Encerra em 30 de setembro de 2012 o
prazo de adesão ao Selo Energia Sustentável, do Instituto Acende Brasil, que
classifica empreendimentos de energia por responsabilidade socioambiental, traz
embutido o compromisso com o investimento em fontes renováveis de energia e se
caracteriza por não ser autodeclaratório; ter a certificação por empreendimento
e não por empresa; e estar aberto a todos os empreendimentos de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica.
“É um selo de desempenho,
escalonado, modelo bastante usado por bancos e agências multilaterais, que
estimula a melhora contínua das empresas a cada empreendimento, a necessidade
de adequação e os temas socioambientais sensíveis, com certificação realizada
por meio de auditoria externa”, explica o presidente do Instituto Acende
Brasil, Claudio Sales.
Conquistar o nível máximo do Selo
Energia Sustentável, por exemplo, implica reunir quatro outras normas técnicas,
relacionadas à gestão de sustentabilidade. São elas: ISO 14000, que estabelece
padrões técnicos de gestão ambiental; AA 1000, uma certificação de engajamento
da empresa com as partes interessadas, a partir de normas internacionais; GRI,
padrão técnico para desenvolvimento de relatórios de sustentabilidade; e GHG
Protocol, que estabelece padrões técnicos para inventário de emissões de gases
de efeito estufa.
Além da obrigação - Segundo o Banco
Mundial, o investimento socioambiental em empreendimentos de geração de energia
elétrica representa em média 14,5% de seu custo total, mas as ações de
sustentabilidade a serem certificadas para a conquista do Selo Energia
Sustentável por um empreendimento de energia devem ir além do determinado
durante o processo de Licenciamento Ambiental.
“A ideia do selo é estimular e
assegurar que o compromisso socioambiental do empreendimento supere as
obrigações previstas, com incentivos permanentes e de longo prazo para as
melhores práticas socioambientais”, vislumbra Claudio Sales.
O selo, ainda, servirá como
indicativo para os empreendimentos de energia, observando necessidades de
adequação e práticas socioambientais, que podem impactar o desempenho,
inclusive econômico, de um empreendimento.
Na avaliação do Instituto Acende
Brasil, a certificação do Selo Energia Sustentável pode representar linhas de
crédito mais rápidas, taxas de juros menores e melhoria nas vendas de energia
no mercado livre, haja vista que uma empresa que tem um inventário de gases de
efeito estufa tem muito mais condição de negociar do que uma que não
disponibiliza informação nenhuma.
Em outras palavras, o selo embute
conceitos que agregam valor à marca e tornam o dinheiro mais barato para as
empresas em caso de compra, fusão, investimento adicional, busca de crédito; é
um indicativo de boa governança e, no futuro, pode abrir possibilidade de um
novo relacionamento com o mercado acionário e com a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), à medida que o selo pode dar ao órgão regulador outra
percepção sobre trabalho das empresas.
Questão ética - O Código de Ética
Socioambiental é o instrumento de avaliação do desempenho socioambiental de
empreendimentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O
documento estabelece um conjunto de normas que indicam quais os caminhos para
se construir a sustentabilidade, a partir de princípios e compromissos que
envolvem a redução e controle dos impactos sobre o meio ambiente, a conservação
da biodiversidade e os recursos naturais; o respeito às comunidades; a educação
e a saúde como elementos de transformação social, a transparência e o diálogo.
(ambienteenergia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário