Denúncia: Bahia tem mais uma vítima do Programa Nuclear
Brasileiro
Enquanto fazia uma
ronda (26/06/2013), Gilson Fraga cochilou e acabou caindo em uma das bacias do
sistema de produção de concentrado de urânio na unidade minero-industrial das
Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Caetité, acerca de 750 km de Salvador,
capital baiana.
No momento da queda,
a bacia, quase lotada, tinha 20 mil metros cúbicos de liquido radioativo,
contendo urânio, ácido sulfúrico e outros produtos químicos, usados no sistema
de beneficiamento do urânio.
Acontece que o
trabalhador, que fazia a vigilância noturna da planta da usina, está sendo
submetido a uma estafante jornada de 12 hs de trabalho diário e, por mais
incrível que possa parecer, numa indústria que opera a mais de 13 anos, as
bacias de liquido radioativo não tem guarda-corpo em volta, o que teria evitado
o mergulho do vigilante em liquido altamente ácido. É importante registrar que
há muito tempo a CIPA vem cobrando a colocação dos protetores em volta das
bacias e, como tantas outras reivindicações de proteção do trabalhador, esta
também nunca foi atendida.
Este é mais um exemplo
da falta de segurança que caracteriza o meio ambiente do trabalho nas
instalações vinculadas ao Programa Nuclear Brasileiro. E também uma prova da
falta de vigilância dos órgãos reguladores e fiscalizadores da atividade
atômica, no Brasil. Sabe que tipo de assistência à saúde é assegurada a este
trabalhador? Nem uma. (EcoDebate)
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