Ministro das Cidades anuncia para breve portaria sobre
energia solar em imóveis populares.
Energia solar reduzirá valor de contas de luz de imóveis do Minha
Casa, Minha Vida, diz ministro.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, informou em
10/08/17 que será lançada em breve a portaria que prevê a instalação de energia
solar nos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida. O ministro recebeu o
resultado de um estudo para a implementação da energia solar nos
empreendimentos do programa habitacional.
“Com esse estudo apresentado, trabalhamos
para transformar esse trabalho em uma portaria, uma determinação, para que o
programa Minha Casa, Minha Vida comece estabelecendo [essa instalação]”, disse
Bruno Araújo, ao participar de evento na sede da Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo (FIESP). “Semana que vem, seguramente, vamos ter notícia
sobre essa nova regra se incorporando ao programa habitacional brasileiro”,
afirmou.
Mais cedo, em evento na prefeitura de
São Paulo, o ministro disse esperar que, no ano que vem, as unidades
habitacionais do programa possam ser entregues à geração de energia
alternativa. “Nós elaboramos um protocolo com a FIESP e com Furnas – hoje
receberemos o resultado desse estudo, avaliaremos e transformaremos isso numa
portaria. E vamos determinar que, a partir de 2018, o programa Minha Casa,
Minha Vida possa começar a gerar energia solar, o que vai baratear as contas
dos beneficiários do programa.”
Segundo Araújo, o projeto vai
“impulsionar a indústria nacional, reduzir custos, viabilizar a redução da
conta de energia das famílias de baixa renda e ajudar a tirar uma carga dos
demais sistemas tradicionais de geração de energia”.
O estudo
De acordo com o estudo, o custo das
moradias não sofrerá alteração com a implantação do tipo de energia solar, que
será instalado no telhado das edificações. Apresentando o estudo, o
vice-presidente do Conselho Superior da Construção, Manuel Rossitto, explicou
como o sistema de produção de energia solar seria custeado pelos beneficiários
da Faixa 1 do programa. “O proprietário da residência adquire o sistema
fotovoltaico junto com a unidade habitacional, com o valor embutido nas
prestações que serão pagas pelo imóvel, possuindo o incentivo natural para
manutenção e conservação do sistema.”
A implementação de energia solar
fotovoltaica no programa foi proposta pela FIESP em dezembro do ano passado e é
resultado de um protocolo de intenções entre a entidade e os ministérios das
Cidades e do Trabalho. No sistema fotovoltaico, a energia elétrica é gerada por
meio da radiação solar.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente executivo da
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia,
explicou que o beneficiário do programa gastar menos com a conta de luz, ao
usar a energia solar. “Conforme as estimativas que foram apresentadas hoje, um
consumidor da Faixa 1 do programa tem consumo na faixa de 100 Kwh/mês de
energia elétrica. Esse consumidor, com o sistema projetado com a energia solar,
poderá gerar, em sua própria residência, 70 Kwh/mês. Isso significa que ele
está tendo uma economia de 70% no gasto de energia elétrica que ele tem no seu
dia a dia.”
De acordo com Sauaia, a energia solar
não vai substituir a energia tradicional. “Ele [beneficiário do programa]
continua aproveitando a energia da rede elétrica. O sistema fotovoltaico
complementa, gerando energia limpa. E a energia adicional de que a habitação
precisar poderá ser obtida da rede”, explicou. (ecodebate)
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