Empresa canadense está fazendo
um combustível que combina dióxido de carbono com hidrogênio líquido. Eles
esperam que a economia fique do lado deles.
Este combustível foi feito de dióxido de carbono do ar,
mais hidrogênio. Há a esperança de que ele possa ajudar na luta contra a
mudança climática.
Imagine
dirigir até seu posto de combustível local e poder escolher entre gasolina
comum, premium e livre de carbono.
A
empresa canadense Carbon Engineering está fazendo
combustível líquido tirando dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e
combinando com hidrogênio da água. Isso é um avanço da engenharia em dois
sentidos: uma maneira potencialmente barata de tirar CO2 da
atmosfera para lutar contra a mudança climática e uma opção para produzir
competitivamente gasolina, diesel ou combustível de avião que não joga mais CO2
na atmosfera.
“Isso
não vai salvar o mundo dos impactos da mudança climática, mas será um grande
passo no caminho para uma economia de baixo carbono”, disse David Keith, professor de física aplicada em Harvard e
fundador da Carbon Engineering. Keith disse que capturar CO2 do ar e
fazer combustível não se trata de um avanço, mas sim de um investimento de US$
30 milhões, oito anos de engenharia e “um milhão de pequenos detalhes” para
acertar o processo.
Acertar
o processo também significa manter os custos abaixo de US$ 100 para cada
tonelada de CO2 removido da atmosfera. O design e custo de
engenharia do projeto piloto que está em funcionamento desde 2015 em Squamish,
Columbia Britânica, foi publicado na revista de
energia peer-reviewed Joule. A empresa usou processos
industriais existentes para aumentar a escala e reduzir custos.
“Nosso
artigo mostra os custos e engenharia para uma planta em grande escala que
poderia capturar um milhão de toneladas de CO2 por ano”, disse
Keith.
Por
que isso importa?
Até agora, acreditava-se que os custos de remoção do CO2, conhecido como “captura direto do ar”, fossem de pelo menos US$ 600 por tonelada. Isso era caro demais para ser útil na retirada de grandes quantidades de CO2 da atmosfera. Todo ano, o mundo queima combustíveis fósseis o suficiente para adicionar quase 40 bilhões de toneladas de CO2. No entanto, manter o aquecimento global abaixo de 2°C (o alvo internacional para evitar os impactos mais perigosos) provavelmente vai exigir “emissões negativas” – alguma maneira de retirar CO2 da atmosfera e armazená-lo permanentemente, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Até agora, acreditava-se que os custos de remoção do CO2, conhecido como “captura direto do ar”, fossem de pelo menos US$ 600 por tonelada. Isso era caro demais para ser útil na retirada de grandes quantidades de CO2 da atmosfera. Todo ano, o mundo queima combustíveis fósseis o suficiente para adicionar quase 40 bilhões de toneladas de CO2. No entanto, manter o aquecimento global abaixo de 2°C (o alvo internacional para evitar os impactos mais perigosos) provavelmente vai exigir “emissões negativas” – alguma maneira de retirar CO2 da atmosfera e armazená-lo permanentemente, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O equipamento da Carbon Engineering tira o dióxido de
carbono da atmosfera em uma planta teste na Columbia Britânica, no Canadá.
Mesmo a US$ 100 por tonelada, não existem muitos compradores de CO2. Então, a empresa decidiu fazer um combustível líquido neutro em carbono, disse Steve Oldham, CEO da Carbon Engineering. O CO2 capturado é combinado com hidrogênio, que é feito através da eletrólise da água. Como o processo requer muita eletricidade, a planta piloto em Squamish usa energia hidráulica renovável. O combustível sintético resultante pode ser misturado ou usado sozinho como gasolina, diesel ou combustível de avião. Quando é queimado, ele emite a mesma quantidade de CO2 que foi usada para fazê-lo, então é efetivamente neutro em carbono.
“Custa mais caro do que a gasolina por enquanto, mas em lugares com um preço de US$ 200 por tonelada de carbono, como o que é permitido na California’s Low Carbon Fuel Standard, somos competitivos”, disse Oldham em uma entrevista.
Mesmo a US$ 100 por tonelada, não existem muitos compradores de CO2. Então, a empresa decidiu fazer um combustível líquido neutro em carbono, disse Steve Oldham, CEO da Carbon Engineering. O CO2 capturado é combinado com hidrogênio, que é feito através da eletrólise da água. Como o processo requer muita eletricidade, a planta piloto em Squamish usa energia hidráulica renovável. O combustível sintético resultante pode ser misturado ou usado sozinho como gasolina, diesel ou combustível de avião. Quando é queimado, ele emite a mesma quantidade de CO2 que foi usada para fazê-lo, então é efetivamente neutro em carbono.
“Custa mais caro do que a gasolina por enquanto, mas em lugares com um preço de US$ 200 por tonelada de carbono, como o que é permitido na California’s Low Carbon Fuel Standard, somos competitivos”, disse Oldham em uma entrevista.
O
preço do carbono é um custo aplicado em indústrias que emitem poluição de
carbono. A Colúmbia Britânica tem um preço de carbono de US$ 35 por tonelada, e
todo o Canadá terá um preço de US$ 10 em setembro, que subirá para US$ 50 em
2022. Nenhum estado dos Estados Unidos aderiu ainda, mas o estado de Washington
pode ser o primeiro a cobrar uma taxa de poluição de carbono de US$ 15 se uma
nova votação for aprovada. Os Estados Unidos enfrentam um custo de poluição do
ar que chega a pelo menos US$ 360 bilhões anualmente, de acordo com um
relatório de 2017.
“Estou
animado com o projeto. Os números na Joule são bons”, disse Klaus Lackner, do Centro de Emissões Negativas de Carbono da Arizona State
University, que foi pioneira no conceito de captura direta do ar nos anos 1990.
A Carbon Engineering provou que isso pode ser feito a um baixo custo e que é um
passo importante para a indústria, disse Lackner em uma entrevista.
O
próximo passo é ter um número de grandes plantas produzindo centenas de
milhares de barris de combustível livre de carbono, para baixar mais os custos,
assim como os custos de energia solar e eólica baixaram ao longo das últimas
décadas, com o aumento da escala. Com a queda dos preços, mais governos podem
aderir à ideia de tirar CO2 do ar.
“Vamos
precisar de uma indústria de US$ 1trilhão para [manter o aquecimento abaixo de
2°C]. Isso parece muito, mas, hoje, a indústria de aviação é maior”, disse
Lackner.
A Carbon Engineering está construindo uma planta maior, utilizando energia renovável de baixo custo, que vai produzir 200 barris de combustível sintético por dia. Deve estar em operação em 2020, segundo Keith. A empresa também está em busca de licenciar sua tecnologia.
A Carbon Engineering está construindo uma planta maior, utilizando energia renovável de baixo custo, que vai produzir 200 barris de combustível sintético por dia. Deve estar em operação em 2020, segundo Keith. A empresa também está em busca de licenciar sua tecnologia.
Esquema
simplificado de produção da gasolina a partir de ar e água. Os cientistas já
conseguem transformar gás carbônico em gasolina, uma nova tecnologia que
promete limpar o ar e gerar energia simultaneamente.
“Achamos que é muito escalável e teremos o mercado global”, diz Oldham. “Só precisamos de ar e água como matéria prima e um pouco de eletricidade.” E uma licença para sua tecnologia. (nationalgeographicbrasil)
“Achamos que é muito escalável e teremos o mercado global”, diz Oldham. “Só precisamos de ar e água como matéria prima e um pouco de eletricidade.” E uma licença para sua tecnologia. (nationalgeographicbrasil)
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