quarta-feira, 2 de julho de 2025

Energia solar com bateria substitui diesel em geração de eletricidade

Energia solar com bateria pode substituir diesel em geração de eletricidade na Amazônia.

Experiências identificadas no estudo Descarbonização dos Sistemas Isolados na Amazônia mostram que sistemas solares independentes e de pequena escala, mais eficientes e com menores custos operacionais, podem ser uma solução viável para a descarbonização da energia na região amazônica.
Projeto em Santa Helena do Inglês - Iranduba (AM), perto de Manaus.

O custo médio da geração elétrica com painéis solares associados a baterias pode ser 44% mais baixo que o uso de geradores a diesel, considerando operação por 25 anos. A projeção é parte de uma análise técnica realizada pela consultoria Envol, a pedido da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), que estimou em R$ 900 por mês o custo das famílias com geração elétrica a diesel em áreas remotas da Amazônia.

Embora exija um aporte inicial mais elevado, a energia solar torna-se economicamente mais vantajosa por dispensar gastos recorrentes com combustível e oferecer retorno contínuo após a instalação. O uso combinado de baterias permite que os consumidores tenham energia elétrica disponível 24 horas por dia.

Matriz do Sistema Interligado Nacional (SIN) é 87% renovável, uma das mais limpas do mundo, nas redes de distribuição desconectadas do SIN, os chamados Sistemas Isolados (SISOL), instalados na Amazônia Legal, 89% da energia elétrica são gerados à base de combustíveis fósseis. Energia corresponde a 18,3% das emissões globais do Brasil e apenas 3,8% do CO2eq emitidos no bioma Amazônia. Embora relativamente pequena, a emissão de gases de efeito estufa nos SISOL é resultado de um modelo caro, ineficiente, poluente e que, ao mesmo tempo em que gera desigualdade, já é passível de substituição por novas tecnologias e fontes renováveis, alerta a FNCE.

“A descarbonização dos sistemas isolados não é apenas uma questão ambiental. Realizar a transição das fontes fósseis para as renováveis na geração elétrica na Amazônia significa promover inclusão e desenvolvimento social, com redução na emissão de gases de efeito estufa, diminuição de custos e aumento da qualidade do acesso a esse serviço essencial”, afirma o presidente da FNCE, Luiz Eduardo Barata. Com acesso à eletricidade limpa, estável e mais barata, famílias que vivem na região poderão conquistar mais conforto, dignidade, segurança e oportunidades.

Números da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que a participação do diesel na geração elétrica no SISOL já vem diminuindo nos últimos anos. Em 2018, o combustível respondia por 97% da eletricidade gerada na região, enquanto em 2024 a proporção foi de 67%. A geração de energia dos SISOL também é significativamente mais cara que a geração do SIN (“Mix ACR”) devido à predominância de fontes fósseis. Dentre as fontes fósseis usadas no SISOL, destacam-se o óleo diesel, com custo de R$ 2000/MWh e o gás natural a R$ 944/MWh, enquanto o custo médio da geração elétrica no SIN é de R$ 238/MWh. Outras fontes utilizadas nos sistemas isolados, como óleos vegetais, resíduos florestais, entre outros, ainda que sejam renováveis, têm custos muitos elevados.

Para bancar essa geração elétrica tão cara, o Decreto 7.246/2010 determinou que a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), alocada na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), reembolse esse custo. Atualmente, a CCC é uma das parcelas de maior relevância dentro da CDE e equivale a quase 25% de todo esse encargo, que é cobrado na conta de luz.

A energia solar e o agronegócio foram feitos um para o outro!

Além do benefício natural da geração de eletricidade, a energia solar fotovoltaica pode entregar outras vantagens para o agronegócio.

Painéis podem ser montados de forma produzir sombra para hortaliças e outros cultivos sensíveis ao excesso de luz solar. Uma montagem bem organizada vai prever o percurso da sombra ao longo do dia e também o espaço para circulação das máquinas agricultoras.

Também se pode usar o mesmo princípio do sombreamento para criar abrigos às criações, cada qual com a sua particularidade comportamental, claro.

Energia solar permite que se instale equipamentos longe das linhas de fornecimento de energia, sendo extremamente útil para bombear água a partir de nascentes ou energizar algum equipamento no meio do campo.

Quando os módulos solares (painéis) cobrem grandes áreas de um telhado, também existe um ganho na eficiência térmica da construção pois os módulos impedem que a luz do sol esquente a superfície do telhado. Isso traz uma grande economia com o controle de temperatura.

Os fabricantes de máquinas agrícolas estão investindo pesado na nova geração de tratores elétricos e máquinas autônomas, substituindo o diesel por baterias. Esse avanço aumentará muito a demanda por energia limpa no agronegócio.

Energia solar com baterias pode reduzir quase pela metade o custo da eletricidade em comunidades da Amazônia. (pv-magazine-brasil)

1 em cada 4 carros vendidos no mundo em 2025 deverá ser elétrico

Mais de 1 em cada 4 carros vendidos no mundo em 2025 deverá ser elétrico, diz IEA.

As vendas globais de carros elétricos devem ultrapassar 20 milhões em 2025. Se esse volume se concretizar, representará mais de um quarto dos carros vendidos em todo o mundo.

As vendas ultrapassaram 17 milhões globalmente em 2024, colocando a participação dos veículos elétricos no mercado global de automóveis acima de 20% pela primeira vez, conforme previsto anteriormente pela IEA. E nos primeiros três meses de 2025, as vendas de carros elétricos aumentaram 35% em relação ao ano anterior.
Apesar das incertezas significativas, a participação de mercado dos carros elétricos está a caminho de ultrapassar 40% até 2030, à medida que se tornam cada vez mais acessíveis em mais mercados, mostra novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA). Após mais um ano de crescimento robusto, as vendas globais de carros elétricos estão a caminho de ultrapassar 20 milhões em 2025, representando mais de um quarto dos carros vendidos em todo o mundo, de acordo com a nova edição do Global EV Outlook anual da IEA.

O relatório, divulgado em 14/05/25, mostra que, apesar dos recentes ventos contrários econômicos que pressionaram o setor automotivo, as vendas globais de carros elétricos continuaram a quebrar recordes, à medida que os modelos elétricos se tornam cada vez mais acessíveis. As vendas ultrapassaram 17 milhões globalmente em 2024, colocando a participação dos veículos elétricos em meses de 2025, as vendas de carros elétricos aumentaram 35% em relação ao ano anterior. Todos os principais mercados, e muitos outros, registraram novos recordes de vendas no 1º trimestre.

A China mantém sua posição de líder de mercado de veículos elétricos, com os carros elétricos representando quase metade de todas as vendas de automóveis em 2024. O número de carros elétricos vendidos na China no ano passado (mais de 11 milhões) é equivalente ao total vendido mundialmente em 2022. Mercados emergentes na Ásia e na América Latina também se tornaram novos centros de crescimento, com as vendas totais de carros elétricos nessas regiões crescendo mais de 60% em 2024.

Nos Estados Unidos, as vendas de carros elétricos cresceram cerca de 10% em relação ao ano anterior, atingindo mais de um em cada dez carros vendidos. Na Europa, as vendas estagnaram com o declínio dos programas de subsídios e outras políticas de apoio, embora a participação de mercado de carros elétricos tenha permanecido em torno de 20%.

Incertezas sobre o crescimento econômico global e a evolução das políticas comerciais e industriais podem afetar as perspectivas. Mas as vendas de veículos elétricos estão sendo sustentadas por sua crescente acessibilidade, constata o relatório.

Na China, dois terços de todos os carros elétricos vendidos no ano passado tiveram preços mais baixos do que seus equivalentes convencionais, mesmo sem incentivos de compra. No entanto, a diferença no preço de compra em relação aos carros convencionais persistiu em muitos outros mercados. O preço médio de um carro elétrico a bateria na Alemanha, por exemplo, permaneceu 20% superior ao de seu equivalente convencional. Nos Estados Unidos, os carros elétricos a bateria ainda eram 30% mais caros.

Os veículos elétricos permanecem consistentemente mais baratos para operar em muitos mercados, com base nos preços atuais do mercado de energia. Mesmo que os preços do petróleo caíssem para US$ 40 por barril, operar um carro elétrico na Europa por meio de carregamento residencial ainda custaria cerca de metade do preço de um carro convencional considerando os preços atuais da eletricidade residencial.

De acordo com o relatório, quase um quinto das vendas de carros elétricos em todo o mundo são de veículos importados. A China, que responde por mais de 70% da produção global, enviou quase 1,25 milhão de carros elétricos para outros países em 2024. Isso incluiu muitas economias emergentes, onde os preços dos carros elétricos caíram consideravelmente devido às importações chinesas. (pv-magazine-brasil)

Mercado livre de energia está mudando os shoppings

Menos gasto, mais eficiência: como o mercado livre de energia está mudando os shoppings.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), hoje, cerca de 92% dos shoppings já operam no mercado livre de energia e 87% usam energia renovável, evidenciando que o setor está avançando cada vez mais em direção a uma gestão sustentável em todo o território nacional.
Com a migração para o mercado livre de energia, os shoppings conseguem reduzir custos operacionais no longo prazo e a emissão de gases de efeito estufa. Essa mudança também pode servir como um atrativo para consumidores que valorizam empresas engajadas com a preservação do meio ambiente.

92% dos shoppings já operam no mercado livre de energia e 87% usam energia renovável, evidenciado que o setor está avançando cada vez mais em direção a uma gestão sustentável.

Energia no Brasil: 92% dos Shopping Centers já estão no Mercado Livre de Energia

O Mercado Livre de Energia no Brasil está em expansão, transformando a maneira como grandes consumidores gerenciam seus custos energéticos. A maioria dos shoppings centers brasileiros, por exemplo, já aderiu a esse ambiente de contratação.

Assim, esses estabelecimentos aproveitam as vantagens econômicas e operacionais que a modalidade oferece. Diante desse cenário, é essencial entender como o Mercado Livre de Energia está configurado e quais são as projeções para o seu crescimento futuro.

Para saber mais, continue a leitura e entenda o panorama atual e o futuro do Mercado Livre de Energia no Brasil!

O que é Mercado Livre de Energia?

No Mercado Livre de Energia, ou Ambiente de Contratação Livre (ACL), os consumidores podem escolher seus fornecedores de energia elétrica. Esse ambiente atua de modo diferente do mercado regulado — em que a compra é feita das distribuidoras locais e as tarifas são fixadas pelo Governo.

No ACL, as transações são realizadas por meio de contratos bilaterais entre consumidores e fornecedores, como geradores e comercializadores de energia. Assim, uma das principais características do Mercado Livre de Energia no Brasil é a liberdade de escolha.

Afinal, ele permite que consumidores negociem diretamente com os fornecedores, optando por aqueles que oferecem melhores condições. Esse ambiente competitivo muitas vezes resulta em preços mais atrativos para os consumidores.

Além disso, há flexibilidade contratual por conta da possibilidade de personalizar os contratos de acordo com as necessidades específicas. Isso inclui volume, prazo e condições de fornecimento.

Qual é o cenário do Mercado Livre de Energia no Brasil?

Com um entendimento sobre o Mercado Livre de Energia, é mais fácil entender como está o cenário brasileiro nesse ambiente. Em 2023, foram registrados R$ 48 bilhões em economia nos gastos com energia elétrica, o que é um recorde.

Já a economia acumulada proporcionada pelo Mercado Livre ultrapassa os R$ 339 bilhões. Entre as unidades consumidoras que se beneficiam dessa economia estão os shoppings centers, como visto. Eles têm uma adesão significativa ao ACL — 92% deles optaram por essa modalidade no Brasil.

Vale destacar que a adoção do Mercado Livre de Energia por esse tipo de empreendimento varia entre as regiões do país. Veja o nível de adesão:

Nordeste: 97%;

Norte: 94%;

Sul: 91%;

Sudeste: 90%;

Centro-Oeste: 85%.

Os números demonstram uma ampla adoção do ACL em todas as regiões do país, com o Nordeste na liderança. Essa tendência ressalta a crescente conscientização sobre os benefícios econômicos e ambientais proporcionados por esse modelo de contratação de energia.

A consequência reflete um movimento significativo em direção a um mercado energético mais competitivo e sustentável em todo o Brasil.
Qual é a projeção para o Mercado Livre de Energia no Brasil?

Sabendo qual é o cenário atual do Mercado Livre de Energia no Brasil, também é importante ter em mente a projeção para esse ambiente. No primeiro semestre de 2024, existiam pouco mais de 40 mil unidades consumidoras no ACL no país.

Esse número representa apenas 0,04% do total de 89 milhões de unidades consumidoras, demonstrando o potencial de crescimento do Mercado Livre de Energia no Brasil. Nesse contexto, há previsão da expansão do ACL.

Um dos motivos é que a Portaria 50/2022 trouxe uma mudança significativa, ao permitir que todos os consumidores de energia em média e alta tensão possam escolher seu fornecedor de eletricidade. Anteriormente, somente os consumidores do Grupo A, com demanda superior a 500 kW, tinham essa possibilidade.

A nova regulamentação visa beneficiar um segmento mais amplo da população, incluindo residências e pequenas indústrias e comércios. Essa abertura Mercado Livre de Energia é vista como fundamental para democratizar o acesso à energia barata e renovável.

O movimento pode impulsionar ainda mais o crescimento e a competitividade do mercado de energia elétrica no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do país.

Quais são os benefícios desse ambiente para as empresas?

Para decidir sobre a adesão ao Mercado Livre de Energia, é importante conhecer as vantagens que ele oferece. Um exemplo desses benefícios é a economia nos custos de energia, o que impacta diretamente os gastos operacionais e a rentabilidade do negócio.

Ademais, a flexibilidade na gestão energética proporcionada pelo ACL permite aos clientes adaptarem sua contratação de energia de acordo com suas necessidades específicas. Com isso, é possível otimizar o uso de recursos e reduzir os desperdícios.

1ª publicação Em relação aos shoppings, por exemplo, os lojistas podem ter os custos de energia e, até mesmo, condominiais reduzidos. Logo, eles conseguem ter mais recursos financeiros disponíveis para investir em seus próprios negócios.

Isso pode significar a ampliação do estoque, a melhoria da infraestrutura das lojas, investimentos em marketing ou até mesmo a contratação de mais funcionários. Além da economia financeira, o Mercado Livre de Energia oferece a oportunidade de acesso a fontes de energia renovável.

Ao adquirir energia de fontes limpas, as empresas demonstram um compromisso com a sustentabilidade ambiental. A questão pode atrair consumidores conscientes e reforçar a imagem responsável da marca.

2025 pode ser o ano da sua empresa economizar de verdade. Está pronto para dar o primeiro passo.

Como aderir ao Mercado Livre de Energia?

Conhecendo o Mercado Livre de Energia, você pode considerar a adesão a esse ambiente. No entanto, é importante ter em mente que a negociação exige um processo bem estruturado. Aqui estão os passos para começar:

Avaliação da Demanda e Elegibilidade: Primeiro, avalie sua demanda por energia e verifique sua elegibilidade para participar do ambiente de contratação livre (ACL).

Análise Econômica: Pesquise a viabilidade econômica comparando os preços da energia fornecida pela concessionária local com os valores do ACL, considerando também os custos de distribuição. Fazer simulações ajudará a entender todos os gastos envolvidos e a decidir se o ACL é vantajoso para você.

Associação à CCEE: É necessário se associar à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para negociar online ou utilizar um comercializador varejista cadastrado.

Adequação da Instalação: Adeque sua instalação elétrica ao sistema de medição para faturamento no mercado livre.

Cancelamento do Contrato Cativo: Cancele o contrato com a distribuidora local, respeitando os prazos estabelecidos para evitar multas.

Após completar esses passos, você estará pronto para comprar a energia necessária no ACL.

É importante buscar suporte profissional qualificado para maximizar suas chances de sucesso em todo o processo. A Genial Energy, por exemplo, pode ajudar desde a avaliação econômica até a compra e venda de energia, proporcionando maior economia e eficiência.

Você aprendeu sobre o panorama do Mercado Livre de Energia no Brasil e suas projeções. Se você está interessado em migrar para esse ambiente, contar com o apoio profissional pode ser crucial para aproveitar todos os benefícios do ACL.

92% dos shoppings estão no mercado livre de energia. (genialinvestimentos)