País destinou mais de 42
milhões de toneladas de resíduos sólidos para aterros sanitários em 2018.
O Brasil tem desperdiçado
energia elétrica ao deixar de aproveitar todo o potencial de biogás gerado em
aterros sanitários para produção de eletricidade. Dados inéditos sobre a
geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), sua destinação final e o potencial
de produção energética desperdiçado no Brasil foram divulgados nesta semana
pela Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), em parceria com a Associação
Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
Segundo as entidades, o país
destinou mais de 42 milhões de toneladas de resíduos sólidos para aterros
sanitários em 2018. Considerando que apenas 75% do volume de biogás gerado em
aterros sanitários consegue ser captado, a ABiogás e Abrelpe estimam que o
Brasil captou 4,213 bilhões de Normal por Metro Cúbico (Nm³) de biogás. Porém,
apenas 9% deste potencial foi utilizado para geração de eletricidade (751 GWh)
e menos de 2% produziu 35 milhões de Nm³ de biometano.
Agora, se toda a matéria
orgânica gerada em 2018 tivesse sido destinada para aterros sanitários, o
potencial do país poderia abastecer 49 milhões de residências ou fazer mais de
dual mil viagens à Lua de ônibus (considerando que um ônibus percorre em média
5 km por litro de diesel ou 1,02 Nm³ de biometano).
Para Alessandro Gardemann,
presidente da ABiogás, os números reforçam o potencial de expansão do setor de
biogás. “Esses números consideram apenas uma fonte de matéria-prima para a
produção de biogás e é possível ver o quanto ainda podemos evoluir.
O setor de biogás tem um
vasto e promissor futuro pela frente e a ABiogás está reunindo todas as forças
possíveis para que este potencial vire realidade o mais rápido possível”,
destacou. (canalenergia)
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