Desperdício
de energia dá o tamanho do potencial de negócios em eficiência energética
Uma
estimativa aponta que o Brasil desperdiçou cerca de 60 mil GWh de energia no
ano de 2015, esse volume é equivalente a 13% do consumo nacional. Esse é o
tamanho de um mercado cujo potencia ainda é incerto, o de eficiência energética.
O que é possível de se mensurar é o custo que um determinado tipo de consumidor
pode ter ao não tomar medidas para melhorar o seu perfil de consumo de energia.
De
acordo com o diretor da Comerc Esco, Marcel Haratz, os dois principais focos de
potenciais ganhos estão em climatização e iluminação que podem variar de 10% a
50% e de 30% a 60%, respectivamente.
Segundo um levantamento feito
pela empresa, um shopping center cuja a conta de energia mensal é de R$ 1
milhão apresenta potencial do chamado ‘não fazer’ de R$ 135 mil e de R$ 180 mil
por mês. “Isso significa que esse consumidor tem um custo que poderia ser
reduzido em R$ 315 mil reais, uma economia de mais de 30% somente com esses
dois itens”, comentou o executivo. Nessa conta, foram incluídas ainda a
indicação de retorno do investimento simples nesses casos, que ficaria entre 26
e 72 meses em termos de ar condicionado e de 18 a 42 meses para o item
iluminação.
Dados de outros perfis de
consumidores como hotéis e edifícios comerciais, redes de varejo, supermercados
e indústria também foram levantados na pesquisa. Nesses dois últimos há itens
que são adicionados ao cálculo, como refrigeração para o primeiro e ar
comprimido e motores elétricos para o segundo. Estes, segundo o estudo, são os
itens que possuem maior impacto na fatura de energia, sendo de 35% nos
supermercados e de 20% e 55% no caso industrial.
A
pesquisa também mostra que seria possível alcançar um potencial de economia de
10% a 40% em refrigeração. No segmento industrial que esse potencial é de 15% a
30% para o item ar comprimido e de 15% a 40% em motores elétricos. Haratz
lembrou que o Brasil assumiu compromissos com a redução de emissões de gases de
efeito estufa durante a COP 21 de Paris, no ano passado. E que a eficiência
energética é um dos temas a serem atacados, pois há a necessidade de que o país
aumente a sua eficiência energética em 10% até 2030. (crnbio)
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