Veículo movido a energia gerada pelo diesel é 30% menos poluente e mais econômico que um modelo convencional.
Enquanto o governo ainda está dividido em relação a um programa de incentivo aos veículos elétricos ou híbridos, a Agrale, empresa 100% brasileira que produz veículos comerciais, chassi para caminhões, ônibus e tratores, apresentou ontem um ônibus com tecnologia híbrida desenvolvida no País. Se houver demanda, a empresa pode iniciar as vendas em 2011.
Chamado de Hybridus, o veículo é elétrico e a diesel, mas, ao contrário de algumas soluções já existentes no mercado internacional, o diesel não move o motor, apenas gera a energia para o motor elétrico. Em automóveis em circulação na Europa e nos Estados Unidos, o combustível fóssil passa a movimentar o veículo assim que a carga da bateria elétrica vence.
O Hybridus não tem bateria, equipamento pesado e com autonomia limitada, informa Ubirajara Choairi, gerente nacional de vendas de veículos da Agrale. O veículo utiliza sistema importado da Siemens alemã, com um ultracapacitor, equipamento que substitui a bateria, é mais leve, tem vida útil mais longa e é mais barato.
"A redução em consumo é de 30% em relação a um veículo totalmente a diesel e as emissões diminuem na mesma proporção", afirma Choairi.
O custo do ônibus, hoje, seria de cerca de R$ 600 mil, o dobro do preço de um convencional. "Sem incentivos governamentais não é viável", admite Silvan Antônio Poloni, gerente regional de vendas da Agrale, que também defende legislação específica para esse tipo de veículo.
Produção local
Só o sistema importado da Alemanha, chamado de Elfa, representa cerca de 35% do custo do Hybridus. Antonio Claudino, gerente de marketing da Siemens no Brasil, diz que a fábrica do grupo em Jundiaí (SP) tem condições de produzir o sistema. "Uma demanda de aproximadamente mil ônibus por ano permitirá a produção local, seguramente", afirma.
O ônibus híbrido brasileiro já foi testado no Chile, país que está mais adiantado que o Brasil na adoção dos chamados veículos verdes, assim como a Argentina. O início de testes em São Paulo depende de homologação por parte da SPtrans, que já demonstrou interesse em agilizar o processo, segundo Poloni.
Há outras experiências de ônibus híbridos no Brasil, uma delas da Eletra, de São Bernardo do Campo (SP). Desde 2005, uma pequena frota circula no município e em São Paulo. Segundo a empresa, o veículo pode ser comparado a um trólebus, mas em vez de usar energia da rede elétrica gera a própria energia a bordo.
O Eletra pode ser abastecido com diesel, álcool, gasolina ou gás para produzir energia por meio de um motor gerador. O motor elétrico é responsável pela tração nas rodas.
A Scania, de São Bernardo do Campo, testa ônibus movidos a etanol e a Mercedes-Benz, com fábrica no mesmo município, iniciou testes com ônibus movido a etanol feito de cana.
Vendas
De janeiro a maio, o mercado brasileiro consumiu 10.920 ônibus, a maioria movida a diesel. O número é 31,2% maior do que o registrado em igual período do ano passado. O crescimento, na opinião de Choairi, é resultado da disponibilidade de crédito para frotistas, do crescimento da economia, que favorece a renovação das frotas e, em parte, das eleições, período em que muitos governantes investem no transporte público. (conteudoclippingmp)
Enquanto o governo ainda está dividido em relação a um programa de incentivo aos veículos elétricos ou híbridos, a Agrale, empresa 100% brasileira que produz veículos comerciais, chassi para caminhões, ônibus e tratores, apresentou ontem um ônibus com tecnologia híbrida desenvolvida no País. Se houver demanda, a empresa pode iniciar as vendas em 2011.
Chamado de Hybridus, o veículo é elétrico e a diesel, mas, ao contrário de algumas soluções já existentes no mercado internacional, o diesel não move o motor, apenas gera a energia para o motor elétrico. Em automóveis em circulação na Europa e nos Estados Unidos, o combustível fóssil passa a movimentar o veículo assim que a carga da bateria elétrica vence.
O Hybridus não tem bateria, equipamento pesado e com autonomia limitada, informa Ubirajara Choairi, gerente nacional de vendas de veículos da Agrale. O veículo utiliza sistema importado da Siemens alemã, com um ultracapacitor, equipamento que substitui a bateria, é mais leve, tem vida útil mais longa e é mais barato.
"A redução em consumo é de 30% em relação a um veículo totalmente a diesel e as emissões diminuem na mesma proporção", afirma Choairi.
O custo do ônibus, hoje, seria de cerca de R$ 600 mil, o dobro do preço de um convencional. "Sem incentivos governamentais não é viável", admite Silvan Antônio Poloni, gerente regional de vendas da Agrale, que também defende legislação específica para esse tipo de veículo.
Produção local
Só o sistema importado da Alemanha, chamado de Elfa, representa cerca de 35% do custo do Hybridus. Antonio Claudino, gerente de marketing da Siemens no Brasil, diz que a fábrica do grupo em Jundiaí (SP) tem condições de produzir o sistema. "Uma demanda de aproximadamente mil ônibus por ano permitirá a produção local, seguramente", afirma.
O ônibus híbrido brasileiro já foi testado no Chile, país que está mais adiantado que o Brasil na adoção dos chamados veículos verdes, assim como a Argentina. O início de testes em São Paulo depende de homologação por parte da SPtrans, que já demonstrou interesse em agilizar o processo, segundo Poloni.
Há outras experiências de ônibus híbridos no Brasil, uma delas da Eletra, de São Bernardo do Campo (SP). Desde 2005, uma pequena frota circula no município e em São Paulo. Segundo a empresa, o veículo pode ser comparado a um trólebus, mas em vez de usar energia da rede elétrica gera a própria energia a bordo.
O Eletra pode ser abastecido com diesel, álcool, gasolina ou gás para produzir energia por meio de um motor gerador. O motor elétrico é responsável pela tração nas rodas.
A Scania, de São Bernardo do Campo, testa ônibus movidos a etanol e a Mercedes-Benz, com fábrica no mesmo município, iniciou testes com ônibus movido a etanol feito de cana.
Vendas
De janeiro a maio, o mercado brasileiro consumiu 10.920 ônibus, a maioria movida a diesel. O número é 31,2% maior do que o registrado em igual período do ano passado. O crescimento, na opinião de Choairi, é resultado da disponibilidade de crédito para frotistas, do crescimento da economia, que favorece a renovação das frotas e, em parte, das eleições, período em que muitos governantes investem no transporte público. (conteudoclippingmp)
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