Nota Pública
contrária ao acordo de tecnologia nuclear entre Japão e o Brasil
Coalizão por um
Brasil livre de Usinas Nucleares
Articulação
Antinuclear Brasileira
No dia 13 de setembro de 1987
ocorreu na cidade de Goiânia, no Brasil, um grave acidente radiológico, com grande
difusão de radioatividade.
No 26º, aniversário dessa tragédia,
13 de setembro de 2013, 114 organizações da sociedade civil japonesa, 107 organizações
brasileiras e 32 Prêmios Nobel Alternativo, solidarizando-se com suas vítimas,
assim como com as vítimas dos atuais vazamentos de radioatividade da usina
nuclear de Fukushima, divulgarão uma Declaração conjunta, contrária a um eventual acordo nuclear entre o Brasil e o
Japão, por considerarem que a opção nuclear para gerar energia elétrica deve
ser definitivamente abandonada.
Essa Declaração entregue
simultaneamente no Brasil e no Japão em 13/09/13, juntamente com a lista
completa dos seus signatários, aos Governos, Consulados e Embaixadas desses
dois países.
No Brasil as entregas se darão nos
seguintes locais e horários:
- em Brasília na Embaixada do
Japão, na SES – Avenida das Nações, Q.811, lote 39 e depois no Palácio do
Planalto (da Embaixada seguimos para fazer uma entrega).
- em São Paulo, houve um ato nas
escadarias da Fundação Cásper Libero – TV Gazeta, na Avenida Paulista 900, e a
entrega ao Consulado feita na sua entrada da rua Eugenio de Lima 424.
- em Porto Alegre na Av. João
Obino, 467 (Petrópolis), Porto Alegre – RS (contato: Eliege Fante,
eliege_f@yahoo.com.br)
- em Recife no Consulado do Japão,
à R. Padre Carapuceiro, 733 – 14º andar. Ed. Empresarial Center I, Boa Viagem
(contato: Heitor Scalambrini Costa
heitorscalambrini@gmail.com)
- em Curitiba à Rua Marechal
Deodoro 630, 18º andar (Shopping Itália), Curitiba – PR (contato: Zuleica Nycz
–
zuleica.nycz@gmail.com)
- em Salvador, a Declaração foi
entregue ao Cônsul Honorário do Japão no dia 12, à rua Campinas de Brotas, 104,
Brotas, Salvador (contato: Zoraide Vilas Boas –
assmpj@gmail.com)
No Japão, a entrega à Embaixada
Brasileira no dia 13 (Endereço: 2-11-12 Kita Aoyama, Minato-ku, Tokyo) e houve
uma manifestação em frente ao Gabinete do Primeiro Ministro das 16 às 18 horas
(contato: INYAKU Tomoya
tomo@jca.apc.org).
Somos contrários ao acordo de
tecnologia nuclear entre Japão e o Brasil
A Declaração abaixo, contra um
eventual acordo nuclear Brasil-Japão, foi entregue em 13/09/13,
concomitantemente no Brasil e no Japão, aos governos desses países e às suas
embaixadas e consulados. O dia 13 de setembro é a data do 26º aniversário do
mais grave acidente radiológico ocorrido no mundo, com um aparelho de
radioterapia abandonado em Goiânia, Brasil.
Essa Declaração foi subscrita
por 86 organizações da sociedade civil japonesa e 58 da sociedade civil
brasileira, e recebeu o apoio de 30 Prêmios Nobel Alternativo, de 20 países
(ver nomes abaixo).
Em São Paulo ela será entregue
às 12 horas do dia 13 ao Consulado do Japão (Avenida Paulista, 854).
Bem-vindos todos que quiserem
participar desse protesto.
Somos contrários ao acordo de
tecnologia nuclear entre Japão e o Brasil
Os jornais noticiaram que o governo
japonês vai assinar um acordo com o governo brasileiro para preparar o caminho
para a exportação de usinas nucleares japonesas para o Brasil.
Passados mais de dois anos do
acidente nuclear de Fukushima, sua verdadeira causa permanece desconhecida, o
que nos obriga a uma profunda revisão da tecnologia nuclear japonesa. Não é por
outra razão que a opinião pública no Japão tem se mostrado contrária não
somente à construção de novos reatores, mas também à reativação dos existentes.
As usinas de Fukushima ainda estão
liberando radioatividade no meio ambiente e o governo japonês não consegue
controlar essas contaminações. Assim, o Japão está causando sérios danos
para o mundo.
Como o governo pode apoiar a
construção de usinas nucleares fora do Japão em tal situação? Isto só pode ser
entendido como uma maneira de dar uma saída para a indústria nuclear japonesa,
impedida de construir novas usinas no seu país.
No Brasil, cresce o temor de
acidentes em suas usinas nucleares de Angra dos Reis, localizadas entre as duas
maiores cidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao mesmo tempo, cresce
a pressão para que se passe a usar fontes de energia menos perigosas, para atender
as necessidades do país em eletricidade.
Existem outras formas do Japão
contribuir para a solução dos problemas de energia do Brasil e do mundo
– por exemplo, pela cooperação em torno de energias renováveis.
As organizações da sociedade civil
japonesa e brasileira, abaixo assinadas, são contrárias ao acordo anunciado,
entre o Brasil e o Japão, em torno da tecnologia nuclear.
Nomes das 58 organizações
brasileiras que assinam a presente Declaração
Amigos da Terra Brasil – Porto
Alegre / Articulação Antinuclear Brasileira / Articulação Antinuclear do Ceará
– Fortaleza / Articulação dos Povos e Organizações Indigenas do NE, MG e ES –
Olinda / Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Brasília / Associação
Brasileira de Medicina Antroposófica – São Paulo / Associação das Vítimas do
Césio – Goiânia / Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça,
Cidadania – Salvador / Centro de Apoio a Pesca e Pescadores do Maranhão – São
Luis / Centro de Dharma da Paz Shi De Tchö Tsog – São Paulo / Coalizão por um
Brasil Livre de Usinas Nucleares – São Paulo / Comissão de Justiça e Paz –
Macau, Rio Grande do Norte / Comissão Paroquial de Meio Ambiente – Caetité,
Bahia / Comissão Pastoral da Pesca – Olinda / Comunidade dos Cristãos no Brasil
– São Paulo / CPP Regional Ceará – Fortaleza / CPT Sudoeste da Bahia – Caetité,
Bahia / CPT – São Francisco Vivo – Salvador / Fase – Rio de Janeiro /
Fase – Vitória / Fase Amazônia – Belém / Federação Waldorf no Brasil – São
Paulo / Fórum Anti Petroleiro do Espírito Santo- Vitória / Fórum das Pastorais
Sociais do Regional Sul 1 – São Paulo / Fórum dos Atingidos pela Indústria do
Petróleo e Petroquímica nas Cercanias da Bahia da Guanabara – São João do
Meriti/Caxias. Rio de Janeiro / Fórum Mudanças Climáticas e justiça Social –
Brasília / Fórum pela Humanização do Social – São Paulo / Fundação Lama
Gangchen para a Cultura de Paz – São Paulo / Gambá – Grupo Ambientalista da
Bahia – Salvador / Goetheanum.de – São Paulo / Greenpeace – Brasil / Grupo de
Estudos e Pesquisa em Populações Pesqueiras e Desenvolvimento no Espírito Santo
– Vitória /
Grupo
de Estudos em Temáticas Ambientais da UFMG
– Belo Horizonte / Grupo de Riscos Ambientais – Salvador / Grupo
Pindorama – São Paulo / Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas – Rio de Janeiro / INDESA – Instituto Nacional de Desenvolvimento
Socioambiental – Rio Grande do Sul / Instituto Madeira Vivo — IMV – Rondônia /
Justiça nos Trilhos – São Luis / Monteazul International.de – São Paulo /
Movimento dos Pescadores e Pescadoras – Salvador / Movimento Ecosocialista de
Pernambuco (MESPE) / Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente
(MoGDeMA) – Rio Grande do Sul / Movimento Nacional de Afetados por
Desastres Socioambientais – MONADES / Movimento pela Preservação da Serra do
Gandarela – Belo Horizonte / Movimento Tapajós Vivo – Pará / Movimento Wangari
Mathai – Salvador / Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul (NEJ) /
Núcleo Tramas da UFCE – Fortaleza / Setorial Ecossocialista do PSOL – São Paulo
/ Sindimina – Aracaju / Sindimina – Caetité, Bahia / Sociedade Angrense de
Proteção Ecológica – SAPÊ – Rio de Janeiro / Sociedade Antroposófica no Brasil
/ Tardö Ling – Centro de Desenvolvimento Humano Cultural e Filosófico – São
Paulo / ZumKukuk.de – São Paulo
Nomes das 86 organizações japonesas
que assinam a presente Declaração
“We don’t need Nuclear Power Plants” in Shimonoseki / Alternative
People’s Linkage in Asia (APLA) / AM-Net / APFS Trade Union / Article 9, Ise
committee / Atomkraftfreie Welt-Sayonara Genpatsu Düsseldorf e.V. / Beqerel
Free Life in Hokkaido / Biodiversity Information Box / Buddhist Temple of
Kokubun / Campaign for Nuclear-free Japan / Church of Christ in Japan /
Citizens’ Nuclear Information Center / Citizen’s voice in Gifu Prefecture to
protect Peace / Civil Committee to settle Fukushima Accident / Costarica
Republican Village / Doggyscafe / Emergency Action on the Fukushima Nuclear
Crisis / Escola de Samba Kumamoto / Firefly Solidarity against Nuclear Plants /
From Earth & Cafe Ohana / Fukuoka Joint Trade Union / Greens Japan /
Greenz, Yamaguchi / Group of stickers to say good bye to Nuclear Power plants /
Group to protect children from radiation in the Southern Iwate prefecture and
Northern Miyagi prefecture / Group to protect children’s future in Kawagoe /
Group to say good bye to Nuclear Plant In Nakatsugawa / Groups of the Parents
who protect the children’s future / Hattori Ryoichi Support Group / Human
rights and Environment / Human Rights and Peace Network in Ube / Inadani
Network to protect children from radiation / Japan Womens’ Council I / Kafka no
Kai / Kannsai Madam Council to stop the nuclear power plants / Kansai Network
to Stop Nuclear Power Plants / Kazashimo no Kai – Fukushima / Kiso Network for
no nuclear power plants / Kita Settsu Citizen’s Stury Group / Kunizaki debris
ML / Life Future Ube / National Council for education of local history /
natural design ukA / NGO Civilian Activity Support Network / Nipponzanmyohoji –
Buddhist Temple / No More Radiation / No Nukes Action in Kamimaki / No Nukes
Asia Actions Japan(NNAA-J) / No Nukes Asia Forum Japan / No Nukes from shiga /
No Nukes Tent @ Tsukuba / No Nukes, Kiso Network / Nonukes Network in Oita /
nose・café / NPO Center for recreation of the damaged regions of East Japan
Earthquake / Nuclear Phase-out Tepco Shareholder’s Movement / ODA reform
network / ODA reform network in Kansai / Okinawa Outreach / (seguem-se 30 assinaturas – consultar no
site Xonuclear.net)
Nomes dos 30 Prêmios Nobel Alternativo (RLA – Right Livelihood Award) e
membros do Conselho Mundial do Futuro (WFC – World Future Council) de 20
países, que apoiam a presente Declaração.
Andras Biro (Hungria) – RLA 1995 / Angie Zelter (Reino Unido) – RLA 2001 / Anna Oposa (Filipinas) - Conselheira WFC / Anwar Fazal (Malásia) – RLA – 1982 / Asociación de
Trabajadores Campesinos del Carare (ATCC) (Colômbia)- RLA 2010 / A.Behar – Presidente da AMFPGR – Associação
do Médicos Franceses pela prevenção da guerra nuclear (do IPPNW) (França) / Bianca Jagger (Nicaragua) – RLA 2004 / Chico
Whitaker (Brasil) – RLA 2006 /
David Suzuki (Canada) – RLA 2009
/ Dom Erwin Kautler (Brasil) –
RLA 2010 / Dr.Hanumappa R. Sudarshan (India)
/ RLA 1994 / Fernando Funes (Cuba)
– RLA 1999 / Fernando Rendón (Colômbia)
– RLA 2006 / Frances Moore Lappe (EEUU)
– RLA 1987 / Fundação Gaia – Legado Lutzenberger (Brasil) – RLA 1988 / Helen Mack (Guatemala) – RLA 1992 / Ida Kuklina (Russia) – RLA 1996 / Juan Pablo Orrego S. (Chile) – RLA 1998 / L. Hunter Lovins (EEUU) – RLA 1983 / Manfred Max-Neef – (Chile) – RLA 1983 / Marcos Arana (Mexico)- International Baby Food Action Network, IBFAN (Suiça) – RLA 1998 / Martin von
Hildebrand (Colombia) – RLA 1999
/ Maude Barlow (Canada) – RLA
2005 / Raul Montenegro (Argentina)
– RLA 2004 / S. Mohammed Idris (Malásia)
– RLA 1988 / Sekem / Ibrahim Abouleish (Egito)
– RLA 2003 / Sima Samar (Afganistão)
– RLA 2012 / Swami Agnivesh (India)
– RLA 2004 / Tony Clarke (Canada)
– RLA 2005 / Vandana Shiva (India)
– RLA 1993. (EcoDebate)