O Brasil está bem em qualquer ranking quando o assunto é o
potencial para exploração de energia limpa. A diversidade energética, como
energia eólica, pequenas usinas, biomassa e, nos próximos anos, energia solar,
abre um bom caminho para a microgeração de energia.
Agentes do mercado de energia acreditam no avanço mais forte
deste segmento com a aprovação da legislação que estabeleceu regras para
desburocratizar a instalação de geração distribuída de pequeno porte, que
incluem a microgeração, com até 100 KW de potência, e a minigeração, de 100 KW
a 1 MW.
Aprovada há quatro meses, a resolução nº 482 cria um sistema
de compensação de energia que permite ao consumidor instalar pequenos geradores
em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local.
A norma é válida para geradores que utilizem fontes
incentivadas de energia — hídrica, solar, biomassa, eólica e cogeração. A
resolução estabelece as condições gerais para o acesso dos sistemas de
microgerçaão e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia
elétrica.
Nas perspectivas de especialistas, esta legislação vai
impulsionar o avanço da energia solar no país. Segundo estimativas de mercado,
o Brasil possui, atualmente, cerca de 20 MW de capacidade de geração solar
fotovoltaica, com a maior parte sendo utilizada para atender sistemas isolados
e remotos.
“Hoje o entendimento é que a geração distribuída está mais
próxima da viabilidade comparativamente à centralizada, já sendo inclusive
viável em alguns casos. No entanto, não é objetivo da análise comparar a
competitividade deste tipo de energia, ainda incipiente no país, com outras
fontes que já possuem uma maturidade significativa, mas sim, caso se opte pela
promoção desta tecnologia, discutir a melhor forma de incentivos capazes de
facilitar sua inserção”, diz o documento Análise da inseração da geração solar
na matriz energética brasileira, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE).
Projeta-se que os sistemas de geração distribuída
acrescentarão 30 mil MW de capacidade instalada à matriz energética até 2020.
Segundo a Cogen (associação que reúne as empresas do segmento), cerca de 10 mil
MW desse total serão provenientes da biomassa e 7,5 mil MW de energia solar. (ambienteenergia)
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