terça-feira, 10 de setembro de 2013

Empresa localiza vazamento em Fukushima

Empresa localiza vazamento na central de Fukushima que despeja água radioativa para Pacífico
Fluxo de água entra no subsolo de um dos edifícios e sai contaminada até o mar.
Funcionários da Tepco medem radiação em tanque da central de Fukushima.
A Tepco, empresa que administra a central nuclear de Fukushima, detectou pela primeira vez um fluxo de água que entra no subsolo de um dos edifícios e sai contaminada até o mar.
A água, procedente de uma montanha próxima, entra por uma passagem para tubos de canalização e chega ao subsolo do edifício que abriga a turbina do reator número um, explicou a Tokyo Electric Power (Tepco).
A empresa exibiu fotos e vídeos do problema. Também é possível ouvir um barulho idêntico ao de uma cascata.
A central de Fukushima Daiichi contém 400 mil toneladas de água repleta de césio, estrôncio, trítio e outras substâncias radioativas no subsolo ou armazenadas em quase mil depósitos improvisados após o acidente nuclear de 2011 provocado por um tsunami.
A localização dos pontos de entrada da água natural é essencial para poder deter o fluxo e evitar sua contaminação e posterior vazamento ao Oceano Pacífico.
Paredão de gelo
O governo japonês anunciou em 03/09/13 um plano de emergência para conter o vazamento de água radioativa.
Segundo a emissora NHK, o país começará em outubro a testar um sistema para congelar o subsolo em torno dos reatores.
O muro resultante evitaria que a água subterrânea procedente de montes limites à central entrasse nos porões dos edifícios.
Acredita-se que atualmente cerca de 400 metros cúbicos penetram diariamente nas estruturas, onde se misturam com água do sistema de refrigeração dos reatores, que vaza também para os porões e que está muito contaminada ao haver entrado em contato com os núcleos parcialmente fundidos.
Em julho, a Tepco admitiu que cerca de 300 toneladas de água tóxica vão parar no Pacífico diariamente.
O plano de urgência do governo é introduzir conduções de metal no solo até uma profundidade de 30 m. Uma vez enterradas as varas, se bombeará cloreto de cálcio líquido a - 40°C para congelar a terra ao redor.
O teste será realizado em um solar de cerca de 100 m² junto ao prédio do reator 4 para comprovar se realmente o método é capaz de bloquear a passagem de água subterrânea.
O Ministério de Indústria japonês espera terminar o teste até o final de março de 2015 e começar o processo completo de congelamento do solo imediatamente depois.
O teste em si terá um custo de 1,3 bilhão de ienes (quase R$ 30 milhões), enquanto o orçamento total destinado pelo governo para este sistema é de 32 bilhões de ienes (R$ 749 milhões).
Esse montante faz parte de uma verba total de 47 bilhões de ienes (R$ 1,1 bilhão) procedentes do volume público que o governo aprovou esta semana para resolver os vazamentos em Fukushima.
Parte desse orçamento também será destinado a combater vazamentos de água radioativa detectadas no último mês nos tanques usados para armazenar o líquido usado para refrigerar os reatores. (R7)

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