terça-feira, 6 de novembro de 2012

Novas fontes de energia para o crescimento

O Brasil pode se orgulhar do título de país com a melhor matriz energética do mundo, com mais de 80% da energia proveniente de fontes renováveis. Mas o sistema vem se mostrando instável, sujeito a frequentes desligamentos que deixam boa parte da população no escuro. A instabilidade tende a se agravar com a construção de grandes usinas em regiões distantes e sem reservatórios - por restrições ambientais. Pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas e unidades movidas a biomassa vão contribuir para manter a elevada participação das fontes de energia limpa, mas tornam mais complexa a operação, com riscos crescentes dos chamados "apaguinhos".
Para ampliar a oferta e melhorar a segurança energética, o País busca novas formas de geração ambientalmente corretas. Até 2021, 9% da energia consumida pelos brasileiros deve ser gerada pelos ventos. Hoje, essa participação é de apenas 1%. Para incentivar a energia solar, acabam de ser criadas novas regras para reduzir as barreiras à instalação de placas de captação solar. Pelo modelo, o consumidor ou empresa que produza mais energia do que consome poderá injetar a sobra no sistema e receber os créditos correspondentes na conta de luz.
Outra boa notícia vem do setor petrolífero, onde o cenário sofreu grande transformação desde a descoberta do pré-sal, em 2007. Com os novos recursos, o Brasil pode mais do que triplicar suas reservas de petróleo e entrar no seleto clube dos maiores produtores mundiais - hoje o Brasil está na 14.ª colocação no ranking das maiores reservas.
Para avançar no setor, o desafio é superar dificuldades tecnológicas para explorar petróleo a uma profundidade de cinco mil a sete mil metros abaixo do nível do mar. Este terceiro caderno da série Desafios Brasileiros, uma parceria inédita entre os jornais Estado e O Globo, trata destes e de outros dilemas do setor de energia no Brasil e do seu impacto no meio ambiente. A publicação atinge 2,5 milhões de leitores. A próxima edição, no dia 12 de novembro, mostrará os desafios da área de infraestrutura e logística. (OESP)

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