Japão revela decisão de acabar com usinas nucleares até 2030
Proposta, motivada pelo desastre de Fukushima, é apoiada pela população,
mas criticada por empresários.
O governo japonês
anunciou ontem uma virada radical na sua política energética, com a promessa de
eliminar por completo a produção de energia nuclear no país até o ano de 2030.
Antes do tsunami do
ano passado, que causou um desastre na usina nuclear de Fukushima - que forçou
a evacuação de mais de 160 mil pessoas e contaminou territórios ao norte de
Tóquio, no pior acidente do tipo desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986 -, as
usinas nucleares produziam um terço da energia no Japão e o governo pretendia
que essa proporção chegasse à metade.
Ao revelar a
decisão, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda reconheceu que a maioria dos
japoneses apoia a opção pelo fim da energia nuclear. A mudança exige investimento
de cerca de US$ 500 bilhões nas próximas duas décadas para a expansão de fontes
renováveis de energia, como a solar e a eólica, afirmou a rede de TV NHK.
Pesquisas de
opinião pública indicaram que mais de 70% da população era a favor do fim da
energia nuclear. Nos últimos meses, audiências públicas foram dominadas por
declarações contrárias à retomada da produção. Manifestantes fizeram pressão em
frente à casa e ao escritório do primeiro ministro. (OESP)
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