State
Grid poderá facilitar acesso a crédito internacional na CPFL Renováveis.
Consulta
preliminar indica que bancos veem de forma positiva a chegada dos chineses e
geradora pode acelerar a consolidação de mercado com dinheiro externo.
A chegada
dos chineses na State Grid no capital social da CPFL Renováveis ainda depende
de aprovações da Aneel no que diz respeito à CPFL Energia e o resultado da
oferta pública de ações que será feita aos acionistas minoritários. Contudo, em
consulta a bancos, a geradora já vê uma sinalização preliminar positiva por
parte desses credores caso se confirme a entrada da chinesa em seu controle. Com
isso a empresa ganharia mais fôlego para captação de recursos no exterior e
assim tocar sua estratégia de crescimento com mais vigor.
O plano
de expansão da CPFL Renováveis é visto pelos chineses como um modelo de
perspectivas interessantes. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com
Investidores da empresa, Gustavo Sousa, que também acumula o cargo de diretor
presidente interino já houve algumas interações feitas com os chineses para a
apresentação dos números da companhia. Mas ainda sem algo mais direcionado,
porém classificou como possível ter acesso a mercados internacionais de crédito
com os chineses no controle da geradora.
O diretor
de Novos Negócios da geradora, Alessandro Gregori Filho, destacou que a
companhia tem em sua estratégia de expansão duas frentes a de desenvolvimento
de projetos dentro da própria geradora e outro viés por meio de aquisições. Ele
comentou que há 4,3 GW em capacidade de geração em análise. Desses, a maioria
está em operação comercial, o que reduz riscos. A maior parte dos projetos
eólicos estão no Nordeste, principalmente, na região próxima a João Câmara,
onde a empresa conseguiria obter sinergias com os complexos Campos dos Ventos e
São Benedito. Mas ainda citou empreendimentos que estão localizados em outros
estados dependendo de sua fonte de geração.
“Esse
portfolio de projetos está em operação, são várias as fontes, inclusive a
solar, pois há muitas pequenas empresas com dificuldades econômicas para
captação de recursos, ainda mais nesse momento, para realizar projetos”,
comentou o executivo durante o evento da marca de 2 GW em operação comercial da
empresa. Contudo, não é a qualquer preço que a empresa deverá crescer. Segundo
Sousa, a geradora procura balancear a rentabilidade e o risco, como os
empreendimentos em análise estão em operação, tende a ter menos risco de
execução, então tem oportunidade. “Mas não paramos de fazer desenvolvimento pra
o crescimento orgânico”, acrescentou. Diante da proximidade do próximo leilão
de energia de reserva, a CPFL Renováveis afirmou que está satisfeita com a
participação do BNDES nos financiamentos. E avaliou ainda que os preços do
leilão estão refletindo os riscos atuais do mercado.
Os parques do Complexo de
São Banedito e que marcam o alcance de 2 GW contaram com financiamento do BNDES
para o mercado livre. A CPFL Renováveis fechou contrato com a comercializadora
do grupo, a CPFL Brasil por 20 anos o que assegurou o empréstimo do banco
estatal ao valor de R$ 760 milhões. (canalenergia)
Um comentário:
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