quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Chernobil deixará de ser perigosa

Chernobyl pode deixar de ser um perigo no próximo século
O quarto maior reator da usina nuclear ucraniana de Chernobyl, causador da maior catástrofe atômica da história em 1986, deixou de ser uma ameaça.
Chernobyl deixa de ser um perigo pelo próximo século.
O quarto maior reator da usina nuclear ucraniana de Chernobyl, causador da maior catástrofe atômica da história em 1986, deixou de ser uma ameaça pelos próximos cem anos, agora que recebeu um sarcófago novo, gigantesco e confiável.
“O reator de Chernobyl foi coberto com sucesso 30 anos depois da catástrofe de 1986, como resultado de uma incrível façanha de engenharia”, anunciou o Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, que garantiu o financiamento para o trabalho.
A estrutura em forma de arco, de 110 metros de largura, 150 de altura e 256 de comprimento, e um peso de mais de 30.000 toneladas, foi construída a 180 metros do reator danificado, protegida por um sarcófago de concreto, fabricado imediatamente após o acidente nuclear.
O novo sarcófago, construído pelo consórcio francês Novarka tem um custo estimado de 1,5 milhão de euros e foi colocado sobre o quarto reator através de um exclusivo sistema ferroviário.
Em seu interior, o novo sarcófago possui guindastes movidos a controle remoto, que, no próximo ano, ajudarão a remover o teto do antigo, que, segundo os especialistas, está em mau estado e pode desabar.


"Essa é a maior estrutura móvel já construída pela humanidade”, disse o Presidente da Ucrânia, Petró Poroshenko, em uma cerimônia que teve lugar na usina de Chernobyl, para comemorar a instalação do novo sarcófago.

O chefe de Estado assinalou que “uma coalizão de 28 países ofereceu suporte à Ucrânia no projeto, fornecendo pouco mais de 1,4 milhão de euros para a construção”.

“Muitos não acreditaram… Mas parabéns, queridos amigos. Nós conseguimos”, ele exclamou. Poroshenko salientou que “hoje, todo o mundo poderá ver o que a Ucrânia e o mundo podem fazer quando se unem, como podemos defender o mundo da ameaça nuclear.”

Ele não desperdiçou a oportunidade de informar que a Ucrânia tem sido vítima de agressões militares por parte da Rússia, que, de acordo com Kiev, opera com armas e tropas separatistas nas regiões orientais de Donetsk e Lugansk.

“Ninguém poderia imaginar que a tragédia de Chernobyl não seria o pior que a Ucrânia precisaria suportar. Tivemos que construir o novo sarcófago em condições de guerra, enquanto nos defendemos da Rússia.”


Ele agradeceu a solidariedade internacional para com a Ucrânia desde o desastre nuclear de Chernobyl e apelou às nações que mantivessem essa solidariedade em prol da paz no país.
No fim da cerimônia, transmitida ao vivo pela televisão e pelas redes sociais, Poroshenko premiou vários participantes da construção do sarcófago.
O pior acidente nuclear da história, Chernobyl, ocorreu a 120 quilômetros de Kiev, liberando 50 milhões de curies de radiação por vastas áreas do país, da Bielorrússia e da Rússia.
A “zona de exclusão”, criada ao redor da central danificada, foi evacuada por mais de 135.000 pessoas após o acidente, das cidades de Pripiat, que tinha 50.000 habitantes, Chernobyl, com 12.000, e várias outras vilas nas proximidades.


A radiação afetou mais de 5 milhões de pessoas, principalmente na Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Mais de 600.000 pessoas participaram do trabalho de lidar com a catástrofe e suas consequências. Em apenas 206 dias, um total de 90.000 homens construíram, em meio a condições adversas, um cubo com 400.000 m3 de concreto e 7.000 toneladas de estrutura metálica do reator danificado, que agora está coberto pelo sarcófago. (yahoo)

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