quarta-feira, 8 de maio de 2019

Brasil, EUA e México lideram produção de energia eólica

Brasil, EUA e México lideram produção de energia eólica nas Américas.
Em 2018, continente respondeu por 25% – ou 135 GW – da capacidade instalada global desse tipo de energia, um aumento de 12% frente a 2017.
A capacidade instalada de energia eólica nas Américas agora totaliza 135 GW, um aumento de 12% em relação a 2017.
O Brasil, os Estados Unidos e o México despontam como líderes na produção de energia eólica nas Américas, segundo dados recentes do Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC, na sigla em inglês). Como um todo, as Américas do Norte, Sul e Central responderam por 25% do total da capacidade instalada global dessa energia em 2018.
Segundo o GWEC, a capacidade instalada de energia eólica nas Américas agora totaliza 135 GW, um aumento de 12% em relação a 2017. A expectativa é de que a procura por esse tipo de energia na região continue, e a organização prevê a adição de 60 GW em novas capacidades eólicas entre 2019 e 2023.
Por causa de sua forte característica ecológica, a geração de energia eólica contribui de forma significativa para ajudar os países a cumprirem com suas metas previstas em acordos internacionais sobre o clima. O crescimento desse tipo de energia é parte fundamental da solução para reduzir emissões de gases, fortalecer a segurança energética, reduzir custos e aumentar o investimento em economias locais.
Sediado em Bruxelas, na Bélgica, o GWEC é um órgão que representa o setor de energia eólica global e reúne mais de 1,5 mil empresas e organizações em mais de 80 países, incluindo fabricantes, institutos de pesquisa, associações nacionais de energia eólica, fornecedoras de energia, empresas financeiras e seguradoras.
No Brasil
Região Nordeste responde por 85% da produção de energia eólica brasileira.
Líder em energia eólica na América do Sul, o Brasil adicionou 2 GW de capacidade eólica à sua matriz energética em 2018 e leiloou capacidade desse tipo de energia a preços competitivos em nível global de U$ 20 por MWh, segundo o GWEC.
A informação é confirmada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energia, Reive Barros. Segundo ele, o Brasil tem hoje capacidade instalada de produção de energia eólica de 14,7 GW. “Isso representa, na matriz energética brasileira, cerca de 8% do total. A meta é que este percentual suba para 13% daqui a 10 anos.”
O secretário disse que a Região Nordeste responde por 85% da produção de energia eólica brasileira, com destaques para os estados do Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia, nesta ordem. “Num prazo mais longo, contudo, a Bahia deverá assumir a liderança, por suas dimensões territoriais e potencialidades”, projeta.
Para este ano, Barros diz que estão previstos dois leilões para implantar parques eólicos no país. Um no primeiro semestre, a ser implantado em quatro anos, e outro no segundo semestre, com prazo de implantação de seis anos. “Nossa meta para a energia eólica no Brasil é crescer 2,2% ao ano”, diz Barros.
Américas
Dados mais recentes mostram que a capacidade instalada de energia eólica das três Américas foi de 11,9 GW em 2018
Os dados mais recentes divulgados pelo GWEC mostram que a capacidade instalada de energia eólica das três Américas foi de 11,9 GW em 2018, um aumento de 12% em relação a 2017. Na América do Norte (Canadá e EUA), houve aumento de 10,8% na capacidade adicionada em relação a 2017. Já na América Latina, a adição de capacidades cresceu 18,7% em relação a 2017.
Na América Latina, de acordo com o GWEC, o compromisso com leilões serviu para impulsionar o desenvolvimento do setor. A expectativa é que a região continue a crescer na área eólica em 2019, com expansão maior da cadeia de suprimentos.
“O desenvolvimento do mercado de energia eólica na América Latina se mostra bastante positivo. O Brasil realizou novamente leilões de grande escala e esperamos que o primeiro leilão na Colômbia ocorra este mês de fevereiro. Outros investimentos por parte das principais fabricantes de equipamentos originais na Argentina comprovam o potencial do mercado no longo prazo”, disse Ben Backwell, diretor do GWEC. (ig)

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