quinta-feira, 10 de março de 2016

Guerra nuclear destruiria todos

O que aconteceria se houvesse uma guerra nuclear?
Informações turcas sugerindo que armas nucleares poderiam ser usadas na Síria deixaram países preocupados.
Veja como sobreviver
O que aconteceria com o mundo no caso de uma guerra nuclear?
Esta semana o tema de uma possível guerra termonuclear global voltou à tona, com informações turcas sugerindo que armas nucleares poderiam ser usadas na Síria.
O relatório - elaborado pela Consortium News - não tinha como base dados comprovados, mas afirmava que o presidente russo Vladimir Putin estaria “pronto” para usar as armas como uma forma de defender as tropas no caso de uma invasão turca.
O relatório também ressalta o fato de que tanto a Rússia quanto a OTAN ainda podem realizar ataques nucleares em escala global - e afirma que as armas estão prontas para tal.
Desenhados para serem praticamente impossíveis de combater, mísseis termonucleares intercontinentais poderiam destruir cidades do outro lado do planeta em minutos - e causar mudanças instantâneas e catastróficas no mundo todo.
A Associação de Controle de Armas disse, “Os Estados Unidos e a Rússia ainda enviam mais de 1.500 ogivas estratégicas em centenas de mísseis e bombardeiros - muito mais do que o necessário para impedir um ataque nuclear - e estão modernizando seus sistemas de entregas nucleares”.
“Se estas armas fossem usadas, mesmo de forma ‘limitada’, o resultado poderia ser uma devastação nuclear catastrófica.”
Como a guerra nuclear começaria?
Nenhum país com um grande arsenal nuclear - como a Rússia ou os Estados Unidos - quer ativamente um confronto nuclear.
O que os analistas temem é um confronto militar ou político que aumente a tensão ao redor de um ataque nuclear - o que pode fazer com que um dos lados resolva atacar.
Momentos como esses foram aspectos fundamentais na Guerra Fria entre a União Soviética e os líderes ocidentais.
Em 1983, os soviéticos estavam convencidos de que um exercício de treinamento nuclear da OTAN - Able Archer 83 - era na verdade uma farsa para encobrir um ataque real contra os países signatários do Pacto de Varsóvia.
De acordo com o novo relatório, as forças soviéticas começaram a mover mísseis nucleares para estações de lançamento na Europa, e elementos militares soviéticos foram preparados para a guerra.
O que acontece quando a ordem de ataque é dada?
Os sistemas das armas nucleares são desenhados para que sejam extremamente difíceis de parar após o lançamento.
O Capitão de fragata Woods, um britânico engenheiro de armas, trabalha em um dos quatro submarinos do Reino Unido - chamado HMS Vigilant - armados com artefatos nucleares, e usa um gatilho vermelho para lançar os mísseis de 60 toneladas.
A ordem precisa vir do Primeiro Ministro, mas após o míssil ser lançado, não há muito a fazer, conforme Wood explicou: “Quando o míssil sai do submarino, não há um botão de autodestruição. Depois de apertar o botão, é basicamente 'lançar e esquecer’ - ele vai atingir seu alvo.”
Qual seria o primeiro sinal?
Não haveria sirenes de ataque aéreo ou um “aviso de quatro minutos.” Este último, um sistema nacional britânico de sirenes que avisava a respeito de possíveis ataques nucleares, foi aposentado em 1992. Um dos motivos foi o fato de que muitas pessoas têm janelas à prova de som no Reino Unido.
Atualmente, é mais provável que as pessoas descubram o que está acontecendo pela televisão ou internet. O governo britânico também testou recentemente uma tecnologia que enviaria uma mensagem de texto avisando a respeito de desastres como ataques nucleares.
O sistema, desenvolvido pelo National Security Council, foi testado em Glasgow, Escócia, e em Yorkshire, Inglaterra, em 2013.
O que a bomba nuclear faria?
Bombas de hidrogênio destruiriam a maioria dos edifícios em um raio de 16 quilômetros (com base em uma arma de 20 megaton explodindo a 5,3 quilômetros do chão, de acordo com cálculos da publicação Physics and Nuclear Arms Today).
Os efeitos nas pessoas próximas seriam ainda mais assustadores, com uma explosão matando milhares ou milhões instantaneamente, e em seguida, o envenenamento de muitos outros por causa da radioatividade.
Testemunhas do ataque ocorrido em Hiroshima relataram que pessoas próximas ao centro da explosão “desapareceram”.
William Burchett disse: “Não havia nenhum traço de milhares de pessoas próximas ao centro da explosão. Elas sumiram. A teoria em Hiroshima é de que o calor atômico foi tão alto que eles queimaram instantaneamente e se tornaram cinzas - exceto pelo fato de que não havia cinzas”.
Quantas pessoas morreriam?
A bomba lançada em Hiroshima tinha uma fração do tamanho das ogivas de hidrogênio usadas hoje pela Rússia e pelos Estados Unidos.
Em 1979, o Escritório de Tecnologia do Congresso Norte-Americano publicou um relatório chamado 'Os Efeitos da Guerra’, que previa o impacto de um grande ataque nuclear.
A previsão era de que até 80% da população dos Estados Unidos morreria imediatamente, com mais mortes posteriores devido à radiação.
O que aconteceria com o mundo?
Previsões afirmando que toda forma de vida na Terra seria exterminada são provavelmente exageradas, mas as armas nucleares teriam um impacto enorme na vida em nosso planeta.
Pesquisadores da Universidade do Colorado, Estados Unidos, previram que uma guerra “limitada” em que 100 armas nucleares fossem detonadas, iria mudar o clima do mundo durante décadas.
A liberação de “carbono negro” na atmosfera levaria a décadas de “geadas assassinas” e mudanças nas estações do ano na Terra.
Os pesquisadores acrescentaram: “O conhecimento a respeito do impacto de 100 armas nucleares pequenas deveria motivar a eliminação das mais de 17 mil armas nucleares que existem hoje.” (yahoo)

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