Primeiro ônibus elétrico, alimentado por baterias,
produzido no Brasil circulará pelas ruas de São Paulo.
A
Prefeitura de São Paulo apresentou em 14/07/17 um ônibus elétrico, alimentado
por baterias, com capacidade para transportar 84 passageiros e com até 300
quilômetros de autonomia. O veículo foi totalmente construído no Brasil. As
baterias são de fosfato de ferro e levam de quatro a cinco horas para serem
carregadas. A linha em que o ônibus circulará ainda não foi definida e a
previsão é a de que o veículo entre em operação até o dia 31 de julho, após
passar por fiscalizações feitas pela SPTrans (São Paulo Transporte – empresa
que faz a gestão do transporte público na capital paulista).
Prefeitura Municipal de São
Paulo
O ônibus
têm ainda motores elétricos embutidos nas rodas e sistemas auxiliares
hidráulicos e pneumáticos, integrados por meio de uma rede de controle. Esse
mecanismo faz com que, em aceleração, o sistema consuma energia das baterias
tradicionais e nos momentos de frenagem o sistema de tração transforme a
energia dessas baterias em energia elétrica, que fica armazenada nas mesmas
baterias.
O chassi é
feito pela empresa chinesa BYD, que instalou uma fábrica em Campinas (SP) há
dois anos em meio. A carroceria é da Caio, que também funciona no interior de
São Paulo. A capacidade de produção anual da BYD é de 400 carros por ano.
Segundo o
prefeito de São Paulo, João Doria, a implantação dos ônibus elétricos está
dentro do plano de governo da prefeitura de promover a redução de emissões
poluentes. “Esse modelo emissão zero e baixo nível de ruído, também é equipado
com ar-condicionado. O modelo atende ainda a todas as exigências de
acessibilidade como piso baixo, rampas de acesso e espaço para cadeiras de
rodas, wi-fi e tomadas USB”, disse Doria.
Segundo
o secretário Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), Sérgio Avelleda, o veículo
é o que há de mais moderno em termos de ônibus elétricos em operação em outros
países, como os Estados Unidos e a China. “Isso faz parte do plano de governo
apresentado para a transformação do nosso sistema de ônibus. Na licitação, já
anunciamos, vamos contribuir para que ao longo do próximo contrato, as empresas
reduzam paulatinamente as emissões que provocam doenças respiratórias,
envelhecimento precoce e um clima global indesejável”, disse.
A
prefeitura pretende discutir com a Câmara Municipal a alteração da legislação
vigente para a adequação do sistema de ônibus para veículos classificados pelo
secretário como mais saudáveis. “Quero ressaltar que estamos estudando trocar
os 60 ônibus a diesel para elétricos e instalar placas foto voltaicas na
garagem para que durante o dia o sol gere energia elétrica que vai alimentar os
ônibus que vão circular pela cidade de São Paulo”. (ecodebate)
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