Simulações
mostraram que os resultados divergem dos números reais e chegou-se à conclusão
que os reservatórios deveriam estar 11 % acima do nível atual.
A forma acelerada como
os reservatórios das hidrelétricas caíram em 2010 e 2011 levantou suspeitas
sobre erros - ocultos - no sistema elétrico nacional. Simulações feitas pela
PSR Consultoria, que também assessora o governo federal, mostraram que os
resultados divergem dos números reais. Com base numa série de informações, que
também são usadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), chegou-se à
conclusão que os reservatórios deveriam estar 11% acima do nível atual.
"Tem algum fator
que não está aparecendo. A operação na vida real é maior do que a
calculada", explica o presidente da consultoria Mario Veiga. Ele diz não
ter dúvida de que o modelo, usado em mais de 60 países, está correto. O que a
empresa está tentando entender neste momento é o porquê da defasagem dos
números. "Estamos investigando as causas e nas próximas semanas deveremos
ter um diagnóstico, que será entregue ao governo federal."
A diferença pode ser
explicada por uma série de fatores. Uma delas é a desatualização dos parâmetros
de algumas usinas, que teriam uma eficiência menor que a prevista pelo
operador. O consultor, que participou do grupo responsável por identificar as
causas do racionamento de 2001, lembra que a energia firme (a produção média
das usinas) das hidrelétricas estava superestimada em 5%. "As outras
causas, como questões climáticas, atraso de obras e a falta da linha de
transmissão de Itaipu, não explicavam sozinhas o racionamento."
Comparação
Desta vez, a situação
não é muito diferente. A seca que atingiu várias regiões do País não está entre
as piores da história e o País não cresceu tudo que estava previsto.
"Ficaria mais tranquilo se tivesse ocorrido uma mega seca, o que
caracterizaria um problema conjuntural. Mas estamos vendo que é um problema
estrutural."
Ele conta que outro
fator que pode justificar as diferenças são as perdas no sistema de
transmissão. (OESP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário