O que aconteceria se houvesse
uma guerra nuclear?
Informações turcas sugerindo que armas nucleares
poderiam ser usadas na Síria deixaram países preocupados.
Veja como sobreviver
O que aconteceria com o mundo no caso de uma guerra
nuclear?
Esta semana o tema de uma possível
guerra termonuclear global voltou à tona, com informações turcas sugerindo que
armas nucleares poderiam ser usadas na Síria.
O
relatório - elaborado pela Consortium News - não tinha como base dados
comprovados, mas afirmava que o presidente russo Vladimir Putin estaria
“pronto” para usar as armas como uma forma de defender as tropas no caso de uma
invasão turca.
O relatório também ressalta o fato
de que tanto a Rússia quanto a OTAN ainda podem realizar ataques nucleares em
escala global - e afirma que as armas estão prontas para tal.
Desenhados para serem praticamente
impossíveis de combater, mísseis termonucleares intercontinentais poderiam
destruir cidades do outro lado do planeta em minutos - e causar mudanças
instantâneas e catastróficas no mundo todo.
A Associação de Controle de Armas
disse, “Os Estados Unidos e a Rússia ainda enviam mais de 1.500 ogivas
estratégicas em centenas de mísseis e bombardeiros - muito mais do que o
necessário para impedir um ataque nuclear - e estão modernizando seus sistemas
de entregas nucleares”.
“Se estas armas fossem usadas,
mesmo de forma ‘limitada’, o resultado poderia ser uma devastação nuclear
catastrófica.”
Como a guerra nuclear começaria?
Nenhum
país com um grande arsenal nuclear - como a Rússia ou os Estados Unidos - quer
ativamente um confronto nuclear.
O que os analistas temem é um
confronto militar ou político que aumente a tensão ao redor de um ataque
nuclear - o que pode fazer com que um dos lados resolva atacar.
Momentos como esses foram aspectos
fundamentais na Guerra Fria entre a União Soviética e os líderes ocidentais.
Em 1983, os soviéticos estavam
convencidos de que um exercício de treinamento nuclear da OTAN - Able Archer 83
- era na verdade uma farsa para encobrir um ataque real contra os países
signatários do Pacto de Varsóvia.
De acordo com o novo relatório, as
forças soviéticas começaram a mover mísseis nucleares para estações de
lançamento na Europa, e elementos militares soviéticos foram preparados para a
guerra.
O que acontece quando a ordem de
ataque é dada?
Os
sistemas das armas nucleares são desenhados para que sejam extremamente
difíceis de parar após o lançamento.
O Capitão de fragata Woods, um
britânico engenheiro de armas, trabalha em um dos quatro submarinos do Reino
Unido - chamado HMS Vigilant - armados com artefatos nucleares, e usa um
gatilho vermelho para lançar os mísseis de 60 toneladas.
A ordem precisa vir do Primeiro
Ministro, mas após o míssil ser lançado, não há muito a fazer, conforme Wood
explicou: “Quando o míssil sai do submarino, não há um botão de autodestruição.
Depois de apertar o botão, é basicamente 'lançar e esquecer’ - ele vai atingir
seu alvo.”
Qual seria o primeiro sinal?
Não
haveria sirenes de ataque aéreo ou um “aviso de quatro minutos.” Este último,
um sistema nacional britânico de sirenes que avisava a respeito de possíveis
ataques nucleares, foi aposentado em 1992. Um dos motivos foi o fato de que
muitas pessoas têm janelas à prova de som no Reino Unido.
Atualmente, é mais provável que as
pessoas descubram o que está acontecendo pela televisão ou internet. O governo
britânico também testou recentemente uma tecnologia que enviaria uma mensagem
de texto avisando a respeito de desastres como ataques nucleares.
O sistema, desenvolvido pelo
National Security Council, foi testado em Glasgow, Escócia, e em Yorkshire,
Inglaterra, em 2013.
O que a bomba nuclear faria?
Bombas de
hidrogênio destruiriam a maioria dos edifícios em um raio de 16 quilômetros
(com base em uma arma de 20 megaton explodindo a 5,3 quilômetros do chão, de
acordo com cálculos da publicação Physics and Nuclear Arms Today).
Os efeitos nas pessoas próximas
seriam ainda mais assustadores, com uma explosão matando milhares ou milhões
instantaneamente, e em seguida, o envenenamento de muitos outros por causa da
radioatividade.
Testemunhas do ataque ocorrido em
Hiroshima relataram que pessoas próximas ao centro da explosão “desapareceram”.
William Burchett disse: “Não havia
nenhum traço de milhares de pessoas próximas ao centro da explosão. Elas
sumiram. A teoria em Hiroshima é de que o calor atômico foi tão alto que eles
queimaram instantaneamente e se tornaram cinzas - exceto pelo fato de que não
havia cinzas”.
Quantas pessoas morreriam?
A bomba
lançada em Hiroshima tinha uma fração do tamanho das ogivas de hidrogênio
usadas hoje pela Rússia e pelos Estados Unidos.
Em 1979, o Escritório de
Tecnologia do Congresso Norte-Americano publicou um relatório chamado 'Os
Efeitos da Guerra’, que previa o impacto de um grande ataque nuclear.
A previsão era de que até 80% da
população dos Estados Unidos morreria imediatamente, com mais mortes
posteriores devido à radiação.
O que aconteceria com o mundo?
Previsões
afirmando que toda forma de vida na Terra seria exterminada são provavelmente
exageradas, mas as armas nucleares teriam um impacto enorme na vida em nosso
planeta.
Pesquisadores da Universidade do
Colorado, Estados Unidos, previram que uma guerra “limitada” em que 100 armas
nucleares fossem detonadas, iria mudar o clima do mundo durante décadas.
A liberação de “carbono negro” na
atmosfera levaria a décadas de “geadas assassinas” e mudanças nas estações do
ano na Terra.
Os pesquisadores acrescentaram: “O
conhecimento a respeito do impacto de 100 armas nucleares pequenas deveria
motivar a eliminação das mais de 17 mil armas nucleares que existem hoje.”
(yahoo)
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