sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Preservar hidrelétricas, térmicas continuarão em funcionamento neste mês

Para preservar hidrelétricas, térmicas vão continuar em funcionamento neste mês.
Governo decide deixar térmicas mais caras funcionando para poupar água de hidrelétricas.
Decisão ocorre após reservatórios fecharem o mês de outubro no menor nível para o mês desde 2000. Produção de energia pelas termelétricas encarece contas de luz.
O Ministério de Minas e Energia informou em 03/11/17 que o custo de geração de energia no país baixou "acentuadamente" no início deste mês de novembro devido à volta das chuvas, mas que, apesar disso, manterá termelétricas mais caras em funcionamento por que isso ainda não se refletiu em melhora no nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Na prática, a decisão significa o início do despacho fora da ordem de mérito, ou seja, o governo manterá térmicas mais caras ligadas para preservar os reservatórios das usinas hidrelétricas.
O uso de térmicas mais caras encarece as contas de luz no país. Isso porque o custo de geração de energia sobe conforme se usam mais termelétricas. Esse custo extra é cobrado pela taxa extra das bandeiras tarifárias.
A decisão foi tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão que reúne as principais autoridades do governo no setor. Em nota, o ministério informou que as chuvas ainda não levaram a uma melhora significativa no nível dos reservatórios e, por isso, o comitê decidiu manter ligadas as termelétricas com custo de até R$ 702,50 por MWh durante a semana de 4 a 10 de novembro.
O ministério não soube informar para quanto caiu o custo de geração de energia no país.
A decisão ocorre após os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que concentram as hidrelétricas mais importantes do país, fecharem o mês de outubro com armazenamento médio de 17,68%. É o pior outubro de toda a série histórica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), iniciada em 2000.
Os reservatórios têm registrado quedas consecutivas desde maio de 2017, quando estavam em 43,32%. Em setembro, eles estavam em 24,21%, fechando outubro em 17,71%. (g1)

Nenhum comentário: