Carro elétrico é alternativa sustentável para driblar crise de combustíveis.
Em tempos de crise relacionada a combustíveis fósseis,
veículos de energia limpa ficam cada vez mais atrativos, apesar do preço. No
DF, já existem pontos para recarga.
Segundo a Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), os transportes são responsáveis por 46% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A Abravei não tem estimativas de quantos veículos 100% elétricos circulam pelo DF. No Brasil inteiro, o número não passa de 500.
Legislação
Curiosidades
Segundo a Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), os transportes são responsáveis por 46% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A Abravei não tem estimativas de quantos veículos 100% elétricos circulam pelo DF. No Brasil inteiro, o número não passa de 500.
Legislação
Curiosidades
O
arquiteto Rogério Markiewicz diz ter poupado o meio ambiente da emissão de 1,5
toneladas de CO2.
O
futuro já circula em cima de quatro rodas pelas ruas de Brasília. Silenciosos,
modernos e sustentáveis, os carros elétricos são uma alternativa para
reduzir a emissão de gás carbônico produzido pelos veículos movidos à
combustão. Em meio às notícias de crescimento populacional; aumento no valor
dos combustíveis; e da frota de veículos, o modelo elétrico é uma alternativa
para reduzir os danos ao meio ambiente.
Pensando
nisso, o arquiteto Rogério Markiewicz, membro da Associação Brasileira dos
Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), optou pelo veículo
sustentável há 13 meses. Ele é priorietário de uma BMW I3 100% elétrica. Em um
aplicativo no celular, que conta a economia na emissão de poluentes, Rogério
mostra que economizou 1,5 tonelada de CO2 em pouco mais de 10 mil
quilômetros rodados.
Além
de não emitir gás, o carro também se propõe a ser um modelo ambientalmente mais
correto por outros quesitos. Rogério diz que pelo menos 95% do automóvel é
feito de material reciclável. “O banco é de tecido de garrafa pet, as portas
são de fibra, o tecido é fibra natural”, diz.
Um
dos entraves para a popularização dos carros elétricos é o preço. Alguns
automóveis chegam a custar R$ 200 mil. No DF, o s mais comuns são os veículos
híbridos e o híbrido plug-in. “O único empecilho ainda é o preço. Infelizmente,
eles ainda não fazem nos modelos de carros baratos por causa dos impostos. Mas
temos que incentivar e popularizar. Não é o futuro, é o presente”, opinou.
Rogério
estima que a autonomia do carro chega a 160km. Para ele, isso significa rodar
por dois dias. Depois disso, ele faz a recarga na tomada convencional de casa.
“É como um celular”, explicou. Ele dorme, e deixa o veículo plugado na tomada.
No dia seguinte, o “tanque” está cheio e ele pode usar pelo mesmo período. “Às
vezes recarrega enquanto durmo, outras, enquanto faço compras, ou vou ao
cinema. Eu não gasto tempo nenhum, diferente de quem tem que ir ao posto de
gasolina, por exemplo”, afirmou.
Em
uma tomada comum, o veículo pode estar pronto para uso em até 9h. Em um ponto
de recarga semirrápida (encontrado em vias públicas), este tempo pode ser
reduzido para 3h. Mas, em um carregador mais potente, 20 minutos bastam.
“Infelizmente, este último ainda não existe em Brasília. Mas o semirrápido pode
ser encontrado em frente ao Ministério de Minas e Energia, em alguns shoppings,
no Lago Sul e no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21”, ensina Rogério.
Apesar
de o custo de aquisição ainda ser maior do que o dos veículos convencionais,
gasta-se menos com manutenção. Como não há peças essenciais em carros movidos à
combustão, como vela, correias e óleo, os problemas são reduzidos. “Na revisão
de 10 mil quilômetros que eu fiz, tivemos que trocar apenas o filtro do ar-
condicionado. Mas, antes, eu gastava R$ 700 por mês com combustível. Hoje, eu
gasto apenas R$ 40 a mais de energia”, concluiu Rogério.
Brasília
é pioneira no incentivo às vagas para veículos elétricos. Na minuta de decreto
que regulamenta o novo Código de Obras do DF (COE-DF), protocolada na Câmara
Distrital em junho deste ano, há um trecho que diz: “para estacionamentos e
garagens privados, com mais de 200 vagas, 0,5% delas devem ter ponto de recarga
para automóveis elétricos e híbridos”.
Além
de Brasília, alguns estados já estão elaborando políticas de incentivo, como é
o caso de São Paulo. Lá, os carros elétricos e híbridos não entram no rodízio,
por exemplo. Fora isso, há um decreto que concede desconto de 50% no
Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para esses carros.
Carros
híbridos: São carros econômicos e que poluem menos o ambiente, por causa de uma
bateria que oferece força ao carro. O problema é que grande parte da energia
elétrica do veículo híbrido usa a força da combustão da gasolina.
Carros
híbridos plug-in: o motor do veículo é elétrico e pode ser recarregado em uma
tomada convencional de casa. Eles só passam a gastar gasolina, quando a bateria
do veículo acaba.
Totalmente
elétricos: todo veículo movido por um motor elétrico em que as correntes são
fornecidas por uma bateria recarregável ou por outros dispositivos portáteis de
armazenamento de energia elétrica.
» De
acordo com a última atualização do levantamento realizado pela Agência
Internacional de Energia AIE1, ao final de 2015, a frota mundial de veículos
elétricos plug-in passava de 1,26 milhão de veículos em todo o mundo. Em estudo
publicado pela Agência Internacional de Energias Renováveis AIER2, em fevereiro
deste ano, a estimativa é que esse número já tenha alcançado 2 milhões.
» Há
260 fabricantes de veículos elétricos espalhados pelo mundo.
» Em 1° de junho de 2016, ocorreu uma audiência pública no Senado Federal
para discutir uma PLC que estabelece a obrigatoriedade de as distribuidoras
instalarem pontos de recargas em vias públicas. Além disso, há mais dois
projetos em tramitação: o PL 3.895/12, que aborda a atividade de revenda
varejista de eletricidade para abastecimento do veículo. E o PLS 174/14, que
suspende, por 10 anos, o Imposto de Importação (II) e o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), na importação direta de partes e acessórios sem similar
nacional destinado à fabricação de veículos elétricos. (correiobraziliense)
Nenhum comentário:
Postar um comentário