Painéis
fotovoltaicos entregam menos potência do que a declarada, aponta estudo da TÜV
Rheinland.
Os
testes foram feitos com equipamentos que usam as tecnologias: PERC (Passivated
Emitter and Rear Cell ou Emissor Passivado e Célula Traseira); TOPCon (Tunnel
Oxide Passivated Contact ou Contato Passivado com Óxido de Efeito Túnel); e BC
(Back Contact ou de Contato Traseiro), esta última considerada mais recente e,
geralmente, com custo mais elevado.
Conforme
os resultados, apenas 34,3% dos módulos testados entregaram desempenho igual ou
superior ao especificado pelos fabricantes. Os demais 65,7% ficaram abaixo do
valor declarado. Apesar disso, a maioria dos resultados continua dentro da
margem de incerteza laboratorial de 1,5%.
Curiosamente, o resultado obtido em 2024 é o oposto do que foi constatado pela TÜV Rheinland nos testes realizados nos anos de 2015 e 2016. Na ocasião, 71,7% dos painéis fotovoltaicos testados apresentaram desempenho superior ao declarado pelo fabricante e apenas 28,3% não atingiu a potência nominal.
“Embora as diferenças identificadas estejam, em sua maioria, dentro da margem aceitável, elas podem impactar a confiança do consumidor. Por isso, é fundamental realizar testes com laboratórios independentes ainda nas fases iniciais de produção, permitindo ajustes sem comprometer o cronograma de lançamento”, afirma, o diretor da divisão de produtos solares e comerciais da TÜV Rheinland na América do Sul, Vinícius Gibrail.
Além
dos testes de desempenho inicial, a TÜV Rheinland avaliou o comportamento dos
diferentes tipos de módulos sob condições extremas, como calor, umidade, picos
de tensão, luz solar intensa e radiação UV.
Os painéis com tecnologia BC apresentaram, em média, o melhor desempenho geral nos testes de envelhecimento acelerado, seguidos pelos módulos TOPCon e PERC. A exceção foi na resistência ao calor, em que os painéis TOPCon superaram os demais. “É importante destacar que os resultados representam médias. Alguns módulos específicos, independentemente da tecnologia, tiveram desempenho acima ou abaixo da média”, afirma Gibrail.
O estudo também alerta que os custos iniciais diferentes entre as tecnologias dificultam recomendações generalizadas. “Projetos solares exigem altos investimentos. Os resultados mostram que pode haver variações de qualidade não apenas entre tecnologias, mas também entre fabricantes. Realizar uma verificação prévia dos módulos ajuda a garantir um planejamento mais seguro e evita prejuízos”, conclui Gibrail. (pv-magazine-brasil)
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