Ainda que empresas de biotecnologia e institutos de pesquisa estejam avançando no domínio das tecnologias para a produção do etanol de segunda geração, isso não deve mudar, de imediato, a cara do mercado de etanol. É o que pensa o consultor em Emissões e Tecnologia da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Alfred Szwark. "Mesmo sendo comprovada a viabilidade comercial do etanol celulósico, nem todas as empresas investirão na tecnologia de imediato", diz.
Haverá, é claro, as empresas inovadoras que vão apostar logo de cara. E as mais austeras, que preferem esperar para ver se a tecnologia dá retorno. "Então, essa visão de que a produção nacional de etanol pode até dobrar é mais baseada no potencial da tecnologia do que nas regras do mercado."
Além disso, para Szwark, a distância entre a fabricação do etanol de segunda geração em plantas de demonstração e a sua aplicação na indústria pode ser maior do que se espera. "Produzir em laboratório é diferente da produção na indústria. No laboratório, todas as variáveis são controladas. Por isso, na etapa pré comercial os cientistas vão enfrentar muitos desafios", diz.
Mercado interno. "E, mesmo que o Brasil dobre a sua capacidade de produção, hoje próxima dos 24 bilhões de litros por ano, quem é que vai comprar todo esse etanol? Temos que considerar que o etanol brasileiro é quase todo consumido pelo mercado interno", diz o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Correa, especialista em derivativos agrícolas.
Para ele, ainda que o aumento da produção seja significativo, não vai impactar o mercado externo. Só os EUA consomem 400 bilhões de litros de gasolina/ano. Nem que eles quisessem poderiam passar a rodar com carros movidos a álcool", diz. "Isso sem contar as barreiras impostas ao etanol brasileiro", completa Szwark.
Na visão de Corrêa, para que o etanol possa virar uma commodity, é preciso mais do que o investimento em tecnologia, e sim que outros países invistam no etanol. "E enquanto o preço do produto não for livre, controlado pela oferta e demanda, ele não pode ser considerado commodity."
Haverá, é claro, as empresas inovadoras que vão apostar logo de cara. E as mais austeras, que preferem esperar para ver se a tecnologia dá retorno. "Então, essa visão de que a produção nacional de etanol pode até dobrar é mais baseada no potencial da tecnologia do que nas regras do mercado."
Além disso, para Szwark, a distância entre a fabricação do etanol de segunda geração em plantas de demonstração e a sua aplicação na indústria pode ser maior do que se espera. "Produzir em laboratório é diferente da produção na indústria. No laboratório, todas as variáveis são controladas. Por isso, na etapa pré comercial os cientistas vão enfrentar muitos desafios", diz.
Mercado interno. "E, mesmo que o Brasil dobre a sua capacidade de produção, hoje próxima dos 24 bilhões de litros por ano, quem é que vai comprar todo esse etanol? Temos que considerar que o etanol brasileiro é quase todo consumido pelo mercado interno", diz o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Correa, especialista em derivativos agrícolas.
Para ele, ainda que o aumento da produção seja significativo, não vai impactar o mercado externo. Só os EUA consomem 400 bilhões de litros de gasolina/ano. Nem que eles quisessem poderiam passar a rodar com carros movidos a álcool", diz. "Isso sem contar as barreiras impostas ao etanol brasileiro", completa Szwark.
Na visão de Corrêa, para que o etanol possa virar uma commodity, é preciso mais do que o investimento em tecnologia, e sim que outros países invistam no etanol. "E enquanto o preço do produto não for livre, controlado pela oferta e demanda, ele não pode ser considerado commodity."
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