A Corporação Estatal de Energia Nuclear da
Rússia Rosatom participou do VIII Seminário Internacional de Energia Nuclear
(SIEN) realizado no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 13 de julho.
A companhia foi representada por Sergei
Krivolapov, o vice-presidente da Rosatom na América Latina, e por Ruan Nunes, o
gerente de marketing, que fez uma apresentação completa sobre os últimos
avanços da empresa.
Brasil é o parceiro crucial da Rússia na América
Latina, diz premiê russo.
Os representantes da Corporação destacaram que a
Rosatom tem uma história de parcerias bem-sucedidas com o Brasil. Atualmente, a
Rosatom fornece isótopos para o Brasil e recentemente venceu um concurso
internacional para o fornecimento de concentrado de urânio para
as Indústrias Nucleares do Brasil (INB). Além disso, a Corporação Unida de
Inovação (OIK), subsidiária da Rosatom, e a companhia brasileira CK3 assinaram
um memorando de entendimento em dezembro do ano passado. De acordo com o
documento, as partes irão trabalhar em parceria e combinar esforços para
realizar o projeto de criação e exploração de um centro de irradiação no
Brasil, que utilizará tecnologias baseadas no uso de aceleradores de elétrons
para esterilização de produtos farmacêuticos, cosméticos e médicos, entre
outras aplicações.
"A Rosatom está preparada para oferecer
soluções comprovadas e tecnologias modernas e flexíveis que atendam às
necessidades de cada cliente. Nesse sentido, o Brasil se tornou em um parceiro
de grande importância para nós, já que o país está se desenvolvendo de maneira
bem-sucedida no campo da energia nuclear. Esta parceria não só proporciona
benefícios socioeconômicos positivos para o país, mas também permite que as
empresas brasileiras ganhem experiência de cooperação com a indústria nuclear
russa. Um bom exemplo dessa cooperação são os centros de irradiação
brasileiros: a Rosatom não só cria um projeto e equipa o centro de irradiação,
mas também treina os funcionários e fornece todos os serviços necessários",
afirmou Sergei Krivolapov.
Estatal russa Rosatom discute aplicações de tecnologias nucleares no Brasil.
Estatal russa Rosatom discute aplicações de tecnologias nucleares no Brasil.
A apresentação se focou também na tecnologia de
reatores nucleares VVER oferecidos pela corporação e considerados uma das
marcas de referência mundial. Já são 57 as unidades deste tipo operando
com sucesso mundialmente, 39 das quais se encontram fora da Rússia, em 11
países distintos. Seus modernos sistemas de segurança se baseiam em uma
combinação equilibrada de sistemas ativos e passivos de segurança para fornecer
um nível de proteção sem precedentes.
Uma das principais conquistas da Rosatom é o
lançamento, em 2016, da primeira unidade nuclear inovadora do mundo da geração
de reatores 3+, a unidade 6 da usina de Novovoronezh, equipada com o VVER-1200,
uma tecnologia totalmente compatível com os mais altos padrões de segurança
(conhecidos como pós-Fukushima). Durante a apresentação também foi dada uma
ênfase especial aos aspectos e regulamentos de segurança que a Rosatom
implementa em suas unidades em todo o mundo.
No entanto, os serviços da Corporação não se
limitam apenas à esfera da energia nuclear. A Rosatom está disposta a explorar
novas esferas e formas de cooperação com o Brasil.
"A Rosatom oferece soluções de
financiamento flexíveis, dependendo das necessidades do cliente, e proporciona
um alto nível de localização de produção. Estamos ansiosos por cooperar com
nossos parceiros no Brasil", enfatizou Krivolapov.
Rosatom não tenciona limitar fornecimento de urânio aos EUA.
Rosatom não tenciona limitar fornecimento de urânio aos EUA.
O Brasil está interessado na usina nuclear
flutuante, um projeto original da Rosatom. Tal afirmação foi feita por Marcel
Biato, embaixador e representante permanente do Brasil na Agência Internacional
de Energia Atómica (AIEA), durante uma visita técnica dos representantes
permanentes perante as organizações internacionais em Viena às instalações
nucleares russas. O evento decorreu em São Petersburgo e arredores entre os
dias 13 e 17 de julho.
O Brasil "têm muitos dos mesmos problemas
logísticos que a Rússia. Temos distâncias muito grandes e áreas pouco povoadas,
o que significa que existem dificuldades para fornecer energia e assegurar o
desenvolvimento de algumas regiões. Portanto, a ideia de ter um sistema capaz
de transportar energia de maneira eficiente a áreas remotas do país chamou a
nossa atenção", afirmou Marcel Biato ao comentar a utilidade das usinas
nucleares flutuantes para o Brasil. Além disso, o diplomata agradeceu a
oportunidade de conhecer mais sobre as tecnologias russas nesta área, uma
vez que a Rússia é um dos líderes mundiais em energia nuclear.
Rosatom confirma presença em evento sobre energia nuclear no Rio.
Rosatom confirma presença em evento sobre energia nuclear no Rio.
Mais de 40 representantes permanentes perante
as organizações internacionais em Viena visitaram as instalações de
energia nuclear da Rússia. Os embaixadores foram ao estaleiro Baltiysky Zavod,
onde participaram de uma excursão à usina nuclear flutuante Akademik Lomonosov
(projetada para fornecer eletricidade ao porto de Pevek e às empresas com sede
em Chukotka) e ao navio quebra-gelo nuclear russo de nova geração que se
encontra em fase de construção no local. Eles visitaram também as usinas
nucleares Leningrad e a Leningrad Phase II, que ainda está sendo construída, na
cidade de Sosnovy Bor (região russa de Leningrado), onde a Rosatom está
preparando a primeira criticalidade do segundo reator de geração III+
(VVER-1200) do mundo, o qual atende a todos os requisitos de segurança
pós-Fukushima.
A usina nuclear flutuante é um projeto realizado
pela corporação Rosatom. O casco e outras partes dos navios serão construídos
pelo estaleiro Baltiysky Zavod, em São Petersburgo.
Rosatom irá fornecer combustível nuclear para companhia dos EUA.
Rosatom irá fornecer combustível nuclear para companhia dos EUA.
As embarcações serão equipadas com dois reatores
modificados de propulsão naval KLT-40, capazes de produzir até 70 MW de
eletricidade e 50 MMkcal de calor por hora, o suficiente para manter
as atividades de uma cidade com uma população de até 100.000 pessoas.
As usinas nucleares flutuantes serão utilizadas
em áreas remotas da Rússia, como o Extremo Norte e o Extremo Oriente do país,
que não estão cobertas pelo sistema elétrico e carecem de fontes de energia
confiáveis e economicamente eficientes.
Uma usina nuclear flutuante pode ser utilizada
também como uma planta de dessalinização, capaz de produzir até 100.000 m3 de água doce todos os dias.
Rosatom vai usar impressão 3D na indústria nuclear.
Rosatom vai usar impressão 3D na indústria nuclear.
No entanto, os serviços da Corporação não se
limitam apenas à esfera da energia nuclear. A Rosatom está disposta a explorar
novas esferas e formas de cooperação com o Brasil.
A Rosatom é a Corporação Estatal de Energia
Nuclear da Rússia que abrange atualmente mais de 340 empresas com uma força de
trabalho de 250.000 especialistas altamente qualificados. Conta com 35 unidades
na Rússia, das quais 8 estão em fase de construção, outras 34 unidades se
encontram em construção em outros países no exterior. A corporação possui a
única frota de quebra-gelos nucleares e a única usina flutuante de energia
nuclear do mundo e os dois únicos reatores reprodutores rápidos existentes no
nosso planeta. (sputniknews)
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