quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Tive sintomas após 8 anos

"Entrei no Consócio Rodoviário Intermunicipal (Crisa) em 1970 e tinha 36 anos quando ocorreu o acidente em Goiânia. Como funcionário do Estado, fui um dos que trabalharam por quatro meses na remoção dos rejeitos no ferro-velho e na rua onde foi desmontado o aparelho com o césio-137.
A remuneração era boa: recebíamos o equivalente a quatro ou cinco diárias por dia trabalhado, e eu dirigia um dos caminhões que levavam os contêineres para o depósito em Abadia de Goiás.
Não éramos monitorados na época.
Depois de oito anos, comecei a apresentar os primeiros sintomas - depressão, medo de sair na rua e de viajar sozinho. Aposentei-me dois anos depois, em 1997.
Em 2000, chamaram todas as vítimas para fazer monitoramento e fui diagnosticado com síndrome do pânico, depressão e pressão alta.
Vários dentes caíram com facilidade.
Quase todo mundo que trabalhou comigo lá desenvolveu doenças - alguns tiveram câncer na garganta e na cabeça.
Hoje tenho 60 anos e, como outras pessoas do Crisa, luto desde 2002 na Justiça por pensão de 1 salário mínimo e mais auxílio para pagar os R$ 200 mensais que gasto em remédios." (grandonline)

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