Pesquisadores
destacam a importância do projeto agrovoltaico específico para cada local.
O
artigo de pesquisa da equipe, disponível na revista Nature Sustainability,
analisa dados qualitativos e quantitativos, incluindo estudos de campo
existentes, para avaliar as sinergias e compensações globais em agrovoltaica,
eco voltaica e pastagem solar.
O
trabalho abrange a consideração de diferentes microclimas, condições do solo,
impactos econômicos locais e perspectivas das partes interessadas em projetos
solares co-localizados em todo o mundo.
O
artigo científico conclui que os benefícios da energia agrovoltaica são
altamente específicos para cada local, em vez de oferecer uma estratégia de
resiliência única para todos, e exigem a consideração dos impactos econômicos
locais, dos serviços ecossistêmicos e das perspectivas das partes interessadas
durante o projeto e a implementação para desenvolver um sistema multiuso ideal.
Tais considerações também podem ajudar a minimizar potenciais impactos
negativos e compensações, que também foram frequentemente específicos para cada
local.
A equipe de pesquisa declarou à pv magazine que, em vez de promover a energia agrovoltaica como uma solução universal para todos os agricultores e desenvolvedores de energia solar, o estudo destaca a importância de adaptar os sistemas às condições locais.
Agricultura ecológica e a fotovoltaica rural têm um grande potencial para o futuro
“Fatores
críticos que influenciam o desempenho e a viabilidade da energia agrovoltaica
incluem o projeto de painéis solares, o tamanho da fazenda, o tipo de cultivo,
vegetação ou pastagem co-localizados, as condições climáticas e de recursos
predominantes e as práticas socioculturais”, disseram os pesquisadores. “Por
exemplo, os sistemas agrovoltaicos urbanos diferirão significativamente em
projeto e produção em comparação com os rurais, e as aplicações rurais em
países em desenvolvimento enfrentarão restrições e oportunidades distintas em
comparação com aquelas em regiões desenvolvidas”.
No
artigo de pesquisa, a equipe sugere que, como regra geral, projetos de energia
solar fotovoltaica devem ser adotados em áreas onde os serviços ecossistêmicos
possam ser aprimorados ou expandidos.
O
artigo também destaca a necessidade de mais pesquisas focadas em apoiar a
implantação sustentável em comunidades rurais, urbanas e fora da rede,
observando que a análise das mudanças nos aspectos técnicos, ambientais,
sociais e econômicos dos sistemas co-localizados ainda está em estágios
iniciais de investigação.
“Embora
barreiras regulatórias e políticas possam proteger terras de conservação, elas
também podem restringir o surgimento da produção de energia independente da
rede em pequena escala, que pode fornecer segurança alimentar e energética para
comunidades fora da rede, de baixa renda e propensas a mudanças climáticas e
riscos”, conclui o artigo.
Caroline Merheb, da Temple University, principal autora do artigo, comentou que ficou impressionada com a amplitude de potenciais co-benefícios que os sistemas co-localizados podem oferecer em dimensões ambientais, socioeconômicas e técnicas.
Duplo Uso da Terra
“Pesquisadores
e partes interessadas têm se dedicado a avançar significativamente neste campo,
especialmente com a crescente aceitação social da energia agrovoltaica”, disse
Merheb à revista pv. “Espero que este artigo sirva como referência fundamental
para que formuladores de políticas comecem a priorizar marcos regulatórios que
salvaguardem os interesses de todas as partes interessadas”.
(pv-magazine-brasil)



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