sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Selo de energia sustentável

Encerra em 30 de setembro de 2012 o prazo de adesão ao Selo Energia Sustentável, do Instituto Acende Brasil, que classifica empreendimentos de energia por responsabilidade socioambiental, traz embutido o compromisso com o investimento em fontes renováveis de energia e se caracteriza por não ser autodeclaratório; ter a certificação por empreendimento e não por empresa; e estar aberto a todos os empreendimentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
“É um selo de desempenho, escalonado, modelo bastante usado por bancos e agências multilaterais, que estimula a melhora contínua das empresas a cada empreendimento, a necessidade de adequação e os temas socioambientais sensíveis, com certificação realizada por meio de auditoria externa”, explica o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales.
Conquistar o nível máximo do Selo Energia Sustentável, por exemplo, implica reunir quatro outras normas técnicas, relacionadas à gestão de sustentabilidade. São elas: ISO 14000, que estabelece padrões técnicos de gestão ambiental; AA 1000, uma certificação de engajamento da empresa com as partes interessadas, a partir de normas internacionais; GRI, padrão técnico para desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade; e GHG Protocol, que estabelece padrões técnicos para inventário de emissões de gases de efeito estufa.
Além da obrigação - Segundo o Banco Mundial, o investimento socioambiental em empreendimentos de geração de energia elétrica representa em média 14,5% de seu custo total, mas as ações de sustentabilidade a serem certificadas para a conquista do Selo Energia Sustentável por um empreendimento de energia devem ir além do determinado durante o processo de Licenciamento Ambiental.
“A ideia do selo é estimular e assegurar que o compromisso socioambiental do empreendimento supere as obrigações previstas, com incentivos permanentes e de longo prazo para as melhores práticas socioambientais”, vislumbra Claudio Sales.
O selo, ainda, servirá como indicativo para os empreendimentos de energia, observando necessidades de adequação e práticas socioambientais, que podem impactar o desempenho, inclusive econômico, de um empreendimento.
Na avaliação do Instituto Acende Brasil, a certificação do Selo Energia Sustentável pode representar linhas de crédito mais rápidas, taxas de juros menores e melhoria nas vendas de energia no mercado livre, haja vista que uma empresa que tem um inventário de gases de efeito estufa tem muito mais condição de negociar do que uma que não disponibiliza informação nenhuma.
Em outras palavras, o selo embute conceitos que agregam valor à marca e tornam o dinheiro mais barato para as empresas em caso de compra, fusão, investimento adicional, busca de crédito; é um indicativo de boa governança e, no futuro, pode abrir possibilidade de um novo relacionamento com o mercado acionário e com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), à medida que o selo pode dar ao órgão regulador outra percepção sobre trabalho das empresas.
Questão ética - O Código de Ética Socioambiental é o instrumento de avaliação do desempenho socioambiental de empreendimentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O documento estabelece um conjunto de normas que indicam quais os caminhos para se construir a sustentabilidade, a partir de princípios e compromissos que envolvem a redução e controle dos impactos sobre o meio ambiente, a conservação da biodiversidade e os recursos naturais; o respeito às comunidades; a educação e a saúde como elementos de transformação social, a transparência e o diálogo. (ambienteenergia)

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