domingo, 30 de junho de 2024

Bunker One se prepara para exportar biodiesel para uso marítimo

Muito em breve, um novo mercado poderá se abrir para o biodiesel fabricado no Brasil: a indústria de navegação. A ambição é da Bunker One – subsidiária da dinamarquesa Bunker Holding, empresa que controla 15% da demanda global de combustíveis para o setor naval – que tem planos para começar a ofertar o biocombustível brasileiro ainda este ano para clientes internacionais.
Bunker One obtém certificado que abre caminho para a comercialização de biocombustíveis marítimos no Brasil

Certificados demonstram que a Bunker One é capaz de atender aos padrões internacionais de sustentabilidade em toda a sua cadeia de suprimentos para os biocombustíveis.

A empresa anunciou esta semana ter dado um passo importante nesse sentido ao conquistar as certificações da International Sustainability & Carbon Certification (ISCC) que comprovam que seus biocombustíveis cumprem as regras de sustentabilidade de diversos mercados-chave – como a União Europeia, por exemplo.

Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o mercado internacional de bunker marítimo demandou 272,3 milhões de m³ apenas no ano passado sendo responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases do efeito estufa (GEEs). Em meados do ano passado os estados-membros da Organização Marítima Internacional (IMO) chegaram a um acordo para zerar as emissões líquidas do setor até 2050 com metas intermediárias de pelo menos 20% de redução até 2030 e 70% até 2040. (biodieselbr)

Desafios e Oportunidades da Transição Energética no Brasil

Transição Energética: Desafios e Oportunidades para o Brasil no G20 e na COP30.
A mudança da matriz energética se torna crucial para o Brasil e o mundo. O G20 e a COP 30 são plataformas essenciais para impulsionar a cooperação internacional e o desenvolvimento de soluções inovadoras para lidar com os impactos do aquecimento global e construir um futuro mais sustentável. Explore os desafios e oportunidades que o Brasil enfrenta neste contexto.

Artigo de Fernanda Brandão

A questão climática e os impactos do aquecimento global se impõem cada vez mais como uma agenda urgente a ser tratada pelos países no âmbito doméstico e internacional. A recorrência e o aumento da gravidade de episódios de desastres naturais em todo o globo terrestre revelam que a mudança da matriz energética, como o investimento em infraestrutura para lidar com os impactos da mudança climática são cada vez mais urgentes.

Ainda hoje, a maior parte da energia consumida no mundo vem de fontes não renováveis e poluentes. O carvão e o petróleo continuam sendo as principais fontes de produção de energia elétrica e transporte, respectivamente.

O processo de transformação da matriz energética dos países é complexo e envolve dimensões mais profundas do que apenas a mudança na tecnologia empregada para geração de energia.

Mudar a matriz energética envolve uma completa alteração dos processos de transmissão e armazenamento de energia, o que gera impactos sobre a estrutura de prédios e das cidades, implica em modificações na infraestrutura do transporte público e particular, além de exigir o desenvolvimento de planos de contingência, especialmente, no caso de tecnologias de energia intermitentes como solar e eólica. Todos esses elementos são fundamentais para que a transição da matriz energética aconteça de forma efetiva.

Além da complexidade que uma transição energética carrega, o processo de desenvolvimento de novas tecnologias de energia e de infraestrutura é lento, custoso e apresenta poucos retornos financeiros no curto prazo, tornando-o menos interessante para a iniciativa privada.

Outro agravante é o valor, pois a troca é cara e o desenvolvimento de economias de escala que possam ser aplicadas de forma ampla com custos reduzidos pode levar tempo. Além disso, todo o processo de transição energética precisa acontecer sem grandes perdas na atividade econômica dos estados. Mais ou menos como trocar o pneu com o carro andando.

Apesar das dificuldades, a questão da transição energética se apresenta como uma agenda cada vez mais urgente. Unido ao aquecimento global, os temas são de relevância para o Brasil no G20. O tema já tem sido tratado em reuniões de ministros e deve ser um dos temas de destaque da ministerial de novembro. O desafio é grande e a cooperação internacional é fundamental para o êxito de uma transição energética a nível global.

Assim, o desafio para o G20, que reúne as vinte maiores economias do mundo e, consequentemente, alguns dos maiores consumidores de energia do mundo, é promover uma instância de colaboração e coordenação entre os países para que as ações em prol da mudança do padrão de consumo energético dos países se acelerem.

A questão ambiental sempre foi uma pauta onde o Brasil exerceu protagonismo no cenário internacional e o atual governo busca retomar esse papel do país. Ano que vem, a COP 30 será em Belém do Pará, o que gera uma nova oportunidade de buscar liderar os esforços de cooperação internacional em torno da questão ambiental, especialmente, da transição energética.

Para além de resgatar o protagonismo internacional do país nos foros multilaterais, o tema em questão deve ser pensado com maior cuidado no âmbito doméstico.

Apesar de o país ter uma matriz energética majoritariamente limpa, a maior parte do consumo energético relacionado aos transportes ainda é de hidrocarbonetos.

À medida que as tragédias ambientais de natureza climática se abatem sobre o país, o desafio para o Brasil é ir além do protagonismo na arena internacional e buscar mudanças efetivas que contribuam para a mudança da matriz energética nacional buscando um desenvolvimento econômico mais sustentável.

Além disso, investimentos em infraestrutura para lidar com os efeitos da mudança climática se apresentam como urgentes. (ecodebate)

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Saara cheio de painéis solares fornecerá energia renovável para toda a Terra?

Encher o deserto do Saara de painéis solares promete fornecer energia renovável para todo o planeta; na verdade, é uma ideia desastrosa por suas consequências e complicações

O ambiente árduo dos desertos e o acúmulo de poeira nos painéis solares prejudicam seu funcionamento e eficiência. Além disso, o movimento da areia e os ventos áridos e abrasadores exigem uma instalação muito resistente. E isso significaria que a infraestrutura seria mais cara.
Painéis solares no Saara: energia sustentável ou desastre ambiental? Explore os desafios e impactos dessa ideia”.

A recente crise de energia fez com que os preços da eletricidade disparassem. E isso impulsionou uma instalação acelerada de painéis solares em todo o mundo. Graças à crescente popularidade dessa energia renovável, o preço desses dispositivos foi reduzido nos últimos anos. Embora o problema persistente continue sendo o mesmo: onde colocar todos esses painéis?

Para fornecer energia solar suficiente para abastecer de energia todo o mundo, seriam necessários cerca de 51 bilhões de painéis solares, que ocupariam uma área de aproximadamente 186.000 Km2. Isso é apenas 3,27% dos EUA. Mas o lógico seria pensar que o local adequado para uma instalação dessas deveria ser algum lugar com muito sol, que raramente seja sombreado por nuvens. Um lugar como… um deserto?

O Saara é o maior deserto do mundo, com um tamanho gigantesco de 9,2 milhões Km2. Assim, essa megafazenda de energia solar ocuparia apenas cerca de 3,25%, uma área razoável do deserto que, se configurada corretamente, mal forçaria o deslocamento de alguns humanos e animais. Nem mesmo seria necessário desmatar. Além disso, como apontou o físico Gerhard Knies, em apenas seis horas os desertos de todo o mundo recebem mais energia solar (173.000 terawatts) do que os humanos consomem em um ano.

Mas a verdade é que, apesar de ter energia suficiente para abastecer amplamente de energia nossa civilização, existem muitos fatores econômicos e ambientais que tornam praticamente impossível realizar essa façanha. Primeiro: a dificuldade. Segundo: o custo seria astronômico. E terceiro: destruiria os ecossistemas do planeta.

De fato, a iniciativa Desertec foi um desses projetos que planejava cobrir o deserto do Saara com painéis solares na esperança de satisfazer as necessidades de energia do Oriente Médio, Norte da África e 15% da Europa. Embora empresas renomadas da indústria quisessem participar, o plano logo se mostrou inviável.

Primeira Dificuldade: Manutenção

Manter uma fazenda solar no deserto é extremamente difícil. Principalmente porque tanto a manutenção quanto a instalação não são iguais às das cidades. O ambiente árduo dos desertos e o acúmulo de poeira nos painéis solares prejudicam seu funcionamento e eficiência. Além disso, o movimento da areia e os ventos áridos e abrasadores exigem uma instalação muito resistente. E isso significaria que a infraestrutura seria mais cara. Muito mais cara.

Não só isso. O custo de ter pessoal disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para oferecer manutenção e monitoramento constante seria outro grande dreno de dinheiro e algo muito difícil de realizar.

Segundo Desafio: O Custo

A instalação de um painel solar de 350W custa entre €200 e €400 em uma residência. No deserto, seria mais caro. Primeiro, seria necessário construir suportes para os painéis, transportá-los para o meio do nada e criar uma nova infraestrutura elétrica sobre dunas e terreno rochoso. Segundo cálculos do jornalista Will Locket neste artigo da Medium, apenas considerando o preço do painel, entrega e instalação, isso já custaria cerca de €1.000 por unidade. Se multiplicarmos esse valor pelo número de painéis necessários, obteríamos um total de €514 trilhões, 23 vezes mais que toda a economia dos EUA.

Mas há mais. É preciso considerar que, se quisermos enviar toda essa energia para qualquer lugar do mundo, precisaríamos de baterias para armazenar a energia produzida durante o dia e alimentar a produção durante a noite (não todos os países têm os mesmos horários). Isso significaria adicionar cerca de 4,2 kWh de armazenamento de bateria a cada painel, aumentando o custo em mais €900.

E espere, porque agora vem a parte mais dolorosa: tirar a energia do Saara. O transporte é outro problema preocupante, já que enviar energia ao seu destino exige linhas elétricas enormes, o que é muito caro e resulta em uma perda de energia de até 10%. Atualmente, a linha elétrica mais longa tem apenas 3.200 quilômetros. Considerando que, quanto mais longa, mais energia se perde pelo caminho, seria necessário compensar essas perdas adicionando ainda mais custos. Algo muito pouco viável com a tecnologia que temos hoje em dia.

No caso de transformar o Saara em uma enorme fazenda solar, apenas 15% – 25% da energia absorvida pelos painéis solares se converteria em eletricidade.

Terceiro e Mais Importante: O Meio Ambiente1

Tudo isso poderia ser realizado, embora com dificuldade, em um futuro hipotético. Mas fazê-lo nos levaria diretamente à nossa extinção. É preciso ter em mente que os desertos não são de forma alguma inútil, mas, acima de tudo, que qualquer ecossistema desempenha um papel fundamental no meio ambiente global. No caso de transformar o Saara em uma enorme fazenda solar, apenas 15% da energia absorvida pelos painéis solares se converteria em eletricidade. E o restante seria devolvido à atmosfera em forma de calor, o que agravaria muito o aquecimento global.

As evidências são fornecidas por um estudo de 2018 que utilizou um modelo climático para simular os efeitos na superfície terrestre dos desertos causados pela instalação desses painéis solares. A pesquisa sugere que, quando o tamanho da fazenda solar atinge 20% da área total do Saara, desencadeia-se um ciclo de retroalimentação. O calor produzido pelos painéis solares mais escuros (em comparação com o solo refletor) cria uma grande diferença de temperatura que acaba reduzindo a pressão do ar e umedecendo o clima, criando chuvas.

Essas chuvas fariam com que plantas crescessem no deserto, que então refletiria menos energia solar, já que a vegetação absorve a luz melhor que a areia e o solo. Com mais plantas, também se evapora mais água, criando um ambiente mais úmido que espalharia ainda mais a vegetação. Um deserto verde, soa bem, não?

A verdade é que muitos dos nossos ecossistemas dependem do fato de o Saara ser um deserto árido. A Amazônia, por exemplo, é fertilizada pelo pó que sopra do Saara. O Atlântico também é fertilizado pelo pó do Saara. Sua areia rica em nutrientes favorece a vegetação de algas, que produzem uma grande quantidade de oxigênio no planeta.

Usina solar em deserto

No entanto, o efeito mais severo seria um aumento na temperatura da superfície da Terra. Embora pareça contraditório, o vapor de água é um poderoso gás de efeito estufa, quase pior que o CO2. Isso acabaria aquecendo o planeta, provocando a perda da camada de gelo e alterando as correntes oceânicas, resultando finalmente na destruição da biodiversidade em todo o mundo. Em resumo: cada ecossistema está conectado e modificar um deles pode desencadear um efeito dominó com consequências devastadoras. (clickpetroleoegas)

Petrobras priorizará parcerias em eólica onshore e solar

Petrobras priorizará parcerias em eólica onshore e solar no primeiro momento.

Petroleira teve 76 GW em projetos oferecidos por bancos e investidores para escolher 5 GW em potência que estão na meta de investimentos da companhia em 5 anos.A Petrobras espera abrir em mais alguns meses alguns dos projetos que estão em análise para serem adquiridos pela empresa no processo de investimentos em ativos voltados à transição energética. A companhia afirma que as análises estão evoluindo bem e que há uma seleção já feita entre os 76 GW em capacidade instalada que foram ofertados à empresa por bancos e investidores no ano passado (2023).


Após investir mais de R$ 6 bilhões em empreendimentos, Pernambuco ganhará sete parques de energia eólica e solar até 2023.

Com a alta incidência solar e eólica, principalmente, nas regiões do Agreste e Sertão, Pernambuco recebeu inúmeros empreendimentos incluindo parques de energia solar e energia eólica após investir mais de R$ 6 bilhões.

A energia eólica e a energia solar estão fomentando a instalação de sete parques em diversas cidades pequenas no Sertão e Agreste de Pernambuco. Ao total, o estado pretende investir nos sete empreendimentos cerca de R$ 6 bilhões. Os parques de energia eólica e solar estavam previstos para ficarem prontos até 2023.


Energia renovável

Brasil entraria em 2023 com eólica offshore regulamentada

Um total de muito mais de 169 gigawatts (GW) de projetos de eólicas offshore já estão sob análise

“Nessa área de eólica onshore e solar queremos parcerias porque consideramos que é uma área em que não temos tradição, então para começar a fazer que seja com parceiras para compartilhar riscos e capex. (canalenergia)

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Primeira voadeira elétrica faz viagem inaugural no Xingu

Projeto é uma iniciativa da Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em parceria com a UFPA.
A viagem inaugural da primeira voadeira elétrica da região Amazônica aconteceu em 09/05/24 em Altamira, no Pará.

O transporte de passageiros por meio de embarcação movida a energia elétrica é um projeto iniciado em 2022 pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte, com a Universidade Federal do Pará (UFPA). O objetivo é contribuir para a descarbonização do Xingu, a partir do desenvolvimento de baterias nacionais para propulsão elétrica, e substituir combustíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel, por fonte de energia limpa.

Segundo a Norte Energia, a voadeira é um transporte comum e usado há décadas para deslocamentos de famílias e pescadores na região Amazônica. Com o protótipo construído pela companhia, a intenção é deixar a tecnologia como legado para que, num futuro não tão distante, as voadeiras elétricas sejam uma realidade acessível para a população do Xingu. As embarcações batizadas Poraquê I e II, em alusão ao peixe elétrico, têm sua versão desenvolvida por especialista em engenharia Naval da UFPA com a área de Sustentabilidade da empresa.

Primeira voadeira elétrica da região amazônica faz viagem inaugural no Xingu.

A Norte Energia investiu R$ 550.000,00 nos protótipos, incluindo estudos especializados em conjunto com a UFPA, a aquisição dos equipamentos chineses, um conjunto de baterias de fornecedor nacional e o desenvolvimento de projeto e construção dos cascos das embarcações. São dois barcos, de oito metros de comprimento e capacidade para transportar até seis pessoas e de 10 metros para conduzir até oito pessoas, com velocidade média de 27 km/h e autonomia para percorrer, por exemplo, os 40 km que separam Altamira da Usina Pimental, que integra o Complexo Belo Monte.

Com o barco Poraquê I, que já está pronto para uso interno, espera-se uma redução considerável nas emissões de gases de efeito estufa, com uma estimativa de economia de cerca de 1400 litros de combustíveis fósseis por mês. O Poraquê II ainda está na fase final de testes do motor.

As voadeiras são movidas por um conjunto de dois motores de 20HP cada e possuem entre três e quatro baterias. O principal desafio do projeto é conciliar maior autonomia de viagem com baterias menores, mais leves e com menos tempo de recarga. Isso porque cada conjunto pesa em torno de 60 kg, o que ainda é considerado alto. A recarga das baterias será feita em dois postos, um no Porto dos Areeiros, em Altamira, e o outro junto ao Sistema de Transposição de Embarcações (STE), em Pimental. O tempo para carregar dura entre duas e três horas. A energia será fornecida pela Usina Fotovoltaica de Altamira, construída pela Norte Energia.

Primeira voadeira elétrica navega no rio Xingu e marca um avanço sustentável para a Amazônia

A iniciativa visa não apenas introduzir uma alternativa limpa aos combustíveis fósseis, mas também contribuir para a descarbonização do Xingu. (canalenergia)

País precisa definir data-limite para troca de carros a gasolina

País precisa definir data-limite para troca de carros a gasolina, diz senador.
País precisa definir data-limite para a troca de carros a gasolina e diesel, diz senador. O Brasil precisa definir uma data-limite para a substituição dos carros a combustão por modelos movidos a combustíveis renováveis, e tem condições de se adaptar rapidamente a essa mudança.

O Brasil precisa definir uma data-limite para a substituição dos carros a combustão por modelos movidos a combustíveis renováveis, e tem condições de se adaptar rapidamente a essa mudança. Essa é a opinião do senador Carlos Viana (Podemos-MG), relator do Projeto de Lei 304/2017, que pretende banir do país os automóveis abastecidos com combustíveis fósseis.

O projeto prevê a proibição da venda de carros movidos a gasolina, diesel e gás natural veicular (GNV) a partir de 2030, e a circulação deles a partir de 2040. O autor da proposta é o senador Ciro Nogueira (PP), que considera os carros elétricos como os substitutos adequados.

A proposta está em tramitação na Comissão do Meio Ambiente (CMA) e aguarda a realização de audiências públicas solicitadas pelo relator. O objetivo é ouvir representantes do setor automobilístico para discutir como fazer a renovação da frota e as datas para isso.

Ainda não há data prevista para a primeira audiência ocorrer, nem quantas serão no total. A ideia é debater os impactos e a adaptação da indústria, bem como a data para a retirada de circulação dos automóveis a combustão do país.

O projeto chegou a ter votação marcada na CMA, mas foi retirado de pauta a pedido de Viana. Ele reconheceu que tais transformações mexem com estruturas de cadeias produtivas inteiras, e que seria inviável realizar o processo de uma hora para outra.

Não há como proibir de imediato

“Não há como proibir de circular de imediato os carros que existem hoje. E nem como substituí-los com a rapidez necessária como queremos, principalmente os caminhões. Mas precisamos caminhar em direção a uma data”, disse o senador à Gazeta do Povo.

A decisão da CMA é terminativa. Significa que se o texto final for aprovado pela comissão e não houver recurso em contrário, o texto segue direto para a Câmara dos Deputados, sem passar pelo plenário do Senado.

As datas de 2030 para proibir a venda e de 2040 para impedir a circulação de carros a combustão soam descoladas da realidade no entendimento do mercado – ainda mais em um país onde um carro elétrico não sai por menos de R$ 100 mil, para não falar no impacto sobre a cadeia produtiva.

"Os estudos e números são muitos claros: as frotas de combustíveis fósseis são responsáveis por boa parte do carbono na atmosfera do planeta. São eles que estão ajudando no aumento das temperaturas e do aquecimento global. Isso não há como negar. Claro que há gargalos e dificuldades, mas a substituição da frota será uma definição que a humanidade tomará mais cedo ou mais tarde", diz Viana.

O senador cita como exemplo a Europa, que havia decidido acabar com os motores com combustíveis fósseis em 2035, mas já está analisando novo prazo porque tem gargalos que terão que ser solucionados até que toda a frota seja substituída.

"Acho 2040 muito cedo para o Brasil, são 16 anos até lá. Mas, a data que for, essa frota terá que ser automaticamente trocada", diz o relator da proposta.

Ele acredita que entre as opções para esta transição estão a criação de um programa de financiamento da renovação de frota. Outro caminho, diz, é apostar em veículos híbridos que usem etanol.

"O carro elétrico como nós temos hoje pode até produzir mais carbono do que um veículo a etanol, por exemplo, que é o combustível brasileiro e que, de certa forma, é a melhor opção para nosso país hoje. Nós já temos uma frota híbrida, já temos uma produção de etanol que pode ser incentivado. De uma certa forma, temos maior facilidade na substituição na frota e veículos", afirma.

"Com relação aos caminhões, temos a possibilidade dos biocombustíveis, em que a produção brasileira está em alta e as pesquisas mostram que serão viáveis com custo menor num prazo menor. O Brasil tem muita condição de se adaptar com rapidez aos novos tempos dos combustíveis não poluentes", acredita.

Temos que tomar decisões

Para Viana, se houver incentivo para o motorista optar cada vez mais pelo carro híbrido e usar o etanol, a "transição não enfrentará muita dificuldade por parte da sociedade brasileira".

"Um dos pontos da audiência pública que eu pedi é ouvir o setor e entender quanto tempo ainda precisaremos conviver com os combustíveis fosseis. Uma coisa é certa: precisa de uma data para acabar. A questão é precisamos fazer com mais rapidez, num prazo que permita a execução, mas que reste um planeta", afirma.

"Hoje a gente percebe que as mudanças climáticas começam a ficar cada vez mais catastróficas. Chuvas, inundações, secas mais prolongadas. Não é um assunto para 50, 100 anos. Temos que tomar decisões", completa. (biodieselbr)

Brasil é o 2º país do mundo em crescimento de eólica em 2023

O Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis no ano, quase 3 vezes a média global, registrando o 2º maior crescimento em energia eólica do mundo, atrás apenas da China e União Europeia.

Pela primeira vez, fontes renováveis foram responsáveis por mais de 30% da energia elétrica global, com o país se destacando também em geração por fonte solar, aponta Ember.
Em 2023, o crescimento da energia solar e eólica levou o mundo a superar a marca de 30% de eletricidade renovável pela primeira vez, de acordo com o novo relatório do think tank global de energia Ember.

Destaque na análise, o Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis no ano, quase três vezes a média global, e registrou o segundo maior crescimento em energia eólica do mundo, atrás apenas da China.

Desde 2000, as energias renováveis expandiram-se de 19% para mais de 30% da eletricidade global, impulsionadas por um aumento na energia solar e eólica de 0,2% em 2000 para um recorde de 13,4% em 2023. Como resultado, a intensidade de CO2 na geração global de energia atingiu seu nível mais baixo em 2023 - 12% menor do que seu pico em 2007.

O Brasil viu uma rápida expansão da energia solar e eólica nos últimos anos, alcançando uma participação de 21% em 2023, à frente da média regional para a América Latina e o Caribe (14%), mas atrás de países como Uruguai (39%) e Chile (32%). A energia hidrelétrica continua sendo a maior fonte de eletricidade no Brasil, gerando 60% da eletricidade do país em 2023.

Relatório Global Electricity Review fornece a primeira visão abrangente do sistema de energia global em 2023 com base em dados de nível nacional. A análise abrange 80 países que representam 92% da demanda global de eletricidade, além de dados históricos para 215 países.

"O Brasil sempre foi líder em eletricidade renovável, primeiro por meio da hidroeletricidade e, agora, pela energia solar e eólica. Um foco na energia renovável evitou que o país se tornasse dependente do carvão no passado e pode minimizar uma dependência do gás agora", diz Dave Jones, diretor de insights globais da Ember.

Ponto crucial

O relatório conclui que o rápido crescimento da energia solar e eólica levou o mundo a um ponto crucial de virada, onde a geração de energia fóssil começa a declinar em nível global. "A queda das emissões do setor de energia é agora inevitável", continua Jones."2023 provavelmente foi o ponto de inflexão - o pico das emissões no setor de energia - um ponto de virada importante na história. Mas o ritmo da queda das emissões depende de quão rápido a revolução das energias renováveis vai continuar".

A energia solar foi o principal vetor de crescimento da eletricidade em todo o mundo, adicionando mais do que o dobro de eletricidade nova em comparação ao carvão em 2023, e manteve seu status como a fonte que mais cresce no mundo pelo 19° ano consecutivo. A solar ultrapassou a energia eólica para se tornar a maior fonte de eletricidade nova pelo segundo ano consecutivo. O relatório destaca o Chile como o país com a maior participação de eletricidade solar no mundo, representando 20% de sua matriz elétrica em 2023, um aumento significativo em relação a apenas 1,9% em 2015.

O Brasil também viu a energia solar aumentar de quantidades insignificantes em 2015 (0,01%) para 7,3% em 2023, com a geração quase dobrando apenas no último ano devido a novas regulamentações e tarifas de alimentação. Como resultado, o Brasil é o sexto maior produtor de energia solar do mundo. O Brasil também é destacado no relatório por ter visto o segundo maior aumento mundial na energia eólica em 2023, depois da China. A participação do Brasil na energia eólica alcançou 13% em 2023, ante 3,7% em 2015.

Na COP28, realizada em dezembro, líderes mundiais chegaram a um acordo histórico para triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030. A meta estabelecida faria o mundo atingir 60% de eletricidade renovável até 2030, o que cortaria quase pela metade as emissões do setor de energia e colocaria o mundo em um caminho alinhado com a meta climática de 1,5°C.

"Já conhecemos os principais facilitadores que ajudam os países a liberar todo o potencial da energia solar e eólica", continuou Jones. "O Brasil é um campeão das energias renováveis, o que o mundo precisa urgentemente neste momento. Quanto mais o Brasil avança para uma economia de energia totalmente renovável, mais confiança outros países terão em seguir o mesmo caminho".

O relatório destaca como facilitadores-chave - ambição política de alto nível, mecanismos de incentivo e soluções de flexibilidade - estão impulsionando um crescimento rápido na energia solar e eólica, particularmente em países como China, Brasil e Holanda. (brasilenergia)

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Elétricos e plug-in atingem 70% das vendas dos eletrificados em abril

Mercado teve crescimento de 217% em relação ao mesmo período de 2023, apontou ABVE.
Eles atingiram expressivos 70% das vendas de eletrificados no mês (novo recorde para essa tecnologia). O acumulado dos quatro primeiros meses de 2024 totaliza 51.296 leves eletrificados emplacados, com um aumento de 162% sobre o mesmo período de 2023 (19.579).

Mais de 10.000 elétricos e híbridos plug-in vendidos no Brasil em abril

Balanço mensal da ABVE mostra participação de modelos plug-in avançando rapidamente dentro dos eletrificados.

Mais uma vez as vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil tiveram um resultado mensal bastante favorável. Em abril, segundo o balanço mensal da ABVE, os emplacamentos de eletrificados no país tiveram o segundo melhor resultado histórico com mais de 15 mil unidades.

Considerando todos os tipos de eletrificados, incluindo os híbridos leves, os dados mostram que as vendas chegaram a 15.206 unidades, avanço de 12% em relação a março e 217% sobre abril de 2023 (4.793). No acumulado do ano foram 51.296 unidades vendidas, ou 162% de crescimento ano a ano.

A ABVE apurou que o crescimento médio mensal é de 12% considerando os dados desde maio de 2023.

Eletrificados plug-in

Dentro do segmento de eletrificados, outro destaque foi o avanço dos modelos plug-in (BEV + PHEV), que possuem recarga externa e responderam por nada menos que 70% das vendas do segmento.

A soma dos elétricos e híbridos plug-in em abril foi de 10.440 unidades vendidas. Os 30% restantes (4.766) se dividiram entre os modelos híbridos e micro-híbridos (HEV, HEV Flex e MHEV).

Ricardo Bastos, presidente da ABVE, avalia que a preferência do consumidor continua forte e crescente para os veículos eletrificados, especialmente os plug-in, que têm recarga externa.

“O mercado brasileiro de veículos elétricos e híbridos segue evoluindo com muita rapidez” – acrescentou. “A previsão da ABVE é que chegará a 10% de participação sobre as vendas totais ainda este ano e superar a marca de 150 mil unidades vendidas”.

Um dado ainda mais relevante é que entre os eletrificados plug-in (BEV e PHEV), ou seja, os modelos que vão tomada, a participação de mercado chegou a 5% em relação às vendas totais - há um ano essa participação era de apenas 1%.

Apenas para comparação, na região da União Europeia essa participação varia entre 5% e 20% em média. Países como Alemanha estão na parte mais alta, enquanto a Itália ostenta market share mais baixo que o Brasil, por exemplo. (insideevs.uol)

Brasil é o 2º país em crescimento de energia eólica em 2023

Brasil é o segundo país em crescimento de energia eólica em 2023.

Brasil registra segundo maior crescimento em energia eólica do mundo em 2023. Em 2023, o mundo superou a marca de 30% de energia produzida a partir de fontes renováveis, com as energias solar e eólica responsáveis pelo aumento.
Produção de energia solar aumentou 7,3% no Brasil e 23% no mundo no ano que passou (2023), superando a marca de 30% de eletricidade renovável complementar pela primeira vez na história.
O Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis no ano, quase três vezes a média global, registrando o segundo maior crescimento em energia eólica do mundo, atrás apenas da China e União Europeia.
Brasil é segundo país do mundo em crescimento de energia eólica

Pela primeira vez, fontes renováveis foram responsáveis por mais de 30% da energia elétrica global.

Unsplash

Em 2023, o crescimento da energia solar e eólica levou o mundo a superar a marca de 30% de eletricidade renovável pela primeira vez, de acordo com o novo relatório do think tank global de energia Ember. Destaque na análise, o Brasil gerou 89% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis no ano, quase três vezes a média global, e registrou o segundo maior crescimento em energia eólica do mundo, atrás apenas da China.

Desde 2000, as energias renováveis expandiram-se de 19% para mais de 30% da eletricidade global, impulsionadas por um aumento na energia solar e eólica de 0,2% em 2000 para um recorde de 13,4% em 2023. Como resultado, a intensidade de CO2 na geração global de energia atingiu seu nível mais baixo em 2023 – 12% menor do que seu pico em 2007.

O Brasil viu uma rápida expansão da energia solar e eólica nos últimos anos, alcançando uma participação de 21% em 2023, à frente da média regional para a América Latina e o Caribe (14%), mas atrás de países como Uruguai (39%) e Chile (32%). A energia hidrelétrica continua sendo a maior fonte de eletricidade no Brasil, gerando 60% da eletricidade do país em 2023.

Secom – Governo da Bahia

O relatório Global Electricity Review fornece a primeira visão abrangente do sistema de energia global em 2023 com base em dados de nível nacional. A análise abrange 80 países que representam 92% da demanda global de eletricidade, além de dados históricos para 215 países.

“O futuro das energias renováveis chegou”, diz Dave Jones, diretor de insights globais da Ember. “A energia solar, em particular, está acelerando mais rápido do que qualquer um imaginava possível. O Brasil sempre foi líder em eletricidade renovável – primeiro por meio da hidroeletricidade e agora pela energia solar e eólica. Um foco na energia renovável evitou que o país se tornasse dependente do carvão no passado e pode minimizar uma dependência do gás agora”.

O relatório conclui que o rápido crescimento da energia solar e eólica levou o mundo a um ponto crucial de virada, onde a geração de energia fóssil começa a declinar em nível global. “A queda das emissões do setor de energia é agora inevitável”, continuou Jones. “2023 provavelmente foi o ponto de inflexão – o pico das emissões no setor de energia – um ponto de virada importante na história. Mas o ritmo da queda das emissões depende de quão rápido a revolução das energias renováveis vai continuar”.

Energia solar

A energia solar foi o principal vetor de crescimento da eletricidade em todo o mundo, adicionando mais do que o dobro de eletricidade nova em comparação ao carvão em 2023, e manteve seu status como a fonte que mais cresce no mundo pelo 19° ano consecutivo. A solar ultrapassou a energia eólica para se tornar a maior fonte de eletricidade nova pelo segundo ano consecutivo. O relatório destaca o Chile como o país com a maior participação de eletricidade solar no mundo, representando 20% de sua matriz elétrica em 2023, um aumento significativo em relação a apenas 1,9% em 2015.

CEMIG SIM

O Brasil também viu a energia solar aumentar de quantidades insignificantes em 2015 (0,01%) para 7,3% em 2023, com a geração quase dobrando apenas no último ano devido a novas regulamentações e tarifas de alimentação. Como resultado, o Brasil é o sexto maior produtor de energia solar do mundo. O Brasil também é destacado no relatório por ter visto o segundo maior aumento mundial na energia eólica em 2023, depois da China. A participação do Brasil na energia eólica alcançou 13% em 2023, ante 3,7% em 2015.

Na COP28, realizada em dezembro, líderes mundiais chegaram a um acordo histórico para triplicar a capacidade global de energias renováveis até 2030. A meta estabelecida faria o mundo atingir 60% de eletricidade renovável até 2030, o que cortaria quase pela metade as emissões do setor de energia e colocaria o mundo em um caminho alinhado com a meta climática de 1,5°C.

“Já conhecemos os principais facilitadores que ajudam os países a liberar todo o potencial da energia solar e eólica”, continuou Jones. “O Brasil é um campeão das energias renováveis, o que o mundo precisa urgentemente neste momento. Quanto mais o Brasil avança para uma economia de energia totalmente renovável, mais confiança outros países terão em seguir o mesmo caminho”.

Uma fazenda com módulos fotovoltaicos em Cachoeira Paulista abastece parte da energia consumida nos prédios públicos de São José dos Campos.

O relatório destaca como facilitadores-chave – ambição política de alto nível, mecanismos de incentivo e soluções de flexibilidade – estão impulsionando um crescimento rápido na energia solar e eólica, particularmente em países como China, Brasil e Holanda.

O enorme potencial para a geração de energia renovável tem atraído grandes investimentos para o Brasil, o que contribui para o avanço relatado no documento. Entretanto, diversas organizações da sociedade civil têm chamado a atenção sobre os aspectos negativos que a instalação de grandes estruturas, sem análise dos impactos socioambientais, já está causando em pequenas comunidades.

No início de 2024, um grupo composto majoritariamente por representantes das comunidades afetadas pela geração de energia eólica no Nordeste lançou um documento com mais de cem recomendações a serem adotadas de forma preventiva. A iniciativa inédita não é contra a expansão das fontes eólicas, mas a favor de uma transição energética justa.

Enxu Queimado, comunidade pesqueira no litoral do Rio Grande do Norte.

Para Cristina Amorim, coordenadora do projeto Nordeste Potência, o grande desafio atual do Brasil e do mundo é justamente ampliar a geração de energia por fontes renováveis promovendo a inclusão e reduzindo as desigualdades sociais. “O relatório [Global Electricity Review] reforça a posição estratégica do país no combate às mudanças climáticas, mas ser um líder do século 21 passa também por respeitar os direitos humanos, reduzir os impactos sociais e ambientais da implantação de usinas de energia e lutar por um modelo de desenvolvimento que promova bem-estar e renda para toda a população”.

Brasil bateu recorde de expansão da energia solar em 2023

Com construção de usinas fotovoltaicas e eólicas, matriz energética brasileira chega a 83,79% de fontes renováveis, uma referência internacional. (ciclovivo)

sábado, 22 de junho de 2024

Amaggi é maior frotista de Volvo FH B100 100% a biodiesel no País

Volvo comercializa versão do FH com motor preparado para receber o B100 com óleo produzido a partir da soja. Amaggi, a compradora, também adquiriu Scania com a tecnologia.
Pelo menos 20 caminhões da Amaggi rodam com a tecnologia de motor B100. Ou seja, com biodiesel 100%. Segundo o diretor comercial de caminhões da Volvo, Alcides Cavalcanti, os veículos da marca com a tecnologia estão rodando na frota da empresa. Nesse sentido, a companhia que atua no agro, commodities, logística, energia, tem uma das maiores frotas de B100 do País.

"Trata-se de uma venda mais técnica. Nosso time de desenvolvimento e engenharia analisam o combustível que será utilizado no veículo. Nesse caminhão tudo é diferente. Por exemplo, os intervalos de manutenção são mais curtos", diz Cavalcanti.

Venda ainda é restrita

Por ora, a Volvo recomenda a tecnologia B100 às empresas que produzem o próprio biodiesel. Do mesmo modo, empresas que produzem o combustível de origem vegetal.

"As usinas de etanol e biodiesel são originadoras de milho ou soja, por exemplo. E quando o mercado está em baixa, podem migrar a produção. Ou seja, por tempo podem produzir o biodiesel. Como as usinas de etanol que, dependendo do mercado, produzem açúcar e, em outro momento, o etanol".

Por isso, do ponto de vista de mercado, Alcides Cavalcanti diz que o caminhão FH B100 é uma oportunidade para essas empresas. Afinal, são frotistas e com o B100 não têm custo para abastecer seus veículos.

Seja como for, a empresa tem expectativa de vender mais unidades do B100 ainda neste ano. Do mesmo modo, a empresas do agronegócio. Ou seja, que fazem o próprio combustível.

O executivo ainda lembra que o caminhão B100 não se difere muito da versão atual, capaz de rodar com B14. Todavia, lembra que alguns sistemas são reforçados para o uso da maior proporção do biodiesel. Por essa razão, o Volvo FH B100 custa R$ 20 mil a mais.

Conforme a tabela Fipe, o Volvo FH 540 6x4, modelo mais vendido do Brasil, custa R$ 1,13 milhão. Por ora, a tecnologia do B100 é oferecida apenas no FH. Mas a marca pode avaliar o uso da tecnologia em outros modelos, como FMX, por exemplo.

Gigante do agro, Amaggi, alcança frota com mais de 1.100 caminhões

O B100 utilizado pela Amaggi em sua frota é produzido em Lucas do Rio Verde, MT em uma planta de mais de 26 mil m2 de área construída. A unidade entrou em operação em 2023. Assim, a empresa já opera uma indústria esmagadora de grãos de onde sai a matéria-prima para a fabricação do biocombustível. Seja como for, a fábrica tem capacidade estimada de produzir 368 mil m3 de biodiesel por ano.

Dessa forma, além dos caminhões da Volvo, a empresa também comprou 100 caminhões Scania adaptados ao uso de B100. Ou seja, todos 500 R 6×4 Super. Os modelos começam a chegar à frota da empresa a partir deste mês. (biodieselbr)

Bilionário indiano anuncia construção do maior parque de energia verde do mundo

Bilionário indiano anuncia construção do maior parque de energia verde do mundo; veja números.
Do tamanho de uma cidade! Bilionário indiano cria o maior parque de energia solar e eólica da história

Índia planeja instalar a maior usina solar e eólica do mundo. As obras já iniciaram e o parque de energia solar e eólica promete gerar energia limpa para milhões de casas.

Bilionário da Índia vai construir a maior usina de energia do mundo. O dono da empresa de energia Adani Green Energy Limited (AGEL), Sagar Adani, planeja transformar uma área desértica da Índia de mais de 500 km² na maior usina do mundo.

Complexo que une energia solar e eólica será cinco vezes maior que a cidade de Paris quando for finalizado.

Novo projeto bilionário busca impulsionar energias renováveis na Índia.

Sagar Adani, sobrinho de Gautam Adani (considerado o segundo homem mais rico da Ásia), começou a construir o que deve ser a maior usina de energia renovável do mundo, que será capaz de alimentar sozinha a rede elétrica da Suíça, através de captação de energia solar e eólica, e terá cinco vezes o tamanho da cidade de Paris.

Bilionário da Índia vai construir a maior usina de energia do mundo

Quase do tamanho de Brasília, a usina ficará no estado de Gujarate, na Índia, e será visível do espaço, com mais de 500 km² de área.

O dono da empresa de energia Adani Green Energy Limited (AGEL), Sagar Adani, planeja transformar uma área desértica da Índia de mais de 500 km² na maior usina do mundo. A nível de comparação, o local terá tamanho parecido com a cidade de Brasília inteira, e será visível do espaço.

Sagar, que é diretor da companhia Adani Green Energy Limited (AGEL), diz à CNN que o complexo está sendo erguido em um deserto de sal próximo da fronteira oeste da índia, no estado de Gujarat, e será chamado de Khavda Renewable Energy Park. (globo)

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Maior usina solar do mundo

O complexo Bhadla Solar Park é a maior instalação de energia solar no mundo inteiro e está localizado no distrito de Jodhpur, no estado do Rajastão, na Índia, uma região de temperaturas altas e muita incidência solar.
Localizado em Jodhpur, Rajasthan, o Bhadla Solar Park é uma das maiores usinas solares do mundo. Cobrindo uma área impressionante, esta usina é um testemunho do compromisso da Índia com a energia renovável. A capacidade instalada de Bhadla excede 2.245 MW, tornando-a uma das instalações mais significativas globalmente.

A energia solar, proveniente da luz do sol, é um recurso natural abundantemente disponível, assim como a energia eólica, hídrica, maremotriz, entre outras. Sua utilização não compromete o meio ambiente, tornando-a uma das fontes de energia renovável mais sustentáveis.

Ao contrário dos combustíveis fósseis, que são não-renováveis e poluentes, a energia solar é limpa, não emitindo poluentes na atmosfera.

O aproveitamento de fontes de energia renovável, como a solar, tem o potencial de reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, contribui para a preservação dos recursos naturais e proporciona economia significativa nas contas de energia, tanto para indivíduos quanto para empresas e o setor industrial.

Além das instalações fotovoltaicas tradicionais, os famosos “telhados azuis” que estão presentes em cada vez mais casas e empresas, existe um sistema capaz de produzir energia para uma enorme quantidade de unidades consumidoras se aproveitando de espaços livres, sem possibilidade de utilização para a agricultura ou construção de moradias, por exemplo.

É o caso da Bhadla Solar Park, a maior usina solar do planeta. Construída na região de Bhadla, no estado indiano do Rajastão, o local possui alta incidência solar, com uma média de temperatura local oscilando entre 46°C e 48°C, clima seco, árido - que tornam a vida no local completamente inviável, mas é ideal para a geração de energia dos painéis solares.

O projeto, iniciado em 2015, passou por quatro fases de construção, sendo a última concluída em 2020. Ele é conduzido por uma joint venture estabelecida através de uma parceria entre o governo do Rajastão e o Ministério de Energia Nova e Renovável (MNRE) da Índia. Equipado com mais de 10 milhões de painéis solares fotovoltaicos, o Bhadla Solar Park tem capacidade para fornecer energia suficiente para abastecer mais de uma cidade inteira - em uma das regiões mais populosas do planeta.

Além de auxiliar a Índia em alcançar suas metas de produção de energia limpa e diminuir sua dependência de combustíveis fósseis (o país possui como objetivo ter 17% de toda a sua matriz energética baseada na energia solar), a maior usina solar do mundo também desempenha um papel crucial na redução das emissões de gases de efeito estufa. Estima-se que ela evite a liberação de cerca de 4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. Ocupando cerca de 5.700 hectares (57 km²) e contando com uma capacidade total de 2.245 MW, a usina é tão grande que, desde os seus estágios iniciais de construção, já podia ser observada por imagens de satélite!

Mas nem tudo são flores. Por estar situada em um deserto, as tempestades de areia - que revestem os painéis solares com camadas de minerais e areia que dificultam a produção de energia - são frequentes e foram um verdadeiro desafio para os engenheiros, que buscavam maximizar a produção de energia no local. A solução encontrada pelos profissionais é praticamente retirada de um episódio de “Os Jetsons”: milhares de robôs de limpeza são liberados nos módulos, uma tática projetada para reduzir as necessidades de trabalho manual e a quantidade de água necessária para a limpeza.

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