quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Biocombustíveis serão fundamentais para carbono zero em 2050

Sim, é projetado que os biocombustíveis serão fundamentais para alcançar a meta de "carbono zero" até 2050, substituindo combustíveis fósseis e reduzindo emissões líquidas, de acordo com cenários de descarbonização analisados pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Essa substituição é vista como um pilar para o alcance de metas de emissão líquida zero (net-zero).

Principais pontos:

Substituição de fósseis: A produção de biocombustíveis é crucial para substituir gradualmente os combustíveis de origem fóssil na economia.

Redução de emissões: A transição para biocombustíveis resulta em uma redução significativa das emissões de gás carbônico, com um potencial ainda maior dependendo do tipo de biocombustível utilizado.

Cenários de descarbonização: A análise do Cebri aponta que a participação dos derivados fósseis começará a declinar na década de 2030 e terá uma retração mais forte após 2040, impulsionada pelo crescimento dos biocombustíveis.

Ações imediatas: O atingimento de metas de net-zero, que inclui a expansão dos biocombustíveis, requer ações imediatas e um planejamento para os próximos 5 anos.

A produção de biocombustíveis será fundamental para a substituição de fósseis e possibilitar emissões líquidas zero (net-zero) em 2050. Essa é uma das principais conclusões de uma análise de cenários para descarbonização da economia brasileira, apresentada pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

A instituição projetou três cenários de redução de emissões e ações de transição energética: “Transição Brasil”, “Transição Alternativa”, e “Transição Global”.

No cenário “Transição Brasil”, consideram-se as atuais políticas públicas para a transição energética, para atingir a meta de carbono zero em 2050. O cenário “Transição Alternativa” avalia o cumprimento das metas de forma mais gradual, enquanto o “Transição Global” prevê ações mais drásticas por parte do Brasil.

Nos três cenários, especialmente o denominado “Transição Brasil”, os derivados começam a perder espaço na década de 2030 e recuam mais forte após 2040.

Esse quadro considera avanço na oferta de biocombustíveis, como diesel verde (HVO), combustível sustentável de aviação (SAF) e biogás, entre outros, destacou Rafaela Guedes, pesquisadora sênior do Cebri, evento foi realizado em 27/08/25.

Além disso, os cenários projetam avanço mais forte da geração renovável na matriz energética, especialmente eólicas e solares, além de um aumento mais acentuado da eletrificação da economia.

Entre 2030 e 2040, projeta-se uma transformação estrutural da matriz energética, enquanto entre 2040 e 2050 aponta-se a consolidação de uma matriz alinhada à neutralidade de emissões.

Guedes apontou ainda a necessidade de ações imediatas para o atingimento de metas de net zero. Entre os pontos estão a definição da estratégia nacional para a energia nuclear, o planejamento da expansão da rede elétrica, o desenvolvimento de cadeias produtivas para o hidrogênio verde e a regulamentação do mercado de captura e armazenamento de carbono.

“Muita coisa precisa acontecer hoje e nos próximos 5 anos, senão perdemos o bonde”, disse Guedes.

Os cenários apontam ainda projeções de crescimento da economia com a transição energética. No cenário mais otimista, “Transição Global”, o Cebri projeta um crescimento do PIB de 3,2% ao ano, com expansão de investimentos da ordem de 6% ao ano na transição energética. (biodieselbr)

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