Desastre nuclear esquecido: Operadora de Fukushima admite
vazamento de água radioativa no mar
Usina de
Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11 de março de 2011, o mundo soube da
tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes
proporções, a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as
consequências de um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que
permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações.
A Tokyo Electric
Power (TEPCO), operadora da central de Fukushima, palco de um grave acidente
nuclear em 2011, admitiu ter detectado pela primeira vez o vazamento de água
radioativa dos porões da usina ao mar.
“Queremos oferecer nossas mais sinceras
desculpas. Fizemos todo o possível para impedir que a água tóxica saísse da
usina”, detalhou um porta-voz da companhia, em declarações publicadas em 23/07/13 pelo jornal “Nikkei”.
Apesar de seu
anúncio, a TEPCO considera que a quantidade de água radioativa despejada no mar
é muito limitada e ocorreu na zona do porto situado frente às unidades da
central, isolada do mar aberto.
Neste sentido, a
elétrica não espera que a detecção desta água contaminada no mar provoque um
impacto significativo para o meio ambiente.
A TEPCO começou a
suspeitar da possibilidade que estivesse vazando água radioativa ao mar após
detectar líquido contaminado nos poços de observação situados entre as unidades
nucleares e o porto da central com até 9 mil becquereles por litro de césio-134
e 18 mil becquereles por litro de césio-137.
Nesta linha, no
início do mês, a Autoridade de Regulação Nuclear do Japão já anunciava sua
“firme suspeita” que a água radioativa concentrada nos porões da acidentada
usina nuclear estava vazando ao solo e ao mar.
Atualmente, a
principal preocupação nos trabalhos para desmantelar a usina é o acúmulo de
água contaminada no subsolo dos edifícios que abrigam os reatores nucleares,
líquido que aumenta diariamente pelo vazamento de água subterrânea proveniente
das zonas contíguas.
Para isolá-lo, a
elétrica conta dentro do complexo nuclear com cerca de mil contêineres nos
quais armazena este água radioativa, parte da qual utiliza, uma vez retirada o
sal e as partículas radioativas, para esfriar os reatores
Após o acidente
nuclear de Fukushima em 2011, o pior desde Chernobyl em 1986, cerca de 3,5 mil
trabalhadores lutam diariamente na central japonesa para dar por concluída a
crise atômica, um trabalho que pode se prolongar durante os próximos 30 ou 40
anos. (EcoDebate)
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