Vista
aérea da usina nuclear de Fukushima, no Japão.
Desde
julho, a usina nuclear de Fukushima, que foi fortemente danificada por um
terremoto e um tsunami em 2011, lança água contaminada com radiação no mar. Estima-se que mais de
1.300 toneladas de água radiativa já foram parar no Oceano Pacífico. As
autoridades japonesas fazem operações de descontaminação, mas é impossível
retirar tudo: parte da radiação sempre termina no mar.
O
pesquisador Michio Aoyama, do Instituto de Pesquisa Meteorológica do Japão,
estuda o caminho que a radiação faz depois que ela entra em mar aberto. Para
isso, ele analisou o movimento de radiação no passado. Antes de Fukushima, já
havia a presença de radiação no oceano japonês – resultado de testes de armas
nucleares feitos na década de 1970 no Oceano Pacífico. Aoyama rastreou o
caminho que essa radiação fez no oceano, e comparou com a de Fukushima. Ele
apresentou os dados durante o painel científico “The Blue Planet”, organizado
pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria.
Segundo
Aoyama, há duas rotas possíveis para a água contaminada. Em uma delas, a
radiação volta ao Japão, levada pela Corrente Kuroshio. Na outra, ela pode
seguir pela linha do Equador até Galápagos e depois voltar, chegando a regiões
como Indonésia e Nova Zelândia, como mostra o mapa abaixo.
A
pesquisa de Aoyama mostra que, mesmo com as operações de descontaminação, a
radiação já entrou no oceano. “Nós podemos dizer que grande parte da radiação
já começou a viajar pelo Oceano Pacífico. Essa radiação viaja a uma velocidade
de sete quilômetros por dia".
A
pesquisa, no entanto, procura tranquilizar os habitantes dos países que podem
receber a água radiativa. A concentração de radiação começa a cair partir do
momento que sai do Japão, e fica dentro dos níveis considerados seguros pela
Organização Mundial da Saúde quando começa a viajar pelo Oceano Pacífico.
Terríveis
efeitos da radiação, poucas horas depois do acidente.
“Cientistas
encontraram vestígios da contaminação de Fukushima a cerca de 100 milhas a
oeste de Eureka, Califórnia. A quantidade de radioatividade relatada nestes
dados são 1.000 vezes menores do que os padrões de água potável da EPA”. (globo)
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