Uma usina heliotérmica chega
ao seu maior grau de eficiência quando é instalada em regiões com baixa
presença de nuvens e altos níveis de irradiação solar – regiões áridas, secas e
planas. O Brasil é um país com rico potencial, visto a grande possibilidade de
obter a radiação solar direta durante o ano inteiro. E, em especial, a região
do Nordeste oferece excelentes condições climáticas para a realização de usinas
heliotérmicas.
As áreas áridas costumam ser
desocupadas, pois são pouco produtivas para a agricultura ou pecuária. Contudo,
a instalação de uma usina heliotérmica pode levar ao desenvolvimento regional,
pois cria postos de trabalho diretos na construção e manutenção da planta
heliotérmica, além de postos indiretos através das indústrias fornecedoras para
esse novo mercado.
Fora o clima, o Brasil dispõe
de outras condições favoráveis e importantes para o sucesso dessa tecnologia: a
indústria brasileira e o setor energético são altamente capacitados e
produtivos e já existe um setor estabelecido da cadeia produtiva de usinas
termoelétricas. Grande parte das peças usadas em usinas heliotérmicas são as mesmas
utilizadas em usinas convencionais; e os espelhos e as estruturas metálicas
também podem ser produzidos no Brasil.
Uma usina heliotérmica pode
ser construída com mão-de-obra nacional, favorecendo a economia brasileira e o
desenvolvimento do setor industrial. O setor envolve diferentes dimensões de
empregos, sendo tanto empregos diretos quanto indiretos como: no planejamento e
na construção da usina; na operação e manutenção da usina; na cadeia de valor
que fornece os insumos para a usina; no terceiro setor (serviços e ciência).
Pesquisadores brasileiros já
iniciaram pesquisa nesta área para adaptar a tecnologia às condições
locais. No entanto, por se tratar de uma tecnologia relativamente nova e
em constante desenvolvimento, o Brasil ainda não dispõe de experiências
práticas finalizadas (ver: Existem projetos heliotérmicos no Brasil?).
Os principais desafios para a
implementação da heliotermia são: investimento inicial elevado por ser
classificado como de alto risco pelos bancos; quadro de regulamentação ainda em
criação - assuntos como a integração à rede nacional, taxação do equipamento
importado e programas de fomento e financiamento precisam ser esclarecidos;
falta de pessoas capacitadas para planejar, construir e operar as usinas - até
agora, não existe formação específica e formal para profissões na área da
heliotermia. (energiaheliotermica)
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