O sistema de aquecimento solar ainda enfrenta sérios desafios no país. Um deles, no entanto, acaba de ser vencido pelo engenheiro eletricista João Luiz Florio. Ele desenvolveu um dispositivo eletrônico de monitoração e controle que pode ser usado em todos os modelos residenciais de aquecedores de água por energia solar. Baseado em uma plataforma microcontrolada, o sistema funciona automaticamente e permite ao usuário obter água na temperatura e no tempo desejado, independentemente dos dias ensolarados. Além disso, também é possível obter um rendimento de até 30% a mais de água quente por meio de um processo chamado circulação forçada. Mas uma das principais vantagens está na economia de energia elétrica, pois evita o desperdício nos períodos de baixa insolação.
A ideia, conta Florio, surgiu a partir de situações vividas dentro de sua própria casa. Ele destaca que faz uso do processo de aquecimento solar há mais de dez anos por acreditar na sua eficiência, mas algo que o inquietava era a dificuldade de conseguir água quente em períodos longos de chuva. “Em dias com sol, o aquecedor funciona muito bem. No entanto, com o tempo nublado ou chuvoso, era outra história. Em testes dentro da minha própria casa, descobri que os sistemas existentes no mercado são desprovidos de tecnologia e não são eficientes”, reclama. A partir da constatação, o engenheiro eletricista passou a estudar uma forma de melhorar a eficiência do sistema residencial e chegou a um dispositivo comerciável já patenteado.
Como possui uma microempresa que desenvolve equipamentos eletrônicos, em Sorocaba, não foi difícil aliar a necessidade doméstica à atividade no trabalho. O auxílio financeiro do CNPq, dentro do programa de incentivo à inovação e sob orientação do professor José Antonio Siqueira Dias, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), onde João Florio apresentou dissertação de mestrado, o estimulou a colocar no mercado um dispositivo eletrônico que pode melhorar e, muito, a eficiência dos aquecedores por energia solar residenciais, mesmo aqueles já instalados. Todo o processo consiste em um sistema inteligente que funciona a partir de dados sobre capacidade do boiler ou reservatório de água, temperaturas e horários informados pelo usuário. Só deve ser instalado por um profissional especializado. Uma vez programado, o sistema calcula automaticamente ativação do boiler com uma economia de 20% a 25% nos períodos de baixa incidência solar. A circulação forçada, outra vantagem do sistema, aumenta em até 30% a disponibilidade de água quente. “Este aspecto é importante no caso, por exemplo, de o proprietário da casa precisar ter maior disponibilidade de água”, explica.
Já o dispositivo anti-freezing evita uma das dores de cabeça não tão rara para quem tem o aquecedor solar: em dias muito frios e de queda vertiginosa da temperatura, é possível ocorrer o congelamento da água acumulada dentro dos coletores. Neste caso, é necessário um serviço de manutenção oneroso para solucionar o problema, sob o risco de danificar todo o sistema. Situação também vivida por João Florio em sua residência.
A próxima etapa, segundo o engenheiro, será otimizar o sistema e tentar baixar o custo. “Uma das possibilidades seria a venda do dispositivo junto com o sistema, pois o preço ainda é inviável para o consumidor adquirir em separado. A intenção é oferecer um produto com preço acessível”, explica. No entanto, ele destaca que os argumentos são fortes quando se trata de economia de energia elétrica, tomando como exemplo o grande vilão de consumo que é o chuveiro elétrico. “Se pensarmos que 8% da energia elétrica gasta no Brasil se dá em razão do chuveiro e que, nos horários de pico entre 18 e 20 horas, este índice sobre para 18%, temos bons motivos para investir em tecnologia que melhore a eficiência do sistema de aquecimento solar”, conclui. (ambienteenergia)
A ideia, conta Florio, surgiu a partir de situações vividas dentro de sua própria casa. Ele destaca que faz uso do processo de aquecimento solar há mais de dez anos por acreditar na sua eficiência, mas algo que o inquietava era a dificuldade de conseguir água quente em períodos longos de chuva. “Em dias com sol, o aquecedor funciona muito bem. No entanto, com o tempo nublado ou chuvoso, era outra história. Em testes dentro da minha própria casa, descobri que os sistemas existentes no mercado são desprovidos de tecnologia e não são eficientes”, reclama. A partir da constatação, o engenheiro eletricista passou a estudar uma forma de melhorar a eficiência do sistema residencial e chegou a um dispositivo comerciável já patenteado.
Como possui uma microempresa que desenvolve equipamentos eletrônicos, em Sorocaba, não foi difícil aliar a necessidade doméstica à atividade no trabalho. O auxílio financeiro do CNPq, dentro do programa de incentivo à inovação e sob orientação do professor José Antonio Siqueira Dias, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), onde João Florio apresentou dissertação de mestrado, o estimulou a colocar no mercado um dispositivo eletrônico que pode melhorar e, muito, a eficiência dos aquecedores por energia solar residenciais, mesmo aqueles já instalados. Todo o processo consiste em um sistema inteligente que funciona a partir de dados sobre capacidade do boiler ou reservatório de água, temperaturas e horários informados pelo usuário. Só deve ser instalado por um profissional especializado. Uma vez programado, o sistema calcula automaticamente ativação do boiler com uma economia de 20% a 25% nos períodos de baixa incidência solar. A circulação forçada, outra vantagem do sistema, aumenta em até 30% a disponibilidade de água quente. “Este aspecto é importante no caso, por exemplo, de o proprietário da casa precisar ter maior disponibilidade de água”, explica.
Já o dispositivo anti-freezing evita uma das dores de cabeça não tão rara para quem tem o aquecedor solar: em dias muito frios e de queda vertiginosa da temperatura, é possível ocorrer o congelamento da água acumulada dentro dos coletores. Neste caso, é necessário um serviço de manutenção oneroso para solucionar o problema, sob o risco de danificar todo o sistema. Situação também vivida por João Florio em sua residência.
A próxima etapa, segundo o engenheiro, será otimizar o sistema e tentar baixar o custo. “Uma das possibilidades seria a venda do dispositivo junto com o sistema, pois o preço ainda é inviável para o consumidor adquirir em separado. A intenção é oferecer um produto com preço acessível”, explica. No entanto, ele destaca que os argumentos são fortes quando se trata de economia de energia elétrica, tomando como exemplo o grande vilão de consumo que é o chuveiro elétrico. “Se pensarmos que 8% da energia elétrica gasta no Brasil se dá em razão do chuveiro e que, nos horários de pico entre 18 e 20 horas, este índice sobre para 18%, temos bons motivos para investir em tecnologia que melhore a eficiência do sistema de aquecimento solar”, conclui. (ambienteenergia)
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