Ao todo, foram cerca de 125 mil unidades vendidas, o que representa um crescimento superior a 100% em relação a 2023. Com isso, os eletrificados plug-in alcançaram uma participação de 6,5% nas vendas de carros novos no Brasil, frente a 3,2% no ano anterior. Esse desempenho colocou o país como líder em volume absoluto de vendas de EVs na América Latina.
Vendas de VEs (BEV + PHEV) – América Latina em 2024
País |
Vendas |
Market share VE % |
Crescimento x 2023 |
Brasil |
125.000 |
6,5% |
+100% |
Costa Rica |
~8.000 |
15% |
+60% |
Uruguai |
~6.000 |
13% |
+50% |
Colômbia |
~10.000 |
7,5% |
+90% |
México |
~15.000 |
~2% |
+70% |
Global EV Outlook 2025 – IEA.
China dominando o
fornecimento
Principais fatores por trás
da explosão das vendas no Brasil foi a chegada massiva de veículos chineses
mais acessíveis. Estudo da IEA aponta que 85% dos EVs vendidos no Brasil em
2024 vieram da China, com destaque para marcas como BYD, GWM, Chery e JAC.
Queda no preço e mais opções
A redução do preço médio dos
EVs no Brasil também foi notável. Em 2023, o valor médio de um BEV superava em
mais de 100% o de um carro a combustão. Em 2024, essa diferença caiu para cerca
de 25%, segundo a IEA.
A entrada de modelos como BYD Dolphin, GWM Ora 03 e JAC E-JS1 foi determinante para esse avanço, oferecendo EVs abaixo de R$ 150 mil e ampliando o acesso ao público.
Com o fim das isenções de importação se aproximando, as montadoras
chinesas já iniciaram investimentos em fábricas no Brasil. A BYD deve iniciar a
produção do SUV Song Pro híbrido plug-in flex em Camaçari (BA) ainda em 2025,
enquanto a GWM também prepara linha de produção em Iracemápolis (SP).
Esses movimentos indicam uma tendência de nacionalização da oferta de EVs, com produtos adaptados ao mercado brasileiro – incluindo tecnologias como o motor bicombustível e versões híbridas recarregáveis.
Os SUVs da Jaecoo também estão à venda no Uruguai
América Latina segue em
expansão
O Brasil é o principal motor do
crescimento regional, mas outros países da América Latina também demonstram
forte avanço:
• Costa Rica lidera em
participação, com 15% das vendas de carros sendo EVs em 2024.
• Uruguai e Colômbia também
superaram os 7% de participação.
No geral, a América Latina dobrou a presença de EVs, chegando a 4% do total de vendas automotivas na região.
Assim como no Brasil, o papel das montadoras chinesas foi decisivo em mercados como México, Colômbia e Uruguai, onde os EVs chineses representaram mais de 70% das vendas.
Desafios: infraestrutura e
políticas públicas
Apesar do crescimento
acelerado, o relatório da IEA aponta que o Brasil ainda enfrenta desafios
estruturais importantes:
• A infraestrutura de recarga
pública é limitada, especialmente fora dos grandes centros urbanos.
• Faltam políticas públicas
nacionais coordenadas, com incentivos estruturais e metas claras de
eletrificação.
A produção local de baterias, motores e componentes ainda está em estágio inicial.
Brasil lidera intenção de compra de veículos elétricos na América Latina
Projeções para 2025
Mesmo com incertezas econômicas
e mudanças regulatórias, a expectativa da IEA é positiva para os EVs no Brasil
e na América Latina. A agência projeta que os mercados emergentes fora da China
devem crescer 50% em 2025.
Com base nesse ritmo, o Brasil
pode superar 200 mil EVs vendidos em 2025, reforçando sua posição como líder
regional da mobilidade elétrica plug-in. (insideevs)
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