Estes são os
primeiros ônibus 100% elétricos da BYD que irão rodar em São Paulo.Ônibus
100% elétricos da BYD têm autonomia de 250 km com uma recarga completa e
rodarão na capital paulista a partir de março de 2019.
A
chinesa BYD entregou à prefeitura de São Paulo os três primeiros ônibus que
farão parte de um projeto-piloto de abastecimento de frota que envolve energia
solar. A iniciativa contará com 15 veículos 100% elétricos que começarão a
circular no sistema de transporte público da cidade nos próximos meses.
Os
ônibus são baseados no BYD D9W, chassi está
em testes há algum tempo em algumas cidades brasileiras. Cada
unidade conta com dois motores de 150 kW que, juntos, correspondem a uma
potência de 402 cavalos. Todas os veículos contam ainda com baterias de
ferro-lítio e autonomia estimada em até 250 km com uma recarga completa.
Outros
itens que acompanham o chassi incluem freios ABS, suspensão pneumática
integral, sistema de ajoelhamento da suspensão (rebaixamento) e coluna de
direção regulável, de acordo com a BYD.
Não
há placas fotovoltaicas nos ônibus. As baterias são alimentadas a partir de
pontos de recarga nas garagens. O tempo de recarga total é estimado em quatro
horas, aproximadamente. De onde vem, então, a associação do projeto com energia
solar?
O Diário do Transporte relata que a BYD comprou
uma fazenda em Araçatuba (SP) para montar um sistema de geração de energia a
partir de painéis de luz solar. A energia obtida é disponibilizada ao Operador
Nacional do Sistema que, por sua vez, gera créditos para alimentação elétrica
dos ônibus na cidade de São Paulo.
Na
China e em outros países em que atua, a BYD costuma oferecer veículos
completos, ou seja, com chassi e carroceria. No mercado brasileiro, porém, é
comum que chassis sejam fornecidos por companhias como Mercedes-Benz, Scania e
Volvo, e a carroceria fique a cargo de fabricantes como Marcopolo, Comil e Caio
Induscar.
Aqui
não é diferente. Os 15 ônibus do projeto-piloto contam com o chassi BYD D9W,
mas carroceria produzida pela Caio Induscar. Trata-se de um modelo chamado
Millennium que traz vidros colados nas janelas, ar condicionado, Wi-Fi,
portas USB para recarga de celular, itinerário em LED e poltronas ergonômicas.
Cada
veículo pode transportar até 29 passageiros sentados e 51 em pé. Há também
espaço para cadeira de rodas. Neste caso, o usuário embarca em uma rampa
localizada na porta central ou frontal do veículo (depende da configuração).
Como o ônibus tem piso baixo na parte da frente (não possui degraus nas
portas), não é necessário o uso de elevador para cadeira de rodas.
Apesar
de ser ecologicamente correto — um ônibus elétrico como o mostrado aqui reduz a
emissão de dióxido de carbono em até 1,8 tonelada ao ano, diz a BYD —, cada
veículo custa R$ 1,4 milhão (o valor inclui as baterias), de acordo com o Diário do Transporte. Esse valor é de duas a
quatro vezes maior que o preço de um ônibus urbano comum com motor a diesel,
dependendo da configuração.
Os
custos de aquisição e a necessidade de avaliar o desempenho dos veículos em
diversos aspectos certamente estão entre as razões para ônibus do tipo ainda
não serem adotados massivamente no Brasil.
No
caso de São Paulo, a prefeitura convidou todas as empresas atuantes no sistema
de transporte público para participar do projeto. Nove manifestaram interesse.
Uma delas é a Transwolff, a companhia que recebeu os três primeiros dos 15
novos ônibus elétricos. Eles irão rodar a partir de março na linha 6030/10
(Unisa Campus 1 — Terminal Santo Amaro). (tecnoblog)
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