.

De janeiro a maio, foram vendidas 272 unidades, alta de 130,5% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço se deve, em parte, aos incentivos do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltado às cidades.

Eletromobilidade ganha capilaridade no Brasil

As vendas de eletrificados vêm se distribuindo de forma mais equilibrada entre os estados, resultado de políticas públicas — como isenção ou redução do IPVA —, expansão da rede de concessionárias e crescimento da infraestrutura de recarga.

Regiões como Nordeste e Norte, historicamente com menor participação, vêm ampliando gradualmente sua presença no mercado nacional.

Liderança em vendas de eletrificados leves em maio de 2025

1º – São Paulo: 1.976 unidades

2º – Brasília: 1.461

3º – Rio de Janeiro: 643

4º – Belo Horizonte: 636

5º – Curitiba: 461

Micro híbridos também avançam

Em maio, foram vendidos 5.638 veículos micro-híbridos, sendo 76,2% MHEV 12V (4.299) e 23,8% MHEV 48V (1.339). Em relação a abril (5.064), o aumento foi de 11,3%. Somando eletrificados e micro-híbridos, o Brasil contabilizou 22.279 unidades comercializadas em maio, alta de 12,3% frente a abril (19.823).

A ABVE disponibiliza os dados completos de eletromobilidade por meio de seu Business Intelligence (BI), com painéis interativos que detalham as vendas gerais, por frotas, geografia e modelos de ônibus. (reporterdiario)

Energia solar em telhados

A instalação de painéis solares em telhados é uma forma eficiente e esteticamente integrada de gerar energia solar, aproveitando a exposição solar do telhado para maximizar a produção de energia. Os painéis podem ser instalados sobre o telhado com suportes específicos, ou como telhas fotovoltaicas, que integram o painel solar à própria telha.

Vantagens da instalação em telhados:

Aproveitamento do espaço: Utiliza o telhado, que geralmente é pouco utilizado, para gerar energia.

Estética: A instalação pode ser integrada ao design do telhado, mantendo a aparência visual da construção.

Eficiência: A exposição ao sol é otimizada, aumentando a produção de energia.

Redução de custos: O sistema de energia solar reduz ou até elimina a dependência da rede elétrica, diminuindo a fatura de energia.

Sustentabilidade: A utilização de energia solar é uma forma de energia renovável e limpa, contribuindo para a redução de emissões de carbono.

Tipos de telhados para instalação:

Telhas de cerâmica ou concreto:

São as telhas mais comuns e podem ser instaladas com suportes específicos para os painéis solares.

Telhas metálicas:

São seguras e fáceis de fixar, sendo uma boa opção para a instalação de painéis solares.A instalação de painéis solares em telhados é uma forma eficiente e esteticamente integrada de gerar energia solar, aproveitando a exposição solar do telhado para maximizar a produção de energia. Os painéis podem ser instalados sobre o telhado com suportes específicos, ou como telhas fotovoltaicas, que integram o painel solar à própria telha.

Vantagens da instalação em telhados:

Aproveitamento do espaço: Utiliza o telhado, que geralmente é pouco utilizado, para gerar energia.

Estética: A instalação pode ser integrada ao design do telhado, mantendo a aparência visual da construção.

Eficiência: A exposição ao sol é otimizada, aumentando a produção de energia.

Redução de custos: O sistema de energia solar reduz ou até elimina a dependência da rede elétrica, diminuindo a fatura de energia.

Sustentabilidade: A utilização de energia solar é uma forma de energia renovável e limpa, contribuindo para a redução de emissões de carbono.

Tipos de telhados para instalação:

Telhas de cerâmica ou concreto:

São as telhas mais comuns e podem ser instaladas com suportes específicos para os painéis solares.

Telhas metálicas:

São seguras e fáceis de fixar, sendo uma boa opção para a instalação de painéis solares.

Telhas de fibrocimento:

São mais frágeis e podem exigir mais cuidado na instalação ou até mesmo a reforma do telhado.

Considerações na instalação:

Área do telhado:

É importante avaliar a área do telhado disponível para calcular a quantidade de painéis solares necessários.

Orientação do telhado:

A orientação do telhado (norte, sul, leste, oeste) influencia a quantidade de energia gerada.

Sombra:

É importante verificar se há estruturas que possam fazer sombra sobre os painéis solares, prejudicando a produção de energia.

Tipos de fixação:

Existem diferentes tipos de fixação para painéis solares em telhados, dependendo do tipo de telha e da estrutura do telhado.

Manutenção:

É importante realizar a manutenção preventiva dos painéis solares para garantir o seu bom funcionamento e longevidade.

Como funciona a energia solar do telhado fotovoltaico

Seu funcionamento ocorre no momento em que a luz solar entra em contato com a telha que tem placa fotovoltaica, perdendo uma partícula de elétron. Assim, o elétron liberado percorre o circuito elétrico até encontrar outros já armazenados, gerando corrente elétrica. (google)

sábado, 26 de julho de 2025

GreenYellow entrega telhado solar de 762 kWp para a rede Assaí

GreenYellow entrega telhado solar de 762 kWp para a rede Assaí em São Bernardo do Campo/SP.

Sistema entregue no ABC Paulista é o oitavo instalado pela GreenYellow para a rede atacadista.
Usina fotovoltaica da GreenYellow, em Milagres, na Bahia.

A GreenYellow entregou para a rede atacadista Assaí um sistema fotovoltaico de 762 kWp no telhado da loja Assaí São Bernardo Anchieta, no ABC Paulista. Desde a implementação, em abril, já gerou uma economia de 14% na conta de energia da unidade. A energia gerada do novo telhado solar é equivalente ao consumo de 520 casas e capaz de evitar a emissão de 55 toneladas anuais de CO2.

O Assaí também possui mais sete telhados fotovoltaicos localizados nos estados de Londrina (PR), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Cabo Frio (RJ), Duque de Caxias (RJ), Cuiabá (MT) e Rio Verde (GO), todos em parceria com a Green Yellow.  O projeto de São Bernardo do Campo é o terceiro maior entre os oito sistemas com esse tipo de tecnologia.

Assaí implementa maior telhado solar do varejo alimentar de São Bernardo do Campo/SP.

Na semana do meio ambiente, atacadista anuncia sua oitava placa solar, em parceria com a Green Yellow, avançando no seu compromisso no combate às mudanças climáticas

A instalação de 762 kWp de potência máxima está localizada na loja São Bernardo Anchieta e já gerou uma economia de 14% na conta de energia da unidade.

Desde o começo do projeto, todas as plantas solares já geraram mais de 31.192 MWh de energia, que corresponde a 1.698,77 TCO2 evitadas. Esse valor de geração daria para abastecer cerca de 175.554 casas. Além disso, os telhados já geraram uma redução média mensal de 19% nas contas de energia nas oito unidades contempladas.

Para Lucas Attademo, Gerente de Projetos do Assaí, a instalação da placa em mais um estado mostra a evolução do compromisso do Assaí com o meio ambiente. “Com mais um telhado fotovoltaico instalado, conseguiremos ampliar a eficiência energética da nossa operação contribuindo ainda para as metas de redução de CO2 da Cia. Hoje, somando as oito placas, são mais de 26.800 m² de painéis solares instalados, o que equivale a aproximadamente quatro campos de futebol, dando uma média de 3.300m² por usina (UFV), o que reforça o tamanho da nossa capacidade energética”.

O presidente da GreenYellow no Brasil, Marcelo Xavier, destaca a importância da parceria. “Ressalto dois pontos importantes relacionados a este projeto. Primeiramente, pelo fato que evidencia nossa vocação para fornecer soluções sustentáveis junto ao segmento de varejo, que é o meio de onde surgimos originalmente. Em segundo lugar, este projeto, que está baseado na autogeração de energia limpa local, junto à carga, está totalmente em linha com o tipo de negócios que estamos buscando enfatizar atualmente no país”. (pv-magazine-brasil)

GlobalData projeta matriz elétrica dominada por solar e eólica no Brasil

Estudo da consultoria diz que 50,7% da energia no país será das duas fontes já em 2035, alta de 14% comparado ao nível de 2024.
O Brasil deverá ter mais de 50% de toda a sua energia originada de novas fontes renováveis já em 2035. Um levantamento da GlobalData tem apontado que o país tem avançado muito rapidamente neste sentido. Em 2024 estava em 36,7%. Os 14 pontos percentuais a mais deverão ser alcançados já na próxima década, resultada da taxa composta do crescimento anual (CAGR) de 5,9% em 2024 a 2035, atingindo 523,2 TWh.

Em seu relatório, a GlobalData aponta que há diversos projetos eólicos e solares fotovoltaicos estão atualmente em construção no país.

E que isso abriu um amplo leque de oportunidades para fabricantes de equipamentos locais e internacionais.

Projeção matriz energética brasileira

Tendência da Matriz Energética Nacional para a próxima década

A projeção para a matriz elétrica brasileira para a 3ª década do século XXI é de uma predominância de fontes renováveis, com destaque para a solar e a eólica, representando mais de 50% de toda a energia gerada. Isso implica uma maior descentralização da geração, com a expansão da geração distribuída, como sistemas solares em telhados, e uma redução da dependência de grandes usinas hidrelétricas.

Principais pontos da projeção:

Dominância de fontes renováveis:

Solar e eólica devem ser as principais fontes de energia, com a solar fotovoltaica podendo se tornar a principal fonte de geração elétrica global a partir de 2035.

Aumento da capacidade instalada:

A capacidade instalada de energias renováveis, especialmente solar e eólica, deve aumentar significativamente.

Geração distribuída:

A geração de energia por meio de sistemas solares em residências e empresas (geração distribuída) deve crescer, permitindo que os consumidores gerem sua própria energia e reduzam a dependência de grandes concessionárias.

Eficiência energética:

A eficiência energética será um pilar importante, com o desenvolvimento de tecnologias que otimizam o consumo de energia e reduzem desperdícios.

Descarbonização:

A matriz energética brasileira deve se tornar mais limpa, com a redução da emissão de gases de efeito estufa e a busca por soluções que diminuam a pegada ambiental.

Demanda de data centers:

A demanda por energia para data centers deve aumentar, impulsionada pelo crescimento desse setor.

Redução de emissões:

O Brasil deve reduzir suas emissões de carbono de forma significativa, com metas ambiciosas para os próximos anos.

Matriz energética brasileira está em constante evolução, passando por grandes transformações. (google)

quinta-feira, 24 de julho de 2025

Indústrias investem em energia limpa para reduzir despesas

Indústrias investem em energia limpa para reduzir despesas, aponta CNI.

Autoprodução lidera estratégia de indústrias para reduzir custos com energia.
Montagem de painéis solares para captação de energia

De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apenas em 2024, 48% das empresas afirmaram investir em ações ou projetos de uso de energia hídrica, eólica, solar, biomassa ou hidrogênio de baixo carbono.

Quase metade das indústrias brasileiras já investe em fontes renováveis de energia, mostra pesquisa da CNI.

Percentual de empresas subiu de 34% para 48% em 2024. No Nordeste, 6 em cada 10 indústrias adotam ações voltadas ao uso de energia limpa.

Com a urgência de combater as mudanças climáticas, a indústria brasileira tem intensificado os esforços para incorporar fontes renováveis de energia no processo produtivo. Em 2024, 48% das empresas afirmaram investir em ações ou projetos de uso de energia hídrica, eólica, solar, biomassa ou hidrogênio de baixo carbono, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O percentual representa um salto significativo em relação a 2023, quando 34% das empresas indicaram iniciativas voltadas à geração de energia limpa. Os resultados integram pesquisa encomendada pela CNI à Nexus, que entrevistou 1 mil executivos de indústrias de pequeno, médio e grande porte de todos os estados brasileiros entre 24/10 e 25/10/2024.

O aumento do interesse em investir em fontes de energia renováveis demonstra que o Brasil está na vanguarda da transição energética e reflete o compromisso crescente da indústria brasileira com a sustentabilidade. O avanço reforça a conscientização do setor sobre seu papel no enfrentamento das mudanças climáticas”, afirma Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI.

Entre as indústrias que investiram em programas ou ações para o uso de fontes renováveis de energia, a autoprodução foi a principal estratégia (42%). Elas buscaram, sobretudo, reduzir custos (50%).

Nordeste lidera a adoção de fontes renováveis

O Nordeste lidera o uso de fontes renováveis, com 60% das indústrias da região investindo nesse tipo de energia. No Sudeste, por outro lado, o índice é de apenas 39%. Além do custo, outro fator relevante para os empresários é o acesso a financiamento.

Regionalmente, o Nordeste se destaca como líder em termos de investimentos em projetos de energias renováveis. De acordo com o estudo, 60% das indústrias da região apostam em projetos de energia limpa.

No Norte e Centro-Oeste, o índice é de 56%; no Sul, 53%; e no Sudeste, 39%.

Inovação é estratégica para a descarbonização

Aumentou também o número de indústrias que consideram a energia renovável e a inovação como estratégias para a descarbonização. Em 2024, 25% das empresas indicaram o uso de fontes renováveis como prioridade para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE), um crescimento de 2 pontos percentuais em relação a 2023.

No quesito inovação, o avanço foi ainda mais expressivo: o percentual de empresas que priorizam a inovação tecnológica para descarbonização passou de 14% em 2023 para 20% em 2024.

Mais de 60% das empresas entrevistadas têm interesse em financiamento para adequação do maquinário para fins de descarbonização. Por outro lado, a 9 em cada 10 reclamam da falta de incentivo tributário para as ações de descarbonização industriais.
Brasil: uma posição privilegiada para energias renováveis 

As características geográficas e climáticas colocam o Brasil em posição privilegiada na busca por um crescimento econômico sustentável. Mais de 90% da matriz elétrica brasileira têm origem em fontes renováveis, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

As três maiores fontes renováveis da matriz elétrica nacional são: hídrica, eólica e biomassa. Entre as fontes não renováveis, destacam-se gás natural, petróleo e carvão mineral. No mundo, ainda há grande dependência de energias provenientes de fontes não renováveis.

Em 2024, pela primeira vez em 84 anos, as fontes de energia limpa responderam por 40,9% da geração global de eletricidade, segundo a Ember, think tank dedicado à energia. Em 1940, o sistema elétrico mundial era 50 vezes menor e a geração renovável se concentrava, basicamente, em hidrelétricas. O Brasil teve papel relevante ao se tornar o quinto maior produtor de energia solar do mundo, ultrapassando a Alemanha, considerada uma referência no setor. O mesmo estudo mostrou que os países mais impactados pelo aumento das temperaturas, como China e Índia, intensificaram o uso de fontes fósseis, especialmente carvão

Sustentabilidade na produção industrial

Segundo a CNI, as indústrias brasileiras implementam, em média, seis medidas de sustentabilidade.

Entre as práticas mais comuns estão:

Redução da geração de resíduos sólidos (89%)

Otimização do consumo de energia (86%)

Modernização de maquinário para ganhos ambientais (81%)

Redução ou eliminação da poluição da água (79%)

Otimização do uso da água (79%)

Aperfeiçoamento dos processos produtivos para melhorar o desempenho ambiental (77%)

A sustentabilidade nos processos industriais refere-se à adoção de práticas que visam reduzir o impacto ambiental, otimizar o uso de recursos e promover a eficiência energética nas atividades industriais. Isso inclui desde a escolha de materiais mais sustentáveis e a adoção de tecnologias inovadoras até a gestão eficiente de resíduos e a utilização de fontes de energia renovável.

Principais aspectos da sustentabilidade industrial:

Redução de emissões e poluição:

Utilização de processos que minimizem a emissão de gases de efeito estufa e a liberação de poluentes na água e no ar.

Eficiência energética:

Adoção de tecnologias e práticas que reduzam o consumo de energia, como a instalação de sistemas de iluminação LED, o uso de equipamentos mais eficientes e a otimização dos processos de produção.

Gestão de resíduos:

Implementação de sistemas de tratamento e destinação de resíduos que minimizem o impacto ambiental, como a reciclagem, a reutilização e a compostagem.

Uso de fontes de energia renovável:

Substituição gradual de fontes de energia convencionais por fontes renováveis, como a solar, a eólica e a hidráulica.

Sustentabilidade da cadeia de suprimentos:

Adoção de práticas sustentáveis por toda a cadeia de fornecedores, desde a extração de matéria-prima até a fabricação e o transporte dos produtos.

Benefícios da sustentabilidade industrial:

Redução de custos:

A otimização do uso de recursos e a adoção de tecnologias mais eficientes podem gerar redução de custos em longo prazo.

Melhora da imagem da empresa:

Empresas que adotam práticas sustentáveis tendem a ser mais valorizadas pelos consumidores e a atrair investidores.

Conformidade com regulamentações:

A sustentabilidade industrial pode ajudar as empresas a cumprir as exigências ambientais e a evitar multas e sanções.

Acesso a mercados mais exigentes:

Em muitos mercados, a sustentabilidade é um fator cada vez mais importante na escolha do consumidor, e as empresas que não adotam práticas sustentáveis podem ter dificuldades em competir.

Contribuição para um futuro mais sustentável:

A sustentabilidade industrial é fundamental para garantir um futuro mais limpo e próspero para as próximas gerações.

Exemplos de práticas sustentáveis em processos industriais:

Utilização de embalagens recicláveis ou biodegradáveis:

Substituição de embalagens plásticas por alternativas mais sustentáveis, como papelão ou plástico vegetal.

Adopção da economia circular:

Adoção de práticas que visam minimizar o desperdício e otimizar o uso de recursos, como a reutilização de materiais e a reciclagem de resíduos.

Implantação de sistemas de tratamento de água e efluentes:

Implementação de sistemas que reduzam a poluição da água e permitam o reaproveitamento da água tratada.

Investimento em tecnologias de baixo carbono:

Adoção de tecnologias que reduzam a emissão de gases de efeito estufa, como a utilização de motores elétricos, a instalação de painéis solares e a adoção de processos de produção mais eficientes.

A sustentabilidade industrial é um desafio complexo, mas fundamental para o desenvolvimento de um futuro mais sustentável. Ao adotar práticas mais sustentáveis, as indústrias podem contribuir para a preservação do meio ambiente, para o desenvolvimento socioeconômico e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Em relação à logística reversa, 70% das médias e grandes indústrias já desenvolvem ações. Empresas que fabricam produtos no Brasil têm responsabilidade compartilhada com governos e cidadãos para evitar o desperdício.

Para 83% dos entrevistados que investem em práticas e projetos em economia circular, as iniciativas contribuem diretamente para a redução de GEE. (portaldaindustria)

São Paulo assina acordo para carregar ônibus elétricos com baterias

Prefeitura de São Paulo assina acordo para carregamento de ônibus elétricos com baterias.

Com apenas um módulo BESS (4,5 MWh) é possível multiplicar por até 6 vezes a capacidade de recarga atual das garagens e carregar até 29 ônibus, reduzindo dependência da Enel.
A Prefeitura de São Paulo/SP assinou em 05/06/25, Dia Mundial do Meio Ambiente, um Protocolo de Intenções com as empresas Matrix Energia e a Huawei para implementar um sistema de armazenamento de energia em bateria (BESS, na sigla para “Battery Energy Storage System”) que garantirá a infraestrutura necessária para o carregamento da frota de ônibus elétricos da cidade, sem custos para a gestão municipal.

O sistema BESS é composto por um conjunto de baterias de grande porte integradas a carregadores ultrarrápidos, instalados nas garagens dos ônibus. A adoção dessa nova tecnologia possibilitará superar limitações na infraestrutura elétrica, reduzir a dependência da concessionária Enel e cumprir o Programa de Metas, que prevê ônibus de energia limpa em substituição ao diesel.

O BESS multiplica por até 6 vezes a capacidade de recarga atual das garagens. Com um único módulo BESS (4,5 MWh) é possível carregar ao menos 29 ônibus.

“Essa iniciativa reafirma o compromisso do prefeito Ricardo Nunes com a sustentabilidade, com um transporte público mais eficiente e com a melhora da qualidade de vida da população”, afirma o secretário municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT), Celso Jorge Caldeira. O modelo já é usado com sucesso na China e foi anunciado como alternativa na capital pelo prefeito Ricardo Nunes após visita ao centro de pesquisa da Huawei em Xangai.

“Os novos equipamentos trazem um avanço tecnológico importante para a cidade, modernizando o processo de recarga dos ônibus, o que irá resultar em maior agilidade na renovação da frota sustentável. Isso vai permitir viagens mais confortáveis e, ao mesmo tempo, colaborar com um ar mais limpo para toda São Paulo”, afirma o presidente da SPTrans, Victor Hugo Borges.

“Essa iniciativa, não só atende às demandas atuais por energia renovável, mas também estabelece novos padrões de eficiência e sustentabilidade, revolucionando o mercado energético e provando que soluções inovadoras são essenciais para o futuro”, disse o CEO da Matrix Energia, Rubens Misorelli. “Há dois anos a Huawei e a Matrix firmaram uma parceria para desenvolver, no Brasil, sistemas de grande capacidade de armazenamento de energia (BESS). Essa tecnologia avançou bastante em outros países, com projetos bem-sucedidos na eletrificação da mobilidade. Estamos engajados para oferecer ao município de São Paulo nossas tecnologias, que resultarão em um aumento expressivo do número de ônibus elétricos, sem a necessidade de grandes intervenções na rede de energia. Temos convicção que a Prefeitura de São Paulo será um grande exemplo mundial na eletrificação da mobilidade pública”, afirmou o CEO da Huawei Digital Power, Simon Tsui.

Na prática, o BESS funciona como um power bank, que armazena a eletricidade ao longo do dia para liberá-la rapidamente no horário de recarga da frota de ônibus elétricos. A energia armazenada é controlada por meio de uma plataforma digital, que permite que as concessionárias façam a distribuição e o consumo de forma mais eficiente. Além disso, as concessionárias de ônibus podem monitorar em tempo real o desempenho e o uso energético em suas garagens. A solução ainda permite o carregamento dos ônibus elétricos por um período adicional de até três horas, uma vez totalmente carregadas as baterias, em casos de interrupções de fornecimento de energia elétrica.

A energia disponível não consumida pelos operadores do transporte coletivo será armazenada e utilizada para carregamento da frota elétrica de ônibus, reduzindo custos e dependência da rede convencional.
Eletrificação da frota municipal

A cidade de São Paulo tem a maior frota de ônibus elétricos do país, com 728 veículos, sendo 527 movidos a bateria e 201 trólebus. Cada ônibus elétrico deixa de utilizar 35 mil litros de diesel por ano e equivale ao plantio de 6400 árvores.

O Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo prevê substituir 2.200 ônibus movidos a diesel por veículos de matriz energética limpa até 2028, sendo que 226 ônibus elétricos já foram entregues de janeiro até agora.

A renovação da frota, parte do processo de descarbonização do transporte coletivo, visa melhorar a qualidade do ar e oferecer mais conforto aos passageiros, com Wi-Fi, conexão USB e ar-condicionado. (pv-magazine-brasil)

terça-feira, 22 de julho de 2025

Do potencial solar à capacidade instalada: caminho brasileiro é inspirado na Alemanha

Do potencial solar à capacidade instalada: o caminho do Brasil inspirado pela Alemanha.

As características tropicais do Brasil favorecem a geração solar no país, com menor sazonalidade e altos índices de irradiância solar ao longo do ano, escreve Jorge Rosas, meteorologista da Tempo OK, em artigo para a pv magazine. Ele destaca que para transformar esses recursos naturais em resultados concretos, são fundamentais investimentos, inovação tecnológica e políticas públicas eficazes, como demonstra a Alemanha, que adicionou 90 GW da fonte em 2024.
A frase “a pior região para energia solar no Brasil é melhor do que a melhor região na Alemanha” é frequentemente citada por especialistas e entusiastas da energia renovável, e reflete uma realidade técnica. De acordo com o Global Solar Atlas, o potencial de irradiação solar global horizontal (GHI) no Brasil pode atingir até 2.100 kWh/m² por ano, enquanto na Alemanha os valores máximos ficam em torno de 1.186 kWh/m² (Figura 1). Em média, isso significa que o potencial solar da Alemanha representa cerca de 56% do brasileiro.

Apesar dessa vantagem natural, é a Alemanha que se destaca em termos de capacidade instalada de geração fotovoltaica. Inclusive, o país superou 90 GW de capacidade instalada em 2024 e, atualmente, a fonte solar representa quase 35% da matriz elétrica do país. Já o Brasil, mesmo com maior potencial solar, possui cerca de 54 GW instalados entre geração centralizada e distribuída, o que representa cerca de 22% da sua matriz elétrica.

Figura 1: Comparação do potencial solar acumulado de irradiação solar global horizontal (GHI) entre a América do Sul e a Alemanha.

Em maio de 2025, a Alemanha atingiu um marco histórico, com 99% de seu consumo energético sendo atendido por fontes renováveis (solar e eólica). Durante o verão de 2024, o país registrou um recorde, com a energia solar representando 25% da geração elétrica, embora, no inverno, a geração solar seja reduzida em cerca de 50% em relação ao verão, refletindo a forte sazonalidade do recurso na região.

Mesmo com capacidade instalada inferior à Alemanha, o Brasil se destacou em 2024 como o quarto país que mais cresceu em geração solar, ficando atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia. Esse avanço foi impulsionado pela popularização dos sistemas fotovoltaicos residenciais, além de políticas de incentivo e leilões de energia renovável.

Em resumo, a diferença de potencial solar entre os 2 países é determinada pela forma da Terra e pela inclinação do eixo de rotação do planeta. Por exemplo, nas regiões próximas à linha do Equador (onde o Brasil se encontra), os raios solares incidem de forma quase perpendicular à superfície durante todo o ano. Isso resulta em uma maior concentração de energia por metro quadrado, o que favorece a eficiência dos sistemas fotovoltaicos. À medida que se avança para os polos, o ângulo de incidência dos raios solares se torna mais oblíquo, o que distribui a energia solar por uma área maior e diminui sua intensidade sobre a superfície terrestre.

Desta maneira, as características tropicais do Brasil favorecem a geração solar, com menor sazonalidade e altos índices de irradiância solar ao longo do ano, especialmente nas regiões do Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.
Figura 2: Acumulado anual de irradiação solar em plano horizontal. A escala de cores indica o potencial solar das regiões: tons vermelhos representam áreas com maior incidência solar, enquanto os tons azulados indicam menor potencial. Fonte: Atlas Solar Global.

Imagem: Atlas Solar Global

Já na Alemanha, dada a maior distância da linha do Equador, o potencial solar é ainda mais influenciado pela inclinação do eixo da Terra, que provoca variações sazonais acentuadas. Portanto, o recurso solar alemão tem uma sazonalidade bem demarcada.

Durante o verão, há um aumento na duração dos dias em direção aos polos, o que eleva o potencial solar nessas regiões. Além disso, fatores como a distribuição de nebulosidade e a altitude em relação ao nível do mar também impactam significativamente o aproveitamento solar no país. Regiões mais elevadas têm menor espessura atmosférica, e consequentemente apresentam maior irradiância na superfície. No sul da Alemanha, por exemplo, áreas próximas aos Alpes apresentam desempenho superior à média nacional.

Apesar dessas limitações geográficas, a Alemanha consegue maximizar sua geração solar com tecnologias como rastreadores solares (tracking) e painéis bifaciais, que melhoram o aproveitamento da luz em diferentes ângulos e condições de luminosidade.

O exemplo da Alemanha, que lidera em capacidade instalada apesar de um menor potencial solar, demonstra que investimentos, inovação tecnológica e políticas públicas eficazes são fundamentais para transformar recursos naturais em resultados concretos. Com uma das maiores irradiância solares do mundo, o Brasil tem condições excepcionais para se tornar um líder global na geração de energia solar.

Brasil expande geração de energia solar e acorda para potencial

Usinas de geração solar ganham espaço e fazem Brasil acordar para potencial. (pv-magazine-brasil)