sábado, 18 de novembro de 2017

DF na onda do carro elétrico

Carro elétrico é alternativa sustentável para driblar crise de combustíveis.
Em tempos de crise relacionada a combustíveis fósseis, veículos de energia limpa ficam cada vez mais atrativos, apesar do preço. No DF, já existem pontos para recarga.
Segundo a Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), os transportes são responsáveis por 46% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A Abravei não tem estimativas de quantos veículos 100% elétricos circulam pelo DF. No Brasil inteiro, o número não passa de 500.
Legislação 
Curiosidades
O arquiteto Rogério Markiewicz diz ter poupado o meio ambiente da emissão de 1,5 toneladas de CO2.
O futuro já circula em cima de quatro rodas pelas ruas de Brasília. Silenciosos, modernos e sustentáveis, os carros elétricos são uma alternativa para reduzir a emissão de gás carbônico produzido pelos veículos movidos à combustão. Em meio às notícias de crescimento populacional; aumento no valor dos combustíveis; e da frota de veículos, o modelo elétrico é uma alternativa para reduzir os danos ao meio ambiente.
Pensando nisso, o arquiteto Rogério Markiewicz, membro da Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos Inovadores (Abravei), optou pelo veículo sustentável há 13 meses. Ele é priorietário de uma BMW I3 100% elétrica. Em um aplicativo no celular, que conta a economia na emissão de poluentes, Rogério mostra que economizou 1,5 tonelada de CO2 em pouco mais de 10 mil quilômetros rodados.
Além de não emitir gás, o carro também se propõe a ser um modelo ambientalmente mais correto por outros quesitos. Rogério diz que pelo menos 95% do automóvel é feito de material reciclável. “O banco é de tecido de garrafa pet, as portas são de fibra, o tecido é fibra natural”, diz.
Um dos entraves para a popularização dos carros elétricos é o preço.  Alguns automóveis chegam a custar R$ 200 mil. No DF, o s mais comuns são os veículos híbridos e o híbrido plug-in. “O único empecilho ainda é o preço. Infelizmente, eles ainda não fazem nos modelos de carros baratos por causa dos impostos. Mas temos que incentivar e popularizar. Não é o futuro, é o presente”, opinou.
Rogério estima que a autonomia do carro chega a 160km. Para ele, isso significa rodar por dois dias. Depois disso, ele faz a recarga na tomada convencional de casa. “É como um celular”, explicou. Ele dorme, e deixa o veículo plugado na tomada. No dia seguinte, o “tanque” está cheio e ele pode usar pelo mesmo período. “Às vezes recarrega enquanto durmo, outras, enquanto faço compras, ou vou ao cinema. Eu não gasto tempo nenhum, diferente de quem tem que ir ao posto de gasolina, por exemplo”, afirmou.
Em uma tomada comum, o veículo pode estar pronto para uso em até 9h. Em um ponto de recarga semirrápida (encontrado em vias públicas), este tempo pode ser reduzido para 3h. Mas, em um carregador mais potente, 20 minutos bastam. “Infelizmente, este último ainda não existe em Brasília. Mas o semirrápido pode ser encontrado em frente ao Ministério de Minas e Energia, em alguns shoppings, no Lago Sul e no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21”, ensina Rogério.
Apesar de o custo de aquisição ainda ser maior do que o dos veículos convencionais, gasta-se menos com manutenção. Como não há peças essenciais em carros movidos à combustão, como vela, correias e óleo, os problemas são reduzidos. “Na revisão de 10 mil quilômetros que eu fiz, tivemos que trocar apenas o filtro do ar- condicionado. Mas, antes, eu gastava R$ 700 por mês com combustível. Hoje, eu gasto apenas R$ 40 a mais de energia”, concluiu Rogério.
Brasília é pioneira no incentivo às vagas para veículos elétricos. Na minuta de decreto que regulamenta o novo Código de Obras do DF (COE-DF), protocolada na Câmara Distrital em junho deste ano, há um trecho que diz: “para estacionamentos e garagens privados, com mais de 200 vagas, 0,5% delas devem ter ponto de recarga para automóveis elétricos e híbridos”.
Além de Brasília, alguns estados já estão elaborando políticas de incentivo, como é o caso de São Paulo. Lá, os carros elétricos e híbridos não entram no rodízio, por exemplo. Fora isso, há um decreto que concede desconto de 50% no Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para esses carros.
Carros híbridos: São carros econômicos e que poluem menos o ambiente, por causa de uma bateria que oferece força ao carro. O problema é que grande parte da energia elétrica do veículo híbrido usa a força da combustão da gasolina.
Carros híbridos plug-in: o motor do veículo é elétrico e pode ser recarregado em uma tomada convencional de casa. Eles só passam a gastar gasolina, quando a bateria do veículo acaba.
Totalmente elétricos: todo veículo movido por um motor elétrico em que as correntes são fornecidas por uma bateria recarregável ou por outros dispositivos portáteis de armazenamento de energia elétrica.
» De acordo com a última atualização do levantamento realizado pela Agência Internacional de Energia AIE1, ao final de 2015, a frota mundial de veículos elétricos plug-in passava de 1,26 milhão de veículos em todo o mundo. Em estudo publicado pela Agência Internacional de Energias Renováveis AIER2, em fevereiro deste ano, a estimativa é que esse número já tenha alcançado 2 milhões.
» Há 260 fabricantes de veículos elétricos espalhados pelo mundo.
» Em 1° de junho de 2016, ocorreu uma audiência pública no Senado Federal para discutir uma PLC que estabelece a obrigatoriedade de as distribuidoras instalarem pontos de recargas em vias públicas. Além disso, há mais dois projetos em tramitação: o PL 3.895/12, que aborda a atividade de revenda varejista de eletricidade para abastecimento do veículo. E o PLS 174/14, que suspende, por 10 anos, o Imposto de Importação (II) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), na importação direta de partes e acessórios sem similar nacional destinado à fabricação de veículos elétricos. (correiobraziliense)

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