terça-feira, 30 de setembro de 2025

O que não deixam você saber sobre usinas termonucleares

A produção de energia tem um impacto direto no meio ambiente e na sociedade e é fundamental buscar soluções sustentáveis para garantir um futuro mais equilibrado. A nuclear está longe de ser a salvação

Heitor Scalambrini Costa - Professor associado, aposentado da Universidade Federal de Pernambuco

Zoraide Vilasboas - Ativista por Direitos Humanos e da Natureza e facilitadora da Articulação Antinuclear Brasileira

A produção de energia, seja de fontes renováveis ou não renováveis, inevitavelmente causa impactos no meio ambiente e na saúde dos seres vivos. A geração de energia, a partir de combustíveis fósseis, contribui para a poluição do ar com gases tóxicos e emissões de gases de efeito estufa, agravando o estado de emergência climática. Já a poluição por minérios radioativos se dá pela contaminação do meio ambiente, proveniente de atividades como mineração, usinas nucleares, uso bélico, e acidentes com vazamento de materiais radioativos. Esta contaminação pode causar sérios danos, com efeitos que variam, dependendo do tipo de material radioativo, dose e forma de exposição.

Um dos líderes mundiais na produção de energia elétrica com fontes renováveis, o Brasil tem cerca de 90% da oferta de energia elétrica constituída por energia hidroelétrica, eólica, solar e biomassa. Possui duas usinas nucleares, e uma terceira inacabada, cuja construção começou nos anos 80 do século passado. A contribuição nuclear à matriz elétrica é inferior a 2% da potência total instalada, e a energia produzida é inferior a 3% de toda energia gerada no país. Esta insignificante participação na matriz elétrica não tem impactado a segurança energética, como afirmam os lobistas da energia nuclear.

Aproveitando os desafios das mudanças do clima, novos e distorcidos argumentos vêm sendo divulgados a favor da expansão de usinas nucleares para as próximas décadas, para a descarbonização e para garantir a segurança energética. Para justificar a necessidade de novas usinas apelam para a desinformação, a negação da Ciência e a falta de transparência na divulgação de informações importantes para a opinião pública sobre os reais riscos e os aspectos econômicos envolvidos.

O setor nuclear brasileiro tem uma trajetória de passado nebuloso, repleto de episódios controversos. Entre eles, está o secretismo do Programa Nuclear Paralelo/Clandestino, a corrupção no Acordo Nuclear Brasil Alemanha que originou uma CPI, o contrabando e exportação de areias monazíticas do litoral capixaba/baiano/fluminense, paralisação das atividades do Grupo do Tório da UFMG, a irresponsabilidade e o déficit de competência técnico-gerencial, as propinas milionárias recebidas por gestores do setor, a falta de controle social, o legado de morte e contaminação deixado pela (antiga estatal) na extração de terras raras, a tragédia do Césio-137 em Goiânia, o enorme passivo ambiental da mineração de urânio, no Planalto de Poços de Caldas/MG e em Caetité/BA, a insegurança em radioproteção acarretando roubos e sumiços de radiofármacos e de fontes radioativas, e a omissão de informações cruciais para a população sobre graves ocorrências, como vazamentos de água radioativa das usinas nucleares, em Angra dos Reis/RJ. Esses e outros episódios aprofundaram perante a opinião pública o crescente descrédito sobre o desempenho da indústria nuclear e de seus gestores, privilegiados com supersalários. Este ano, o desgaste da Eletronuclear (responsável pelas usinas) ficou bem evidenciado, perante uma crise financeira sem precedentes que acabou numa inédita greve dos trabalhadores das usinas e da parte administrativa, causando prejuízo diário de R$ 5 milhões.

Em resumo, a produção de energia tem um impacto direto no meio ambiente e na sociedade e é fundamental buscar soluções sustentáveis para garantir um futuro mais equilibrado. A nuclear está longe de ser a salvação.
Negacionismo nuclear

Algumas inverdades propagadas são motivadas pelas consequências políticas e econômicas que representam, merecem esclarecimentos:

Energia nuclear é inesgotável

As usinas nucleares existentes em sua grande maioria, utilizam como combustível o urânio 235 (isótopo físsil do urânio), encontrado na natureza na proporção, em média, de 0,7%, dentre os isótopos de urânio. Todavia é necessária uma concentração entre 3%-4% para ser usado como combustível. Assim é necessário enriquecê-lo, para aumentar o teor do elemento físsil. Com a atual tecnologia haverá urânio 235, suficiente para mais 30-50 anos, para atender as usinas nucleares existentes.

Nuclear é barata

É muito mais cara do que nos fazem crer, sem contar com os custos de armazenagem do lixo radioativo, e do desmantelamento das instalações no fim da vida útil da usina, que tem custo estimado entre 25-30% ao de sua construção. Segundo estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizado em 2024, no âmbito do projeto de Angra 3, o custo da energia nucleoelétricas está em torno de R$ 653,31 por MWh, cerca de 2 a 3 vezes mais que o da solar fotovoltaica, eólica e hidroelétrica. A omissão de informações é prática recorrente. Seguem em sigilo, por exemplo, estudos comparativos entre alternativas de geração, finalizados pela Empresa de Pesquisa Energética, desde 2022.

Desastre nuclear causa baixa mortalidade

O contato de seres vivos, em particular de humanos, com a radiação liberada, tem efeitos biológicos dramáticos, e vai depender de uma série de fatores, como o tipo de radiação, o tecido vivo atingido, o tempo de exposição e a intensidade da fonte radioativa. Em casos de acidentes severos já ocorridos, o número de mortes logo após o contato com material radioativo não foi grande, mas as mortes posteriores foram expressivas. Nestes casos, a dificuldade de contabilizar a verdadeira taxa de mortalidade é dificultada pela mobilidade das vítimas. Pessoas que moravam próximas ao local destas tragédias, e que foram contaminadas, se mudam, ficando praticamente impossível acompanhar caso a caso.

A nuclear é segura

Embora o risco de acidente seja pequeno, é preciso considerá-lo, pois já aconteceu em diferentes momentos da história e possui consequências devastadoras. Um desastre nuclear torna a área em que ocorreu inabitável. Rios, lagos, lençóis freáticos e solos são contaminados e ainda ocasiona alterações genéticas em seres vivos. Não existe risco zero.

O uso da nuclear cresce

Esta é uma falácia recorrente dos que creditam a esta tecnologia um crescimento mundial. Vários países como Alemanha, Áustria, Bélgica, Itália e Portugal têm dificultado a expansão de usinas, e mesmo abandonando a nucleoeletricidade. O movimento antinuclear tem crescido entre a população em diversos países, como França e Japão.

Nuclear é necessária

No caso do Brasil, duas usinas existentes participam da matriz elétrica. Embora as projeções governamentais apontem para mais 10.000 MW até 2050, assim mesmo, a contribuição da nucleoeletricidade será inferior a 3%. O Brasil, que tem uma biodiversidade extraordinária e fontes renováveis em abundância, não precisa de energia nuclear.

É limpa

No ciclo do nuclear várias fases e processos industriais estão envolvidos na fabricação do combustível, utilizado para produzir eletricidade. Desde a mineração até a produção de energia, ao armazenamento dos resíduos e a desativação das usinas, há emissões de gases de efeito estufa. No caso dos resíduos (o chamado de lixo atômico), compostos por tudo o que teve contato com a radioatividade, parte dele extremamente radioativo, precisa ser isolado do meio ambiente por milhares de anos. Não existe até o presente uma solução definitiva de como armazená-lo. Um problema não solucionado que será herdado pelas gerações futuras.
Aos finalmentes

Não existe uma fonte que só tenha vantagens. Não há energia sem controvérsia, mas a nuclear, pelo poder destruidor que tem qualquer vazamento de radiação, não deve ser usada para produzir eletricidade.

Os registros de câncer, malformações, infertilidade, doenças cardíacas e síndromes genéticas são as consequências da radiação que impactam profundamente a saúde física e mental. Os impactos da radioatividade seguem presentes no solo, na água e na fauna local, e continuarão afetando gerações por milhares de anos.

Não é segredo para ninguém a nefasta simbiose entre a energia nuclear e a indústria bélica. A tecnologia atômica está no DNA de todos os programas nucleares, mesmo os chamados de “pacíficos”. O Brasil domina a tecnologia do ciclo do combustível nuclear e preocupa porque, segundo a World Nuclear Association (Associação Nuclear Mundial), é uma das 13 nações capazes de enriquecer o minério, imprescindível para a fabricação da bomba atômica. Tem cobiçadas reservas de urânio e planeja construir mais usinas nucleares.

Os conflitos geopolíticos atuais (Ucrânia X Rússia, Israel X Gaza/Irã e outros) vimos, ao vivo e a cores, instalações nucleares serem atacadas nessa nova escalada da corrida armamentista, enquanto órgãos como a Organização das Nações Unidas e a Agência Internacional de Energia Atômica perderam a credibilidade na mediação e de prevenção, além da capacidade para controlar sequer o uso de artefatos de urânio empobrecido e as armas nucleares táticas.

Todavia, o perigo nuclear que nos ronda está não só na fabricação e uso de armas nucleares, mas também na proliferação dessas usinas, que usam o urânio 235, enriquecido, produzindo resíduos altamente radioativos. Um desses resíduos é o plutônio-239, isótopo físsil utilizado na bomba lançada em Nagasaki (Japão).

A postura agressiva das empresas, que investem pesado na falsa propaganda de que a energia nuclear é limpa, tentando neutralizar o natural rechaço da população à esta nefasta tecnologia, encontra amparo na ONU, que usa erradamente a expressão Energia Limpa no seu 7° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em que declara “que a energia limpa e acessível assegura o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos”. É necessária e urgente a correção deste equívoco em documentos institucionais, nos debates, produções acadêmicas, entre militantes socioambientais e as pessoas comprometidas com o desarmamento e a cultura da paz global. (ecodebate)

Energia solar espacial poderia suprir 80% das necessidades

Energia solar espacial tem o potencial de suprir grande parte das necessidades energéticas, com um estudo recente do King's College London indicando que poderia reduzir as necessidades de energia renovável da Europa em até 80% até 2050. Essa tecnologia envolve a coleta de energia solar em órbita e sua transmissão para a Terra, oferecendo uma fonte de energia constante, livre de interrupções climáticas. Embora haja desafios técnicos e políticos, o Japão já está desenvolvendo e integrando o conceito em sua estratégia de emissão zero, enquanto a Agência Espacial Europeia (ESA) avalia sua viabilidade.

80% da energia da UE virá de painéis solares espaciais até 2050
Como funciona a Energia Solar Espacial (SBSP)

Coleta no espaço:

Painéis solares instalados em órbita captam a luz solar de forma constante e intensa.

Transmissão de energia:

A energia coletada é convertida em micro-ondas e transmitida sem fio para a Terra, para receptores (rectennas).

Geração de eletricidade:

As rectennas convertem as micro-ondas de volta em energia elétrica para abastecer as redes.

Vantagens do Sistema de Energia Solar Espacial (SBSP)

Disponibilidade constante:

A energia solar no espaço está disponível 24 horas por dia, todos os dias do ano, sem a interferência de nuvens ou a noite.

Maior eficiência:

A radiação solar no espaço é mais intensa e não é filtrada pela atmosfera, como ocorre na Terra.

Menor custo da energia:

O estudo do King's College London sugere que os painéis solares espaciais podem reduzir em até 15% o custo do sistema elétrico.

Acesso universal:

A energia solar espacial pode democratizar o acesso à energia, levando-a a regiões remotas e com escassez energética.

Redução de pegada de carbono:

É uma fonte limpa e renovável que contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Desafios e o Futuro

Desafios tecnológicos:

A modelagem não considera desafios do espaço, como congestionamento orbital, falhas na transmissão de energia ou variações na entrega.

Investimento político:

É necessária a disposição de governos e empresas para impulsionar o setor energético, que enfrenta obstáculos políticos e financeiros.

Desenvolvimento de projetos:

O Japão já desenvolve o SBSP e integra-o à sua estratégia de emissão zero, segundo a Época Negócios.

Viabilidade a longo prazo:

A Agência Espacial Europeia (ESA) avalia a viabilidade dessa tecnologia através da sua iniciativa SOLARIS.

Energia solar espacial poderia suprir 80% das necessidades de energia renovável da Europa

Um artigo de cientistas do King’s College London sugere que painéis solares espaciais (SBSP) podem reduzir as necessidades de energia renovável terrestre da Europa em até 80%, incluindo a redução do uso de armazenamento de energia em baterias em mais de 70%. Os autores estão agora em contato com empresas líderes, como a Space Solar.

Um grupo de cientistas do King’s College London analisou o potencial do SBSP usando projetos baseados nas projeções de custo e desempenho da NASA para 2050.

Sua análise utilizou um projeto próximo à carga de base e de baixo nível de prontidão tecnológica (TRL), incorporando refletores semelhantes a espelhos, ou helióstatos, que direcionam a luz solar para um único concentrador, permitindo uma disponibilidade de energia anual de quase 99,7%.

O estudo constatou que este projeto de SBSP pode reduzir os custos totais dos sistemas em 7% a 15%, compensar até 80% da energia eólica e solar e reduzir o uso de baterias em mais de 70% (embora tenham observado que o hidrogênio continua importante para o equilíbrio sazonal).

O estudo, “Assess space-based solar power for European-scale power system decarbonization“, foi publicado na revista científica Joule em agosto de 2025.

“O SBSP pode fornecer geração renovável quase contínua e cobrir uma ampla gama de áreas quando implantado no espaço. Como mostramos no artigo, seu papel varia significativamente dependendo da escala do sistema”, disse o Dr. Wei He, autor correspondente e professor sênior do Departamento de Engenharia do King’s College London, à pv magazine.

Os pesquisadores do King’s College afirmam que seu estudo é o primeiro a explorar os benefícios do SBSP para as redes europeias e a fornecer uma estimativa de custo do uso dessa tecnologia no mercado europeu.

De acordo com He, a reação ao estudo por parte da indústria fotovoltaica até o momento tem sido mista. “Recebi uma série de reações, do entusiasmo ao ceticismo. Alguns acreditam que o SBSP ainda está distante das prioridades atuais da indústria fotovoltaica e das redes elétricas, enquanto outros setores, como a economia espacial e a energia solar espacial, estão muito entusiasmados com essa avaliação”.

Quando questionado se as empresas de armazenamento de energia têm motivos para se preocupar com o SBSP como tecnologia rival, He respondeu que não é o caso. “Não considero o SBSP uma grande preocupação para as empresas de armazenamento de energia, visto que seu desenvolvimento permanece altamente incerto até 2050, apesar de seu grande potencial. No geral, o armazenamento de energia continuará vital agora e no futuro, mesmo com a previsão otimista da NASA para o desenvolvimento do SBSP”.

“Se eu fosse um fornecedor de armazenamento de energia, monitoraria o progresso do SBSP, bem como de outros geradores limpos contínuos, como a fusão nuclear, considerando sua escala e localização, e examinaria como o papel do armazenamento de energia muda de acordo com o local e ao longo do tempo”, disse o acadêmico.
Painéis solares espaciais podem ajudar na transição para emissões líquidas zero

Embora o artigo reconheça o potencial do SBSP para ajudar a Europa a atingir sua meta de zero líquido até 2050, os autores acrescentaram que a viabilidade da tecnologia ainda está sob análise. (pv-magazine-brasil)

domingo, 28 de setembro de 2025

Eletrificados chegam a 9,4% de veículos leves no Brasil

As vendas de carros elétricos no Brasil somaram 20.222 unidades em agosto, uma participação de 9,4% do mercado automotivo no período (214.490 em agosto, segundo a Fenabrave), de acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Um dos destaques de agosto foram os 2.245 híbridos flex (HEV Flex) emplacados, com aumento expressivo de 118% sobre julho (1.026). Liderados pelo estado de São Paulo, esse foi o melhor desempenho de vendas dos veículos com essa tecnologia desde o início do ano. A expectativa é que 200 mil eletrificados sejam emplacados em 2025.
De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em agosto, foram vendidas 20.222 unidades de veículos eletrificados no Brasil, o que garantiu ao segmento 9,4% de participação no mercado automotivo nacional. A categoria segue em ritmo acelerado de expansão no país e deve ultrapassar a marca de 200 mil emplacamentos em 2025. Somente entre janeiro e agosto deste ano, já foram registrados 126.087 emplacamentos.

Segundo estimativa da ABVE Data, num cenário conservador, as vendas devem chegar a pelo menos 200 mil, com aumento de 13% sobre o total de 2024 (177.358). No cenário mais provável, podem atingir 215 mil, o que representaria um crescimento anual de 21%.

“Esses números são significativos por vários motivos”, disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos. “As vendas de eletrificados continuam aquecidas, mesmo diante de taxas de juros altas e do aumento do imposto de importação de veículos elétricos. Confirmando-se o cenário mais provável, teremos aumento das vendas acima de 20% em 2025 sobre o ano anterior, o que representa um crescimento três vezes mais rápido do que a média do conjunto do mercado automotivo brasileiro”.

Em agosto, os 20.222 eletrificados leves comercializados representaram 9,4% do total de vendas de veículos leves no país (214.490 em agosto, segundo a Fenabrave). Em agosto de 2024, foram comercializados 14.667, representando 6,6% do total

Na classificação da ABVE Data, os eletrificados incluem os BEV 100% elétricos, os híbridos elétricos plug-in (PHEV), híbrido sem recarga externa (HEV) e híbridos a etanol (HEV Flex). Não incluem os micro híbridos (MHEV) de 12v ou 48v.

O ano de 2025 tem sido marcado pelos investimentos significativos das montadoras chinesas de eletrificados, com destaque para a inauguração de duas novas fábricas no Brasil: BYD, em Camaçari (BA), e GWM, em Iracemápolis (SP). Além disso, novas marcas passaram a operar no país, ampliando a oferta de modelos eletrificados.

Tecnologias

Dos 20.222 eletrificados leves vendidos em agosto de 2025, 77,5% foram veículos plug-in (BEV e PHEV) e 22,5% híbridos sem recarga externa (HEV e HEV Flex). Entre os plug-in, os PHEV lideraram as vendas em agosto com 8.057 unidades, representando 40% do total de eletrificados. Em relação a julho (8.644), houve uma queda de 7% dos PHEV; já sobre agosto de 2024 (5.781), um crescimento expressivo de 39,4%.

Os BEV 100% elétricos bateram mais uma vez o recorde mensal de vendas em agosto, com 7.624 unidades, correspondentes a 38% das vendas de eletrificados no mês. Sobre agosto de 2024 (5.115), os BEV tiveram um crescimento robusto de 49%.

O crescimento dos veículos plug-in sugere que esse segmento cresceu mesmo diante das incertezas causadas pelo debate nacional sobre as novas regras dos Corpos de Bombeiros para instalação e operação de equipamentos de recarga elétrica nas garagens dos prédios.

Os HEV e HEV Flex totalizaram 4.541 unidades, equivalentes a 22,5% do mercado de eletrificados em agosto. Os números indicam que os híbridos não plug-in continuam relevantes em regiões onde a infraestrutura de recarga ainda está em desenvolvimento.

Os HEV (híbridos convencionais) representaram 11,4% das vendas de eletrificados em agosto (2.296), com leve queda de 1,7% sobre julho (2.336), mas aumento significativo de 73,5% sobre agosto de 2024 (1.323).

Já os HEV Flex responderam por 11% das vendas de eletrificados (2.245), com um aumento expressivo de 119% sobre julho (1.026) e de 40% sobre agosto de 2024 (1.604).

Em agosto, a participação de mercado dos eletrificados por tecnologia foi a seguinte:

- PHEV 057 (39,8%)

- BEV 624 (37,7%)

- HEV FLEX 296 (11,4%)

- HEV FLEX 245 (11,1%)

- TOTAL: 20.222

As vendas de micro híbridos (MHEV) registram em agosto o total de 5.075 unidades. Sobre julho (6.129), houve queda nas vendas de 17%. Dentre os micros híbridos, os MHEV 12V ficaram com 71% das vendas em agosto (3.587), com queda de 23,5% sobre julho (4.690). Já os MHEV 48V ficaram com os 29% restantes das vendas deste segmento (1.488), com aumento de 3,4% sobre julho (1.439).

Geografia da eletromobilidade

A Região Sudeste lidera de forma expressiva o mercado de eletrificação no Brasil, impulsionada principalmente pelo Estado de São Paulo, que se destaca tanto nas vendas de veículos leves eletrificados quanto de ônibus elétricos.

Vendas de veículos leves eletrificados por regiões brasileiras em agosto 2025:

- 1º – Sudeste: 9.430 (46,6%)

- 2º – Sul: 3.551 (17,6%)

- 3º – Nordeste: 3.302 (16,3%)

- 4º – Centro-Oeste: 3.079 (15,2%)

- 5º – Norte: 860 (4,3%)

Os 5 estados que mais venderam veículos eletrificados leves em agosto de 2025:

- 1º – São Paulo: 6.487 (32,1%)

- 2º – Distrito Federal: 2.010 (9,9%)

- 3º – Santa Catarina: 1.243 (6,1%)

- 4º – Rio de Janeiro: 1.234 (6,1%)

- 5º – Minas Gerais: 1.204 (6%)

Os 5 municípios que mais venderam veículos eletrificados leves em agosto de 2025:

- 1º – São Paulo: 2.747

- 2º – Brasília: 2.010

- 3º – Rio de Janeiro: 670

- 4º – Belo Horizonte: 634

- 5º – Curitiba: 525 (pv-magazine-brasil)

De lastros para lajes a usinas flutuantes 100% nacionais

De lastros para lajes a usinas flutuantes 100% nacionais: as inovações da Fortlev na Intersolar 2025.
A Fortlev apresentou, na Intersolar 2025, um sistema flutuante 100% nacional, fabricado em polietileno e resistente, que amplia suas soluções de geração fotovoltaica, mostrando sua evolução de produtos para lajes e estruturas para o mercado de usinas solares flutuantes em reservatórios. Esta inovação brasileira é projetada para instalações simplificadas em lagoas e outros corpos d'água, aproveitando a especialização da empresa em plásticos e a crescente demanda por energia solar no país.

Da especialização em lajes para soluções flutuantes

Fortlev como especialista em lajes:

A Fortlev é conhecida por suas soluções em armazenamento de água e, agora, tem expandido sua atuação para o setor fotovoltaico.

Evolução para usinas flutuantes:

A empresa apresentou na Intersolar 2025 um sistema flutuante 100% nacional, o que representa um avanço significativo em sua linha de produtos.

Tecnologia nacional:

Este sistema é feito em polietileno e desenvolvido no Brasil, destacando a capacidade nacional de inovação e produção para o setor.
Aplicações e Benefícios do Sistema Flutuante

Instalação simplificada:

O sistema é projetado para ser de fácil aplicação, o que pode agilizar a implementação de usinas fotovoltaicas em diversos ambientes.

Uso em reservatórios:

É ideal para ser instalado em lagoas, reservatórios e outros corpos d'água.

Resistência:

O material em polietileno garante alta resistência, o que é fundamental para estruturas que ficarão expostas às condições da água.

Contexto de Mercado e Inovação

Crescimento do mercado:

A apresentação da Fortlev ocorre em um momento de expansão das usinas solares flutuantes no Brasil, impulsionado por mudanças na legislação que facilitam a geração de energia.

Desmistificação da tecnologia:

Há um esforço para que o público entenda o conceito e a complexidade dessas usinas, como observado por executivos do setor, que veem uma "corrida pelos sistemas fotovoltaicos flutuantes".

Ícone brasileiro no armazenamento de água, a Fortlev levou para a feira soluções que unem especialização em plásticos com a geração fotovoltaica.

O primeiro sistema flutuante 100% nacional é feito em polietileno, é altamente resistente e oferece instalação simplificada, podendo ser aplicada em lagoas e reservatórios.

Quem observa os telhados das cidades brasileiras já se acostumou a identificar os pequenos pontos azuis das caixas d’água Fortlev. Esse símbolo do cotidiano, presente desde 1989, foi a base para uma nova frente de atuação da empresa: a energia solar. Criada em 2019, a Fortlev Solar nasceu com a missão de levar o seu know-how em plásticos ao setor fotovoltaico, unindo a tradição industrial ao desafio de acelerar a transição energética no Brasil.

Desde então, a empresa não se limitou à distribuição, na qual já figura entre as maiores do país, mas também desenvolveu soluções próprias. Na Intersolar South America 2025, em São Paulo, a Fortlev Solar reafirmou esse caminho com lançamentos que reforçam a busca por praticidade, economia e durabilidade para integradores e projetistas.

Estruturas para lajes sem perfuração

O lastro Laje, também em polietileno, foi desenvolvido para suportar painéis solares em lajes sem necessidade de perfuração.

Entre as novidades apresentadas estão as versões Lastro Laje e Lastro Vértice, que ampliam a família do já conhecido Lastro Solar. Produzidas em polietileno, as estruturas foram desenvolvidas para suportação de painéis solares em lajes sem necessidade de perfuração.

O produto mantém a praticidade de montagem que se tornou característica da linha, oferecendo mais versatilidade aos instaladores. Embora ainda não estejam disponíveis para venda, os lançamentos foram destaque no estande da companhia.

“Ao desenvolvermos o sistema de estrutura para suportação de painéis solares em laje, tínhamos conhecimento das demandas do mercado, pois ouvimos nossos clientes. No entanto, não previmos o grande impacto que essas soluções poderiam causar. O resultado superou nossas expectativas e nos deixou extremamente satisfeitos e confiantes de que estamos no caminho certo, alinhados às necessidades e aos desejos de nossos clientes”, afirmou o consultor de Projetos e Processos da equipe de Engenharia da Fortlev Solar, Mauricio Oliveira.

Usinas flutuantes 100% nacionais

Outra aposta revelada na feira foi o Aquafort, primeiro sistema flutuante 100% nacional, também em polietileno. Com poucos componentes e desenho modular, a solução é altamente resistente e oferece instalação simplificada, podendo ser aplicada em lagoas e reservatórios.

Além de abrir novas alternativas para geração solar fora do espaço em terra, o produto reforça a tradição da Fortlev em unir tecnologia de ponta e foco em durabilidade a produtos plásticos de larga escala.

Condufort: solução para instalações elétricas

A empresa também lançou o Condufort, duto corrugado desenvolvido para atender a uma demanda crescente de instaladores e projetistas por maior segurança em campo. Voltado a instalações elétricas, de telecomunicações e sistemas fotovoltaicos, o produto aposta na robustez e praticidade.

“O Condufort será rapidamente reconhecido como referência em dutos corrugados não apenas para aplicações solares, mas também em outros segmentos graças à sua robustez, à praticidade na instalação e, principalmente, à tranquilidade que proporciona aos profissionais em campo”, relatou o, consultor da equipe de Engenharia da Fortlev Solar, Emerson Prudente.

Segundo ele, o lançamento reafirma o compromisso da empresa em estar próxima de quem constrói o futuro da energia limpa no Brasil. “Mais do que um novo produto, o Condufort é um símbolo da nossa aposta em inovação e da nossa responsabilidade em entregar qualidade e confiança”, completa.

O lastro como protagonista da inovação

Carro-chefe da empresa, o Lastro Solar também ocupou espaço de destaque no estande, ao lado de suas novas versões. A estrutura já conquistou 2 prêmios internacionais na Rotoplas 2024, uma das maiores exposições mundiais de rotomoldagem, e é considerada uma das soluções mais originais do setor.

Feito em polietileno, o mesmo material das tradicionais caixas d’água, o lastro pesa apenas 15 kg e pode ser preenchido com brita, areia, terra ou até mesmo resíduos da obra, antes da fixação dos perfis metálicos e dos módulos solares. A versatilidade permite sua aplicação em usinas de pequeno, médio e grande porte, levando agilidade e economia para o processo de montagem.

Ao longo de mais de três décadas, os pontos azuis da Fortlev se tornaram parte inseparável da paisagem urbana brasileira. Em lajes, reservatórios ou instalações elétricas, a Fortlev Solar aposta em transformar sua herança em plásticos em soluções energéticas, criando uma narrativa singular no mercado fotovoltaico, a de quem levou a caixa d’água ao sol. (pv-magazine-brasil)

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Drones de limpeza de painéis solares para sistemas fotovoltaicos

Drones de limpeza de painéis solares para sistemas fotovoltaicos montados no telhado e no solo.
Drones especializados na limpeza de painéis solares fazem a lavagem das placas solares com capacidade e eficiência.

Existem drones e robôs de limpeza especializados para painéis solares, projetados para sistemas tanto no telhado quanto no solo. Estes sistemas automatizados utilizam pulverização de água, jatos de alta pressão e escovas para remover poeira e sujeira, aumentando a eficiência dos módulos e reduzindo a necessidade de trabalho manual.

Como funcionam

Drones de pulverização:

Equipados com sistemas de pulverização de água, estes drones podem alcançar áreas difíceis e aplicar água de limpeza com pressão ajustável.

Drones com escovas:

Existem também drones equipados com escovas apropriadas para limpar os painéis de forma eficaz, maximizando a capacidade operacional.

Robôs para painéis no solo:

Para usinas de solo de médio e grande porte, robôs motorizados e inteligentes cobrem amplas fileiras de painéis em uma única passada, automatizando o processo.

Benefícios

Aumento da eficiência:

A limpeza regular garante que os painéis operem com máxima eficiência, evitando perdas de energia devido à acumulação de sujeira.

Segurança e eficiência operacional:

A automação reduz a necessidade de trabalho manual, diminuindo riscos para os trabalhadores e aumentando a segurança.

Cobertura total:

O sistema permite ajustes para cobrir diferentes inclinações e ângulos de painéis, garantindo uma limpeza uniforme.

Manutenção da garantia:

O método de limpeza é desenvolvido para estar em conformidade com os termos de garantia dos fabricantes, preservando a integridade dos módulos.

O fabricante francês de sistemas aéreos não tripulados (UAS) Objectif Drone desenvolveu um sistema de limpeza por pulverização de painel solar baseado em drone para equipes de manutenção de usinas solares. O equipamento pode ser usado em sistemas fotovoltaicos de telhado ou montados no solo.

O fabricante francês de sistemas aéreos não tripulados (UAS) Objectif Drone desenvolveu um sistema de limpeza por pulverização de painel solar baseado em drone para equipes profissionais de manutenção de usinas solares.

Adequado para sistemas fotovoltaicos montados no telhado e no solo, o modelo Chronos pode atingir alturas de 50 metros. A empresa diz que este modelo é conhecido por sua confiabilidade e manobrabilidade. Pode cobrir até 500 m² por hora.

Ele foi projetado para ser usado por equipes de operações e manutenção (O&M) de usinas solares ou empreiteiros de limpeza profissionais.

O poste fixo de pulverização de baixa pressão pode ser implantado horizontalmente ou verticalmente e sua mangueira é de 50 m. Possui uma lança ajustável de bico duplo. Um kit de pulverização de alta pressão (110 bar) também está disponível com uma mangueira de 25 metros.

A bateria tem uma duração de 40 minutos entre as cargas em baixa pressão e 30 minutos no modo de alta pressão.

O UAS multirotor Chronos para limpeza de painéis solares é amarrado a um sistema de bomba no solo. É um sistema do tipo cativo C5 da Associação para a Segurança da Aviação da União Europeia (EASA). Conforme exigido pelos regulamentos, é equipado com um farol de sinalização eletrônica remota e identificação direta remota.

É equipado com detecção e alcance de luz (LiDAR), juntamente com câmeras de alta definição. Um kit de acessórios e tecnologia de posicionamento por satélite cinemática em tempo real (RTK) dupla contribuem para uma operação remota precisa.

A unidade mede 62 cm x 62 cm x 42 cm e pesa apenas 2,4 kg, de acordo com o fabricante. Seu gabinete é IPX4.

O Chronos pode ser usado em toda a Europa, onde quer que seja necessária a conformidade com C5/C6. Tem garantia de dois anos e suporte pós-venda de dois anos.

A empresa vende por meio de distribuidores na Bélgica e na Espanha e está buscando parceiros confiáveis em outros países com capacidade comercial, capacidade de realizar reparos e experiência para fornecer treinamento ao usuário, disse um porta-voz à pv magazine.

“Em países onde ainda não temos parceiros, podemos vender diretamente e lidar com o serviço pós-venda remotamente”, disse o porta-voz.

A inovação da empresa é apoiada por outra empresa francesa, a Elie Technologie, e eles têm planos para novas soluções de limpeza de painéis solares a serem lançadas em breve.

Fundada em 2012, a Objectif Drone fornece serviços de treinamento de pilotos, uma variedade de drones de controle de pragas e limpeza para uso urbano e rural, bem como drones mais potentes operando em alturas de até 100 metros e pulverização de alta pressão em até 200 bar.

Drones especializados na limpeza de placas dos painéis solares. (pv-magazine-brasil)

Estudo mostra benefícios de frota elétrica de caminhões

Análise do Instituto Ar mostra que a eletrificação de caminhões no Brasil pode reduzir em 46% as emissões de gases-estufa e economizar R$ 5 bilhões em custos ambientais e de saúde nos próximos 25 anos.
Se o Brasil fornecer biodiesel a toda a frota de caminhões de carga pesada até 2050 será preciso ocupar 25% do território brasileiro para produção de soja - 8 vezes mais do que se utiliza com produção de comida. Uma opção a ser considerada no mix de transporte de cargas é a eletrificação, que pode gerar redução de 46% nas emissões de gases-estufa e economizar R$ 5 bilhões em custos ambientais e de saúde nos próximos 25 anos.

No caso de modelos de caminhões híbridos a diesel, a queda é de 8% nas emissões até 2050 e de R$ 298 milhões em custos evitados. Caminhões a gás natural e biodiesel, por sua vez, aumentam as emissões líquidas e os custos econômicos ao longo do tempo. Em 2020, caminhões pesados responderam por 60% do consumo total de energia para o transporte de cargas e representaram quase 50% das emissões de CO2 do setor.

Essas são as mensagens centrais de um estudo do Instituto Ar, entidade que mobiliza a comunidade médica no Brasil ao conectar saúde pública e o debate climático buscando inspirar políticas públicas.

O estudo - “Powering Brazil’s Transition to Zero-Emission Trucking” -modelou diferentes cenários de substituição de toda a frota de caminhões a diesel por tecnologias mais limpas em São Paulo, estimando reduções de poluentes até 2030 e 2050 - os prazos definidos pelo Brasil em acordos internacionais de redução de emissões. Os cenários comparam a transição de frotas a diesel para caminhões elétricos a bateria ou movidos por células de hidrogênio, híbridos a diesel, gás natural liquefeito, gás natural comprimido e com motores a biodiesel puro (B100).
“Há gases-estufa que causam a mudança do clima e a poluição do ar, com danos à saúde”, diz a médica patologista Evangelina Araújo, fundadora e diretora-executiva do Instituto Ar. Ela explica que o setor de transporte emite CO2, o principal gás-estufa; e por usar diesel, caminhões e ônibus emitem poluentes tóxicos que também são gases-estufa, (como o NOx, óxido de nitrogênio). Emitem, além disso, o carbono negro, que é uma parte importante do material particulado, um dos poluentes mais tóxicos para a saúde. “Quando tratamos de reduzir a emissão de poluentes para reduzir a poluição do ar e os danos à saúde, há um co-benefício climático”, diz a pesquisadora Patrícia Ferrini, que lidera o estudo. “A ação tem duplo efeito”, resume.

O estudo indica que a opção pelo biodiesel para 100% da frota pode causar baixo impacto sobre emissões e custos evitados, e pode, também, se tornar um vetor de desmatamento. Em um cenário futuro em que o Brasil faça toda a transição da frota de caminhões para biodiesel, seriam necessários 215 milhões de hectares para atender à demanda, diz o estudo.

“Temos uma frota de 2 milhões de caminhões velhos, submetidos a condições de desgaste nas estradas e que carregam cargas mais pesadas do que as autorizadas em outros países”, diz Patricia. “Estamos muito atrasados neste debate. O estudo mostra que não se pode apostar 100% das nossas cartas no biodiesel”.

PepsiCo dá seus primeiros passos rumo a uma frota elétrica

Ela diz que a aposta na eletrificação tem múltiplos ganhos. Entre 2013 e 2023, mais de RS$ 24 bilhões foram gastos em hospitalizações causadas por poluentes atmosféricos, só no sistema público de saúde. A carga de poluição causada por caminhões pesados no Brasil afeta mais as comunidades localizadas perto de rodovias, que são populações de baixa renda. “As grandes montadoras têm metas de que a venda de caminhões elétricos seja 50% da frota em 2030”, lembra Patricia. “Se o Brasil não for incluído neste debate corremos o risco de virar depósito de caminhões velhos”. (biodieselbr)

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

ViaQuatro e ViaMobilidade fazem operações com 100% de energia renovável.

Autoprodução: ViaQuatro e ViaMobilidade alcançam operações com 100% de energia renovável.

Parte significativa da eletricidade utilizada é gerada por fonte eólica no estado do Piauí e utilizada em linhas de trem e metrô na região metropolitana de São Paulo.
Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda são abastecidas exclusivamente por energia limpa.

As empresas de transporte agora operam com 100% de energia renovável limpa e autoproduzida em suas Linhas de trem metropolitano e metrô 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda. Com toda essa transição resultou em uma redução de 79% nas emissões de gases de efeito estufa.

Com 100% de energia renovável na operação, ViaQuatro e ViaMobilidade reduzem em 79% a emissão de gases do efeito estufa

Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda são abastecidas exclusivamente por energia limpa, beneficiando os clientes e meio ambiente, reforçando o compromisso com a sustentabilidade nos trilhos.

Desde 2023, as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade lideram um projeto pioneiro de transição energética que está transformando a mobilidade urbana. No primeiro ano da iniciativa, 70% da energia consumida em suas operações já era de fonte renovável e, ao adotar esse sistema de abastecimento, as concessionárias reduziram em 79% a emissão de gases do efeito estufa. A cada viagem que os trens das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda percorrem por São Paulo, são transportados, em média, 2.000 clientes, com a emissão de 0,04 toneladas de carbono por passageiro. Se essas mesmas pessoas transitassem pelas ruas de São Paulo com seus veículos, a emissão de gases poluentes seria de 0,08 toneladas, o dobro do que as emitidas pelo transporte público. Para compensar as emissões dos automóveis, seria necessário o plantio de 5 árvores nativas.

Como os trilhos são os principais ofensores de emissões de eletricidade, em 2024, a meta foi superada e 100% da energia utilizada passou a ser limpa e de autoprodução, consolidando um marco para o setor. Uma parte da eletricidade que abastece as operações comerciais é gerada por fonte eólica no estado do Piauí. Essa energia alimenta trens, ar-condicionado, portas de plataforma, bloqueios, escadas rolantes, elevadores e todos os sistemas das estações, garantindo que a jornada de cada passageiro seja livre da emissão de gases poluentes. Em média, um passageiro consome, 3,7kWh de energia totalmente renovável por viagem, reforçando o papel do transporte sobre trilhos da ViaQuatro e ViaMobilidade como uma alternativa duplamente sustentável.
Via mobilidade

Durante a operação comercial das concessionárias, a energia renovável é otimizada com uma programação elaborada na necessidade da oferta e demanda, que variam de acordo com o fluxo de clientes e horários de pico, que geralmente acontecem durante as manhãs e no período da tarde para noite. Há uma regeneração dessa energia quando os trens freiam nas paradas entre as estações que maximizam a potência do trem que está acelerando, distribuindo integralmente, toda essa energia. Essa compensação energética permite equilibrar o consumo energético conforme a necessidade.

“Nosso compromisso é com o futuro. Ao operar com energia 100% renovável, oferecemos aos nossos clientes uma experiência de mobilidade que respeita o meio ambiente e contribui para a redução da pegada de carbono nas cidades”, afirma Antonio Marcio Barros Silva, diretor da ViaQuatro e ViaMobilidade – Linhas 5 e 17.

Sustentabilidade nos trilhos

Essa iniciativa integra uma estratégia robusta de descarbonização e responsabilidade socioambiental da Motiva, holding responsável pelas operações das concessionárias. Parte da Ambição 2035, essa agenda é guiada por pilares estratégicos como a redução do risco climático e da pegada ambiental com a substituição de sistemas de climatização por gás R32 (menos poluente), e projetos de resiliência climática para enfrentar eventos extremos, além de metas ambiciosas de redução de emissões: 59% até 2033 e neutralidade de carbono até 2035, validadas pela Science Based Targets Initiative (SBTi).

O grupo também está focando na gestão sustentável da cadeia de valor, atuando com fornecedores estratégicos, que são avaliados com critérios de sustentabilidade; impacto positivo na sociedade; valorização das pessoas e cultura de integridade e segurança, com diretrizes padronizadas e metas claras garantem que a segurança esteja no centro das operações, com queda significativa nos acidentes graves registrados.

“A sustentabilidade está no centro da nossa estratégia. Cada passageiro que escolhe nossas linhas está fazendo parte de uma transformação positiva, que alia tecnologia, eficiência e responsabilidade ambiental”, destaca Andre Costa, diretor da ViaMobilidade linhas 8 e 9.

Com foco na antecipação de metas climáticas, ViaQuatro e ViaMobilidade substituem mais de 40% dos sistemas de climatização

Troca dos aparelhos reforça o compromisso das concessionárias com a licença ambiental sustentável, além de garantir maior conforto aos clientes e colaboradores.

Ao escolher o transporte público operado pela ViaQuatro e ViaMobilidade, o cliente não apenas opta por eficiência e segurança, mas também contribui diretamente para um futuro mais limpo e consciente. (lider.inc)

Índia instala 18 GW de energia solar no 1º semestre/2025

Índia instala 18 GW de energia solar no primeiro semestre de 2025, aponta Mercom.
A Índia adicionou 18 GW de capacidade solar no primeiro semestre de 2025, com mais de 11 GW instalados apenas no segundo trimestre, um aumento significativo impulsionado pelo crescimento de energia solar em larga escala e um novo esquema de subsídios para energia solar distribuída em telhados, segundo dados da Mercom e ET EnergyWorld. Esse acréscimo contribui para a meta de 500 GW de capacidade de energia não fóssil até 2030, que tem visto um crescimento recorde no país, e tem sido incentivado por medidas políticas e declínio nos preços dos painéis fotovoltaicos.

Detalhes das instalações solares:

18 GW: foram adicionados nos primeiros seis meses de 2025.

Mais de 11 GW: foram instalados apenas no segundo trimestre (abril a junho).

Crescimento de 66,9%: em relação ao trimestre anterior no 2º trimestre de 2025.

Fatores que impulsionam o crescimento:

Aumento da energia solar distribuída em telhados:

Um novo programa de subsídios para instalações em telhados tem impulsionado o setor.

Queda nos preços:

A redução nos custos dos módulos fotovoltaicos e da mão de obra tornou a energia solar mais acessível.

Medidas políticas:

O governo indiano tem implementado políticas que incentivam o uso de fontes renováveis.

Contexto e metas:

A Índia planeja atingir 500 GW de capacidade de energia não fóssil até 2030.

O setor de energia solar tem mostrado um crescimento recorde, contribuindo para o avanço das fontes renováveis no país.
O Bikaner Solar Farm, um projeto de 110 MW no Rajastão, Índia, foi desenvolvido em parceria entre a Amazon e a Brookfield Renewable Partners.

A Índia instalou 18 GW de projetos solares no primeiro semestre de 2025, um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2024, de acordo com o Q2 2025 India Solar Market Update da Mercom India Research. As adições em projetos de grande escala aumentaram 20% ano a ano, de 12,6 GW.

A Mercom atribuiu o aumento aos prazos regulatórios, com os desenvolvedores correndo para comissionar parcialmente os projetos antes de junho para garantir uma isenção total das taxas de transmissão interestadual. A crescente demanda das empresas de distribuição por energia renovável 24 horas por dia também apoiou o crescimento.

Dos 18 GW adicionados no primeiro semestre, 11,3 GW entraram em operação no segundo trimestre, um salto de 145% em relação aos 4,6 GW no 2º trimestre de 2024. Rajasthan, Gujarat e Maharashtra lideraram as adições no trimestre com participações de 33,7%, 27% e 17,4%, respectivamente.

“As instalações solares da Índia aumentaram no segundo trimestre, com mais de 11 GW adicionados, tornando-se um dos trimestres mais fortes até o momento”, disse Raj Prabhu, CEO do Mercom Capital Group. “Os desenvolvedores continuam enfrentando escassez de módulos compatíveis com DCR, gargalos de transmissão e subestação e atrasos nas assinaturas de PPA. Sem uma produção manufatureira doméstica mais forte e intervenções políticas equilibradas, as instalações permanecerão sob pressão e ficarão atrás do pipeline em expansão”.

Em 30/06/25, a capacidade solar acumulada da Índia era de 116,4 GW. Projetos de grande escala representaram quase 86% do total, enquanto os sistemas de telhado contribuíram com cerca de 14%. Rajasthan, Gujarat e Karnataka representaram 29%, 18% e 13% da capacidade instalada em grande escala.

O pipeline de projetos de grande escala da Índia atingiu quase 191 GW, com mais de 131 GW licitados e aguardando leilão em junho de 2025. (pv-magazine-brasil)